Fanfics de Mayhem - Tag Euronymous

E se eu dissesse que não foi o corpo de Dead que Euronymous encontrou naquela sombria noite norueguesa? E se eu disser que havia o sangue de outra pessoa manchando o assoalho? Mais precisamente: você acreditaria se eu dissesse que havia outra pessoa além de Euronymous e Dead naquele cenário que virou capa de álbum?

A garota incomum, o rapaz obscuro. Duas amostras daquilo que existe entre o bem e o mal, entre o certo e o errado. Duas provas que mostram que existem fatos neste mundo que não compreendemos. Coisas que oscilam entre a luz e a escuridão e se equilibram na linha tênue entre o amor e o ódio.

Talvez seja a estação das bruxas... não se sabe, mas elas sempre deixam rastros por onde passam.
De malas prontas e com sua fiel companheira ao lado, ela não esperava o caos que estava por vir. E com ou sem feitiço de amor, encantou o jovem Per Ohlin e seu coração obscuro, o fazendo sentir-se como jamais imaginou... Vivo.

Três jovens rapazes à procura do vocalista certo para sua banda há pouco tempo formada, acabam descobrindo não só que são capazes de criar sim um novo conceito para a música, como também o que é a escuridão.

A verdadeira escuridão.

Um ser particular, eu diria. Alguém que eu nunca havia pensado em conhecer.
Mas ao mesmo tempo que ele era singular em sua existência, ele era extremamente sombrio. Desnecessariamente sombrio pra mim, com certeza. Sua ambição e obsessão era a morte, e por que? Farei o que for necessário para convencê-lo do contrário.
Esse era Per Ohlin. Único. Mas em um sentido positivo.
Como um sol radiante no inverno.

Era mortal... Mas era humano? Ele fazia todos se perguntarem. Parecia de longe, apenas um cara com longos cabelos loiros desgrenhados que escondiam seu rosto magro e sonolento, uma camisa do Sodom que usava sempre que podia, jeans desgastados, Adidas sujos, vivendo um sonho. Quando subia ao palco, estava morto o suficiente para reencarnar todos ali presentes, mas mesmo que desejasse, fora dele não conseguia enterrar-se. Escondia-se em sua fortaleza transilvanica, incapaz de ser derrubada, mas estrategicamente penetrada pelo outro. Ele só conseguia ser eterno, pensava Jorn Stubberud, enquanto observava o garoto congelado pela luz da lua. Seus medos pagãos o dominavam, mas continuava a seguindo, com seu senso de humor pesado, sempre sorrindo. Aquela porra de grande e lindo sorriso.
Estava sonhando? Estão que nunca acordasse.
Estava morto? Então seria um necrófilo por ele.

...como o buraco que você deixou no meu peito, como o silêncio que você deixou para trás.

Per não foi apenas vocalista de uma banda de black metal, ele foi um filho, um irmão, um melhor amigo de alguém. Estes alguéns que tiveram que seguir a vida com um pedaço faltando. Estes alguéns que tiveram que aprender a lidar com a dor, mas nunca esquecê-la.
Dead is a live.

As montanhas geladas dos vales suecos não eram mais capazes de prender o talento agressivo que Karin Birgitta carregava; que mesmo levando nome de santa, não conseguia esconder.
É a ascensão do Black Metal norueguês que a leva a manter contato com Euronymous, que clama pela vinda da garota sueca.
Até onde a agressividade e a busca por libertação dos dogmas religiosos europeus podem ir?

Baseado em verdades. Mentiras. E no que realmente aconteceu.

Toda vez que chega a noite, as sombras me abraçam e eu sou engolido pelo sentimento de culpa que não me deixa dormir. Eu mergulho no meu próprio abismo, enquanto enxergo o seu rosto com o crânio aberto, rindo de mim, me chamando de fraco. Seus olhos mortos podem me encarar com superioridade, mas a diferença entre nós é que eu não desisti de viver, mesmo que miseravelmente.