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História Herança Veela - Cap 16 - Posso te conhecer?


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Gente... Gente... Meus lindos, meus delicias....

Vocês conseguiram e proeza... de comentar 200 VEZES na minha fic. tipo, caralho \o/ eu quero muito agradecer vocês, serio mesmo. Nunca achei que fosse chegar a tanto. Quando eu postei o primeiro capítulo eu pensava "... Ninguém vai ler sabosta." Mas eu precisava postar por que já tava com essa ideia á muito tempo me martelando na cabeça. MAS, mas... Aí, seus lindos. Vocês me deixaram extremamente feliz, cada comentário era um mais lindo que o outro *--*

Então... Como um presentinho. Tem um pouquinho de potaria nesse capítulo, que diga-se de passagem é só um gostinho do que vem por aí. E... Bem, vocês vão ler. Espero que todos gostem.

A musica da vez é "I Won't Give Up" ... Hum, eu gosto da versão normal, mas a do glee também é boa. Ouçam a que quiserem, é um musica realmente bonitinha e romantica :3

Um GRANDE BEIJO, para todos vocês, continuem sendo tão delicias assim. Bjs!!

Capítulo 16 - Cap 16 - Posso te conhecer?



Cap 16 – Posso te conhecer?


— Potter, por favor, não vá. — Imediatamente os passos pararam e então ele se virou, fitando com seriedade os olhos verdes que se encontravam confusos e inseguros. — Eu... Você é o meu parceiro.


Ao ouvir essas palavras Harry gelou. Não conseguia acreditar em seus ouvidos. Tentou falar alguma coisa, porém nada saiu de sua boca.


"Você é o meu parceiro"


Harry simplesmente não conseguia entender essa frase... Isso... Malfoy... Ele sabia? Sabia que era seu parceiro? Oh Merlin...


      — O que... E-Eu não sei do que você está falando Malfoy. — Harry falou, dando um passo para trás, quando já estava a se virar para descer as escadas, ouviu o outro responder.


      — Eu também sou um veela Potter. 


Imediatamente o moreno se virou e o encarou com olhos arregalados. 


      — Um... Veela? — Ele não conseguia acreditar, Malfoy era um veela. Um veela, igual a ele. De certa forma fazia sentido... Quer dizer, era notável as transformações que o loiro também enfrentara, sendo que até ano passado ele era apena alguns centímetros mais altos e quase tão magro quanto ele. Sem falar que isso explicava ele ser seu parceiro... 


      — Sim, um veela Potter. Surpreso? — Perguntar se era com isso que ele estava surpreso era meio irônico, pensou o loiro, de qualquer forma ele continuou. — Minha família, os Malfoy, sempre tiveram sangue veela, quer dizer, a mais gerações do que eu posso lembrar. Porém, também nos orgulhamos de ter "sangue puro" e não seria por causa de uma pulada de cerca do meu tatara-tatara-tataravô que deixaríamos a família passar vergonha não é? Pouquíssimas pessoas sabem disso.


      — Hum... — Harry se bateu mentalmente por isso, queria ter algo mais inteligente para falar do que "hum", mas seu cérebro não queria funcionar normalmente. Ele ainda queria muito apenas sair correndo dali. — Mas... Malfoy... I-Isso foi um engano, você simplesmente não sabe do que esta falando. Você... Eu... Nós não somos-


      — Pode parar com isso Potter, você sabe que sim, nós somos parceiros, não tem como negar. — O maior deu um passo para a frente, que Harry não percebeu.  — Olha, eu... Não sabia, no inicio... Mas depois... Depois que nós nos beijamos, aquele dia no corredor.


Ao ouvir isso Harry ficou extremamente vermelho e desviou o olhar, ele ainda tinha uma memoria bem nítida daquele dia.


      — Eu... Fiquei confuso com algumas coisas que você disse depois. E acabei não pensando muito naquilo, mas... — Draco que até agora estava serio, deu uma pequena risada nervosa.

— Foi por acidente que descobri. Peguei o livro errado e... Comecei a ler. Ah, na hora tudo ficou tão absurdamente claro. O cheiro que eu vinha sentindo o tempo todo, o que eu... Penso sobre... Você.


Ok, Harry estava bem confuso agora. Apesar de ouvir cada palavra que o outro dissera, tudo pareceu muito rápido, as palavras dançavam diante de seus olhos, porém nenhumas delas parecia nítida. Falou a primeira coisa que consegui focar.


      — Cheiro...? — Cheiro? Ele fedia?


      — Sim... Você... Ah, Potter você cheira como a coisa mais deliciosa que poderia existir. — Nublada. Sua mente estava nublada agora. Harry quase nem percebia o outro se aproximando, ele nem conseguiria dizer se poderia andar sem tropeçar em si próprio agora. — Eu fiquei confuso no inicio, isso tudo foi muito confuso na verdade. Desde que entrei no expresso de Hogwarts o aroma de maças e lírios vem me atormentando... É engraçado por que... Eu adoro maças.


Ah sim, muito engraçado... Se bem que... Harry adorava lírios, eles o faziam lembrar sua mãe. De qualquer forma, ele não teve muito tempo para pensar sobre isso. Malfoy estava perto demais agora, mas do que... Era seguro.


