Fanfics de Voltron: O Defensor Lendário

4 horas da manhã. Keith não consegue dormir. Ele quer, mas não consegue. Então, ele procura ajuda.

[Capa: tirada do Tumblr]

Lance estava bêbado e só queria sair daquele lugar.

[ klance | oneshot ]

Era Halloween e Keith apenas estava longe do conforto de sua casa porque ele tinha uma queda estúpida por um garoto que tinha as piores cantadas do mundo.

Mas o quê ele podia fazer? Lance tinha seus modos especiais de mantê-lo entretido.

Quando Lance é mandado por Pidge ao quarto de Keith se surpreende ao encontrar o rival com orelhas, cauda e um olhar intenso e determinado.

|| +18 pelo lemon ||

Lance estava triste; Keith só queria fazer algo legal por ele.

“Sentiu a agulha perfurar a pele de seu pescoço e gritou. O grito não saiu por usar uma mordaça e então, chorou. Não aguentava mais. Queria voltar para casa. Queria voltar para a sua família. Para ele.” – Keith Kogane

“Lance não queria sair da cama. Não tinha coragem. Não valia a pena se levantar se não fosse ver ele.” – Lance McClain

“Krolia estava sentada no seu sofá, chorando. Não acreditava no que tinha acontecido. Seu filho estava morto, assim como o seu marido. E a culpa era dela.” – Krolia Kogane

“Keith acordou na sua cela, sozinho, com frio e com medo. Não aguentava mais aquele tormento. [...] Só estava vivo por causa de Lance.” – Keith Kogane

Keith, ao ser dito como morto, deixou todos com os corações despedaçados, principalmente sua mãe, que diz ser culpada, e Lance, que tenta o esquecer com todas as suas forças.
Eles só não sabiam que a verdade era tão ruim quanto a mentira ou – talvez — nem tanto.

"Todos os meus amigos são descrentes, vá com calma.
Espere eles perguntarem quem você conhece
Por favor, não faça movimentos bruscos
Você não sabe metade do abuso"

A natureza tem uma maneira engraçada de brincar com suas criações. Ela os moldava e remoldava de tempos em tempos, brincando com sua aparência, com suas vidas. Não importava como, se era a cor, o tamanho, a forma... A mudança um dia viria e, se fosse bem sucedida, ganharia força. Essa era a lei da natureza, em constante mudança, em constante adaptação, em uma bela luta pela sobrevivência.
Porém, às vezes, ela poderia ir um pouco longe de mais.

"Bem-vindo a sala de pessoas, que tem salas com pessoas amadas escondidas.
Só porque deixamos as armas na porta
Não significa que nossas mentes vão deixar de serem granadas"

Os seres humanos deixaram de avançar, preocupados mais com seu cérebro do que com suas aparências para se proteger. Eles confiaram em máquinas e esqueceram de sua criadora. E, como consequência, temeram sua evolução seguinte.
Eles eram raros, um ou dois dentro de cinco ou seis gerações. Especiais, capazes, perigosos, possuidores de um poder que poderia abalar toda a estrutura formada por sua espécie. Com o decorrer da história eles foram chamados de Pagãos pela igreja, como enviados do demônio para dar fim aos justos, para trazer o caos, o fim dos tempos.
Eles foram temidos, julgados, assassinados, acusados por nascerem diferentes, por serem abençoados pela natureza com dons extraordinários. Revogados de seu direito de viver.
Monstros...

"Você nunca vai conhecer o psicopata ao seu lado
Você nunca vai conhecer o assassino ao seu lado
Você vai pensar "como vim parar aqui, ao seu lado?"
Mas depois de tudo o que eu disse
Não se esqueça
Cuidado"

Eles eram poucos, porém, a natureza era ardilosa, criando, em determinados pontos no tempo, saturações desses ditos Pagãos. Não mais um ou dois, mas cinco, seis, sete, oito... Vinte.
Contudo, além de Pagãos, eles eram humanos e, como tal, suas mentes distorcidas, alimentadas pelo ódio e abuso de seus semelhantes contra eles, incitava a ameaça de uma guerra. Uma guerra que humanos normais não tinham chance de ganhar... Sozinhos.
Poderiam eles usar de seu próprio inimigo para trazer a paz? Poderiam aceitar aqueles que sempre chamaram de monstros como seus supostos heróis?
Talvez não tivessem escolhas.

"Você nunca vai conhecer a aberração ao seu lado.
Haverá pessoas estranhas ao seu lado
Mas depois de tudo o que eu disse
Por favor, não se esqueça...
Cuidado"

"Quatro caixas depois e Keith havia sido provado certo. Lance havia embrulhado uma caixa dentro da outra, e atualmente estava tendo o momento de sua vida enquanto gargalhava e Keith ficava cada vez mais irritado.

Honestamente, ele só queria deitar com Lance naquele sofá e assistir algum documentário ruim sobre criptídeos. Era pedir muito? Lance tinha ótimos comentários para filmes como aqueles, e enquanto Keith tinha algumas novas evidências sobre o assunto que o filme apresentava, ele também se divertia com as palavras do namorado.

Mas Lance tinha outros planos; e tais planos envolviam Keith perto de socar uma parede, pois sua paciência estava chegando ao fim com a sexta caixa."

“O Keith está aqui.”

Lance sabia que Keith os visitava de vez em quando desde que havia se juntado á Blade of Marmora; e ele também sabia que o tempo que ele passava no castelo era significativamente maior no último mês; ou o mais próximo do que um mês significava no espaço. Ainda assim, se a contagem de vargas de Lance não falhava, Keith não deveria visita-los até daqui á cinco dias.

O que significava que ele estava ali mais cedo e que deveria ser por um motivo muito maior e mais preocupante do que apenas saudades do seu antigo time.

“A sinestesia é um distúrbio neurológico que faz com que os sentidos se confundam antes de chegar ao seu ‘devido lugar’ no cérebro. Quem sofre desse distúrbio pode relacionar figuras ou emoções à pessoas específicas, ligar um som à uma imagem ou sentir o gosto de uma sensação, por exemplo. Pessoas com sinestesia são especiais. Elas vivenciam o mundo de uma forma única, de uma forma que pessoas normais nunca sentiriam.”




— Ah é mesmo é? — ele me imitou.

E ele riu. Uma risada gostosa de se ouvir, que me trouxe a imagem de borboletas não só no meu córtex auditivo, mas também no meu estômago, eram borboletas no estômago. Foi nesse momento que eu percebi o que estava errado, o que me incomodava tanto.

Era que Lance McClain não tinha uma cor.

[klance!au] [sinestesia]