De repente ele virou uma estátua em cima de mim.
Ele fechou os olhos e respirou fundo.
- O que você disse? – perguntou surpreso.
Eu permaneci calada. Será que ele não gostou? Eu não esperava que ele fosse parar.
- Repete o que você disse Kath – pediu.
- Eu te amo – sussurrei hesitante.
Ele ainda de olhos fechados, abriu o maior sorriso que eu já vira em seu rosto. Foi uma coisa tão boa de se ver que por mim poderia ficar ali por horas admirando a cena.
- Você nunca havia dito isso antes – ele disse balançado a cabeça, sorridente.
- Então você percebeu? – pensei alto.
- É... Acho que sim – ele soltou uma risada baixa enquanto abria os olhos.
Então ele ficou sério enquanto olhava nos olhos. Eu apenas queria saber o que ele estava pensando.
- Fala mais uma vez que me ama – pediu sustentando meu olhar. Seus olhos brilhavam.
- Eu te amo – sussurrei depositando naquelas três palavrinhas todo o amor que sentia por ele.
Ele grunhiu baixo.
- Eu te amo – sussurrou e logo selou os lábios nos meus.
*
- O que nós vamos fazer agora? – perguntei brincando com o seu cabelo.
Ele se apoiou com o cotovelo e me olhou.
- Podemos fazer de novo – sugeriu.
- Não podemos passar a vida toda fazendo amor Harry - repreendi-o.
- Eu discordo sobre isso... Hm... Está com fome? – perguntou.
No mesmo instante meu estomago roncou e eu corei com vergonha.
- Acho que isso é um sim – sorri para ele.
- Vamos, vou te levar a um lugar – ele saiu de cima de meu peito, onde estava deitado, e se levantou.
- Aonde vamos? – perguntei pegando minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão.
- Vamos a um lugar – respondeu. – Acho que vou começar a deixar roupas aqui.
- Por que?
- Por que é melhor do que ficar usando a mesma roupa – ele explicou.
Eu vesti a mesma roupa de antes, mas dessa vez troquei as sapatilhas por botas, estava realmente frio.
- Você está parecendo uma vaqueira – ele sorriu. – Minha vaqueira – ele me abraçou pela cintura beijando meu pescoço.
Quando saímos do quarto percebi que estávamos sozinhos em casa. Bom pelo menos não teríamos que encarar o olhar de minha tia. Eu senti até um alivio em saber que transamos e ela não estava em casa.
* Estávamos na rua. Uma rua que eu não conhecia.
- Nando’s? – perguntei lendo a placa quando paramos em frente ao estabelecimento.
- O restaurante preferido do Niall – ele deu de ombros – Achei que você iria gostar.
- Mas se o Niall gostou, o que ainda estamos fazendo aqui fora? Vamos entrar – puxei o para dentro.
- O que você vai querer? – perguntou.
- O mesmo que você – respondi.
Nós dois entramos na fila.
O pessoal que trabalhava lá não pareceu nem um pouco surpreso ao vê-lo lá.
- Encontre um lugar para sentarmos que eu levo as bandejas – sugeriu.
Encontrei uma mesa no fundo do estabelecimento, longe das janelas e das portas. Eu me lembrei de sua preferência de lugar da ultima vez que fomos ao Starbucks, isso me ajudou a achar um lugar agora.
- Espero que goste – disse quando chegou alguns minutos depois colocando a bandeja em cima da mesa.
- Obrigada – agradeci puxando a bandeja para mim.
Acho que sabia porque era a lanchonete preferida de Niall, a comida era deliciosa.
- E aí, o que achou? – ele perguntou depois que eu dei a primeira mordida no meu sanduíche.
Gesticulei com a mão para que ele esperasse. Engoli o lanche beberiquei um pouco do refrigerante e respondi.
- Uma delicia – respondi sorridente.
- Acho que eu já sabia que você ia gostar – sorriu.
Nós comemos lentamente enquanto conversávamos. Uma conversa bem banal na verdade. Falávamos sobre cor preferida, programas de TV favoritos entre outras coisas.
- Que horas são? – perguntei assim que terminei de lanchar.
- São 19:46 – ele respondeu um pouco surpreso.
- O tempo passou rápido – respondi.
- Você podia dormir lá em casa hoje – sugeriu.
- Dormir na sua casa? – perguntei.
- Sim.
- Eu teria que avisar a minha tia – arqueei a sobrancelha.
- Sem problemas, quer ligar do meu celular? – perguntou.
- Eu teria que ir em casa buscar roupa.
- Você usa as minhas.
- Vou ligar pra ela – cedi.
Peguei meu celular do bolso e liguei para ela, ela atendeu no primeiro toque.
Ligação on*
- Aconteceu algo? – perguntou.
- Não eu só queria avisar que não vou dormir em casa hoje – disparei de uma vez.
- E vai dormia onde? – perguntou.
Ah tia, por favor não seja ingênua, pensei.
- Na casa do Harry... – respondi.
- Styles?
- Claro – revirei os olhos.
Harry ouvia atentamente.
- Vai voltar pra casa amanhã? – perguntou.
- Sim, amanhã eu volto – respondi.
- Tudo bem querida, se cuide. Até amanhã, tenha uma boa noite, te amo.
- Vou me cuida, boa noite tia, também te amo.
Ligação off*
- Então você também ama a sua tia? – Harry perguntou franzindo a testa.
Levantei-me da mesa.
- Ela é minha tia – dei de ombros.
- Então eu não sou o único que você ama? – perguntou fazendo beicinho.
- O amor que eu sinto por você é diferente – revirei os olhos.
*
- Qual o tamanho da sua blusa? – Harry perguntou quando chegamos em sua casa.
- Uso P – respondi fechando a porta quando passei.
- Vai ter que se virar com M – disse entrando em seu quarto.
- Fazer o que né, ter namorado obeso da nisso – brinquei revirando os olhos.
- Fiquei magoado – ele tentou reprimir o riso.
* Tomei um banho e vesti um de seus casacos moletons. Cabiam três de mim dentro daquele casaco.
- Você ficou tão fofa nesse casaco – ele riu quando saí do banheiro entrando no quarto.
- Awn, e você está tão fofo com esse cabelo molhado lambido na testa, está parecendo que a vaca lambeu, mas está muito fofo – tentei fazer uma voz fofa.
- Vamos ver um filme? – perguntou.
- Pode ser – corri e me joguei em cima da cama.
Ele pôs em um filme romântico, mas não chegamos a assistir nem os primeiros vinte minutos do filme. Ele era um maníaco sexual. Mas fazer o que? Eu até que gostava.
*
Já pela manhã quando acordei, me virei para abraçar Harry, porém encontrei a cama vazia.
Sentei-me na cama abruptamente procurando-o.
Ele já deve ter levantando. Assim que me levantei percebi que estava nua. Peguei do chão a blusa que ele havia usado na noite passada. Eu não tinha coragem de sair nua de seu quarto. Vesti a blusa e fui até o banheiro escovar meus dentes.
Assim que saí do quarto, quase corri novamente para dentro. O problema era que a mulher que estava sentada no sofá da sala já havia me visto.
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