      — Mesmo assim você... T-Tem certeza? — Era obvio, ele brigou consigo mesmo mentalmente, ele também já sabia disso... Só não queria aceitar. 


      — Nunca tive tanta certeza de nada em toda minha vida. — A voz rouca do outro lhe atingiu, enviando arrepios por todo seu corpo.


Mais um passo foi tudo o que precisou, agora os dois estavam quase colados, poucos centímetros separavam os dois. Olhos verdes, assustados e confusos encaravam os olhos prateados, confiantes e apaixonados. O loiro aproximou seu rosto devagar, procurando os doces lábios do outro. Harry já fechava os olhos, pensando em se entregar quando o bom senso que havia se escondido no fundo de sua mente começou a gritar.


      — Não! — Suas mãos taparam rapidamente a boca do outro em um movimento involuntário. Corando um pouco ele se afastou das escadas e do loiro. — I-Isso é errado.


      — Claro que não Potter, isso... É certo! — Ele terminou a frase com voz de falsete. Draco não estava pensando direito, mas de certa forma era o que seu coração dizia, nada parecia mais certo agora. — Como isso pode ser errado?


      — Ora como assim? — Harry tentou por ordem em seu corpo novamente, havia sido uma dificuldade controlar as pernas bambas pelo quase beijo. Agora ele travava uma luta para não gaguejar. — A gente nem se gosta! Q-Quer dizer... Não se gostava... Eu não sei! Você sempre deu um jeito de fazer tudo um inferno pra min caso não se lembre.


Ótimo, agora ele teria que pagar por seus pecados, era isso? Draco estava travando uma batalha entre o desejo de beijar Potter de uma vez por todas, ou... Beijar Potter de uma vez por todas, mas que saco!


      — Ok, ok... Olha só. — Ele fez uma pausa enquanto reunia os argumentos certos. — Eu era extremamente infantil ta legal? Tinha... Inveja de você e sua fama. Acredite, eu me arrependo demais de tudo o que fiz.


E como. Aquele quase beijo tinha sido um soco no estomago. Vendo o outro apenas lhe olhar um pouco desconfiado ele suspirou e continuou.


      — E... Isso foi antes. Antes de receber minha herança veela. Antes de descobrir que você é meu parceiro. Antes de... — Ele tentou reunir um pouco da coragem que não tinha para seguir adiante. Sentia uma coisa estranha para si, nunca tinha experimentado aquilo antes. Ele sentia que não precisava usar mascara nenhuma agora e apesar de isso assusta-lo um pouco, Malfoy seguiu em frente. — Potter. Eu não consigo parar de pensar em você. Não consigo parar de pensar em você, como seria bom ter você por perto, conversar com você sem me importar com nada, poder te abraçar e... Beijar. Eu nunca senti isso por ninguém. Quando você está longe, o que é quase sempre na verdade... Eu me sinto incompleto. Mas quando estou com você, meu coração bate tão rápido, mas tão lento que fica difícil respirar... E isso é patético por que na maioria vezes que estivemos junto, ou você me agrediu, ou precisava ser levado a enfermaria. Mesmo assim... Foram os melhores momentos da minha vida.


When I look into your eyes
(Quando olho em seus olhos)
It's like watching the night sky
(É como observar a noite estrelada)
Or a beautiful sunrise
(Ou um belo amanhecer)
There's so much they hold
(Há tanta coisa que eles carregam)
And just like them old stars
(E assim como as velhas estrelas)
I see that you've come so far
(Eu vejo que você chegou tão longe)
To be right where you are
(Para estar bem onde você está)
How old is your soul?
(Quão velha é a sua alma?)


Tudo isso saiu de uma vez, sem dar tempo para pensar o suficiente para calar a própria boca. O loiro se sentia estranho, ele simplesmente nunca falou nada assim para alguém, ele nunca falou nada tão pessoal nem para sua mãe. Tudo aquilo saiu por que foi com Potter... Para ele.
Harry sentiu seu coração parar ao ouvir tudo aquilo. Piscou algumas vezes, tentando se controlar. Seus olhos haviam se enchido de lagrimas e ele se achava patético por isso mas... Foi a coisa mais linda que ele já tinha ouvido. Pensar que aquilo era verdade era... Merlin, era magico. Ninguém nunca tinha importado com ele nesse ponto. Claro havia seus amigos, mas amigos são amigos, nada comparado a... Isso. Ele tentou realmente se controlar, porém uma lagrima acabou escorrendo por seu rosto. Abaixou o olhar sentindo vergonha por estar se sentindo feito uma menina apaixonada agora.


      — Ai droga... Foi alguma coisa que eu disse...? — Draco perguntou incerto, se aproximou, feliz ao notar nenhum sinal de recusa no outro com o seu movimento. — Hey... Está bem?


Com um movimento delicado ele limpou a lagrima que escorria solitária, atraindo imediatamente o olhar que antes se encontrava perdido. Acariciou com os nós dos dedos a pele macia e agora úmida pela lagrimas. Seus rosto foram se aproximando naturalmente, até finalmente... Os lábios se tocarem.


Começou com apenas um selinho casto e inocente, apenas os lábios se reconhecendo. Porém, logo Draco usou sua língua para acariciar levemente o lábio inferior do menor, que sem resistência alguma entreabriu a boca, a deixando ser explorada pelo outro.


Ah, de alguma forma, aquele beijo conseguia ser melhor do que o outro... Parecia ser mais... Profundo. Da ultima vez havia sido uma surpresa para ambos, apesar da iniciativa de Harry. Agora os dois correspondiam prontamente, se aprofundando nas sensações. Mesmo sem saber o que fazer direito, Harry correspondia timidamente, tocando a língua de Malfoy com a sua. 


Em algum momento do qual não conseguia se lembrar, Harry sentiu a mãos de Malfoy em sua cintura, segurando e acariciando ao mesmo tempo, em resposta ele colocou as suas atrás do pescoço do maior. Sem parar o beijo, eles seguiram aos tropeços até a parede próxima, buscando algum apoio. 


Harry sentiu se encostar no que ele achava ser a parede, na verdade ele nem tinha muita certeza de onde estava agora. Tudo que importava era o loiro ali na sua frente e que ele o estava beijando.


Depois de alguns segundos, o beijo foi parando com alguns selinhos demorados, até parar completamente. Com os dois ofegantes, se encarando. Não demora muito e um novo beijo sei inicia, dessa vez mais forte e mais necessitado. Os dois agora se beijavam intensamente, Harry nunca havia experimentado aquilo e apesar de estar um pouco assustado, ele estava gostando. Era a melhor coisa que já sentira.


Draco não poderia estar mais feliz, finalmente tinha seu parceiro ali, em seus braços. Completamente entregue ao momento, assim como ele também. O sabor dos lábios do menor era melhor do que o mais fino chocolate que ele ja provara. O corpo pequeno era macio e se encaixava perfeitamente no dele. Usou sua mão para explora-lo. Ainda mantendo o beijo, Draco explorou por baixo do suéter do moreno, que se arrepiou ao sentir as mãos diretamente em sua pele. O loiro acariciou com carinho a pele, subindo lentamente sua mão até o mamilo do menor. Passou os dedos de leve na área sensível e foi com satisfação que ouviu um gemido abafado.
O loiro então parou o beijo, distribuindo beijos pelo rosto de Harry, até chegar no pescoço, fazendo o menor gemer alto. 


Harry tentava se controlar, porém estava sendo um grande desafio. As mãos, a boca, tudo. Tudo parecia perfeito. Gemidos involuntários escapavam de seus lábios com frequência. Mordeu os lábios, tentando se controlar um pouco. 


Ao ver o moreno tentar cessar os gemidos, aquele som tão delicioso, Draco volta a distribuir beijos pelo rosto do outro, dessa vez apertando com força um dos mamilos. Um gemido agoniado foi tapado pelos lábios do maior. Voltando ao beijo, que foi prontamente retribuído. Harry, sem saber o que fazer com suas mãos, ainda mantinha elas no pescoço do loiro.


Porém, de repente o som de passos começou a se aproximar, chegando cada vez mais perto. Alguém estava subindo as escadas. Os dois congelaram na posição que estavam, devagar olharam em direção ao barulho e depois de uma troca rápida de olhares. Harry correu até sua capa de invisibilidade que ele deixara cair, em algum momento. Esticou-se na ponta dos pés para tapar Malfoy também e esperou.


Cada vez o som ficava mais alto, fazendo o coração de Harry bater mais forte de nervosismo e apreensão. Draco ao sentir a tensão no menor, passou o braço por sua cintura, procurando dar algum apoio. Era estranha a sensação de estar de baixo da capa, ele não se sentia invisível, mas esperava que estivesse, pois alguém se aproximava.


Então, quem subia finalmente apareceu. Patas peludas, um rabo comprido e felpudo e olhos vermelhos. Madame Norra apareceu caminhando calmamente, logo se sentando na frente das escadas. 


Um pouco confuso, Harry quase ousou falar alguma coisa, porém logo tratou de fechar a boca, pois Filch vinha subindo as escadas, com aquele passo torto e segurando um lampião na mão para iluminar o caminho.


      — Então era aqui que aqueles adolescentes sem vergonha estavam minha querida? — O homem perguntou para a gata, que para desespero de Harry olhou diretamente na direção onde estavam e miou. Filch olhou na mesma direção, mas como não havia nada que pudesse ver, deixou para lá sem se importar muito e observou o resto do lugar. — Droga, já devem ter indo embora. Vamos querida, talvez ainda conseguimos pega-los no flagra em algum corredor.


E assim ele se foi, a gata ainda ficou algum tempo olhando na direção dos dois "adolescentes sem vergonha" e foi embora logo depois também.


Ainda um pouco tenso, Harry respirou fundo. Olhou pra cima e viu o rosto de Malfoy, olhando atentamente as escadas. Eles ainda estavam tão perto... Por causa da capa, que não cobria muito bem os dois. A proximidade fez Harry corar e olhar para baixo. Mesmo depois do que haviam feito ele conseguia sentir vergonha só de estar perto do outro... Que droga! Ele simplesmente não conseguiu se controlar. Ouvir tudo aquilo foi demais pra ele e depois... Aquele beijo... Ele simplesmente se deixou levar. Esqueceu completamente de tudo.


