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História Falling in love for the last time. - Who Are You?


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Bom, meu amores, mais um cap prontinho para a alegria de vocês. Conselho? Escutem Who Are You das meninas, vai dar um ponto a mais quando chegar a parte que diz respeito à ela. Vocês vão saber. Enfim, espero que gostem. <3

Capítulo 19 - Who Are You?


 

Corri atrás dela por todo o caminho até o hotel, quando passei pela recepção a vi pegar o elevador. Não tinha tempo para esperar, por isso peguei as escadas. Sim, eu subi treze andares de escada enquanto colocava meu coração para fora de tanto chorar. Subi tão rápido que cheguei na porta do nosso quarto em poucos minutos. Girei a maçaneta e abri a porta, encontrando Lauren parada de frente para a parede de vidro no final do quarto, suas mãos fechadas em punhos ao lado de seu corpo. Passei a mão por debaixo dos olhos e fechei a porta com um pouco de força, queria que ela notasse que eu estava ali. Em vão, ela não se virou, não se mexeu, parecia nem respirar.

 Eu estava trêmula de um jeito que nunca fique antes, minha cabeça doendo por conta do choro, minhas pernas latejando por causa da longa subida e minhas mãos suando. Na minha boca o gosto amargo da raiva me fazendo salivar, minha vontade era de arrastar Lauren até aquele restaurante para que pudesse ouvir da boca daquela garota que eu fui beijada a força, que não correspondi em nenhum momento.

 Passei a mão pelo cabelo nervosamente antes de dar alguns passos em sua direção. Eu conseguia escutar seu choro bem baixinho, podia ver o reflexo fraco de seu corpo pelo vidro. Meu coração estava em pedaços, estava doendo de uma maneira inconsolável vê-la chorar por uma mentira.

 : - Lauren?

 Chamei quando parei em suas costas, o cheiro de seus cabelos invadindo as minhas narinas fazendo com que eu fechasse meus olhos. Ela ficou em silêncio por um tempo, eu iria abrir a boca para chamá-la de novo quando ouvi sua voz.

 : - Você me quebrou, Camila.

 As lágrimas começaram a rolar com mais força por meus olhos ao ouvi-la, sua voz era um poço fundo e frio. Era como se o “nós” nunca tivesse existido, como se eu nunca tivesse dito que a amava, como se eu fosse uma qualquer.

 : - Por favor, me deixa falar, amor...

 : - NÃO. – Ela gritou virando-se bruscamente, seus olhos verdes rodeados por uma vermelhidão assustadora. Seu rosto molhado por lágrimas que eu desejei secar com lábios e dedos. Ela me encarava com horror, sua expressão de tristeza fez minhas pernas fraquejarem. – Não me chama de amor. – Engoliu a saliva fechando os olhos rapidamente, respirando fundo antes de tornar a me encarar. – Você não tem esse direito.

 : - Lauren, eu não quis. Eu não tive culpa, ela simplesmente me agarrou com tanta força que eu não consegui me soltar, eu...

 Comecei a dizer tudo rápido para que ela não me interrompesse, me aproximei e tentei tocar seu rosto com as mãos, mas ela segurou meus punhos com uma força demasiada. O aperto estava doendo, mas a dor não podia ser comparada com aquela que eu estava sentindo por conta da frieza que ela estava me tratando. Nada podia ser comparado.

 : - Eu vi, Camila. Então, por favor, não tente mentir pra mim e muito menos me tocar.

 Seus dentes estavam travados, seus dedos torcidos contra a minha pele e por uma fração de segundos eu senti que ela estava com vontade de me machucar, fisicamente. Seria melhor sentir aquela dor física do que a dor da alma, a minha alma estava queimando, não era como se eu pudesse fazer parar.

 Eu sempre soube que nunca poderia subestimar os ciúmes de Lauren, sempre soube que ela vestida de ciúmes era uma pessoa completamente fora do comum. Mas eu nunca a vi antes daquela forma, o que eu enxergava nos olhos dela era tão doloroso que me dava medo.

 : - Eu vi com esses olhos que você dizia tanto que amava, Camila. – Largou meus punhos com raiva e se afastou de mim, andando até o meio do quarto ao levar as mãos até a nuca. – Eu vi.

