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História Falling in love for the last time. - Vamos ao jogo.


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Gente, eu queria saber de uma coisa, fazer uma pergunta. Por acaso alguém ai tem problemas com cenas... intensas? Não digo HOT porque não escrevi um HOT nesse cap, só quero saber se alguém tem problemas com cenas que chegam quase perto disso, ou quando chegam ao ponto. Quero saber porque nesse cap tem algumas coisas e vou colocar HOT na fic. Pra depois não ter gente incomodada com algo, já que eu gosto de detalhar;explicar direito o que escrevo. Peço que se pronunciem sobre, só pra eu ficar ciente.

Capítulo 11 - Vamos ao jogo.


 

Almoçamos juntas vendo um programa local na TV, eu ainda não tinha me recuperado muito bem da nossa brincadeira de mais cedo. Camz estava elétrica, não conseguia ficar parada no mesmo lugar por mais de cinco minutos. Depois do almoço, me sentei na poltrona ao lado da parede de vidro para ler um pouco, distrair a cabeça e pensar nas perguntas que faria à ela mais tarde.

Ergui a sobrancelha quando vi Camila se sentar sobre a cama com o violão em mãos. Se ela iria cantar, eu iria parar e assistir ao show. Ela parecia não me notar, estava perdida na própria bolha e eu amava demais quando aquilo acontecia, tinha toda uma beleza. Camz desceu os dedos pelas cordas do violão e começou a canção que logo reconheci. Sorri.

“Kiss me hard before you go

Summertime sadness

I just wanted you to know

That baby, you the Best.”

(Beije-me forte antes de partir

Tristeza de verão

Eu só queria que você soubesse

Que, querido, você é o melhor)

Ela estava cantando nada mais e nada menos que Summertime Sadness da minha doce e linda Lana Del Rey. Tinha como não me apaixonar mais?

“I got my red dress on tonight

Dancin' in the dark in the pale moonlight

Done my hair up real big, beauty queen style

High heels off, I'm feelin' alive.”

(Coloquei meu vestido vermelho esta noite

Dançando no escuro, no pálido luar

Prendi meu cabelo bem alto, beleza no estilo rainha

Sem salto alto, estou me sentindo viva)

Não era querendo puxar saco e nem nada, mas a voz de Camila é uma das vozes mais completas que já tive o prazer de ouvir na vida. A minha preferida, é claro. Ela tinha seus olhos fechados, parecia estar longe do mundo. Fiquei a admirando calada, não queria atrapalhá-la, apenas sorria.

Eu fui me dando conta do quanto a minha paixão por Camila já estava clichê. Acho que o termo paixão já era fraco para o que eu sentia. O que eu sentia me sufocava, me dava vontade de gritar e de segurar o meu coração para que ele parasse de querer sair do meu corpo toda vez que ela sorria. O que eu sentia fazia de mim escrava da minha própria incoerência. O que estava dentro de mim desde a época do X Factor havia virado mais do que uma paixão adolescente, mais do que apenas cuidado. Passei tanto tempo tentando fugir que não percebi que o que eu sentia de verdade era amor, muito amor. Meu corpo todo tremeu com tal informação, o meu coração estava informando a minha razão que eu a amava, que ela era exclusivamente o que eu mais queria ter. Era amor e eu senti meus olhos molhados. Eu estava amando aquela garota. Consegue imaginar a felicidade que eu estava sentindo?

Ela terminou a música com um suspirou e tudo o que fiz foi enxugar a lágrima que escorreu do meu olho, encontrando o seu olhar. Ela sorriu pra mim de forma meiga, colocando o violão ao seu lado.

: - Ei, você estava me observando.

Concordei com a cabeça, fechando o livro e o colocando na mesinha ao meu lado.

: - Estava e estou quase levantando para bater palmas. – Sorri para ela. – Isso foi lindo.

Camz abaixou a cabeça corando violentamente, minha vontade de abraçá-la cresceu tanto que bati com as mãos nas minhas coxas para que ela fosse sentar em meu colo.

: - Vem cá.

Ela se levantou e andou sem pressa, sentando-se em meu colo e rodeando seus braços em meu pescoço. Abracei sua cintura.

: - Eu gosto quando você me olha desse jeito.

Sua voz estava mais manhosa do que o normal, derreti com aquilo.

: - De que jeito? – Perguntei.

: - Desse jeito, como se eu fosse a única coisa que você quer no mundo.

Seus olhos me encaravam iluminados e tudo o que senti vontade de falar foi:  “Eu te amo, você é a coisa que mais quero e amo nessa vida, Camila”, mas não queria assustá-la. E se ela não sentisse com tanta intensidade? E se pra ela fosse só paixão? Então, apenas guardei pra mim.

: - Você é a única coisa que eu quero, a única.

Foi tudo o que me permiti dizer. Ela sorriu de canto depois de selar meus lábios, curvando a cabeça para deitá-la em meu ombro.

: - Eu também só quero você. Por favor, jamais tire isso da sua cabeça.

Apenas a abracei, existem momentos em que palavras são desnecessárias.

Passamos o resto da tarde daquele jeito, só com chamegos e blábláblá. Lá pelas 19:00 da noite, Camz avisou que iria tomar um banho. Depois de quarenta minutos lá dentro, ela saiu e eu entrei. Demorei um pouco também, queria ficar cheirosa o bastante para a noite que teríamos. Não que fossemos fazer algo, mas...

Sai do banheiro vestindo meu baby doll de seda vermelho, estava um pouco frio no quarto, mas não me importei. Camila também vestia baby doll, com a diferença que o dela era tão menina quanto ela. Lilás com bolinhas brancas, uma pequena abertura na coxa direita e um lacinho em cima. A olhei de cima até embaixo e sorri, mordendo o lábio inferior.

: - Para de me secar com esse olhar, Lauren Michelle Jauregui Morgado. É por isso que os nossos fãs surtam e você não sabe.

: - Se eles estivessem aqui vendo o que eu estou vendo, surtariam muito mais.

Eu disse a dando uma piscadela. Ela riu fascinada se aproximando de mim para cheira o meu pescoço. Arrepiei-me.

: - Você é uma safada muito cheirosa. – Selei seus lábios avermelhados. – E esse teu short está curto demais, Lauren. E a propósito... – Camila disse enquanto se afastava um pouco para me olhar. – Você está sexy nessa cor.

: - Você ainda não viu nada, Cabello.

A dei um pequeno tapa na bunda e me afastei, fazendo-a rir. Fui em direção da minha mala e tirei de lá a garrafa de Absolut que havia comprado recentemente. Ela me observava de longe, tenho certeza que estava morrendo de ansiedade pelos meus próximos atos. Peguei o papel com a lista de perguntas que faria à ela e me aproximei.

: - Em que lugar você quer jogar, na cama ou no chão?

Perguntei com um sorriso. Camz encarou os dois lugares e optou pela cama, subindo nela. Isso, cama era melhor, confortável.

: - Bom, então vamos ao que interessa.

Subi na cama e me sentei na frente dela, colocando a garrafa de vodka deitada na minha frente e o papel em meu colo. Os olhos de Camila estavam escuros, as pupilas dilatadas e olha que eu ainda não havia bebido nem um pouquinho de vodka no corpo dela. Nós duas estávamos ansiosas com aquilo, então tratei de começar logo.

: - Lembra-se das regras do jogo? – Perguntei divertida. Camila mordeu o lábio e concordou com a cabeça. – Ok então, vou começar. Primeira pergunta: Qual é o nome da música do Justin Bieber que a Carly cantou no Live Show do The X Factor?

Ergui a sobrancelha e Camz levou a mão ao queixo em uma expressão pensativa. Estava louca para que ela acertasse, mal via a hora de beber aquilo no corpo dela.

: - Música do Justin, hmmm. Não sei se me lembro, é... “Baby”?

: - Errado. – Sorri torto e ela bufou. – As long as you love me.

: - No fundo eu sabia que era essa, eu sabia.