Esqueceu que Draco Malfoy era filho de um comensal da morte, esqueceu que Voldemort poderia matar seu companheiro e assim, mata-lo... Tudo parecia simples e agradável na hora. 


Por esses motivos, martelando em sua mente. Ele se afastou, puxando a capa de invisibilidade para cima de si. Malfoy olhou para frente, se assustando ao não enxergar nada. Mesmo assim, sentiu um empurrão e algo encostar em seu braço, se afastando. 


      — Não... Não! Potter espera! — Ele correu, descendo as escadas, escutando o barulho metálico dos passos no metal, descendo apresado. — Espera droga! Potter! 


Harry, porém não ouviu nada. Sabia que se ficasse, não conseguiria resistir. Por isso, correu o mais rápido que pode, procurando se afastar o máximo que podia. Deixando Draco Malfoy para trás.


                                                                           oOo


Draco ainda correu o andar inteiro tentando alcançar o outro. Não sabia muito bem o que seguir, sendo que o outro estava invisível, apenas seguia o som dos passos e é claro, aquele cheiro adocicado e agradável. Quando finalmente dessistio, parou no meio do corredor, ofegante. 


O que ele tinha feito dessa fez? Ele realmente tinha feito alguma coisa? O que aconteceu afinal? Draco simplesmente não conseguia entender. Por um momento... Por um momento ele achou que tudo estava bem. Potter estava entregue a ele, sem recusa, sem negações... O que tinha acontecido? 


Potter era realmente confuso... Em um momento o beijava de volta e em outro fugia. 


Mas que Droga! Ele até se declarara para o moreno. Draco nunca nem mesmo falou algo tão carinhoso para sua mãe, talvez, em sua infância... Ele tenha dito que a amava, mas não conseguia se lembrar disso, muito menos da resposta fria que deve ter recebido.


Suspirou de cabeça baixa e deu meia volta, voltando para o dormitório Soncerino.


Enquanto caminhava apenas uma coisa não saia de sua cabeça... Ele ainda não havia desistido, estava mais perto do que nunca de conseguir o que queria...


Nunca teve que lutar por nada do que queria, sempre ganhou tudo nas mãos. Agora era diferente, ele sentia que poderia ir até o fim do mundo por aquela pessoa. Isso era tão estranho... Ele nunca pensou desse jeito, por ninguém. Sempre teve a ele mesmo em primeiro lugar, mas agora seus pensamentos eram diferente, seus sentimentos... De uma coisa ele tinha certeza. Ele nunca desistiria de seu parceiro.


I won't give up on us
(Não vou desistir de nós)
Even if the skies get rough
(Mesmo que os céus fiquem furiosos)
I'm giving you all my love
(Estou te dando todo meu amor)
I'm still looking up
(Ainda estou olhando para cima)


                                                                       oOo


Droga... Droga... Droga! Ele já tinha visto essa cena...


Correr assim... Esperar do lado de fora do salão comunal para que ninguém percebesse que ele estivera correndo... Para que ninguém percebesse que... Algo aconteceu.


Harry queria se ajoelhar no chão e chorar. Que droga de vida ele tinha! A droga de seu parceiro era o filho de um dos mais importantes s comensais de Voldemort, o homem que queria lhe matar a qualquer custo desde que ele tinha um ano de idade. Ele não podia simplesmente se entregar a um beijo... Não podia deixar tudo ir por agua a baixo... Isso era... Era muito perigoso. Tanto para si mesmo quanto para Malfoy. Que obviamente não tinha a mínima noção do perigo.


Com certa raiva ele limpou uma lagrima que teimou em escorrer.


Ele meio que se deixara levar... Deixou-se levar pelas palavras... Pelo toque... Tudo tinha sido tão mágico. 


"Potter. Eu não consigo parar de pensar em você. Não consigo parar de pensar em você, como seria bom ter você por perto, conversar com você sem me importar com nada, poder te abraçar e... Beijar."


A frase ecoou em sua mente tão claro como se Malfoy estivesse falando agora mesmo. Merlin! Era tão... Bizarro escutar isso daquela pessoa. Mas estranho ainda era que Malfoy sabia que era seu parceiro e... Encarava tudo com a maior calma do mundo. Talvez ele não se importasse... Ou não soubesse. Talvez Malfoy não soubesse como é perder alguém importante para si, perder alguém por que a culpa foi sua... Ele não entendia.


"Eu nunca senti isso por ninguém. Quando você está longe, o que é quase sempre na verdade... Eu me sinto incompleto. Mas quando estou com você, meu coração bate tão rápido, mas tão lento que fica difícil respirar..."


Foi provavelmente nessa parte que seus pensamentos começaram a ficar incoerentes não é? Harry se sentia patético por isso mas... Pensando nas palavras do outro, ele quase conseguia entender e isso o assustava demais. Ele também se sentia diferente quando estava com ele, aquele sensação de estar sempre em perigo, sempre sendo observado, sempre estar com atento ao que acontecia em volta, desaparecia completamente. Ele simplesmente se sentia completamente seguro quando estava com o loiro, ele sentia que nada poderia chegar até ele.


Isso não era verdade... Era? Quando mais se aproximasse dele, mais ele estaria vulnerável.


Fungando um pouco, Harry sussurrou a senha para o quadro da mulher gorda, entrou na sala comunal sem fazer barulho, o que não era necessário já que a essa hora todos os seus colegas estavam dormindo. Feliz por isso, já que não precisava dar explicação alguma para um ruivo preocupado, ele retirou a capa de invisibilidade e se deitou. Apenas para ficar acordado até a hora do café da manha, sem conseguir dormir por causa de uma cabeça de cheia de pensamentos inúteis.


                                                              oOo


As vezes, ser veela tinha lá suas coisas boas. Era poucas, quase nenhuma na verdade. Mas quando se levantou da cama para ir tomar café aquela manha, Harry agradeceu o fato do que não estava com olheiras. Tinha passado a noite toda acordado e sua expressão estava no máximo um pouco cansada. Que bom, pelo menos não teria que explicar por que não conseguira dormir...


Ele e Rony se encontraram com Hermione no salão comunal e foram juntos tomar café da manha. Estava tudo correndo normalmente, tirando o fato de que o moreno se recusava com todas as suas forças a olhar para a mesa da Sonserina atrás de si, até que o correi bruxo chegou, trazendo consigo o profeta diário que Mione assinava.


A garota abriu o jornal calmamente enquanto mordia uma torrada. Porém sua tosse para desafogar ao ler a primeira pagina, chamou a atenção de Harry e Rony.


      — Mione, o que...? — Rony começou a falar mas foi interrompido.


      — Leiam isso. — E ela estregou o jornal a eles.


"MINISTÉRIO VISA REFORMA EDUCACIONAL 
DOLORES UMBRIDGE APROVADA COMO GRANDE INVESTIGADORA"


      — Umbridge, grande investigadora? — Harry repetiu.


      — O que isso significa?


Então Hermione leu o artigo todo. Basicamente, falava como o ministério se preocupava com a educação em Hogwarts e o quão ruim estava a situação do ensino e é claro, a melhor parte. 


"... O Ministério colocou Umbridge e, lógico, ela está sendo um sucesso imediato."


      — Ela está sendo O QUE? — Harry exclamou com voz de falsete. atraindo atenção de meio salão. Ele imediatamente se encolheu no banco, corando imensamente.


      — Espere, há mais. — Continuou Hermione.

Então quando ela finalmente terminou de ler o artigo, a garota expressou sua opinião.


      — Agora nós sabemos por que aturamos Umbridge! Fudge aprovou esse "Decreto Educacional" e a forçou para nós! E agora ela tem o poder de inspecionar os outros professores! — Ela estava ofegante e com os olhos brilhantes. — Eu não acredito, isso é ultrajante...


"Eu sei" Harry pensou, imediatamente puxando a manga de seu suéter para esconder sua mais nova cicatriz.


Depois de mais alguma conversa sobre Umbridge e o quanto seria divertido vê-la inspecionando McGonagall. Os três terminaram o café da manha e foram para mais um dia de aula. 


                                                   oOo


Ele e Rony estavam na aula de adivinhação, aquele porão quente e escuro estava especialmente insuportável hoje, considerando todo o sono que Harry estava sentindo por não ter dormindo nada a noite.


Logo a  professora Trelawney chegou, com suas roupas esquisitas e óculos enormes.


      — Hoje nos continuaremos a estudar os sonhos proféticos. — Ela falou em uma voz etérea, numa falha tentativa de tom místico. — Dividam-se em pares, por favor, e interpretem as últimas visões de cada um com a ajuda do livro.


Suspirando pesadamente, Harry folheou seu livro sem presa alguma até chegar no capítulo que precisava.


      — Pense num sonho, rápido. — Disse ele a Rony — A professora pode passar por aqui.


      — Eu fiz isso da última vez. — Respondeu o ruivo. — É a sua vez, me diga um.


      — Hum... — Harry tentou pensar em alguma coisa, normalmente ele diria o sonho que teve aquela noite, mas já que não tinha dormido... Tentou pensar em outra coisa. De repente, como um flash imagens confusas passaram por seus olhos. Era estranho, ele estava em um corredor escuro, andava para frente, se aproximando de uma porta... Tão rápido como veio, aquela visão se foi. Parecia ter sido algo como a lembrança de um sonho... Harry não achava que seria bom contar isso. Tentando pensar em outro sonho rápido, sua mente o levou até outro sonho confuso, porém mais agradável. Seu corpo estava sendo tocado por mãos gentis, sentia uma respiração quente em seu pescoço, subindo lentamente até sua boca ser tomada. Imediatamente ele corou até o ultimo fio de cabelo. Era melhor ele inventar alguma coisa. — E-Eu sonhei que... Ah! Sonhei que estava afogando Snape no meu caldeirão... Isso mesmo.


      — O-O-Ok... Quer dizer... — Harry percebeu que Rony parecia envergonhado. Ele provavelmente não devia pensar certas coisas perto de outras pessoas, muito menos corar com isso. Fez uma anotação mental para lembrar-se de não fazer mais essas coisas. — Nós precisamos adicionar sua idade á data em que você teve o sonho, o número de letras no caso... Seria "afogando" ou "caldeirão'' ou "Snape"?


      — O que? Não importa! Apenas pegue qualquer uma. — Ele respondeu. Olhou para trás para conferir como estava a situação. A professora Umbridge estava nos calcanhares da professora Trelawney, tomando notas enquanto a professora de Adivinhação questionava Neville sobre o seu diário dos sonhos.


A aula seguiu, com Umbridge fazendo varias e varias perguntas para a professora. Trelawney frequentemente se atrapalhava em responder, fazendo Umbridge aumentar o sorriso naquela cara de sapo.


No fim, a mulher completamente vestida de cor de rosa pediu uma "pequena visão" pra Sibila. Que claro, não conseguiu fazer nada, apenas falando alguma coisa para enrola-la tão ruim quanto o sonho que Harry contara.


Por fim, Umbridge saiu com uma expressão vitoriosa na cara gorda, deixando para trás um professora de adivinhações mais do que abalada, sendo amparada por Lavander e Parvati.


                                                    oOo


Mais uma vez a aula de DCAT não estava indo muito bem. Aparentemente Hermione havia lido o livro todo e agora "discutia" com a professora sobre isso. Como sempre, Umbridge tentou não chamar a atenção, porém lentamente as palavras doces e o sorriso assustador se transformaram em rosnados e carrancas.


      — Já chega. — Ela quase rosnou, o que soou estranho naquela voz. — Srta. Granger, eu vou tirar cinco pontos da Grifinória.


Houve um início de vários murmúrios. Harry que só estava assistindo a discussão se sentia incrivelmente irritado, como sempre aliás, quando estava nessa aula. Umbridge simplesmente havia menosprezado completamente Hermione, apesar de tudo do que ela falou era verdade e plausível. Não que isso importasse é claro. A única coisa que importava para Umbridge era sua própria opinião e a do ministério. Com tudo isso fervendo dentro de si, Harry não conseguiu controlar sua língua. Novamente.


      — Por quê? — Ele disse com raiva.


      — Não se envolva! — Hermione cochichou desesperadamente.


      — Por perturbar minha aula com coisas bobas. — Ela disse solenemente. — Estou aqui para ensinar vocês usando um método aprovado pelo Ministério que não inclui convidar os alunos para darem sua opiniões em assuntos que entendem pouco. Seus últimos professores nessa matéria podem ter sido mais displicentes mas nenhum deles, com a possível exceção do Professor Quirrell, que ao menos aparentava restringir as lições devido á idade, teria passado por uma inspeção ministerial...


      — Ah, claro, Quirrell era um excelente professor. — Harry falou, sem perceber que todos o olhavam boquiaberto. — Mas ele tinha o problema de ter Lord Voldemort grudado na parte de trás da cabeça!


Aquilo tinha saído antes que pudesse controlar. Mas Harry simplesmente não conseguia ouvir tanta besteira sem fazer nada, mesmo que... Houvesse consequências.


      — Acho que mais uma semana de detenção fará bem pra você, Sr. Potter — Umbridge disse, o sorriso voltando a face.


                                                 oOo


Harry sentiu muita vontade de chorar quando mais uma vez estava em frente a porta da sala da professora de DCAT. Não conseguia acreditar no que fizera, por que raios ele não calou a boca? Agora tinha que passar por tudo aquilo de novo, mais uma semana... Argh.


Apertou os olhos, tentou se controlar. Como já tinha dito uma vez. Aquela mulher horrível não iria lhe fazer chorar.


Entrou e tudo correu... Normalmente, se é que era essa a palavra que ele poderia usar. No enteando, dessa vez parecia ter doido ainda mais, e sua mão estava sangrando logo no primeiro dia. De qualquer forma, Harry apenas lavou a mão e voltou para seu dormitório. Evitando falar com qualquer um, ele só queria deitar e se esconder um pouco.


                                                 oOo


E então na metade da semana de detenções, como Jorge previra, veio a reação de Angelina. Ela o pegou assim que chegou para tomar café da manha e gritou tão alto que a professora McGonagall veio separar os dois.


      — Srta. Johnson, como se atreve a fazer esse escândalo no Salão Principal? Cinco pontos a menos para a Grifinória!


      — Mas professora, ele pegou detenção de novo...


      — O que é isso, Potter? — Ela se virou bruscamente na direção de Harry que quase se encolheu. — Detenção? De quem?


      — ... Da... Professora Umbridge. — Ele murmurou, não conseguindo encarar  o olhar furioso que ela lhe mandava, aliás, muito parecido com o de Angelina. Porém, pior.


      — Potter. — Ela suspirou. Falando em um tom baixo para que ninguém ouvisse. — Mesmo depois da conversa que tivemos você perdeu a calma na aula da professora Umbridge de novo?


      — Sim. — Harry murmurou.


      — Potter, tente de controlar! Está se metendo em sérios problemas. Outros cinco pontos da Grifinória.