 Eu não conseguia parar de chorar e sabia muito bem o que ela estava sentindo, mesmo que o que ela viu tenha sido uma mentira, eu sabia exatamente como era sentir aquilo. Eu passei quase a metade de um ano vendo ela beijar outra pessoa, vendo de abraços com outra pessoa, vendo suspirando por outra pessoa, vendo me maltratar pouco a pouco mesmo sem saber, nos braços de Keaton. Eu convivi com aquilo sem poder reclamar, sem poder gritar e dizer que eu não suportava mais. Eu chorei durante noites que pareciam não acabar mais por ter que dar conselhos a ela sobre como agradar Keaton. Chorei escondida muitas vezes por banheiros e mais banheiros por nojo e ciúmes, por paixão e tristeza, por loucura, por amor. Eu sabia em todos os mínimos detalhes o que ela estava sentindo e era exatamente por isso que eu sentia meu corpo morrer um pouco mais a cada segundo que se passava. Eu não queria que ela sofresse o que eu sofri.

 : - Você só viu a boca dela na minha, amor, você não viu que eu não estava retribuindo, não viu que eu estava tentando empurrá-la com todas as minhas forças, você não viu que eu estava com os olhos abertos, você só viu o que se permitiu. Você ficou cega e não viu a verdade.

 : - Que verdade, Camila? – Ela riu triste e desolada, suas mãos correndo por seus cabelos em poucos intervalos. – Qual é a verdade pra você? A verdade que eu sei é simples: Eu fiquei esperando você voltar do banheiro sentada na porra daquela cadeira durante longos minutos, sorrindo igual idiota ao lembrar da noite que passamos juntas enquanto você se agarrava com outra no banheiro. Essa é a verdade pra mim.

 : - ESSA NÃO É A PORRA DA VERDADE, CARAMBA. – Gritei perdendo todo o meu controle, o choro fazendo minha garganta arder e o ar me faltar nos pulmões. – ESSA É A VERDADE QUE VOCÊ QUER VER, VOCÊ, LAUREN.

 Apontei o dedo na cara dela quando me encontrei perto o bastante.

 : - O QUE VOCÊ ACHA QUE EU SOU? UMA PUTA? UMA VAGABUNDA QUE DORME COM VOCÊ DE NOITE NA SUA CAMA, E DE DIA SAI AGARRANDO A PRIMEIRA MULHER QUE APARECE NA FRENTE? – Eu estava gritando tão fora de mim que mal vi quando ela começou a andar pelo quarto. – EU NÃO ESTOU BLEFANDO QUANDO DIGO QUE TE AMO, SUA IDIOTA. EU NUNCA SERIA CAPAZ DE TRAIR VOCÊ, ACREDITA EM MIM. VOCÊ PRECISA CONFIAR EM MIM.

 : - Sai. – Ela disse de olhos fechados apontando para a porta. Só podia ser brincadeira. Como assim sai? Comecei a rir de forma escandalosa entre minhas lágrimas salgadas. Meu corpo todo convulsionando enquanto eu ria sem parar, não estava acreditando naquilo, não estava acreditando em mais nada. – SAI, CAMILA, ME DEIXA SOZINHA. SAI DAQUI.

 : - Você só pode estar brincando comigo. – Eu disse séria quando parei de rir, levando minhas mãos ao meu rosto para secar meus olhos. – Diz que você não está me pedindo para sair sem nem ao menos parar para me ouvir direito. Diz pra mim que você não está fazendo isso, Lauren.

 : - Por favor. – Pediu com os lábios trêmulos, suas mãos indo parar em seu rosto para esconder o quanto ela estava sentindo por tudo. – Só me deixa sozinha.

 Seu choro compulsivo no momento seguinte me deixou sem chão, eu a observei escorregar pela parede até que tivesse seu corpo sentado sobre o tapete felpudo, seus soluços me fazendo definhar. Levei minhas mãos até entre meus cabelos e abaixei a cabeça. Eu não iria sair dali até que provasse toda a verdade daquela situação, até que ela falasse olhando em meus olhos que acreditava e confiava em mim. Senti tanta vontade de abraçá-la, mas permaneci de pé no meu lugar.