Ela estava quase gritando, não tive como não rir.

: - Próxima. – Me ajeitei na cama. – Qual é o nome da cidade onde se passa a história de Twilight?

Camila bateu palmas e respondeu com um sorriso enorme, quase me derreto.

: - Essa é claro que eu sei. É Forks.

Sorri com malícia, largando o papel no meu lado.

: - Uhum, resposta correta. – Peguei a garrafa de vodka e a abri. – Escolhe um lugar onde eu possa começar a matar a minha sede, Cabello.

Eu disse com a voz mais sexy que consegui, as narinas dela estavam inflando e desinflando. Eu havia conseguido o efeito que queria. Camila chegou o corpo para trás e se apoiou nas mãos, me encarando com intensidade.

: - Hmm, acho que você pode começar pela minha boca. – Boa escolha, garota.

Fiquei de joelhos na cama e me aproximei dela, deixando uma coxa de cada lado de seu quadril e me sentando em seu colo. Suspiramos juntas.

: - Abre a boca pra mim e fecha os olhos.

Pedi um pouco rouca pela ansiedade e ela logo me obedeceu. Adorava a sensação de alguém me obedecendo, ainda mais esse alguém sendo a garota que eu amava. Molhei o dedo na vodka e deslizei por seus lábios, primeiro o de baixo e depois o de cima. Quando me certifiquei de que era o bastante, derramei um pouco do liquido em sua boca ouvindo seu suspiro de aprovação. Abaixei a mão com a garrafa e chupei seus lábios lentamente, saboreando todo o gosto de vodka com Camila. Gostoso, muito gostoso. Coloquei minha língua ávida dentro de sua boca e suguei sua língua por alguns segundos, estava me deliciando com aquilo. Camila era puro tremor. Quando vi que ela ia começar a perder o controle, me afastei e voltei para o meu lugar. Ela me olhou com aquela cara de – que porra você está fazendo? – e deslizou a língua pelos lábios.

: - Próxima. – Eu não ri, apenas a encarei com o meu melhor olhar e prossegui.  – Qual é o nome do marido da Megan Fox?

Camila não tinha mais o sorriso de sempre no rosto, sua expressão era maravilhosa.

: - Brian. – Sua voz estava trêmula. – Acho que é Brian.

Mordi o lábio e afirmei com a cabeça, colocando o papel de lado novamente e me erguendo.

: - Correto. Onde devo beber agora?

Passei o dedo indicador pelo canto dos lábios.

: - Eu quero na curva do meu pescoço, acho que é um bom lugar para você beber, Jauregui.

Então quer dizer que ela decidiu que entrar com tudo nisso era o melhor a se fazer? As simples frases que saíam de sua boca eram o suficiente para me deixar com calor. Com calma me coloquei de joelhos atrás dela, ergui minha mão direita para colocar aquele cabelo maravilhoso sobre o seu outro ombro. Eu podia ver sua pele arrepiada, sorri com aquilo. Ergui a garrafa e derramei um pouco na curva de seu pescoço onde parte do liquido escorreu para frente, sumindo no meio dos seios de Camila. Suspirei baixo e aproximei minha boca daquela região, lambendo a vodka que melava a pele dela. A ouvi gemer baixinho, me instigando. Coloquei a boca de novo e suguei bem ali, deixando uma pequena marquinha vermelha.

: - Hmmm.

Ela gemia cada vez que minha língua entrava em contato com sua pele. Se eu já estava ficando excitada no começo da brincadeira, nem queria ver no final. Dei-me por satisfeita e me afastei, voltando para o meu lugar. O rosto de Camila estava tentando decidir se ficava vermelho ou se expressava tesão. Deslizei meus olhos por sua blusa onde a vodka havia sumido e observei seus mamilos rígidos contra o tecido. Senti-me tão quente com aquela visão que mordi os lábios para não falar merda. Nunca imaginei que tal coisa pudesse ser tão erótica. Comecei a me perguntar onde estava com a cabeça quando passei a minha vida toda beijando garotos ao invés de garotas. Elas são muito mais sexy’s e deliciosas, era um fato.

: - Próxima, Cabello. – Minha voz estava falhada. – Qual é o nome do vocalista do Maroon Five?

Camila ergueu as sobrancelhas, parecia estar pensando. Mexeu os pés, esfregou as coxas e me encarou.

: - Isso é sério? – Balancei a cabeça em afirmação. – Eu não consigo me lembrar. Não posso pular?

Esboçou um pequeno sorriso.

: - Nada de pular. Vou tirar como uma resposta errada, então.

Eu disse frustrada e ela suspirou da mesma forma. Sim, frustrada. Queria que ela acertasse para que eu pudesse colocar minha boca em sua pele novamente.

: - Próxima. – Abaixei a cabeça para o papel. – Qual é o nome da filha da Beyoncé?

Camila abriu o maior sorriso do mundo para me responder. Se ela não soubesse o nome da filha da cantora preferida de Normani  e Dinah eu a mataria.

: - Ivy. Blue. Carter.

Ela disse pausadamente, estava me provocando da melhor forma que ela sabia. Estava sorrindo com a língua entre os dentes daquele jeito bem Camila, do jeito que eu amava.

: - Exato.

Sorri para ela e fiquei de joelhos, eu não precisava perguntar mais, ela sabia que apenas tinha que escolher o lugar. Observei cautelosamente quando ela ergueu com calma a parte de cima do baby doll, deixando seu umbigo – lindo – à mostra.

: - Aqui.

Deslizou o dedo ao redor enquanto me encarava com aqueles olhos que constantemente desarmavam as minhas defesas. Oh my god! Que barriga perfeita ela tinha, não que eu nunca tivesse visto, mas naquele momento estava olhando ao fundo. Engatinhei sobre suas pernas e me sentei abaixo de seus joelhos, abrindo a garrafa.

: - Posso beber um pouco mais aqui, você não acha?

Minha voz saiu carregada, estava tão rouca que quase não me reconheci. Camila suspirou quando derramei a vodka no seu umbigo perfeito e um pouco mais em cima.

: - Eu acho o que você quiser, Lauren.

Levei minha boca até seu umbigo e fiz um pequeno bico para sugar a vodka de lá. A sensação de tê-la descendo por minha garganta era excitante. Deslizei a língua com calma ao redor de seu umbigo, sua pele se arrepiando conforme eu a lambia bem ali. Ergui os olhos para olhá-la e ela estava me observando. Lábios separados em uma respiração rápida e forte, olhos estreitos e escuros, sua garganta emitindo murmúrios baixos e gostosos. Confesso que a cena de Camila me observando lamber sua barriga me deixou excitada ao extremo. Por acaso você sabe o quanto é sexy dar prazer a alguém enquanto ela te observa com aquela cara de “por favor, não pare o que está fazendo”? Eu estava descobrindo aquilo. Para terminar a minha degustação, levei a boca mais abaixo de seu umbigo e dei um chupão, chupão de verdade. Camila gemeu e pude senti-la apertar uma coxa na outra sob mim.

: - Não faça isso, Camila.

Chamei sua atenção enquanto me erguia para encará-la melhor.

: - Isso o quê? – Respirou fundo.

: - Eu sei o que está tentando fazer ao apertar as coxas. – Sorri com malícia. – Não faça, quero que aguente o máximo que puder. Quando o jogo terminar, se eu estiver de bom humor, lhe deixo fazer algo para aliviar.

Eu vi quando ela engoliu a saliva rapidamente, seus olhos faiscando. Ponto pra você, Jauregui, ponto. Daria a vida se isso me permitisse ter Camila se dando prazer mais tarde ao meu lado na cama. Tenho certeza que eu não precisaria relar o dedo em mim para ficar louca. Só de imaginar...

Quando vi que a tinha deixado sem palavras e de corpo mole, apenas me sentei reta ainda em suas pernas. Levei a mão para trás e peguei o papel.  

: - Posso fazer a próxima e penúltima pergunta?

: - De-deve.