Harry não conseguiu falar nada dessa vez. Era tanta injustiça... Ele já estava sendo punido, então por que... McGonagall estava lhe tirando pontos? Estava com raiva, estava decepcionado, não sabia exatamente com quem e vários outros sentimentos que o deixavam confuso... 


Angelina lançou lhe um olhar azedo e foi se sentar-se à mesa da Grifinória. Harry saiu do salão principal sem tomar café da manha.


                                                oOo


Draco andava bastante ansioso esses dias. Não tivera mais a oportunidade de falar com Potter. Em seus turnos como monitor ele não perdia a chance de talvez, sentir o aroma tão agradável que podia leva-lo até seu parceiro. Porém, estava sempre na mesma parte do castelo, no salão comunal da Grifinória. 


Talvez Potter estivesse traumatizado? Por isso não saia mais para um passeio noturno? Ou talvez só estivesse seguindo as regras... Que seja. O importante era que ele precisava falar com o garoto de uma vez.


Falar durante as refeições ou aulas não era uma opção com certeza. Ele tinha noção de que seria muito estranho para os outros alunos, pelo histórico nada amigável deles, e é claro, poderia ocorrer boatos indesejados por parte de seus colegas Sonserinos, querendo ou não seu pai ainda era o braço direito de Você-Sabe-Quem não é?


Não ia expor Potter á esse perigo, com certeza não... Tinha que haver outro jeito de falar com ele.


E então, a oportunidade caiu do céu naquele dia, naquele café da manha. Quando aquele rinoceronte barulhento, que algumas pessoas chamavam de Angelina Johnson, falou para todos ouvirem que Potter estava em detenção novamente.


Draco queria muito poder pegar aquela garota pelos cabelos e joga-la dentro do lago. Ela estava fazendo o SEU companheiro passar vergonha, além de atrair muitos olhares indesejados para ele também. Quase ficou feliz quando McGonagall chegou, mas teve que se segurar para não ir atrás quando Potter saiu porta a fora do Salão principal... Ele parecia um pouco abatido.


Bem, de qualquer forma... Agora ele tinha a oportunidade certa para encontra-lo.


                                                                      oOo


Era quase meia noite quando Harry finalmente saiu de seu castigo. Sua mão estava sangrando tanto naquele momento, que manchava o lenço que ele enrolara para o sangue não escorrer. Ele se sentia mau agora, quase um nada. Não podia admitir que aquela mulher horrível fizesse isso e ele não pudesse fazer nada. Tudo por que ele estava dizendo a verdade... Sua vida era uma droga. Será que algo poderia dar certo pelo menos uma vez?


      — Potter. — Parou no meio de seu caminho de volta ao salão comunal. Sentiu uma mão em seu ombro e a voz rouca que lhe arrepiou inteiro. Virou-se como se tivesse levado um choque recuando um passo.


Parado lhe olhando apreensivo estava Draco Malfoy


                                                                   oOo


O loiro estava fazendo seu caminho normal pelos corredores depois do horário. Já havia passado um pouco da hora que costumava ficar, porém, ele sabia que Potter ainda estava em detenção e isso o preocupava. Mas não poderia estar acontecendo nada demais, certo? Era apenas uma detenção.


De qualquer forma, ele continuou andando pelo andar onde ficava a sala de Umbridge, esperando... Quando era quase meia noite, viu a porta no fim do corredor por qual estava passando pela decima vez, se abrir. Então Potter saiu, com a cabeça baixar e segurando uma das mãos contra o peito. Não entendeu bem o porquê disso, mas seguiu em sua direção mesmo assim, enquanto ele se afastava na direção contraria sem notar sua presença.


Chegou silenciosamente, não queria assusta-lo mas também não queria que ele corresse, como da ultima vez. Apesar daquele tamanho minúsculo que tinha, Potter podia ser bem rápido quando queria... Isso fez Draco associa-lo a um coelho brevemente, mas logo afastou esses pensamentos ridículos e tocou no ombro do menor, tentando chamar sua atenção.


      — Potter. — Chamou baixinho. Vendo o outro se assustar e recuar um pouco. Mas já havia conseguido sua atenção e era isso que importava.


      — M-Malfoy? O que...? — Ouviu o outro falar, olhando em volta, provavelmente procurando alguém no corredor vazio.


      — Potter eu... Preciso falar com você.


      — Eu não tenho nada para falar com você, ouviu? — O moreno respondeu o olhando com o que deveria ser uma expressão brava. Porém Draco não conseguia achar aquele bico ameaçador.  — Se me der licença, agora eu vou...


      — Espera. É serio, eu realmente preciso falar com você. — Draco interrompeu. — Por que correu de mim aquele dia?


Potter parecia ter mordido a língua. O olhava levemente pálido agora.


      — Por que... Ora por que... Por que... Por que sim. — Respondeu como se fosse resposta descente. O loiro se segurou para não girar os olhos.


      — Por que sim? Potter, eu não sou idiota, sabe? — Falou. — Você parecia bem... A vontade, antes de Filch chegar. Por que você correu depois? O que aconteceu? 


O menor corou fortemente e desviou o olhar.


      — N-Não aconteceu nada está bem? Eu só... Não queria mais ficar lá, é isso. — E mordeu o lábio com força. Provavelmente nem ele caia na própria mentira.


      — Ah, pelo amor de Merlin. Potter, acha mesmo que eu sou idiota não é?


      — Malfoy... — O outro fechou os olhos com força... Draco teve a leve impressão de que ele estava com raiva. — O que exatamente você queria que eu fizesse?


Ah, Draco com certeza tinha algumas ideias.


      — Só por que você me falou que... Que... Que nós somos, argh, parceiros. Queria que eu ficasse lá e... Quer dizer, eu não sei exatamente o que espera que eu faça, que finja que está tudo bem, que nos amamos e tudo vai ficar bem, que não tem nada de errado nisso? Nada vai ficar bem, ok?— Ele falou tudo isso em um folego só.


      — Potter, e qual é exatamente o problema nisso? Por que você acha que não vai ficar bem?


                                                               oOo


Harry se sentia com raiva, muita raiva. Raiva de si mesmo, de não conseguir se controlar perto do outro. Estava gaguejando e seus pensamentos estavam confusos. E também tinha Malfoy, que falava como se tudo fosse fácil. Ele não entendia não é? Harry achava que não valia a pena explicar, então, simplesmente deu meia volta, porém sentiu seu braço ser agarrado novamente.


      — Espera... Por favor, não vá. — Ouvir aquilo, fez seu corpo parar automaticamente, se virou lentamente e observou a expressão do outro. Ele parecia realmente com medo que ele fosse embora, o algo do tipo. — Por que não vai ficar bem Potter? Você sabe, não sabe? Que nós somos parceiros... Então por que...


      — Malfoy. — Harry interrompeu. — Leu sobre veelas não é? Sabe o que acontece quando... Eles ficam juntos. Eu não sou exatamente o tipo de pessoa certo para isso não é? Estou constantemente correndo risco de vida. Se você... Se nós ficarmos juntos, entende que vai acabar morrendo também? E o problema não é só eu também, não é? Você é filho de um dos comensais do homem que quer me matar. Que pode fazer qualquer coisa para isso, inclusivo machucar e muito, pessoa próximas de mim... Entendeu agora?


Soltou seu braço e se afastou, indo de volta para seu salão comunal. Andou alguns passos ouvir algo que o fez parar.


      — Eu não me importo. 


Virou-se para ver o loiro andar em sua direção.


      — C-Como assim não se importa? — Harry gaguejou, não entendendo o que o outro queria dizer com aquilo... Será que ele podia ser tão burro ao ponto de...


      — Acho que é você quem não intende. Potter, sem você ter uma vida, simplesmente não faria sentindo. — O menor segurou a respiração ao ouvir isso. — É estranho dizer isso mas... É o que eu sinto. Sinto que viver sem você não vale a pena. Prefiro viver uma vida curta com você, do que viver anos e anos sem você. 


      — Mas... Malfoy... Mesmo assim... A gente nem... Se conhece, eu não sei nada sobre você e... Acredito que não saiba muito sobre mim. — Harry falou em voz baixa. Ouvir aquelas coisas realmente mexia com ele, mas do que ele queria admitir.


      — Então me deixe te conhecer. Não estou falando para nos casarmos agora, nem nada. — Harry corou com essa ideia. — Eu realmente quero de conhecer. Fazer todo esse amor veela dentro de mim valer a pena. Não me importo com o que possa acontecer no futuro, só me importa agora e... Agora, eu quero te conhecer. Você deixa?


And when you're needing your space
(E quando você precisar do seu espaço)
To do some navigating
(Para navegar um pouco)
I'll be here patiently waiting
(Eu estarei aqui pacientemente esperando)
To see what you find
(Para ver o que vai encontrar)


Harry o encarou, sem saber o que dizer. Era tão estranho ouvir essas coisas... Ele não sabia como agir. Ouvir uma pessoa, ouvir Malfoy dizendo aquilo era... Tão bom. Ele sentia uma coisa quente em seu peito com aquelas palavras. Sentia-se feliz e queria acreditar naquilo. Acreditar que nada importava realmente e quer ele poderia confiar e... Conhecer Malfoy, por que não? Ele mesmo disse que não seria como se eles estivessem se casando, não é? O que ele tinha a perder se... Só Conhecesse o outro... Não poderia ser tão ruim, não é?


      — Eu... — As palavras não queriam sair de sua boca, mas seu coração ansiava por pronuncia-las. — Eu deixo.


Cause even the stars they burn
(Porque até as estrelas queimam)
Some even fall to the earth
(Algumas até mesmo caem sobre a terra)
We've got a lot to learn
(Temos muito a aprender)
God knows we're worth it
(Deus sabe que valemos a pena)
No I won't give up
(Não, não desistirei)


Notas Finais


Oshi, agora a potaria rola solta. \o/ \o/ \o/

Sabe, eu acho que "Call me Maybe" também combina com esses dois, kkkkkk. Bem, eles se acertaram... Va.mos ver quanto tempo dura isso? Ou será que dessa vez eles vão viver felizes para sempre? =^.^= não se depender de mim....

Não se esqueçam de comentar, é de graça e indolor.


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