 : - Lauren, eu te amo. – Minha voz embargou novamente, não que eu tivesse parado de chorar em algum momento. – Acredita em mim quando eu digo que não tive culpa, que eu não queria, que ela me agarrou a força e que eu tentei empurrá-la de todas as formas possíveis. Por tudo o que é mais sagrado,  acredita em mim. Eu jamais trairia você.

 Meus pés me levaram até ela automaticamente, onde eu logo já estava agachada na sua frente.

 : - Por que, Camila? – Ela me olhou, eu fraquejei sobre as minhas pernas ao vê-la tão frágil. Suas lágrimas desciam violentas, suas mãos sobre seus joelhos, a postura rude e fria de algum tempo atrás parecia ter se dissolvido completamente. Naquele momento ela era apenas dor, apenas tristeza, apenas mágoa. Ah, meu amor. Chorei baixinho e juntei nossos olhares. – Por que me fez isso? O que eu fiz pra você? Eu te amo tanto. Por quê?

 : - Acredita em mim. – Supliquei. – Eu nunca trairia você, nunca. Eu passei todo esse tempo tentando conquistá-la, lutando para fazer você me enxergar. Tomei tapa atrás de tapa na cara e quando finalmente consegui ter você pra mim, acha mesmo que eu jogaria tudo no lixo com uma traição na primeira oportunidade que aparecesse? Não faz nenhum sentido.

 Lauren fungou rapidamente e levou suas mãos trêmulas até suas mechas de cabelo, deixando-as ali ao apoiar os cotovelos sobre seus joelhos.

 : - Mas eu vi. – Ela rebateu sem conter aquele choro torturante. – Eu vi, não é como se alguém tivesse me contado, eu vi.

 : - O que você viu não é a verdade, quantas vezes mais eu terei que repetir isso, Lauren?

 Eu disse da forma mais calma que pude, não queria perder meu controle com ela novamente, não queria machucá-la mais ainda. Ajoelhei-me.

 : - Doeu tanto ver aquela garota tocando você, tocando sua cintura, beijando a sua boca. – Ergueu a cabeça para me olhar, sua expressão era pura desolação. – Você sabe o que eu senti? Eu acharia melhor ter levado um tiro do que ter visto aquela cena.

 Cheguei o mais perto que consegui e segurei seu rosto molhado entre as mãos, busquei seu olhar com o meu, mas a vi fechar os olhos com força.

 : - Eu sei, eu sei amor. – Eu disse perdida em uma dor sem tamanho, de fato ver Lauren sofrer era pior do que qualquer dor que eu já senti na vida. – Eu sei que está doendo, eu sei o que você está sentindo.

 : - Sabe? Não, você não sabe.

 Tentou me afastar, mas não deixei. Apenas sorri triste.

 : - Acredite, eu sei mais do que você imagina. E ai no fundo você sabe do que estou falando.

 Passei o dedão por debaixo de seu olho esquerdo para secá-lo. Lauren me fitou por um longo tempo, sua respiração acelerada e barulhenta, suas mãos apoiadas no chão ao lado de seu corpo.

 : - Nós não tínhamos nada na época.

 Ela disse desviando seus olhos e fitando o chão ao seu lado. Funguei baixinho e me proibi de me deixar afetar ao lembrar o quanto foi difícil pra mim.

 : - Mas eu já tinha algo aqui dentro por você, eu já era apaixonada por você e nada me doeu mais do que te ver nos braços de outro sem poder fazer nada para mudar a situação. Nada me doeu mais do que soltar sua mão e deixar você ir pra longe de mim. Você não sabe o que eu senti, Lauren, então não aja como se fosse a primeira pessoa a sentir a dor de ter o coração partido por quem se ama.

 Eu disse a ela da forma mais sincera que consegui, minha mão esquerda afagando seus cabelos enquanto a direita descia para o seu pescoço. Não queria de forma alguma quebrar nosso contato, não queria tirar minhas mãos dela, não queria deixar que ela se fosse, não.

 : - É assim que nos sentimos quando temos o coração partido? – Perguntou-me baixo, os olhos verdes me fitando como se ela precisasse daquilo para viver. – Foi assim que você se sentiu quando magoei você?

 Não, Lauren, você não tem que virar a situação para mim, você não tem que começar a se culpar pelo passado bem agora, não. Minha cabeça explodia em pensamentos.

