1. Spirit Fanfics >
  2. Falling in love for the last time. >
  3. E se?

História Falling in love for the last time. - E se?


Escrita por: gimavis

Notas do Autor


Bom dia, gente. Sei que deveria postar isso a noite, mas acabei de escrever agora, então... Enfim, está ai, espero que gostem e sofram um pouco, no bom sentido. USAHSUHASUHASUH Não vou pedir desculpas pela demora porque já está chato, eu demoro sempre. Preciso mudar isso. Qualquer erro eu conserto depois, estou morrendo de sono e muito cansada, relevem. Amo vocês. <3

Capítulo 53 - E se?


Fanfic / Fanfiction Falling in love for the last time. - E se?

 

Lauren POV.

O engraçado de se estar apaixonada por alguém é aquela incrível capacidade de achar a pessoa linda até em seus piores momentos, como depois de uma crise de choro onde os olhos ficam inchados e vermelhos, quando ela está passando mal e contraindo o rosto em expressões assustadoras, quando está sentindo dores ou apenas fazendo caretas. Mas o que fazer quando a pessoa, por algum motivo celestial, realmente é mais do que perfeita até nesses momentos? Eu queria que alguém pudesse me explicar o fato de Camila nunca deixar de ser irritantemente linda. Céus! Como ela conseguia?

Eu suspirei pelo o que parecia ser a décima vez naquele minuto, erguendo o copo de café quente que tinha em mãos para levá-lo até os lábios. Provei com a ponta da língua o líquido escuro, mantendo os meus olhos fixos no show que ocorria bem na minha frente. Nós estávamos nos bastidores da Teen Vogue para a nossa longa sessão de fotos, tendo Camila como a última de nós a fotografar sozinha. Nós já havíamos encerrado as fotos em grupo, e como eu não poderia estar em outro lugar naquele momento, parei para assistir uma negra linda capturar imagens da minha, diga-se de passagem, estonteante namorada. Suas expressões eram maravilhosas, nada parecido com a Camz dengosa que eu tinha em meus braços em dias de melancolia. Aquela não era mais a minha Camila, mas sim a minha audaciosa Karla. Alter Ego, pode entender? Funcionava mais ou menos assim. Toda vez que ela fitava a câmera como se fosse íntima dela eu sentia o meu corpo esquentar. O sorriso diabólico no canto dos lábios me fez queimar a língua vez ou outra no copo de café. Ela me encarava fixamente em cada intervalo na sessão, ora mexendo no vestido vermelho e colado que vestia, ora deslizando os dedos pelo cabelo e até mesmo me mandando pequenos beijinhos e algumas piscadelas. Eu posso lhe jurar que a minha vontade era de correr para o banheiro e me aliviar. Eu estava terrivelmente excitada no meio de uma revista, com pessoas circulando ao meu redor o tempo todo e uma garota sonsa que eu chamava de namorada me seduzindo como uma profissional. Sumir parecia uma boa ideia.

Deslizei a língua pelos lábios e respirei fundo, colocando a mão esquerda no bolso do jeans apertado que eu vesti de volta. A mão direita apertava o copo de café com força, o coração acelerado indicava a paixão que ardia em cada canto do meu corpo. Inferno! Eu nunca me senti tão fraca na frente de alguém.

: - Você está parecendo um garoto de quinze anos que nunca viu uma mulher nua, Jauregui.

Ergui as sobrancelhas ao ouvir aquela voz, mas não cometi a infelicidade de virar o rosto e focalizar o Diabo. Respirei fundo e bebi mais um pouco do meu café, sem retirar os olhos de Camila. Sua coluna estava um pouco curvada para frente, os saltos 15 e pretos sustentavam suas pernas bem desenhadas, naquele momento sendo enfeitadas pelo tecido do vestido até o meio das coxas. Que vontade de acariciar aquela pele...

: - Oh, Deus, não me culpe por isso. – Sorri de canto da forma mais suja que consegui, descendo os meus olhos pelo corpo de Camila. – Eu não tenho culpa de ter uma mulher e me excitar facilmente com ela.

Jodi queria me tirar do sério, não queria? Mas ela não iria conseguir, não mais, aquele papel passou a ser meu. Eu tomei o controle do jogo pra mim e iria vencer nem que para isso tivesse que fazer o impossível. Do meu descontrole ela não iria provar outra vez.

: - Havia esquecido o quanto você costuma ser desnecessária.

Eu ri incrédula e neguei com a cabeça ainda sem olhá-la.

: - Você quer falar sobre ser desnecessária? Então vamos falar. – Tomei mais um gole de café. – Vamos começar pelo fato da sua presença ser desnecessária, e vamos terminar no fato desnecessário de estar falando comigo quando eu disse que a queria longe de mim.

: - Você achou mesmo que eu iria obedecer você? – Ela riu de forma irônica e eu imediatamente me senti enjoada. – Imaginei que fosse tudo, menos ingênua.

: - Ingênua? – Foi a minha vez de rir, retirando os meus olhos de Camila que nos espiava disfarçadamente, os colocando sobre aquela mulher irritante. – Jodi, você não sabe de nada. Não sabe a pessoa que eu posso ser quando preciso lidar com pessoas como você. Eu não temo essa imagem que você passa, eu não temo a autoridade que você tenta impor. Eu na verdade sinto pena de você porque é tudo o que posso sentir, pena.

: - Você se acha muito inteligente, não é Lauren?

Seus olhos em um tom escuro de castanho me fuzilavam de cima, obrigando-me a erguer um pouco o queixo. Pela forma que respirava, percebi que estava com raiva, o que me fez sorrir mais ainda.

: - Eu não me acho, eu sou. Inteligência eu tenho de sobra e não é de hoje. Você pode enganar quem você quiser, Jodi e eu realmente sinto muito por todos que acreditam em você, mas comigo não. Eu não vou ficar em paz até empurrar pela sua garganta tudo o que você já me fez. Acredite, pode demorar o tempo que for, você ainda vai acordar provando do próprio veneno. E olha que não é preciso ser muito inteligente para saber disso, então eu espero que você esteja ciente.

