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História More Than This - Uma grande notícia - Parte I


Escrita por: Peace

Notas do Autor


BOA NOITE MOÇADAAAAAAAAAAAAA O/ Chegueeeeeeeei!!! Gente, deixa eu explicar o motivo da demora, tem algo a ver com o cap ter duas partes, esse era pra ser um cap extremamente grande, porém um capítulo grande exige muito e demora muito pra ser feito e provavelmente eu só iria postar no meio da semana que vem, ou até depois disso, e essa semana ia ficar sem cap. Então pra não passar em branco eu to postando um pedaço dele, até porque se ficasse muitooo grande ia ser cansativo demais pra ler e tal, então eu resolvi postar logo só pra não demorar tanto e pra não ficar tão chatinho se fosse tão grande. Bom, espero que gostem do cap e agradeçam a Gi pela perfeição dele, pq se não fosse por ela esse capítulo seria pequenininho, e ela está me ajudando pra caramba nesses últimos capítulos <3
Bom, espero que gostem amores, boa leitura <3

Capítulo 88 - Uma grande notícia - Parte I


Ainda estávamos deitados na cama do quarto. Harry não deixara que eu me levantasse e colocasse alguma roupa ou no mínimo penteasse o cabelo. Para ser sincera, eu estava nua já que minha toalha úmida havia sido jogada longe e eu apenas era aquecida pelos braços acolhedores de Harry e o edredom de casal. 

Nós optamos por ficar em silêncio no quarto, os canais japoneses não nos interessavam e ambos estávamos pensativos demais para fazer ou falar alguma coisa. O silêncio não era constrangedor, longe disso, apenas nos acalmava e nos trazia a paz que o mundo nos tira.

  - Eu tenho medo. – suspirei fundo após soltar a afirmação. Aquela simples frase me angustiava e fazia meu coração apertar ao ponto de doer. Harry fez carinhos em meus cabelos e beijou minha testa. 

  - Medo do que? – sussurrou calmamente enquanto seus dedos tinham a função de relaxar-me. 

  - De tudo, sabe? Do mundo. Dos fãs, da imprensa. – respirei fundo. – Tenho medo do que eles vão pensar a respeito desse bebê que está aqui dentro. – peguei a mão desocupada de Harry e a coloquei sob a minha barriga. 

  - Amor... – Harry beijou-me a boca em um selinho demorado. Separei meus lábios para que sua língua fizesse contato com a minha e me fizesse sentir melhor. Seus lábios macios e avermelhados eram tão convidativos quanto seus beijos. Eram viciantes, ambos. Fazia-me querer cada vez mais e me perder em seu gosto e caricia. – Minha pequena... Eles não sabem sobre as coisas que fazemos. – Beijou-me o nariz. – Eles não sabem sobre os "eu te amo". – Beijou-me a testa. – Eles não sabem que eu esperei toda a minha vida... – Beijou-me a bochecha. – Para encontrar um amor que parece tão certo. – Beijou-me o queixo. – Baby, they don't know about us. – E seus lábios tocaram os meus mais uma vez, como se não houvesse o amanhã e o mundo fosse só nosso. Apenas nosso. 


*

  Assim que resolvemos deixar a preguiça de lado e levantar logo do macio colchão da cama, fomos tomar um banho juntos. No meu caso, outro banho. Harry avisou que Niall e Liam haviam convidado todos para o seu quarto para uma festa do pijama e que tentaríamos pedir pizza em algum lugar da cidade de Tókio. 

Já havia acabado de vestir-me com um pijama quentinho de flanela rosa e pantufas da mesma cor. Peguei uma touca de Pandas que Harry havia comprado pra mim há uns tempos atrás e a coloquei também. Levamos nossos travesseiros e caminhamos em direção ao quarto do irlandês.

  - Harry! Kath! – Liam gritou assim que a porta fora aberta e nos abraçamos. – Você está melhor? – perguntou diretamente a mim e eu o respondi com um simples aceno positivo de cabeça e um largo sorriso. 

O quarto de Niall era como o nosso, um pouco maior até. Tinha uma pequenina cozinha num canto, uma sala com uma TV de plasma onde vários colchões e cobertores estavam espalhados e de longe podia se ver duas portas onde devia ser o quarto e o banheiro. 
Fomos andando de mãos dadas até a sala e assim que chegamos todos os garotos nos cumprimentaram. Nos sentamos em posição de índio em cima dos colchões e Harry encarou-me sugestivo. 

  - Temos uma coisa pra dizer pra vocês. – Harry disse. Oh céus! Lá vai a bomba. – Descobri com médicos especialistas que tenho um útero capaz de suportar um bebê e estou grávido. – a seriedade na qual ele pronunciou, a cara de espanto de todos e os olhos arregalados formaram um conjunto tão cômico e engraçado que era impossível não soltar uma tremenda gargalhada alta e escandalosa. Logo Harry acompanhou-me no ataque de risos e todos os outros garotos se entreolhavam sem entender. – Calma garotos... – Harry falou após se recuperar. – Só estava tentando achar uma maneira engraçada de dizer pra vocês que... – Respirou fundo. – Eu vou ser pai. 

As expressões de espanto mudaram para “chocados” e logo após para felizes e exagerados.  Os garotos pularam em cima de Harry como um montinho e quase o mataram sufocado. Louis levantou-me e me girou fazendo-me quase vomitar em cima dele. Depois Niall abraçou-me apertado e desejou-me parabéns seguido de um “quero ser o padrinho”. Disse que pensaria no caso já que não queria um filho comilão como o padrinho, no caso, e ele riu. 

E o resto da noite foi assim. Várias risadas foram ouvidas, momentos engraçados, partidas de vídeo game que Horan havia levado, pizzas, bebidas alcoólicas e claro, refrigerante para mim já que Liam proibiu-me de beber com eles. 

*

Quatro dias depois...

 Daqui a dois dias exatamente é o 19º aniversario de Harry e isso me deixa aflita, pois não tenho a mínima ideia do que fazer no dia. Estamos voltando hoje do Japão e durante nossa estadia os garotos fizeram shows, deram entrevistas explicando melhor sobre One Way Or Another e falando sobre Take Me Home Tour deixando os fãs loucos na expectativa.
 Estamos retornando hoje para Londres e daqui a poucas semanas diremos “olá” a Take Me Home Tour. Nossos dias estão completamente corridos, teremos de visitar nossas famílias, marcar logo um médico que nos acompanhe em meus meses de gestação e começar a mobiliar a casa que Harry comprou para nós e ajeitá-la antes que viajemos novamente. 

  - A primeira coisa que irei fazer quando chegar em Londres, será visitar a minha mãe – Harry falou enquanto bebia mais um pouco do suco que havia pedido pra aeromoça. Ele apertou minha mão em um gesto carinhoso e eu sorri, recebendo seu sorriso de volta. 

  - Bom, estaremos em Londres daqui a algumas horas... Está ansioso? – perguntei enquanto terminava de comer meu sanduíche natural.

  - Um pouco... Não faço a mínima ideia de qual será a reação de minha mãe quando contarmos que teremos um filho. O que será que ela vai achar? – ergueu as sobrancelhas.

  - Sinceramente? Eu não sei. – suspirei. – Mas temos que ter pensamento positivo e deixar claro que podemos esperar qualquer coisa...Mães são sempre imprevisíveis.

  - Realmente.  –  dei de ombros  – Você têm razão. – sorri e beijei sua bochecha. 

  - Mantenha a calma. – ri da careta que Harry fez e virei-me para observar as nuvens através da janela do avião. Ele se virou para deitar a cabeça no meu ombro e eu pude perceber o quão estava exausto pois em fração de segundos já estava roncando baixinho.

Tive tempo de arquitetar todo um plano para sua festa de aniversário, o que ainda assim não me pareceu nada grandioso pois eu também estava exausta e minha mente se recusava a bolar grande coisa e processar os planos criados. Aproveitei então o momento para descansar um pouco e apoitei minha cabeça na janela, fechei os olhos e esperei que o sono viesse. 

*
Fomos acordados por um Niall sonolento e com profundas olheiras em seu rosto claro e corado. Avisou a nós que pousaríamos dentro de cinco minutos e que seria melhor se já começássemos a arrumar algumas de nossas bagagens de mão. Harry apenas resmungou “uhum” e tornou a fechar os olhos, dei de ombros e juntei as coisas dele assim como as minhas. 

Pude ouvir o anúncio sendo feito através dos alto falantes do avião e tornei a colocar o cinto de segurança por prevenção. Logo já havíamos pousado e optamos por esperar todos saírem para que saíssemos por último afim de evitar qualquer tumulto. 

 O aeroporto estava lotado de fãs como sempre. Garotas seguravam cartazes no alto, algumas gritavam ao ponto de ficarem roucas e outras choravam por estarem ao menos respirando o mesmo ar que o ídolo. Respirei bem fundo antes de criar coragem e colocar-me para fora do avião. Harry segurou minhas mãos para ajudar-me a descer a escada já que eu estava segurando minha bolsa e meu travesseiro e não seria nem um pouco difícil levar um tombo bem ali. 

Assim que descemos esperamos todos e mais alguns seguranças que geralmente ficavam atrás de nós e fomos andando em direção a van que nos esperava. Harry percebeu meu constrangimento ao passar pelo tanto de garotas fanáticas e abraçou-me pelo ombro, me mantendo salva em seus braços. 

A verdade toda é que eu nunca tive medo das fãs que a banda tinha, assim como daquelas que tinham Harry como seu “preferido”. Afinal, desde o começo, desde o primeiro “sim” que eu disse a ele, eu sabia que teria que lidar com as consequências de ser namorada de um popstar já no auge da fama. Eu tinha plena consciência de que sofreria insultos e ofensas a cada vez que um fio de cabelo meu saísse espetado em uma foto com Harry. Mas eu fiz a escolha. E foi a escolha mais certa que eu já fiz em toda minha vida. Eu estou feliz. 

A única questão que me angustia, relaciona-se entre minha gravidez e a reação das fãs. O que elas pensariam? Diriam que fomos incompetentes e irresponsáveis ao ponto de não sabermos usar um preservativo? Afinal, eles não sabem pelo que eu e Harry passamos realmente. Eles apenas sabem aquilo que a imprensa divulga, e seja mentira ou verdade, eles acreditam. 

Tratariam mal uma criança que está a caminho do mundo? Me ofenderiam com palavras de baixo calão? Me julgariam como uma interesseira? Tantas perguntas...E basicamente, todas sem respostas. Eu não vou desistir desse filho, eu já o amo antes mesmo de ter nascido, ou até mesmo ter virado um feto. Até onde eu saiba, por enquanto ele é apenas uma sementinha, que vai crescendo e crescendo e conforme se prepara para nascer, vai recebendo amor e carinho a cada dia mais. 

 Harry ajudou-me a subir no degrau da van e sentamos lado a lado. Ele segurou minha mão e seu polegar fazia um carinho gostoso na mesma. Encostei minha cabeça em seu ombro e rapidinho chegamos no apartamento de Harry. Concluímos que a partir de agora seria melhor que eu morasse em seu apartamento já que de fato ele era mais espaçoso e eu não me importava em deixar o meu por um tempo. Deixamos nossas bolsas e malas na sala e separamos apenas o que colocaríamos depois do banho. 

Fui em direção ao banheiro do quarto e o encontrei perto da pia já terminando de tirar sua calça. Despi-me inteira assim como ele, amarrei meus cabelos em um coque e fomos juntos até a banheira onde a água quente nos esperava. 

Foi apenas um banho rápido que felizmente nos relaxou depois das horas passadas no avião. Não fizemos nada demais, apenas nos beijamos a todo momento e Harry fez questão de dar banho em mim, não reclamei nem disse nada, apenas assenti e apreciei suas mãos espalhadas em contato com meu corpo. 

Depois de terminar de me ensaboar, Harry levantou-se e foi terminar seu banho no chuveiro já que não conseguia lavar seu cabelo na banheira. Esperei-o terminar para que por fim pudesse levantar-me e retirar-me da deliciosa água. Enrolei-me em uma toalha de algodão e sequei-me ali mesmo, indo em direção ao quarto logo após. 

Estava nevando em Londres, precisaria de roupas quentes. Fui até minha mala e separei uma meia calça de lã usada propositalmente afim de esquentar minhas pernas e um short mais curto e larguinho na cor bege. Peguei uma blusa básica branca de mangas compridas e tecido grosso, para proteger-me melhor do frio, um sobretudo bege misturado ao marrom claro e um cachecol branco. Vesti botas marrons escuras e optei por luvas brancas. (1) Não passei maquiagem, apenas um gloss na cor rosa para que desse destaque em minhas bochechas levemente coradas devido ao frio. Deixei os cabelos soltos mesmo, já que estavam um pouco ondulados e bonitos. Caminhei até a sala onde Harry já me esperava, o mesmo sorriu para mim e pegou em minha mão, depositando em seguida, um selinho em meus lábios. 

*
O caminho até a casa de Anne foi silencioso, e carro era apenas preenchido pelo hit Snow de Red Hot Chilli Peppers que soava através do som. Harry parou o carro e o desligou, pediu para que eu o esperasse e logo o mesmo deu a volta e abriu a porta para mim. Segurei em sua mão e sorri fraco para ele. A porta fora fechada e o alarme fora ativado e assim, caminhamos juntos em direção a porta.

  - Não é como se ela fosse te morder, ou algo do tipo... – Harry falou de repente. Soltou um riso baixo e eu o acompanhei. – Realmente, isso fora algo inesperado. – concluiu e eu o encarei confusa. Mas não fora o próprio quem havia escolhido transar sem... – Não para nós. Nós sabíamos que nossos planos podiam ou não dar certo. Tínhamos uma grande chance de ter um bebê. Mas para eles é algo surpreendente, ainda mais na nossa idade. – continuou. Assenti mostrando que o entendia perfeitamente. – Mas isso não quer dizer que sejamos muito novos pra isso... – Seu tom de voz permanecia baixo. – Quer dizer, eu me considero responsável. – Sua expressão de sério transformou-se em uma brincalhona e eu ergui minhas sobrancelhas como se o interrogasse.

  - Ah, jura? – perguntei enquanto ria. 

  - Bom, que seja. – soltou uma gargalhada gostosa de ser ouvida e suas mãos foram parar na lateral de meu rosto. – Acredito que estejamos prontos pra isso. Depende de nós e não da nossa idade. Afinal, nosso amor é capaz de tudo, não é mesmo? – Seus lábios se encaixaram sobre os meus como duas peças de quebra-cabeças que se encaixam perfeitamente. Sua boca estava gélida mas sua saliva e hálito permaneciam quentes como sempre foram, aquecendo-me internamente. 

  - Sim, é capaz de tudo. – Sorri para ele que retribuiu-me com seu perfeito sorriso com direito a covinhas encantadoras. 

  - Posso? – indicou a campainha da casa e eu assenti, um pouco mais segura agora. Seu dedo indicador foi até o botão e logo o barulho soou pela casa. Minhas mãos voltaram a soar frias e eu as entrelacei junto a de Harry. 

  - Olá! – Anne nos recebeu sorridente como sempre. Ela nos atendeu tão rápido que cheguei a pensar que estava atrás da porta esperando-nos chamar ou então ouvindo nossa conversa.

  - Mãe! – Harry sorriu largamente e feliz e foi abraça-la. Ela parecia tão pequena perto dele, exatamente como eu ficava. 

  - Lembra-se da Kath, certo? – Harry interrogou-a com um sorriso e seu olhar caiu sobre mim.

  - Katherine! – ela pronunciou meu nome com ternura e veio abraçar-me. Pegou uma mão minha e uma de Harry e nos arrastou até a sala. Sentamos no sofá, lado a lado, enquanto Anne fora buscar bolo e chá. Eu estava com desejo de tomar chocolate quente mas deixei de lado, era melhor. 

Assim que bandeja fora depositada em cima da mesa, o cheiro de chá de camomila invadiu minhas narinas e fez-me lembrar de quando eu e mamãe nos sentávamos na varanda em tempos chuvosos e pouco frios devido a temperatura do Rio de Janeiro, e conversávamos sobre minha vida. Eu tinha no mínimo quatorze anos. Suspirei ao ver a saudade que eu sentia de mamãe.

Junto ao chá havia um potinho com biscoitinhos que pareciam ser de nata e um bolo com calda de chocolate. Retirei minhas luvas colocando-as no colo e Anne nos serviu. A bebida estava deliciosamente quente e saborosa, descia queimando pela garganta, aquecendo-me ainda mais. 

Harry começou a contar detalhadamente tudo sobre a viagem e sobre tudo o que aconteceu. Nos emocionamos ao relembrar do pessoal da África e da felicidade em que eles sentiram ao nos ver junto a eles. A única coisa que eu fiz fora escutar, meu nervosismo havia retornado e eu respirava fundo o tempo inteiro, olhando cada hora para algum lugar, tentando buscar ajuda. 

  - Bom, e temos uma última coisa para contar.... – disse Harry colocando a xícara vazia em cima da mesinha de centro. – Creio que a mais importante. – sua mão fora posta em cima da minha que estava depositada sob a perna. Encarei-o sentindo o sangue subir para meu rosto. 

  - Bom, podem dizer. – Anne falou enquanto abria o bule e servia-se com um pouco mais do líquido. – Mais um pouquinho, Kath? – indicou-me o objeto em mãos e eu apenas neguei com a cabeça. 

  - Está preparada para ser avó, mãe? – Harry perguntou entusiasmado e foi tudo muito rápido para que meu cérebro conseguisse processar. A xícara que Anne segurava agora estava espalhada em cacos sobre o líquido no chão, sua boca entreaberta revelava seu espanto e meus olhos arregalados e os lábios tremendo entregavam meu estado. 

 - Estamos esperando um bebê... – Harry falou um pouco mais baixo agora, enquanto observava a mãe, ainda atônita. Ninguém se preocupou com o vidro espatifado no chão, o que focava toda a atenção para nós. 

  - Mas vocês são tão novos, eu sou tão nova para ser avó...  –  Acho que não era bem essa a reação que Harry esperava.  – Vocês estão brincando, né? – ela forçou uma risada.

  - Não. – Harry respondeu seco e a encarou indignado. De repente eu senti que tudo o que ele mais queria era essa gravidez e o que ele mais esperava era que sua mãe ficasse contente com ela, mas ela não parecia muito feliz. – Olha, eu realmente achei que você fosse nos apoiar, afinal, você é minha mãe, não é? Mas como o mundo quer que eu enfrente tudo sozinho, quando não se tem o próprio apoio da mãe? – Harry se levantou e respirou fundo. – Eu só vim até aqui porque queria que você me dissesse que sempre estaria do meu lado. Veja só, você deve estar pensando “que filho irresponsável que eu criei” – dizia enquanto fazia aspas com os dedos – Mas as coisas não são assim. – proferiu firme. - Eu quis esse bebê. E se você não está feliz, eu sinto muito mamãe, mas não quero ser ajudado como se fosse um favor, como se fosse obrigação. Nós podemos nos virar sozinhos.  – Foi tudo o que Harry disse antes de sussurrar um “vamos embora Kath”.

 Levantei-me pegando minhas luvas e andando junto a ele rumo a porta. Minha cabeça estava abaixada assim como meus olhos que apenas encaravam o chão. Assim que saímos da casa o vento gélido bateu contra meu rosto e fez-me encolher, Harry abraçou-me forte e nos guiou até o carro. O aquecedor fora ligado porém continuamos parados sem que o carro esteja em movimento. Ainda chocados. Apoiou sua cabeça no volante e minhas mãos foram até seus cachos macios, tentando acalmá-lo. 

  - Tenho medo da reação de sua tia depois dessa... – Harry falou e soltou um riso fraco tentando eliminar o clima pesado que havia instalado entre nós. 

  - Nem me fale. – Dei de ombros e sorri junto a ele. Liguei o som num volume baixo e olhei para fora da janela. 

  - Sabe que o que ela disse não muda nada, não é mesmo? – encarou-me preocupado e com os olhos estreitos. 

  - Sim, eu sei. – permiti-me sorrir de modo que o confortasse e seguimos em direção a casa de minha tia, para jantarmos lá. Harry não estava bem, mas tentava a todo custo não demonstrar, afim de evitar minha preocupação. – Vai ficar tudo bem, amor. – ele assentiu de leve e sua mão foi ate minha coxa, acariciando aquela parte. 

Harry estacionou o carro em frente a casa de minha tia. Nós descemos e até então nenhuma palavra fora dita. Admito, estou muito mais nervosa do que estava antes. É como se o que eu menos esperasse acontecesse. Mães são imprevisíveis, já tias, nunca se sabe. Estamos abalados até agora com a reação de Anne, por mais que Harry seja seu bebezinho ainda, não imaginávamos que ela nos surpreenderia com ações tão contraditórias. 

  - Harry! Katherine! Mas que surpresa boa! Entrem...  – sua animação que sempre fora contagiosa não nos empolgou tanto assim e nos limitamos apenas a um sorriso e um abraço apertado. – Então como foi a viagem? – perguntou enquanto caminhávamos todos juntos até a sala. – Querem comer algo? 

  - Não, obrigada. – disse por fim e soltei um longo suspiro em seguida. Examinei a casa ao meu redor. Como sempre, tudo estava perfeitamente arrumado. Todos os quadros alinhados igualmente nas paredes, enfeites em cima da mesa, todos muito bonitos e caros. 

 - Bom, Wilmer foi ao mercado comprar alguns ingredientes que faltavam para o nosso jantar, pensei em fazer alguns caldos já que está extremamente frio hoje... O que acham? – encarou-nos como se esperasse alguma expressão de desgosto mas eu apenas sorri. Caldos cairiam super bem hoje. 

  - