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História Inimigos ou Amantes? - Flash Back: Destino.


Escrita por: Lady_Vanpaio

Notas do Autor


Yoo meu povo lindjo *--* Desculpe a demora >3<

Muito obrigada pelos comentários! Eu amei cada um deles, isso que me dá ânimo quando penso em desistir *-*

Também agradeço a todos aqueles que favoritaram *-* Vocês me fazem muito feliz ='D

OBS Sobre o capitulo: As frases em negrito são os comentáros do Gaara do futuro sobre o seu passado, como se ele estivesse contando essa história para a Ino. APENAS as frases em negrito.

Aproveitem~

Capítulo 10 - Flash Back: Destino.


Fanfic / Fanfiction Inimigos ou Amantes? - Flash Back: Destino.

Flash Back On

 

    Era inverno. A neve caía graciosamente até o chão. Na rua, podia ver uma família feliz, caminhando juntos. Um garoto andava de mãos dadas com os pais, sorrindo.

    Outro garotinho que tinha em torno de 10 anos observava atentamente pela a janela, com um sorriso tímido, com o rosto levemente corado. Não podia sair, estava doente mais uma vez. Só lhe restava sonhar com o dia em que poderia andar de mãos dadas com seus pais, como o garotinho.

 

    Eu era tão... inútil. Meu corpo fraco só me atrapalhava. Eu era um pássaro em uma gaiola. Sem poder voar pelo infinito céu azul.

 

    Sua atenção desviada por uma voz delicada voz feminina, mas ao mesmo tempo decidida:

 

- Já acordou, Gaara? Essa foi rápida. - Riu.

 

    Ele se virou para encará-la. Era uma garotinha que tinha em torno de 12 anos, seus cabelos eram cor de areia, estavam presos em 4 marias-chiquinhas. Seus olhos eram verdes acizentados. Estava carregando uma bandeja com comida.

 

- Temari-nee! - O pequeno correu para abraçá-la. A bandeja quase caiu, mas ela conseguiu equilibrar com apenas uma mão, acareciando os cabelos ruivos com a outra.

 

- Você me assustou desmaindo de febre desse jeito mocinho! Porque não me contou que não estava bem, seu peste?! POR ACASO QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?! - Apertava as bochechas dele.

 

- E-Eu não queria assustar a nee-san! Desculpe! - falou se soltando e massageando suas bochechas, que estavam vermelhas.

 

- Francamente... Essa é a 3° vez que isso acontece só esse ano. - Ela suspirou. Apontou para Gaara sentar-se na cama, e ele o fez. Ela entregou a bandeja. Gaara a encarou.

 

- Sopa de legumes, a sua favorita. Os empregados pediram para se encarregar disso, mas fui eu que fiz! Mas não se acostume! Coma tudo ouviu pirralho?! - Riu e bagunçou os cabelos dele.

 

    Os seus olhos brilharam. Gaara sorriu inocente, assentindo. Falando um animado " Itadakimasu " e começou a comer com vontade. Estava faminto. Temari gargalhou.

 

- Calma, a sopa não vai fugir do prato! Se quizer mais, peça! Eu fiz bastante! - Disse orgulhosa de si mesma, sentando na enorme cama, ao lado dele.

 

    Gaara parou de comer. Encarou o prato, pensativo.

 

- O que foi? Não está se sentindo bem? Quer vomitar? - Temari se preocupou.

 

    Gaara negou com a cabeça, dando um sorriso triste. A encarou com olhos inocentes.

 

- Cadê o papai e a mamãe?

 

    Temari suspirou.

 

- Eles foram trabalhar. Eles estavam preocupados com você, mas eu e Kankurou dissemos que iriamos cuidar de você. - Deu um sorriso largo.

 

- E o nii-san?

 

- Foi comprar remédios com um empregado. Mas já deve estar voltando para casa.

 

    A culpa parecia pesar nos olhos de Gaara. Seus olhinhos se encheram de lágrimas, que logo escorriam. Temari se assustou. Ele se embrulhou no cobertor, como um casulo, e escondeu seu rosto no travesseiro, chorando baixinho.

 

Eu quero muito estar ao lado de Temari. Mais do que qualquer um. Minha doce irmã.

 

 

- M-Me d-desculpe T-Temari-Onee-san! - Sua voz saia abafada pelo travesseiro. Choramingava.

 

- Pelo o que? - Arqueeou a sombrancelha, se aproximando para ouvir melhor.

 

- E-Eu só a-atrapalho!! Só p-preocupo todos! E-Eu n-não deveria n-nascer, e-eu sinto muito!! - Se encolheu.

 

- Gaara, olhe para mim. - Pediu séria.

 

    Gaara a encarou com os olhos vermelhos. Temari deu um cascudo nele.

 

- IDIOTA!!!! - Uma veia estourava claramente na testa de Temari.

 

- ITAI!!! - Choramingou, passando as mãos na cabeça.

 

- NUNCA MAIS DIGA ISSO!! NUNCA MAIS NEGUE SUA EXISTÊNCIA!! - Ela parecia chocada, prestes a chorar.

 

- Temari-nee...

 

    Temari o interrompeu, o abraçando com força. Um abraço doloroso.

 

- Você é muito importante para mim. Não, você é importante para TODOS nós. Nunca diga que é um fardo te proteger porque não é. É claro, você vive me preocupando, me deixando com "cabelos brancos". - [i]Temari riu[/i] - Mas isso faz parte de ser irmã mais velha não é? Eu me orgulho de ter nascido sua irmã. Obrigada. - Beijou sua bochecha.

 

   

Eu também queria continuar ao lado dela. Eu a amava muito. Ainda quero. Ainda a amo.

 

    Gaara a encarava, lágrimas e mais lágrimas escorriam. Ele retribuiu o abraço de urso, escondendo seu rosto corado no colo de sua irmã.

 

- Céus Gaara, você é muito chorão! Rezo para que consiga uma mulher que te aguente!! - Riu, limpando as lágrimas de seu irmão.

 

- EU NÃO PRECISO DE UMA MULHER!! EU TENHO A NEE-CHAN!! - Fez bico.

 

- Você está querendo dizer que não me considera uma mulher, moleque?! - Uma veia estourava claramente em sua testa. Temari começou a estralar os dedos ameaçadoramente. Gaara mostrou a língua saindo correndo, enrolado em um cobertor.

 

- VOLTA AQUI! EU AINDA NÃO TERMINEI!  - Correu atrás dele.

 

    A casa razoavelmente grande. Desciam e subiam escadas correndo, rindo. Gaara não parecia mais doente. Quase derrubavam os empregados. Gaara abriu a porta, saindo e pisando na neve macia. Temari se preocupou.

 

- GAARA, VOLTE PARA DENTRO!! VOCÊ VAI FICAR RESFRIADO DE NOVO!

 

- EU ESTOU BEM!! OLHE!! - Esticou os braços para o alto, deixando o cobertor cair, se exercitando.

 

Eu...Me sentia vivo com ela. Ela coloria meu mundo que só havia preto e branco. Eu... sentia vontade de...viver.

 

- SE VOCÊ NÃO ENTRAR, EU VOU FICAR BRAVA!! - Berrava.

 

- ME OBRIGUE, FEIOSA!! - Jogou uma bola de neve no rosto de Temari.

 

    Silêncio mortal. Gaara estava começando a se arrepender. A raiva de Temari fez até a neve derreter. Temari deu um sorriso mau. Se aproximou mais. Se abaixou e fez uma grande bola de neve.

 

- VOCÊ NÃO DEVIA TER FEITO ISSO!! - Jogou a bola com vontade, com a intenção de acertar a cara de Gaara, Gaara foi mais rápido e se esquivou. A bola atingiu aquele que acabara de chegar: Kankurou.

 

    O empregado que o acompanhava assistia tudo de queixo caído, sabia que Kankurou não era muito tolerante. Gaara iria sair de fininho, mas Temari o impediu, o olhando com olhos suplicantes. Ambos engoliram o seco, começaram a assobiar olhando para qualquer lugar menos para Kankurou.

 

- O que diabos vocês estão fazendo...? - ele só faltava guspir fogo. Sua fúria era percebida de longe.

 

- ELE(A) COMEÇOU!! - disseram ambos em uníssono, um apontando para o outro.

 

- Não interessa quem começou! Não foi isso que eu perguntei! - Ele emanava uma aura negra.

 

- Vou lhes ensinar uma lição seus pirralhos rebeldes! - estava sério. suas mãos estavam para trás. Logo ele deu um largo sorriso, jogando duas grandes bolas de neve, uma em cada um.

 

- É ASSIM QUE SE JOGA BOLA DE NEVE!! - Kankurou ria alto. Gaara e Temari o olhavam com raiva. Logo começou uma guerra de bola de neve.

 

- HEY, DOIS CONTRA UM JÁ É COVARDIA!!  YOSHIRO-SAN, MEXA-SE!! ME AJUDE A DERROTAR ESSES AMADORES!! - Kankurou ria se escondendo atrás de uma árvore.

 

- M-Mas Kankurou-sama, o senhor e a senhora Sabaku no' disseram que... - Ele foi interrompido.

 

- HOJE É O DIA DE QUEBRAR AS REGRAS!! - Fez várias bolas de neve mal feitas, jogando-as em seus irmãos. O empregado estava confuso, nem se atreveu se mecher. Podia ser punido por seus mestres.

 

    O tempo passou voando. Se divertiram como nunca.

 

- Cahan! Temari, Kankurou, Gaara! - Ouviram uma grossa voz vindo de trás deles. Era Teruko*, seguido por sua esposa Karura, que os olhava espantada.

 

- Acho que eles não vão querer brincar também. - Comentou Gaara para Temari e Kankurou, que apenas assentiram.

 

    Teruko cruzou os braços, os mandando entrar. O pobre empregado pediu mil desculpas por não ter os impedidos, mas foi demitido.

 

Apesar do longo sermão, eu estava feliz. Estava feliz em saber que meus pais se preocupavam comigo, apesar de terem um jeito severo de expressar sentimentos. Estava feliz por tê-los como irmãos. Eram bons tempos. Até que os dias de felicidades estavam perto do fim. Os dias azuis estavam próximos a se tornar negros.

 

    Alguns dias se passaram. Gaara tinha melhorado, tudo estava normal. Mas, houve um imprevisto. A empresa dos Sabaku no' estava indo a falência. Suspeitavam de um golpe de um de seus empresários, negociantes ou até pessoas da própria empresa.

    Um pouco depois da descoberta, Temari e Kankurou estavam estranhos. Temari era pega por Gaara murmurando coisas sem sentido, chorando muito, ou até mesmo fumando ou bebendo escondido de todos. Kankurou tinha pesadelos direto e conversava sobre coisas com Temari, que não deixava Gaara escutar.

 Eles não pareciam estar chocados com a empresa. Era algo mais sério, cujo eu não poderia saber.

A maioria dos empregados pediram demissão. Não queriam afundar também. Teruko não sabia o que fazer, estava entre a cruz e a espada.

 

Um traidor sem nome. Sem passado, sem história.

 

    Naquele dia, vários parentes e sócios foram visitá-los para discutir sobre o assunto. Mas estava tudo em silêncio. Gaara estava no seu quarto, deitado com sua irmã e irmão. Temari estava triste e distante, parecia a ponto de chorar. Kankurou estava muito pertubado, apenas abraçando as pernas.

 

- Hey, nee-san, nii-san...

 

- Sim, Gaara? - Kankurou respondeu agitado, mas Temari não disse nada.

 

- O que acontecerá conosco? - Disse Gaara se sentando de frente para eles

 

- ... Eu não sei Gaara. Não sei. - Somente Kankurou respondeu. Temari apenas olhava para o nada.

 

- ....Tive uma idéia. - Disse Kankurou se levantando.

 

- O quê? - Disse Gaara demonstrando sua curiosidade.

 

- Vamos fazer uma festa, para animá-los! - Sorriu fraco.

 

- Eu acho que isso não vai dar certo... eles vão ficar bravos porque iremos gastar dinheiro! - Gaara avisou.

 

- Vamos comprar com a nossa mesada! - Respondeu Kankurou. Gaara ficou em silêncio. Kankurou pegou suas econômias e as deu para Gaara.

 

- Aqui. Fuja pela a janela para não te verem. Compre um bolo bem bonito, compre uma faixa também. Demore quanto tempo precisar. Lembre-se: é uma surpresa. Tem que ser segredo. Não deixe ninguém te ver, entendido?  - Kankurou sorriu doloroso, Temari estava pertubada com algo. Seus olhos pareciam lagrimejar. A mesma abraçava seus próprios braços, mordendo seu lábio inferior, olhando a janela.

 

Eu via a pertubação nos olhos deles. Pareciam estar escondendo algo.

 

- Vocês vão dar conta por aqui? - Gaara estava desconfiado.

 

- Claro baixinho! - Kankurou bagunçou os cabelos ruivos. Temari agora estava encostada da porta, roendo a unha. Parecia nervosa. - Agora, vá!

 

- Sim... - Gaara  estava prestes a descer pela a janela. Mas, Temari o impediu de ir o abraçando por trás. 

 

- Os melhores momentos da minha vida, foi ao lado de vocês.

Não importa o que aconteça daqui para frente

Eu sempre irei protegê-lo não importa como, não importa onde.

Queria parecer forte

Entretanto, até o diamante mais bruto quebra um dia.

Mas não te deixarei quebrar.

Eu estou diposta a qualquer sacrífico por você, como qualquer um da nossa família.

Nunca tenha medo. Nunca chore. Sua nee-san sempre vai estar aqui.

Me desculpe.

Obrigada.

 

    Depois do dito, Temari saiu do quarto e desceu as escadas, convicta. Sua expressão séria foi trocada por um sorriso falso. Foi seguida por Kankurou, que apenas assentiu para Gaara.

    Gaara tentava digerir tudo aquilo. Não tinha tempo, tinha que ir logo. Um pouco depois de ir, uma borboleta azul pousou na janela. Uma coisa muito ruim estava por vir.

 

Eu era um grande idiota ingênuo. Aquilo foi o meu maior erro da minha vida. Eles só queriam...me proteger.

 

    Gaara comprou tudo o que precisava, com pressa. Levou aproximadamente 20 minutos. Estava com mau pressentimento. Corria pelas ruas, arfando. As lágrimas de medo insistiam em cair, mas ele as reprimia com toda a força. As palavras de Temari ecooava em sua cabeça.

    Chegou perto de sua casa. Viu fumaça.

 

Um incêndio criminoso. O traidor não se contentou com apenas o dinheiro. Ele queria que a família Sabaku no' fosse instinta.

 

    O sangue de Gaara gelou, aquilo não poderia estar acontencendo. Ele estava em choque. Sua enorme casa estava em chamas. Alguns curiosos olhavam de longe.

    Gaara não se importou com o fogo, derrubou tudo no chão e entrou na mansão sem hesitar.

 

- PAPAI!! MAMÃE!! TEMARI-NEE!! KANKUROU-NII!!! PESSOAL!! TEM ALGUÉM AÍ?! - gritava desesperado

 

    No meio do fogo se via uma sombra mascarada. Ele chutava uma pessoa, mas não via o seu rosto. Em suas mãos tinha uma enorme katana. Sorria pscicótico.

    Gaara observou ao seu redor, e viu vários corpos ensanguentados, cortados. Seus pais e seu irmão Kankuro estavam lá. Entre vários parentes próximos. Olhos vazios em corpos vazios.

 

Ocos. Mortos.

 

    Gaara chorava como nunca, queria que tudo fosse um pesadelo.

 

- PAPAI, MAMÃE, NII-SAN!!!! NÃO!!!!!!!! - Se aproximou incrédulo dos corpos, os abraçando. Soltou um grito de dor.

 

Era um verdadeiro inferno na Terra.

 

    Próximo ao homem misterioso, ele viu sua irmã. Ela estava deitada, coberta de sangue. Seu rosto, braços e pernas estavam machucados. Ela estava sendo chutada com força pelo o homem. Quando o mesmo notou a presença de Gaara, parou o ato e o encarou. Apenas sorria assustadoramente. 

 

- TEMARI-NEE-SAN!! - Se aproximou com pressa até ela, sem piscar. Estava desesperado.

 

- Se der mais um passo, eu corto a garganta dela, pirralho! - Puxou Temari pelos cabelos, a fazendo sentar. Ameaçou apontando a Katana no pescoço da mesma.

 

E como todo inferno, o meu também tinha um demônio. E o mais cruel de todos. Ele sentia puro prazer fazendo aquilo, e fazia questão de demonstrar. Um demônio enlouquecido.

 

- GAARA!!! EU VOU FICAR BEM!!! CORRE!!!! - Temari gritou implorando.

 

    Gaara não sabia o que fazer, não queria deixá-la ali. Seus olhos estavam muito vermelhos de tanto chorar. Soluçava, fechou as mãos com força. Olhou com raiva para o homem que estava machucando sua irmã.

 

- DEIXE A NEE-SAN EM PAZ!!! ELA NÃO FEZ NADA!!! NINGUÉM FEZ NADA!!!! - Ele se aproximou um pouco mais, com cautela. - POR QUÊ VOCÊ ESTÁ FAZENDO TUDO ISSO?! POR QUÊ?!?! - questionou.

 

- Por quê...? Porque é divertido brincar com a vida das pessoas inferiores a minha. - Falou calmamente, com um meio sorriso.

 

 

    Quando iria revidar, Gaara tossiu, se ajoelhando. O cheiro fumaça estava começando a fazer efeito. Ele estava começando a ficar tonto.

 

    O homem apenas sorriu sádico. Ouviu o barulho de sirenes de polícia e bombeiros. Ele resmungou, guardando sua Katana.

 

- Hn. Vocês tem muita sorte, pirralhos. Vou poupar suas vidas miseráveis, pois minha missão principal já está concluída. - Ele olhou brevemente os pais de Gaara no chão e sorriu. Continuou, se voltando ao mesmo. - Mas vou dar apenas um aviso a vocês: Não se atrevam a se meter no meu caminho novamente, pois não serei tolerante. - Se virou e começou a andar calmamente. Gargalhou maléficamente e simplismente desapareceu no meio da fumaça.

 

Minha família inteira estava morta na minha frente.

Minha irmã estava em estado lamentável. Não sabia se conseguiria ajudá-la.

A fumaça que invadia meu pulmão me fazia querer desmaiar.

Eu perdi todos que eu amava em apenas 1 dia.

Ele chama isso de sorte?

Se fosse assim, eu preferia a morte.

 

 

- ESPERE, MALDITO!!! - Temari tentou se mover, mas foi ao chão. Estava muito fraca.

 

- NEE-SAN!! - Gaara foi até ela, a apoiando em seu colo.

 

- N-Não dá Gaara! Corra e me deixe aqui...bleargh!! - cuspia sangue.

 

- Eu nunca vou deixar você!! - Ele chorava.

 

- Nem eu a você, Gaara. Arigatou, meu pequeno grande garoto.-  Ambos ouviram as portas serem arrombadas, era a polícia. Temari desmaiou, logo depois, Gaara.

 

3 dias depois...

 

    Piscou algumas vezes, se acostumando com a claridade. Estava deitado em uma cama. Encarou o teto e as paredes. Tudo era branco, só havia uma porta, alguns quadros, uma cômoda, uma TV, e frascos de remédio. Viu que em seus braços tinha vários fios de soro, e em seu peito, um aparelho de medições cardíacas. Arregalou os olhos se lembrando do ocorrido, começando a entrar em pânico. Tirou todos os fios de si, provocando um disparo nos aparelhos. Ignorou a dor de todo o seu corpo e saiu rapidamente do quarto, correndo pelos corredores. Chorava, procurando de quarto em quarto por algum conhecido. Um em especial.

 

Parte de mim não queria acreditar. Queria que tudo aquilo fosse um pesadelo. 

 

    Ele foi segurado pelo o braço por um médico, que o olhava espantado. Ele tentava se soltar, mas não conseguia.

 

- Hey, você não deveria-

 

- Me solte!! Onde estão todos?! ONDE?! - Tentava se soltar, afobado.

 

- Fique calmo garoto! Vamos, respire! Se ficar calmo, eu digo tudo o que quer saber!- O médico o acalmou um pouco. - Isso, muito bom. Qual é o seu nome?

 

- Gaara. - respondeu ainda um pouco afobado. Um pouco contragosto. Tentava conter as lágrimas, fazendo sucesso. Mas estava chorando alto por dentro. Sua garganta chegava a doer, segurando o choro.

 

- Gaara-kun, hn? Eu me chamo Shikamaru. Prazer em te conhecer. - Ele sorriu sendo simpático. - Certo, você deveria estar na cama mocinho! Você não sofreu nada grave, mas ainda está fraco! - Suspirou.

 

 

    Gaara abaixou a cabeça, tremendo. Agarrou seu jaleco branco com suas pequenas mãos, e levantou a cabeça o encarando.

 

- Onde...Está todo o mundo?

 

    Shikamaru o olhou com pena. Desviou o olhar, não conseguia encarar aqueles olhos.

 

- A sua família é aquela de ontem a noite, estou certo? - Gaara assentiu. O médico ainda não o encarava nos olhos. - Eu...Sinto muito. Não conseguimos salvá-los.  - Lamentou.

 

    Gaara arregalou seus olhos verdes. Não queria acreditar.

 

- NÃO PODE SER!! VOCÊ ESTÁ MENTINDO!! ONDE ESTÃO ELES?! - Gritava, chamando a atenção de todos.

 

- Por favor, estamos em um hospital. Eu entendo sua dor, mas por favor, se acalme. -  Pôs suas mãos nos ombros de Gaara, o encarando nos olhos. Ajoelhou-se, ficando a sua altura. Suspirou profundo, estava escolhendo cuidadosamente suas palavras. Sabia que nada que dissesse o confortaria nesse momento, mas nada custava tentar.

 

- Não podíamos fazer nada. Eles já estavam mortos há aproximadamente 1 hora antes da polícia aparecer. Eu sinto muito mesmo.

 

Se eles estavam mortos a 1 hora antes da polícia aparecer, e eu demorei apenas 20 minutos fora....

Quando Temari e Kankurou desceram as escadas, todos já estavam mortos, só o incêndio não havia começado.

A festa foi apenas uma desculpa para me tirar dali.

Sair pela a janela também, pois assim eu não veria a tragédia.

Eles achavam que a polícia chegaria antes de mim, assim eu não teria que ver tudo aquilo, pois seria impedido.

Foi um plano perfeito, fora o atraso da polícia.

Mesmo com todos mortos na frente deles, a Temari e o Kankurou só ficaram calmos e sorriram, como se nada estivesse acontecendo.

Eles atuaram perfeitamente bem

Apenas por mim.

Para me proteger.

   

 

    Gaara se encostou na parede chorando, deslizando lentamente até o chão. Abraçou seus joelhos, escondendo seu rosto e chorou alto. Chorou por minutos. O médico apenas o fitava com os olhos levemente vermelhos, não pode evitar de que um fina lágrima passasse. Gaara se assustou lembrando de algo.

 

- ONDE ESTÁ A TEMARI-NEE-CHAN?!

 

    Shikamaru o olhou surpreso, mas depois se lembrou. Mordeu seu lábio inferior, pensando no que dizer.

 

- DIGA!! ELA ESTÁ VIVA, NÃO ESTÁ?! - segurou Shikamaru pela a gola do jaleco.

 

Eu poderia perder todos, um dia eu superaria. Mas não acho que aguentaria se a perdesse.

 

-.... Me acompanhe. 

Shikamaru ajustou seus óculos e começou a andar pelo imenso corredor, sendo seguido por Gaara. Ele dava passos calmos, enquanto Gaara dava passos apressados.

Shikamaru parou em frente a uma porta, Gaara entendeu o que aquilo significava. Era ali onde sua irmã estava. Antes que Gaara tocasse na maçaneta, Shikamaru o interrompeu.

- Espere, quero lhe dizer uma coisa. O que você verá pode parecer não ter nenhuma esperança, mas ainda temos chances. Eu tenho fé que ela irá conseguir. 

Gaara fitou a porta hesitante por um momento. Sua mão tremia, era demais para ele processar. Conseguiu tocar a maçaneta, girando-a.

A porta se abriu. 

Revelando uma cena realmente pertubadora. 

O estado de Temari.

 Temari estava deitada na cama do hospital, vários fios e tubos estavam penetrados em seu corpo, para ajudá-la a se recuperar. Grande parte de si estava enfaixada, com marcas roxas no rosto. Incontáveis aparelhos estavam ao seu redor.

Parecia que ela dependia das máquinas para tudo.

Desde a respiração até os batimentos cardíacos.

Apesar de tudo aquilo, nenhuma máquina poderia segurar a alma no corpo.

O medo e desesperança ocupava toda a minha mente no momento.


          - Nee...san... - Gaara se aproximava lentamente da cama, não acreditando em seus próprios olhos.

- Ela quebrou 5 costelas, quebrou o braço direito e queimou quase que 30% do corpo. Posso dizer que ela tem um pouco de sorte de não ter quebrado o pescoço. Por motivo desconhecido, ela....Está em coma. Mas essa não é a pior parte. - Shikamaru também se aproximou.

- E qual é...? - Gaara não desviou os olhos de sua irmã. Ficou em pé ao lado dela, sem piscar, apenas acareciando seu pálido rosto.

- Ela foi ferida gravemente em partes vitais várias vezes por uma Katana. E na lâmina da Katana, havia um veneno. Um veneno desconhecido por nós, portanto, não há cura por enquanto. O único que deve saber o antídoto, é o próprio assassino da sua família. O problema é que tem um tempo limitado. Se esperarmos por muito tempo, o veneno se espalhará por todo o corpo dela, a matando aos poucos, até chegar ao coração. E isso é bem doloroso, é como se ela estivesse apodrecendo por dentro. - Shikamaru sabia que aquilo era um assunto muito delicado para falar com uma criança de 10 anos que acabou d perder a família, mas seria injusto esconder isso do mesmo.

- ....Quanto tempo ela tem? - Gaara soltava finas lágrimas, mas não faziam barulho nenhum.

- No máximo 10 anos. 

Gaara a encarava pensativo, estava sério.

- Quem está cuidando do tratamento dela?

- Uma mulher que disse ser sua madrinha, ela se chama Terumi Mei. Conhece?

- Sim, conheço. - Comentou com uma voz um pouco séria.

- Ela cuidará de você, pois é a pessoa mais próxima. Como ela é do Japão, isso é bom. Você irá ficar perto de Temari. - Sorriu o confortando.

- Shikamaru-san? - O chamou sem ao menos o olhar.

- Sim, Gaara?

- ...Cuide de Temari. Eu não vou poder ficar muito com ela, tenho que fazer algo, e isso vai demorar. Prometa estar ao lado dela. - O encarou sério.

- O que pretende fazer? 

- ... Salvar o meu anjo. - Sorriu decido.

O médico o encarou surpreso, não eram palavras que uma criança diria. Gaara se aproximou de Temari e beijou sua testa delicadamente, sussurando:

- Espere por mim, viva por mim. Quero ouvir seu riso novamente. Obrigado.

Gaara saiu do quarto, voltando para o seu. Trocou de roupa e foi ao encontro de sua madrinha, que estava conversando com o médico. Também havia alguns policiais para interrogá-lo. Fizeram algumas perguntas, depois deixaram ele ir com a sua madrinha.

Preocupada, Mei o abraçava e lhe perguntava várias coisas, agradecendo a Deus por estar a salvo. Gaara a tratou com indiferença, mas agradecendo a preocupação.

Eu estava decidido.

Eu iria caçar esse cara.

Iria seguí-lo até no inferno e arrancar a cura para salvar Temari.

Dediquei todos esses anos atrás dele.

Mei era uma policial chefe, tinha grande poder sobre fichas criminais de procurados e criminosos.

Depois de 10 anos, eu estou quase o encontrando.

O prazo de vida da Temari também está bem próximo de acabar.

Tenho que correr contra o tempo.

9 anos depois da tragédia.

  - Meu nome é Sabaku no Gaara, gostaria de trabalhar aqui, por vocês, como mordomo. - Sorriu.

  - Certo. Me dê suas fichas preechidas. 

Foi fácil demais fazer um currículo do histórico de trabalho falso.

  - Você me parece bom. O que acha, Ino, querida?

Desde o primeiro momento que te vi...

 - ...Tanto faz. Para mim parece ser um inútil. Olhe para ele! É uma criança!

Eu sempre te detestei.

- ...Acha mesmo, Ino-sama? Devo lhe informar que tenho 19 anos. - Sorri.

- Ninguém te perguntou nada, retardado. - Mostra língua.

- Vamos Ino, pare de ser tão mimada. Seja simpática! 

- Quando eu começo, Sai-sama? - Ignorando o comentário de Ino.

- Amanhã de manhã. Ino enviará o seu uniforme pelo correio. - Aperta as mãos. - Bem vindo a família Yamanaka. Obrigado pelo o seu serviço.

- Eu que lhe agradeço, Sai-sama. - Sorri, retribuindo o aperto de mão.

Agora não tem nada que me impeça de acabar com o bastardo.

O problema é que eu não faço idéia de quem seja.

Isso não importa. Eu tenho que encontrá-lo depressa.

Agora é tudo mais fácil.

.....

~Um pouco depois, na casa de Gaara~

Oh, o uniforme já chegou.

  Gaara pegou a caixa que estava no correio. Abriu, e teve uma surpresa: O uniforme estava rasgado. Dava para ver claramente que "alguém" teria o cortado com uma tesoura. Junto com o uniforme, tinha um bilhete.

Gaara-kun!

Seja bem vindo a nossa família.

Fiz isso especialmente para demonstrar minha hospitalidade!

Espero que nós sejamos grandes amigos!

Mal posso esperar!

Beijinhos...Bastardo.

Yamanaka Ino.

- Filha da...! - Gaara amassou o bilhete, suspirou e fechou os olhos se acalmando.

Estava tão perto...

Não podia ter deixado alguém entrar na minha vida e interferisse nos meus objetivos como eu deixei você entrar, Ino.

Me pergunto se foi mesmo um erro.

Ou uma trapaça do destino.

Mas de uma coisa eu tenho certeza:

EU

  NÃO

PERDEREI

ESSA

  GUERRA!

EU NÃO PERDEREI PARA NINGUÉM

MUITO MENOS PARA VOCÊ

!


---------

Flash Back Off

 

 


Notas Finais


*Teruko: Sorry minna-san, Eu não lembrava do nome do pai do Gaara, então inventei um >3<
Haaa, eu suei para escrever esse capitulo O.õ Gastou bastante tempo, então eu acho que ficou um pouco comprido *O*
Me desculpem pelos erros de portugues T.T
OMG' JÁ SÃO QUASE 5:00 O.O'
Esse flash back pode parecer um pouco confuso, mas espero esclarecer mais coisas no decorrer da fic :B
Por favor, comentem e favoritem minha fic. A autora aqui de enche de ânimo e o capitulo pode sir mais rápido! \Õ/
Kissu


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