Eu quis rir por sua voz ter falhado. Continuei sentada em suas pernas porque queria mostrá-la que eu estava tão excitada com tudo aquilo quanto ela, queria que ela pudesse ver com os próprios olhos os sinais que meu corpo estava dando.

: - Bom, Cabello, qual é o nome da minha sobremesa favorita?

Perguntei com um sorriso e ela ergueu a sobrancelha. Estreitou os olhos e eu percebi que estava fingindo um pensamento.

: - Não sei, Jauregui, mas eu acho que é, hmmm... Arroz com leite.

Me deu uma piscadela e eu vibrei sobre ela. Queria glorificar pela resposta correta.

: - Que garota mais sábia, eu gosto tanto disso.

Eu disse risonha enquanto pegava a garrafa. Será que eu poderia ficar bêbada com aquela brincadeirinha? Bêbada por causa do álcool eu duvido muito, agora bêbada de desejo por Camila...

: - Eu sei que temos uma regra e não vou pedir para quebrá-la. Mas eu sei que você poderia puxar minha blusa um pouco para baixo e beber bem aqui...

Camila ergueu a mão direita e deslizou o dedo indicador por cima de seu seio direito, um pouco mais a cima do mamilo.

: - A regra só seria quebrada se fosse um pouco mais embaixo, estou certa?

: - Certíssima. – Meu fôlego já não existia mais.

: - Então...

Ela queria me quebrar, né? Ela só podia estar querendo aquilo. Comecei a me perguntar por que foi que inventei aquela brincadeira. Será que não notei que eu iria perder o controle? Respirei fundo para manter minha alma dentro do meu corpo.

Enquanto ela me olhava com olhos ferozes, levei minha mão até a alça de seu baby doll e deixei que ela escorregasse por seu ombro, deixando à mostra metade do seio direito de Camila. Tudo o que estava escondido pelo tecido era o que eu mais queria ver, estava me amaldiçoando por ter criado aquelas regras. Por que, Lauren, por quê??

Derramei um pouco de vodka em minha mão e levei até o seio de Camz, molhando a região o máximo que pude. Curvei-me para alcançar o local e ela se curvou um pouco para trás, levando a cabeça junto para me dar mais espaço. Coloquei a garrafa ao meu lado e segurei em sua cintura, cheirando seu pescoço antes de começar a fazer movimentos circulares com a língua na pele macia que cobria seu seio. Deus! Era como se eu não pudesse parar de lamber ali, bem ali. Era macio, cheiroso, viciante, era fodidamente delicioso. Imagina só descer mais um pouco? Fechei os olhos com força e chupei, apertando sua cintura. O que Camila estava fazendo? Estava praticamente ronronando. O som do gemido dela havia se tornado meu segundo som favorito no mundo, o primeiro seria sempre sua voz ao cantar. Vero me disse uma vez que mulheres possuem o poder de lhe deixar ao ponto de ter que jogar a calcinha fora. E não é que eu estava concordando com aquele ser humano? Eu não estava apenas com tesão, estava tão encharcada com o prazer de lhe fazer gemer que senti meu rosto arder em um rubor quando ergui meus olhos para encará-la.

: - Por que... Por que parou?

Disse sob uma voz fraca, sua cabeça ainda curvada para trás, seus olhos fechados.

: - Porque eu já terminei. – Eu disse tão fraca quanto ela, estava complicada a minha situação. Quando eu disse que meu rosto estava ardendo, estava de verdade. – Preciso fazer a última pergunta.

: - Não pode simplesmente continuar? Por favor, Lauren, de qualquer forma eu iria pedir aqui de novo.

: - Você está acabando com a brincadeira.

Eu disse entre uma risada, largando a garrafa na cama para beijá-la na boca.

: - Eu não me importo. – Mordeu meu lábio inferior, erguendo a coluna de forma que fiquei sentada em seu colo. Suas mãos nas minhas coxas, as minhas já achando o caminho entre suas mechas de cabelo. – Não era pra você ter parado, eu não vou me conformar.

Ela começou a soltar uma risada um pouco alta demais, estava nítido eu seus gestos que estava nervosa. Fiquei a admirando fixamente ao mesmo tempo em que tentava acalmar meu corpo.

: - Se eu continuasse você sabe o que iria acontecer, não sabe? – Ela concordou com a cabeça. – E sabe que ainda não é a hora, não sabe?

Concordou novamente, seu olhar frustrado.

: - Eu sou uma garota de dezessete anos com hormônios a flor da pele, Lauren, você deveria saber disso antes de me propor essa brincadeira.

Eu ri da cara de fim do mundo que ela fez e selei seus lábios.

: - Acredite, Camila, eu não estou atrás nisso.

: - Eu sei, eu posso sentir na minha coxa.

Camila mordeu o lábio inferior e forçou minha cintura para baixo, eu gemi baixo com a pressão e me senti tonta de tanta vergonha. Ponto para ela, Lauren, que fraca você é. Foi tudo o que consegui pensar.

: - Você está com vergonha?

Ela perguntou divertida, as mãos deslizando por minhas costas. Sorri sem graça com o lábio mordido.

: - Um pouco. – Ela riu. – Pare de rir, isso nunca aconteceu nessa intensidade comigo antes, ok? Então para de debochar.

: - Eu não estou debochando. – Negou com a cabeça enquanto ria para logo depois encarar meus olhos. – Eu estou amando. Tudo isso também é muito novo pra mim, são sensações novas e tão gostosas que fica difícil controlar. Você só não está sentindo o jeito que me deixou porque não estou sentada em seu colo, porque acredite, não está muito legal a minha situação.

Ela corou levemente, me encantando. Como ela conseguia ser tão sexy e tão fofa ao mesmo tempo? Af, Camila, deveria ser proibido mexer assim comigo.

: - Estou esperando e vou esperar pela nossa primeira vez ansiosamente, porque sei que ainda não está na hora. – Acariciei sua bochecha com a ponta dos dedos. – E agradeço por ter me dado tanto prazer hoje sem ter ultrapassado o nosso limite. Acho que é assim que funciona o respeito, sabe? Nunca tive um relacionamento antes, mas acho que estamos fazendo tudo certo.

Senti vontade de dizer que amava, muita vontade. Minha língua estava coçando para soltar as três palavras. Ela havia me dito aquilo tudo com tanto carinho que a abracei com força, sua cabeça na curva do meu pescoço. Queria mantê-la ali por tempo indeterminado, ainda não conseguia acreditar que aquela garota era minha, que Camila era minha. Ela conseguia mesclar erotismo com romantismo de uma forma tão completa que me fascinava.

: - Queremos tudo no tempo certo para nós, Camz, e não pode haver coisa no mundo mais certa do que isso.

Ela se afastou do meu abraço para me encarar, erguendo o dedo indicador para acariciar acima da minha sobrancelha. Fechei os olhos para sentir o carinho, ela reclamou.

: - Não faça isso, não feche seus olhos.

: - Por quê? – Perguntei abrindo-os novamente.

: - Se você soubesse o que essas íris verdes causam em mim, você nunca os fecharia. – Sorri com meu coração mudando de ritmo drasticamente. – Eu sei que isso parece meloso demais, mas não consigo dizer de outra forma. Eu amo os seus olhos, amo quando eles amanhecem cinzas e terminam a noite nesse tom de verde, nesse tom que está agora. Se eu pudesse ficar parada aqui o olhando por tempo indeterminando, eu ficaria.

Será que havia alguma possibilidade de eu sentir mais que amor por Camila? Porque sinceramente, eu não conseguia imaginar em meus pensamentos emocionados uma parte da minha vida onde eu não precisasse dela. Éramos como um todo, não queria que houvesse metade para nós, eu não queria e nem podia perdê-la de vista. Mesmo que às vezes tivesse a sensação de que toda aquela nossa felicidade não duraria por muito tempo. Naquele momento estávamos apenas em nossa bolha, escondidas do mundo e dos problemas. Mas e quando nossa bolha estourasse? Eu não queria pensar.  



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