Quando terminei de dizer, sorri com os lábios fechados e lhe lancei uma pequena piscadela, acabando com o líquido escuro que restava em meu copo e o jogando na lixeira ao meu lado. Eu vi os olhos de Jodi faiscarem em mil emoções diferentes, mas a raiva era sempre predominante. Se eu estava com medo? Não, eu estava com nojo e nada mais. Eu ergui as sobrancelhas quando ela avançou dois passos na minha direção, por questão de segundos senti que iria levar um tapa na cara. A sensação foi embora de forma rápida quando senti uma mão tocar o meu braço.

: - Está tudo bem por aqui?

A voz doce de Camila tomou conta do pequeno espaço entre eu e aquela mulher, fazendo-me suspirar maravilhada e virar o rosto para encará-la. Seus olhos estavam desconfiados, como se ela estivesse pronta para me defender de qualquer agressão verbal ou física. A maquiagem presente em seu rosto estava dando um ar tão fatal a ela que senti meu coração acelerar outra vez.

: - Agora sim.

Respondi esquecendo completamente a presença de Jodi, mordendo o lábio inferior e me virando de frente para a garota desconfiada.

: - Não parecia estar tudo bem de longe.

Camila retrucou olhando para Jodi com olhos estreitos, a palma de sua mão descendo pela parte interna do meu braço.

: - Está tudo ótimo, Cabello. Pare de ser irritante e apertar na mesma tecla.

Jodi resmungou exasperada, cruzando os braços embaixo dos seios. Camila rolou os olhos e respirou fundo como se procurasse calma. Sorri para ela e fiz um breve sinal de negação com a cabeça, indicando que não valia a pena responder.

: - Você já acabou com as fotos?

Perguntei erguendo a mão para colocar uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha, olhando para os lados rapidamente para verificar a movimentação.

: - Já, o que é ótimo porque eu não aguentava mais os meus pés naqueles saltos.

Uma careta linda tomou conta de seu rosto, me fazendo perceber que a minha Camz estava de volta. Sorri apaixonada.

: - Vou lhe massagear os pés no carro, está bem?

Estava louca de vontade de me curvar para frente e beijar aquela boca, mas como querer não é poder, fiquei apenas na vontade.  

: - Hmmm, vou contar os segundos.

Camila mordeu o lábio inferior e corou nas bochechas, fazendo com que Jodi suspirasse de forma irritada ao nosso lado. Havia até me esquecido que ela continuava ali. Será que ela não se mancava? Rolei os olhos e me virei para ela, encontrando o seu olhar indecifrável sobre Camila. Qual era o problema? Em momentos como aquele eu realmente sentia vontade de fechar a mão e acertar um soco na porra daquele nariz.

: - Se nos dá licença... – A encarei com indiferença e toquei na cintura de Camila, me virando para levá-la comigo quando parei e olhei para Jodi de novo, deslizando os dedos pelo cabelo. – Por que você não arruma uma mulher para colocar os seus olhos em cima? Não ouse olhar para a minha. Se eu te pegar olhando para ela de novo, Jodi, eu não vou lembrar que preciso manter o respeito no meu local de trabalho.

: - Lauren!

Camila me repreendeu baixinho em um tom envergonhado.

: - Vem.

Eu disse um pouco irritada a puxando pelo braço, deixando Jodi para trás com uma expressão mais fechada que a de costume. Ter alguém olhando para Camila por mais tempo que o necessário era como brincar com fogo, e acredite, eu queimava em brasa de tanto ciúmes. Não olhe para a minha mulher, não fale com ela, não pense nela, não sorria para ela e nós não teremos problemas. O melhor é que você se mantenha longe do que é meu, logo eu serei a pessoa mais agradável do mundo. Pise fora do limite e eu viro bicho, mordo e rosno sem pensar duas vezes. Eu costumava demonstrar ciúmes no passado no meio de uma entrevista até mesmo com Camila e Dinah, acha mesmo que eu não iria demonstrar com uma qualquer?

: - Amor, nós não precisamos andar rápido. Estamos chamando a atenção.

Camz resmungou baixinho enquanto mantinha um sorriso sem graça nos lábios, me fazendo lembrar que eu estava a arrastando pelo meio do estúdio. Soltei seu braço no mesmo instante, diminuindo os meus passos e ajeitando o cabelo sobre os ombros.

: - Desculpe! – Pedi um pouco envergonhada. – Não era a minha intenção. Me desculpe.

: - Está tudo bem. – Ela sorriu de forma carinhosa. – Você fica com uma carinha linda quando está morrendo de ciúmes.

Estreitei os meus olhos para ela e a vi explodir em uma gargalhada, enchendo o meu corpo daquela paz deliciosa.

: - Você é muito engraçadinha. – Acabei sorrindo, não resisti. – Pena que eu costumo mentir nesse ponto.

: - Aham, não é isso que esse sorriso nos seus lábios está me dizendo.

Ela comentou no seu tom baixo, chegando para frente quando duas mulheres passaram atrás dela. Cocei o pescoço para disfarçar e olhei para o lado, quase sussurrando.

: - Você nem imagina o que eu quero dizer agora depois dessa sua sessão de fotos.

: - Guarde essas palavras para mais tarde. – Se aproximando de fim de forma amigável, Camila me puxou pelo braço gentilmente para voltarmos a andar. – Eu vou adorar escutar.

: - Oh, baby, eu tenho certeza que vai.

Nós rimos juntas e olhamos para os lados ao mesmo tempo, explodindo em uma gargalhada maior ainda quando percebemos a cena ridícula que estávamos fazendo. Parecíamos duas crianças com medo dos pais.

: - Do que estão rindo? Parecem duas hienas.

Dinah comentou quando nos aproximamos dela, observando Ally fofocando com alguém no telefone. Camila soltou-se de mim e correu para os braços da mais nova, sendo abraçada com entusiasmo.

: - De nada. – Respondi enfiando as minhas mãos nos bolsos. – Nada que você precisa saber.

: - Tua namorada quer ficar sem a língua, Chancho. – Dinah beijou a cabeça de Camila e estreitou os olhos para mim. – Está muito abusada.

: - Cheechee, deixa ela. – Sorri vitoriosa e fiz cara de deboche. – Você também implica.

: - Mas eu só fiz uma pergunta. – Dinah reclamou erguendo a mão para me dar o dedo do meio. – Para de defender ela o tempo todo e ficar me repreendendo, Chancho.

: - Ai, que dó. Ficou magoadinha?

Perguntei revirando os olhos e me aproximei de Ally, passando o meu braço ao redor dos ombros dela. A pequena me encarou com olhos confusos, como se quisesse saber por qual motivo eu estava a abraçando enquanto ela falava no telefone.

: - Vai se foder, Lauren.

: - Cheechee...

Camila deu um pequeno tapa no braço de Dinah, rindo ao esconder o rosto no pescoço dela outra vez.

: - Mas que porra.

Quando Dinah xingava se tornava algo tão engraçado que eu não consegui segurar a risada.

: - Será que vocês poderiam parar de xingar e falar alto? Eu estou tentando conversar no telefone.

Ally pediu em um tom baixo enquanto afastava o celular da boca, nos olhos com reprovação.

: - Desculpa, Allycat.

Eu disse fazendo cara feia para Dinah e me abaixando para beijar a cabeça de Ally, que voltou a falar ao telefone depois de nos encarar de forma breve.

: - Quando vamos para casa? Eu estou com fome.

Mani apareceu na nossa rodinha com algumas sacolas na mão, óculos escuros no rosto, short jeans apertado e saltos tão altos que eu ergui o rosto para olhá-la.

: - Não me diga que dentro dessas sacolas estão as roupas da sessão de fotos.

 Ignorei sua pergunta, largando Ally para tentar fuxicar as sacolas.

: - Para de ser fofoqueira. – Mani deu um tapa em minhas mãos quando tentei bisbilhotar, me deixando com um bico nos lábios. – E claro que são as roupas da sessão. Eu pedi e me deram. Eu amei tanto aqueles vestidos e eles me vestiram tão bem, seria um pecado deixá-los aqui para outra pessoa usar.

: - Por Deus, Mani, não acredito que você fez essa vergonha, logo você.

Dinah disse rindo baixinho, acariciando o braço de Camila que parecia dormir em seus seios. Só parecia, eu podia ver o sorriso divertido em seus lábios.

: - Vergonha é roubar e não poder carregar. Eu poderia comprar? Poderia, mas já que eles me deram...

Ela sorriu de nariz em pé e fez uma dança ridícula de comemoração. Eu ri da cara dela e neguei com a cabeça.

: - Lo, você não pode falar nada. Lembro-me muito bem de você participando de uma promoção pra ganhar passagens de avião na internet, até postou no IG. Passou uma vergonha mil vezes pior porque a promoção ainda era falsa.

Camila lembrou aquele dia deprimente, fazendo com que todo mundo começasse a rir da minha cara, até mesmo Ally que falava no telefone, mas mantinha os olhos em nós.

: - Ai, cala a boca. – Cobri o rosto com as mãos e senti minhas bochechas arderem. – O fandom me zoou por isso quase o ano todo. Lamentável.

: - Fora as do Tumblr que você reblogava, né? Isso era tão triste.

Dinah soltou o corpo de Camila ainda rindo, ajeitando a blusa verde que vestia.

: - Vocês não precisam ficar lembrando disso.

: - Como se o fandom esquecesse.

Mani torceu os lábios antes de apertar o meu nariz entre os dedos.

: - Eles também não esqueceram o dia que você mencionou o Twitter do Mc Donald’s pedindo para eles comprarem BO$$ na pré-ordem.

: - Nossa, por favor... – Mani me empurrou pelo ombro explodindo em uma risada sem graça. – Vou até excluir aquele tweet.

: - Nada disso, pode deixando lá para que possamos colocar na lista dos melhores do ano.

Camila comentou divertida e se arrastou para o meu lado, sorrindo carinhosamente pra mim.

: - Eu odeio essa lista que você faz, eu tenho vários tweets nessa merda.

Dinah resmungou descendo os óculos que tinha prendendo as mechas do seu cabelo, os colocando sobre seus olhos maquiados.

: - O “eu amo pepecas” é o melhor.

: - Sabia que você ia frisar esse, Chancho. Previsível demais.

: - Porque é o melhor.

Mani e eu dissemos juntas, onde logo puxei-a para mim pela cintura, deitando minha cabeça em seu ombro.

: - Vocês realmente não calam a boca, meu Deus.

Ally reclamou depois de desligar o celular, o enfiando no bolso do short preto que usava.

: - Você também estava rindo, Ally, não vem que não tem.

Eu disse a vendo revirar os olhos pra mim, o que me rendeu uma sequência de sorrisos. Ela ficava fofa toda emburradinha.

: - Ok. Eu estou com fome e quero ir pra casa. Será que ainda vamos demorar muito aqui?

Mani passou o braço livre por meus ombros.

: - Já acabamos as fotos e a pequena entrevista, não creio que exista algo mais para se fazer. Onde está Jodi?

Dinah perguntou chegando a cabeça para o lado, espiando sobre os meus ombros. Camila bufou.

: - Não sei e prefiro não saber. Mas acho que não vamos para casa depois daqui, temos uma gravação para um programa de televisão, esqueceram?

Lembrei as meninas de nosso compromisso e todas suspiraram em perfeita harmonia, completamente frustradas. Aquela rotina era tão cansativa, às vezes sentia vontade de dormir o ano todo. Saímos dos bastidores da Teen Vogue e seguimos direto para um programa de televisão. Gravamos a tarde toda, paramos apenas para almoçar e olhe lá. Fizemos um pequeno live e uma entrevista longa. Entre todas as perguntas feitas, três foram sobre Camila e eu. Vi-me novamente nas coletivas de imprensa feitas no Brasil, onde fui bombardeada por aquele assunto que parecia não ter fim. Tive que dar o meu melhor sorriso cínico e dizer que éramos apenas amigas, que não tivemos nada mais que uma experiência. Camila tirou de letra, como sempre, o fato de ser sonsa naturalmente a ajudava muito. Eu quis rir com tal pensamento, mas me segurei ao máximo na hora para não chamar a atenção. No final, o resultado foi maravilhoso, o programa iria ao ar ainda naquela semana, junto com o lançamento da revista que seríamos capa.  