 : - Diz pra mim. Me diz se foi essa a dor que você sentiu, me diz se o que você sentiu te fez ter vontade de fechar os olhos e não abrir mais. – Fiquei em silêncio apenas a encarando, chorando, lamentando. Eu não sabia o que dizer. – DIZ PRA MIM, CAMILA.  

 Assustei-me quando ela gritou, suas mãos de encontro ao meu rosto, meu corpo entre seus joelhos dobrados, nossas respirações misturando-se tanto que eu fechei os olhos para me controlar.

 : - Foi assim que eu me senti... Lauren. – Confessei fungando. – Foi exatamente a vontade de fechar os olhos e não abrir mais que prevalecia todas as vezes que eu te via nos braços dele.

 Lembrar de tudo aquilo me causava enjoo, eu sentia como se pudesse vomitar a qualquer momento. Meu coração batia no topo na minha cabeça, estava difícil raciocinar qualquer coisa naquele momento. Abri meus olhos e ela encarava meu rosto, suspirou entre suas lágrimas pesadas quando deslizou as costas de sua mão direita por minha bochecha. Deitei minha cabeça naquele contato.

 : - Eu não quero acreditar que você foi tão suja comigo como eu fui com você no passado, eu não quero. – Fechei meus olhos e segurei em suas mãos em meu rosto enquanto escutava sua voz chorosa banhar todo o quarto. – Eu quero muito acreditar em você, eu juro que estou tentando expulsar a minha razão e seguir meu coração, mas está tão difícil. Não sei como tirar da minha cabeça o que presenciei, eu não sei.

 Trêmula e frágil, puxou-me pela nuca e colou nossas testas, ambas chorávamos sem pausa, sem força. Ergui minha mão e a enfiei entre seus cabelos, só queria tocá-la, mostrar que eu estava ali, que eu era dela.

 : - Eu sei que seu coração está dizendo que eu não tive culpa, eu sei que ele está dizendo que eu não seria capaz de te trair, que eu te amo, que eu só quero você, que você é a garota da minha vida e a única que eu desejo os beijos mais gostosos desse mundo. Só o siga, amor, por favor. Eu estou implorando.

 

Lauren POV.

 Trancar o dedo em uma porta dói, bater com o queixo no chão dói, torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e quebrar um osso. Mas o que mais dói é o desespero. O que mais dói é a sensação de que alguém pode roubar quem você ama em um piscar de olhos. O que mais doía em mim era a junção de tudo isso com a cena que presenciei naquele banheiro. Tudo doía, meu corpo, minha alma, meu coração. Era como se eu fosse um foco de poeira no meio do nada, esquecido por alguém que não se preocupou em limpar. Estava tendo a minha primeira ferida por amor e não sabia como lidar.

Camila estava com a testa colada na minha, suas mãos se perdendo em meus cabelos, nossas lágrimas misturando-se quando ela vez o outra beijava meu rosto e me pedia para confiar nela. Eu queria, eu queria confiar, eu tinha que confiar. Mas como esquecer? No fundo eu sabia que ela não jogaria fora tudo o que vivemos, o que compartilhamos, eu sábia que ela me amava muito para ser ruim o bastante e me trair. Eu sabia de tudo aquilo, eu nunca deixaria de saber. Mas e o que eu vi? Não era questão de não querer segurar a verdade, era questão de não consigo esquecer. O ciúme estava me mantendo cega pela maior parte do tempo, eu teria coragem de matar alguém quando sai daquele restaurante. Senti ânsia de vomito quando vi aquela garota tocando no corpo dela, da minha garota, da minha Camila. Os lábios que eram meus sendo esmagados por aquela boca imunda.

Consegue se imaginar em uma situação dessas? Imaginou-se? Sabe esse desconforto que você sentiu ao imaginar outro alguém tocando o que é teu? Pois é, multiplica por mil. Ela não tinha o direito, ela não podia ter pisado no meu coração daquela forma. Seria muito azar o dela cruzar comigo na rua a qualquer hora, seria muito azar.

: - “It’s so strange how the same face can make you feel so right and bring you so much pain” (É tão estranho como a mesma pessoa pode te fazer feliz e te trazer tanta dor) mesmo sem querer.