Alguns dias se passaram desde o ensaio para a Teen Vogue, nós havíamos acabado de pisar em casa depois de uma viagem para Chicago, onde descemos para fazer um par de shows. Jantamos juntas naquela noite e subimos para nossos quartos, o cansaço não me fazia ter vontade de mais nada além de permanecer ao lado de Camila, de preferência deitada. Estava finalizando uma ligação com o meu pai quando a vi sair do meu banheiro, vestindo minha camisa da Lana e uma calcinha azul bebê minúscula. Desliguei o celular e o coloquei ao meu lado na cama, abrindo um sorriso de canto enquanto ela se aproximava cheirando a sabonete. Ela ficava tão sexy nas minhas roupas, ainda mais quando a blusa não conseguia cobrir aquela bunda deliciosa.

: - Estava falando com quem?

Camila perguntou curiosa, subindo de joelhos na cama para começar a engatinhar na minha direção. Suspirei observando seu cabelo cair bagunçado para o lado, me enchendo de vontade de enrolar as mãos e puxar até que ela reclamasse no meu ouvido.

: - Minha amante.

Respondi mordendo o lábio inferior, me ajeitando de costas sobre o colchão para receber seu corpo em minha lateral esquerda.

: - Amante, é? – Concordei com a cabeça quando ela se deitou parcialmente sobre mim, me olhando de cima. – Hmmm. Eu deveria lhe mandar ir dormir com a sua amante, então.

Seus pequenos dedos desceram por minha clavícula, acariciando, me arrepiando. Suspirei inebriada com o seu cheiro e ergui um pouco a cabeça, correndo a ponta do nariz por seu pescoço.

: - Você realmente não quer que eu vá dormir com a minha amante. – Com a mão direita eu acariciei sua cintura quente, correndo para as costas por dentro da blusa, voltando para a cintura. Camila riu baixinho, seu corpo arrepiando quando beijei seu pescoço. – Ah, mas não quer mesmo.

: - Quem te garante?

Sua pergunta saiu falhada, seu tom de voz mais rouco do que o normal. Deitei a cabeça de novo no travesseiro depois de deixar uma sequência de beijos molhados no pé de seu ouvido direito. Encarei seus olhos e eles brilhavam, aquela mistura de diversão e tesão começando a aparecer.

: - Seu corpo. – Eu dei o meu melhor sorriso cafajeste para ela, mostrando a minha real intenção. Desci o olhar para o seu peito, que ela mantinha erguido por estar apoiada no cotovelo direito. Umedeci os lábios quando enxerguei seus mamilos em alto-relevo na minha camisa, deslizando a pontinha das minhas unhas em sua cintura. – Seus seios estão implorando pela minha boca e isso me garante tudo, Camila.  

Minhas mãos naquele momento subiam por suas costas, minhas unhas arranhando sua pele e arrepiando seus pelos por onde passavam. Camila me encarava com olhos quentes, a respiração levemente alterada. Eu sabia que ela não tinha mais argumentos para continuar a provocação, eu havia encerrado a brincadeira.

: - Você não sabe jogar. – Ela resmungou mordendo o lábio inferior, deitando totalmente em cima de mim. – Joga sujo, muito sujo.

Abri as coxas para recebê-la, nossas calcinhas entrando em contato. Respirei fundo e ergui um pouco o meu queixo, subindo a camisa que ela vestia até o meio de suas costas para que pudesse acariciar sem empecilho.

: - Jogar limpo nunca me agradou.

Subi o dedo indicador por sua coluna, arrastando o meu pé direito em sua perna até a parte detrás de seu joelho esquerdo, descendo novamente.

: - Eu amo quando você usa essas meias “Lolita”. Porra! Você fica tão irritantemente sexy.

Eu sorri com o seu comentário quando a vi fechar os olhos, aproveitando a carícia gostosa que eu fazia em sua perna com meu pé coberto pelo tecido macio. Eu tinha meias brancas no estilo “Lolita” esticadas até acima de meus joelhos, as bordas pretas apertando o início das minhas coxas. A camisa do “The 1975” e a cueca feminina completavam o look que eu escolhi para dormir aquela noite. Confortável e sexy, bem sexy.

: - Imagino que você queira retirá-las de mim.

Eu disse chegando na lateral de seus seios por dentro da blusa, arranhando, massageando, provocando. Camila separou os lábios e suspirou de forma longa, abrindo os olhos para me fitar.  

: - Nem louca. – Eu sorri e fechei os meus olhos quando ela pressionou os seus seios nos meus, movendo-se lentamente em cima de mim para colar a boca em meu ouvido. – Eu as quero nas suas pernas a noite toda, de preferência em volta do meu pescoço.

Ao terminar a frase, Camila mordeu o lóbulo da minha orelha, enviando uma onda de vibrações por todo o meu corpo, aumentando de intensidade na minha virilha. Mordi o lábio inferior com força e segurei embaixo de seus cabelos, perto da nuca.

: - Aé? Me diz o que você vai fazer... Diz.

Pedi completamente mole, seus lábios cheios e molhados deslizando no meu maxilar, descendo para o pescoço, a língua quente lambendo a minha pele. Gemi baixinho.

: - Eu vou te chupar.

Sua voz rouca me fez tremer, suas mãos atrevidas invadindo a minha camisa. De forma lenta eu rebolei embaixo dela, afastando ainda mais as minhas coxas para acomodá-la melhor.

: - Hmmm... Bem gostoso?

Cravei minhas unhas da mão esquerda perto de suas costelas, a outra acariciando entre suas mechas de cabelo.

: - Muito. Ah, Lauren, muito. – Aquelas promessas me deixavam louca, tê-la sussurrando o que faria comigo me deixava terrivelmente molhada. – Depois de te fazer gozar na minha boca, eu vou me esfregar em você.

Usando de toda a maldade que eu conhecia muito bem, Camila roçou seu sexo no meu ainda por cima da calcinha, se esfregando para cima e para baixo de uma forma lenta e torturante. Ergui o queixo e se parei os lábios para arfar, sem conseguir segurar o gemido rouco que cortou a minha garganta.

: - E vou fazer tão gostoso, tão gostoso que você vai me implorar por mais a madrugada toda.

Seus lábios passaram a tocar a minha mandíbula, minhas mãos descendo por suas costas até encontrar o que eu queria. Sua bunda. Apertei com força, forçando-a para baixo e a ouvindo gemer para mim no mesmo tom que o meu.

: - Continue... Desse jeito.

Eu pedi nervosa, enfiando as minhas mãos dentro de sua calcinha pequena, tocando a bunda grande e macia, arranhando, correndo a ponta do dedo indicador por cima da brecha que a dividia ao meio, cravando as unhas. Ela gemeu dando um impulso para cima, embolando os dedos nas mechas do meu cabelo no topo da minha cabeça.

: - Eu ainda nem comecei.

Os meus pensamentos foram afastados quando ela me beijou, sem me dar chances de respirar. Eu separei os lábios e sua língua invadiu a minha boca, quente, habilidosa, deliciosa. Nossos corpos naquele roçar gostoso, minhas pernas envolvendo sua cintura, minhas mãos bagunçando o seu cabelo. Camila tirou todo o controle que eu ainda tinha com aquele beijo, onde o encerrou com uma chupadinha em meu lábio inferior antes de descer a boca por meu pescoço, lambendo e sugando.

A camisa que eu vestia já estava erguida acima dos meus seios, os deixando de fora prontos para receber suas pequenas mãos, que não tardaram a aconchegá-los em suas palmas. Camila apertou os bicos dos meus seios doloridos de tanto tesão, massageou toda a protuberância e iniciou movimentos rápidos com os dedões em meus mamilos enquanto descia a língua por minha clavícula. Eu gemia com a cabeça afundada no travesseiro, era como se meu corpo estivesse pegando fogo em cada toque. Em um movimento rápido ela puxou a minha blusa para cima, a retirando. Depois retirou a própria, me dando a visão de seus seios delicados. Não hesitei em envolvê-los com as mãos, apertando e esfregando com vontade. Camila fixou o olhar embaixo do meu seio do lado esquerdo, eu sabia exatamente o que ela estava admirando. A minha tatuagem estava lá, cicatrizada e bonita, enfeitando as minhas costelas. Com calma ela correu a ponta do dedo indicador por cima dela, traçando o contorno das letras bem desenhadas. Tremi em um arrepio, o que eu enxergava em seus olhos naquele momento era muito mais que tesão. Eu via admiração, paixão, gratidão, como se ela estivesse me agradecendo por ter a homenageado daquela forma.

: - Eu não sei dizer o quanto amo essa tatuagem. – Ela aproximou a boca, eu abaixei o meu olhar para fixá-lo em seu rosto. – Faz com que eu me sinta segura, especial, amada... E excitada. Muito excitada.

Eu arfei quando Camila colocou a ponta da língua para fora, gemendo quando ela lambeu toda a região ao redor da minha tatuagem. Céus! Os meus olhos pesaram, eu lutei para não fechá-los e perder o verdadeiro show que ela estava me dando. Suas mãos subiam pelas laterais do meu corpo, eu sentia o meu sexo quente inundar a minha calcinha mais do que o normal. A cena era sexy demais.

: - De novo... Camila. Lambe de novo. – Eu pedi sufocada, embolando a mão direita em seu cabelo quando ela ergueu seus olhos para mim, me fitando por trás dos cílios longos antes de repetir o processo. Eu observei a língua rosada correr ao redor da frase feita para ela, marcada na minha pele, fazendo o contorno. Eu soltei um gemido falhado, puxando o seu cabelo com força. – Porra! Mais uma vez...

Eu não queria que ela parasse com aquilo, eu queria que ela continuasse me acariciando daquele jeito com aquela língua, eu queria que ela passasse o resto da noite adorando algo que eu fiz especialmente para ela. Seus lábios logo se fecharam, dessa fez em cima da tatuagem, onde ela começou a depositar beijos demorados sem deixar de me olhar. Em seus olhos eu lia o prazer que ela sentia, o que me causava a sensação de estar tendo um orgasmo sem realmente estar. Não aguentei e fechei os meus, curvando a coluna para cima e me oferecendo para aquela boca cálida que me devorava, subindo para o seio, tomando o mamilo. Ela sugou o bico dolorido de forma faminta, o barulho da sucção me deixando quase em desespero. Seus dedos massageavam meu outro seio, sua pele roçando na minha, sua garganta soltando gemidos de satisfação, as minhas unhas arranhando com força os seus ombros. Ela largou o meu mamilo esquerdo para passar a sugar o direito, chupando e lambendo da mesma forma enquanto eu tentava empurrar sua calcinha para baixo com os pés.

Percebendo a minha ansiedade, ela retirou a boca do meu seio muito contra gosto para descer por meu corpo, me fazendo sorrir perdida no tesão que sentia. Comecei a tremer em expectativa, agarrando o lençol da minha cama em busca de apoio. Camila tirou a minha calcinha, subindo as mãos por minhas pernas, tocando as meias até a pele nua das minhas coxas. Eu percebi o quanto ela estava excitada com aquela cena, seu lábio inferior mordido a denunciava nitidamente. Ergui o pé direito e o deslizei pela lateral de seu corpo quando ela se sentou sobre os calcanhares, descendo até a cintura, correndo para o meio das coxas, esfregando para frente e para trás no sexo ainda coberto pelo tecido da calcinha. Camila gemeu e ergueu o queixo, seus cabelos caindo por trás de seus ombros, seus seios de mamilos intumescidos aguando a minha boca. Ela estava tão quente e excitada, senti sua umidade atravessar a minha meia.

: - Você gosta disso? – Perguntei me apoiando em meus cotovelos para enxergá-la melhor, diminuindo o ritmo da carícia entre suas coxas. – Gosta do que vê?

Camila gemia enquanto corria as mãos pela minha perna, descendo até o meu calcanhar, forçando a parte superior do meu pé em seu sexo melado e quente. Eu gemi junto dela, a observando abrir os olhos e fixá-los mais em baixo.

: - Gosto. – Esfreguei mais rápido. – Oh, Lauren... Assim.

Eu fiquei louca quando ela pediu daquele jeito, jogando a cabeça para trás e acariciando a minha pele por cima da meia me causando sensações maravilhosas. Levei meu dedo indicador para dentro da minha boca e o chupei, sem conseguir retirar o meu olhar de cima dela. Circulei o meu mamilo direito com o mesmo dedo e passei a apertá-lo gostosamente enquanto a fazia gemer pra mim. Mais alguns segundos e Camila se curvou sobre a minha perna, ficando de quatro na cama, me fazendo perder o contato com o seu centro latejante.

: - Você vai me fazer gozar desse jeito.

Ela resmungou enfiando a mão dentro da calcinha, a retirando dela lá com alguns dedos molhados. Eu separei os lábios ansiosa, engolindo a saliva que se formou em minha boca. Camila engatinhou na minha direção sorrateiramente, meu coração disparado me alertando do perigo que ela me proporcionava.

: - Então goza...

Eu disse pronta para começar a acariciá-la outra vez, mas ela me impediu com um movimento sexy de negação com a cabeça.

: - Abre a boca. – Ela mandou, eu abri. Nossos olhares conectados, nossas respiração descontroladas. Com calma ela colocou os dois dedos melados dentro da minha boca, fazendo com que eu suspirasse em deleite. – Agora chupa.  

Eu tremi intensamente ao fechar os meus lábios ao redor de seus dedos, circulando com a língua para sentir aquele gosto delicioso que fez o meu sexo latejar. Chupei os dois com vontade, chegando a cabeça para frente e para trás para ocasionar o barulho de sucção. Seu rosto estava torcido em uma expressão alucinante, olhos estreitos, lábios separados, testa enrugada.

: - Isso... – Ela gemia baixinho, os olhar fixo no que eu fazia ao redor de seus dedos. – Mais forte.

A obedeci novamente, deslizando a língua entre seus dedos melados. Camila desceu a mão livre por meu corpo, apertou os meus seios, arranhou a minha barriga até tocar em meu sexo, me fazendo soltar um gemido rouco quando a senti começar a massagear o meu clitóris. Abri mais as coxas, ofereci meu sexo encharcado, gemi com a masturbação deliciosa que ela iniciou como tortura. Mordi seus dedos, ela arfou alucinada, ergueu o queixo e soltou um gemido longo quando eu chupei de forma lenta e com uma pressão maior. Eu iria gozar se ela continuasse a me masturbar, mas cometendo um pecado, Camila parou o que estava fazendo e retirou os dedos da minha boca, escorregando para baixo rapidamente. Eu iria reclamar por conta da interrupção do meu orgasmo, mas me calei quando a vi se curvar na direção do meu sexo.

: - Olha pra mim. – Ela ordenou feroz, os olhos vermelhos por conta do desejo. Eu não conseguia controlar a minha respiração, estava desesperada, ansiando pelo gozo. – Quero que veja a minha língua em você, quero que me veja te chupando. Não ouse me desobedecer.

: - Por Deus, Camila. – Empurrei o meu quadril na direção de sua boca. Meu corpo suava. – Eu não vou olhar para outro lugar. Eu na-não poderia.

Gaguejei, dei uma piscadela longa. Ela sorriu.

: - Pede.

Beijou a parte interna das minhas coxas, mordeu a minha virilha. Gemi em êxtase e levei a mão esquerda até seus cabelos, embolando os meus dedos.

: - Para de me provocar. Por f-favor.

Ronronei praticamente, ganhando um tapa forte na coxa direita.

: - Pede.

Ela ordenou mais alto, me fuzilando com os olhos. Eu poderia gozar apenas com aqueles tapas.

: - Me chupa.

Pedi puxando seu cabelo, rebolando devagar o quadril sobre a cama.

: - De novo.

: - Oh, merda... Me chupa. – Soltei um longo gemido me deliciando com a excitação que fazia o meu ventre doer. – Agora.

Eu não precisei pedir mais, logo ela estava afundando aquela língua atrevida no meu sexo mais do que molhado, me fazendo curvar a cabeça para trás e gemer alto, bem alto. Aquela era a melhor sensação do mundo, ter a boca de Camila sugando onde eu mais latejava não me fazia querer outra coisa na vida. Suas mãos subiam e desciam por minhas coxas, sua língua deslizava sobre o meu clitóris de cima para baixo, de baixo para cima. Os meus olhos estavam fixos em seu rosto, observando suas expressões, suas chupadas mais longas, as mais lentas. Eu gemia sem pausa, rouca, choramingando em um prazer fora do normal.

: - Oh, Camila... Isso. – Comecei a dizer quando ela fechou os lábios ao redor do meu clitóris, fazendo uma sucção lenta e deliciosa. Desci a mão, acariciei sua nuca, seu queixo, seu maxilar, voltei para o cabelo, puxei. – Sim... Assim, baby... Porra! Que delícia, C-camila.

: - Rebola. – Ela gemeu contra o meu sexo, puxando com os dentes os lábios menores para chupá-los. Cravei as unhas no lençol, meus dedos doendo tamanha era a força. – Rebola na minha boca.

Atendi de imediato, jogando a cabeça para trás e rebolando o quadril contra aquela língua lentamente, a sentindo entrar em mim, me violando, me instigando, me fazendo rolar os olhos para trás. Não aguentava mais, uma tremedeira gostosa atingiu o meu corpo poucos segundos depois.

: - Camila! – Chamei seu nome sem saber onde colocar a mão, engasgando em meus próprios gemidos. – Eu vou gozar.

Avisei sob um pequeno grito, abraçando seu pescoço com as pernas, deixando os meus calcanhares repousarem em suas costas. Ela aumentou o ritmo, eu os gemidos. Empurrei o quadril para cima e forcei mais a sua cabeça para baixo, usando as coxas. Aquilo foi o suficiente pra mim. Quando senti sua língua tocar um ponto mais fundo dentro do canal estreito que ela se enfiava, soltei um grito rouco de prazer. Os músculos da minha barriga começaram a se contrair e eu gemia alucinada, meu queixo erguido, minha coluna se curvando enquanto eu gozava na boca dela. Meu gozo jorrando naqueles lábios de forma assustadora, me fazendo convulsionar. Camila me lambeu impaciente, sugou tudo o que eu derramei, bebeu o que eu lhe ofereci como se quisesse mais, sem parar. Eu estava fraca, não conseguia pensar, meu corpo suado e meu ventre dolorido. Deixei as coxas caírem para os lados e a vi subir em cima de mim, sentando já sem calcinha em cima do meu quadril. Ela não me deu tempo para raciocinar, logo estava rebolando o seu sexo contra o meu, sua coluna curvada para frente, suas mãos agarradas em meus seios. Eu rolei os meus olhos, cravando as minhas unhas em sua cintura.

: - Lauren! – Ela gemeu jogando a cabeça para trás, rebolando mais rápido, nossos sexos se chocando tão molhados que enchia o quarto com um som excitante. – Gostosa. Você... Me deixa... Oh! Me deixa louca.

: - Mais rápido... Vai.

Implorei gemendo junto com ela, me perdendo junto com ela, desfrutando junto com ela da luxúria que nos envolvia. Subi as mãos pelas laterais de seu corpo, agarrei seus seios, apertei os bicos, desci para a cintura de novo. Ela rebolou mais forte, esfregou para frente, para trás, seus cabelos de foda caindo pelos ombros, tocando o meu rosto. Embolei os dedos nas mechas, puxei com força, bati em sua bunda, cravei as unhas na carne.

: - Sim... Bate mais. – Eu gemia perdida em suas expressões de prazer, o suor escorria por seu pescoço, tocando seus seios, descendo pela barriga. – Bate, Lauren... Bate com força.

Não hesitei nenhum um pouco e bati outra vez, o som do tapa em sua bunda ecoando entre as quatro paredes. Ela soltou um pequeno grito, abriu um sorriso cafajeste e gemeu toda gostosa enquanto esfregava os nossos sexos. Bati de novo e a puxei para frente, fazendo-a deitar os seios sobre os meus. Beijei sua boca, chupei sua língua, forcei o meu quadril para cima desesperada, querendo gozar de novo, sentindo o orgasmo crescendo, me perturbando, me sufocando.  

: - Camila, e-eu...

Tentei avisar, mas ela me interrompeu com seus lábios, falando por mim enquanto rebolava de uma maneira que terminou de me empurrar para a borda.

: - Goza pra mim. – Desci as unhas por suas costas molhadas de suor, seu cabelo grudando em meu rosto. – Vamos... G-goza comigo.

Sua voz saiu falhada, eu perdi a minha. Fechei os meus olhos com força e abri a minha boca, curvando a cabeça para trás enquanto sentia o meu corpo sacudir novamente, não mais sozinho. Nós estávamos gozando juntas, nossos sexos queimando naquele roçar alucinante. Camila choramingava no meu ouvido, seus gemidos arranhados me deixando louca. Suas mãos estavam perdidas no meu cabelo, as minhas apertando qualquer canto em suas curvas. Um gemido longo e sôfrego saiu da minha garganta, me impedindo de respirar. Agarrei em sua cintura e aumentei os seus movimentos de vai e vem, prolongando o orgasmo, os gemidos, e como os franceses chamavam, a pequena morte.

Ela soltou todo o peso de seu corpo sobre o meu, igualmente exausta. Seu rosto caiu na curva do meu pescoço, nossas respirações descontroladas fazendo nossos seios saltarem. Deixei meus braços caírem abertos na cama, incapaz de me mover. Estava completamente suada e mole, levantar dali seria um sacrifício. Ficamos em silêncio por um tempo, tentando uma recuperação. Fitei o teto do meu quarto me sentindo drogada, satisfeita.

: - Eu ainda aguento mais uma rodada.

Camila disse baixinho contra o meu pescoço, os lábios torcidos em uma sorriso na minha pele. Eu ri voltando a fechar os olhos, erguendo os braços para abraçá-la.

: - Eu tenho certeza que aguenta. – Beijei sua testa, a aconcheguei mais em cima de mim. – Mas eu preciso de alguns minutos, por favor. Você não me deu chances de respirar entre um orgasmo e outro.

: - Assim que é bom. – Com calma ela se apoiou nos braços, fitando o meu rosto. Suas bochechas estavam coradas, aquele cabelo pós-sexo a deixava terrivelmente linda. – Você gozou tão gostoso pra mim as duas vezes que me deixou com vontade de mais.

: - Não fala assim. – Suspirei de paixão e desejo, erguendo a mão para enfiá-la entre seus cabelos. – Quando você fala desse jeito me deixa...

: - Eu sei muito bem como te deixo.

Ela respondeu com um tom de voz safado, movendo o quadril lentamente sobre o meu. Gemi baixinho, erguendo a minha cabeça para beijá-la na boca.

: - Tira as meias das minhas pernas. – Mordi seu lábio inferior. – Estou com calor. Tira.

: - Tiro...

Camila retribuiu a mordida que lhe dei e escorregou para baixo sensualmente, as pontas de seu cabelo cheiroso acariciando o meu corpo. Colocou-se de joelhos no meio das minhas pernas, tocando a direita. Com calma ela enrolou os dedos na borda da minha meia, acima do meu joelho. Sorri para ela com o lábio preso entre os dentes, vendo-a se abaixar e beijar a pele que começava a ficar descoberta. Suspirei, ela desceu mais um pouco, beijou outra vez. Suspirei de novo, ela desceu o tecido até o meu calcanhar, passou pelo meu pé, o jogando ao lado na cama. Foi fazendo o mesmo na outra perna, arrastando o nariz na minha pele, me acendendo de novo. Quando me deixou sem as meias que me fazia parecer uma ninfeta, Camila deitou sobre o meu corpo de volta, depositando um beijo em meus lábios.

: - Eu te amo. – Sussurrou dengosa, mas eu sabia que todo aquele dengo se resumia em sua fala, pois seu quadril já se movia de forma preguiçosa no meio das minhas pernas. Sorri entorpecida, acariciando suas costas. – Te amo muito, muito.

: - Eu também te amo. – Perdi minhas mãos em seu cabelo e a olhei, segurando seu olhar quente no meu. – Mais do que você imagina, muito mais.

: - Me prova.

Ela sorriu de canto e rebolou outra vez, mandando os minutos que eu pedi para respirar em direção à casa do caralho.

: - A noite toda.

Em um movimento rápido eu me virei sobre ela, encaixando nossos corpos para começar tudo outra vez. Nós passamos a madrugada inteira em uma verdadeira maratona de sexo, uma foda mais gostosa que a outra, mais longa, mais intensa. Terminamos toda aquela volúpia quando o dia já estava amanhecendo, perdidas em beijos e mais amassos embaixo do chuveiro. Quando fomos dormir, trinta segundos e já havíamos caído na inconsciência.

Acordei algumas horas depois, minha garganta seca clamava por água. Sai debaixo das cobertas com cuidado para não acordar Camila, como estávamos de folga aquela manhã, queria que ela dormisse um pouco mais. Beijei sua cabeça e a cobri até a bunda, depositando um beijinho em suas costas antes de levantar da cama. Vesti uma calcinha e novamente a camisa do “The 1975”, já que estávamos dormindo nuas. Calcei os chinelos e sai do quarto, caminhando preguiçosamente pelo corredor pouco iluminado. Estava passando pela porta do quarto de Dinah quando ouvi uma pequena conversa atrás da porta, o que fez com que eu me aproximasse devagar para não chamar a atenção. Eu não costumava ouvir a conversa dos outros, mas aquela realmente me parecia interessante. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha direita e aproximei o ouvido esquerdo da porta, me esforçando para ouvir com nitidez.

: - Você sabe que isso não é certo.

A voz era de Mani, reconheci imediatamente. Ergui a sobrancelha. O que diabos Normani fazia aquela hora da manhã no quarto de Dinah se estávamos de folga?

: - Eu não me importo com o errado, nunca me importei. Eu faço o que sinto vontade, se a minha vontade se encaixa no errado, eu sinto muito.

A voz de Dinah estava um pouco irritada, mais afastada. Imaginei que ela estivesse de frente pra Mani, longe da porta.

: - Dinah...

Mani resmungou, houve um silêncio. Fiquei ansiosa, morrendo de curiosidade. Aproximei-me mais um pouco.

: - Se eu não me importo, por que você está se importando?

: - Porque você gosta dele.

 Mas oi? Cocei o meu pescoço e apoiei a mão ao lado da porta, quase encostando o meu ouvido na mesma. Ouvi Dinah bufar.

: - Edai? Eu já te disse que as coisas estão frias entre eu e ele. Não é como se eu estivesse o traindo, Normani. Bem, não o tempo todo. Aconteceu no Brasil e voltou a acontecer essa madrugada. Qual é o problema? Você não gostou do que rolou? Está com raiva de mim?

COMO ASSIM?

Uma voz gritou na minha cabeça, meus olhos se arregalaram. Eu não estava escutando aquilo, ou estava? Cobri a boca com a mão, parcialmente em choque. Outro silêncio, mas breve.

: - Eu não estou com raiva de você. – Mani suspirou longamente. Eu queria gargalhar e chamar Camila, mas tudo o que fiz foi ficar imóvel. – E não posso dizer que não gostei, Dinah, eu estaria mentindo se dissesse isso. Mas eu tenho medo de que você estrague o teu relacionamento e me culpe.

: - O meu relacionamento já está indo pelo ralo faz um bom tempo, Mani. – A voz de Dinah ficou mais perto, imaginei que ela havia se aproximado. Engoli a saliva. – Até o sexo esfriou. Não sinto mais aquela paixão como nos velhos tempos, entende?

: - Eu sei, mas...

: - E eu gosto de você, da nossa amizade e do que senti contigo no Brasil e essa madrugada. Não era a nossa intenção, mas rolou e pronto. Você não se arrepende e nem eu, então... Esquece o resto.

Deus! Aquilo era demais pra minha cabeça, era como levar um tapa na cara e permanecer em coma, sem sentir nada. Eu não sabia dizer o que prevalecia, a vontade de rir ou o choque.

: - E se acontecer de novo? – A voz de Mani deu uma pequena tremida. – E se ficar rolando isso o tempo todo? E se ficarmos como Camila e Lauren sem conseguir parar de nos tocar? E se acabarmos com a nossa amizade?

Mani cuspiu inúmeros “E se?”, me fazendo perguntar o mesmo para a minha mente perturbada: E se?

: - Não vai acabar, nossa ligação é forte demais pra isso. E se acontecer de novo, eu não me importo. Eu só quero aproveitar isso, fazia tempo que não me sentia assim, nem mesmo no meu namoro e sei que você também.

Fechei os olhos e sorri sem acreditar.

: - Você é teimosa.

Mani resmungou, Dinah soltou uma risada.

: - Bem, eu sou Dinah.

No seguinte depois seu tom de voz ficou mais baixo, o que me fez colar o ouvido na porta para ouvir melhor. Mas como em meu pior pesadelo, quando minha vó sempre me dizia que a curiosidade matou o gato, eu estava prestes a morrer daquele mesmo mal. A porta não estava trancada, ao pressionar o meu ouvido contra ela para ouvir melhor, fui com tudo para frente, escancarando a mesma e quase caindo ao entrar no quarto sem ser convidada. Dinah e Mani pularam para trás, se separando rapidamente, tão assustadas quanto eu. Elas pareciam ter visto um fantasma, eu iria presenciar uma cena de beijo linda se tivesse sido mais discreta. Nós três nos olhamos sem reação, o meu coração acelerado denunciava a minha vergonha por ter sido descoberta.

: - Laur?

Mani colocou para fora com um fio de voz, olhando rápido entre Dinah e eu. Ajeitei o cabelo completamente sem graça, coçando a nuca.

: - Ouvindo atrás da porta, Lauren?

A voz de Dinah me fez tremer em cima das pernas, mas respirei fundo para calar a vontade de sair correndo antes que levasse um tapa.

: - Nem adianta me ameaçar com esse tom. Eu vou perguntar e espero uma resposta sincera das duas. – Não me fiz de tímida, queria zoar com a cara daquelas duas e precisava me manter séria. – Que porra estava acontecendo aqui?

Mani olhou para Dinah, Dinah olhou para Mani, as duas voltaram a me olhar. Expressões indecifráveis. Eu não sabia o que elas estavam pensando, mas na minha cabeça apenas um pensamento se fazia presente: A coisa está ficando interessante. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...