 Cantarolei baixinho a letra da música mais do que conhecida por nós duas. Queria mostrar que eu estava tentando dizer que percebi que ela não tinha culpa, quando completei a canção com um – mesmo sem querer -.

 Camila me encarou e sorriu de canto com os olhos inchados por conta do choro. Meu castanho favorito estava cercado por uma vermelhidão tão grande que me xinguei mentalmente.

 : - “It’s so strange how the same face can make you love until it hurts.” (É tão estranho como a mesma pessoa pode fazer você amar até doer).

 Cantou de volta fazendo meu coração acelerar. Eu queria que ela me fizesse esquecer tudo aquilo, eu precisava.

 : - Who are you?

 Perguntei como parte da música, erguendo meu dedo para dedilhar seus lábios trêmulos. Se eu pudesse escolher uma frase para embalar os meus sonhos dali por diante, eu escolheria a que ela me presenteou em sua resposta.

 : - Sua mulher. A mulher que te ama e que não trocaria você por nada e nem ninguém nesse mundo. Essa sou eu.

 Senti o chão abrindo sob meus pés, como se meu corpo estivesse sendo jogado de um precipício tamanho foi o frio que se apossou da minha barriga. Eu não podia mais me manter longe, eu não podia mais chorar longe dos lábios dela.

 Puxei-a para mim e colei nossas bocas com desespero, fazendo com que se sentasse em meu colo, suas pernas ao redor da minha cintura. Sua língua atrevida logo invadiu a minha boca, e você quer saber qual foi a sensação? Era como estar drogada. Perdi todo e qualquer controle sobre o meu corpo, meus pensamentos, todos os sons ficaram mais altos de repente, meus sentidos ficaram três vezes mais aguçados, minha cabeça rodando mais do que o normal, meu corpo mole, meu coração acelerado, uma euforia sem tamanho me fazendo segurar Camila pelo cabelo e sugar sua língua com uma avidez alucinada, como se estivesse morrendo de fome, fome dela, fome do gosto dela.

 Gemeu baixo entre meus lábios, minhas mãos bagunçando suas mechas de cabelo, descendo por suas costas, apertando sua cintura, suas coxas. Seus dentes maltratando meu lábio inferior enquanto suas unhas arranhavam minha nuca. Eu não conseguia pensar em mais nada, e sabe aquele meu pedido interno para que ela me fizesse esquecer tudo o que eu não conseguia? Então, ele fora atendido com sucesso. Naquele momento eu só conseguia pensar em nossas línguas se acariciando sem vergonha e no quanto eu a amava. Eu queria poder dizer para o mundo que ela era minha, queria concretizar, queria não lembrar nunca mais daquela dor que me rasgou por dentro de uma forma insana. Queria que qualquer um que chegasse perto dela pudesse ver que ela era a minha dona. Foi pensando naquilo que a olhei nos olhos depois de separar nossas bocas, ofegando e tremendo. Segurei seu rosto entre as mãos e deixei meu corpo queimar com as palavras que saíram da minha garganta.

 : - Quer namorar comigo? – Pedi sem chance de ouvir sua resposta de imediato, apenas continuei sem desviar nossos olhos. Quando eu disse que me sentia completamente drogada, eu estava falando sério. Estava sentindo uma euforia tão grande que se igualava ao tamanho do medo. – Namora comigo, Camila. Por favor, me deixa colocar um anel no teu dedo e contar para o meu pai que você é minha. – Deslizei minha mão para seu cabelo. – Me deixa tomar um passo maior no que temos e oficializar de uma vez. Só diz que aceita namorar comigo.

 Quando terminei de falar respirei fundo e esperei sua resposta. Ela apenas me olhava, seus olhos – meus olhos – ganhando uma tonalidade vivaz de surpresa e amor. Eu tive uma completa noção naquele momento que ela não precisava usar a voz para dizer, já havia me dito tudo com apenas um olhar, e ela havia me dito que aceitava, que aceitava namorar comigo.

 Os olhos de Camila insistiam em me chamar para aquela dança eterna de olhares, e eu só esperava que a música não parasse. 


Notas Finais


Vou novamente deixar meu twitter aqui para quem quiser falar comigo por lá, reclamar ou cobrar algo. @gimavis_


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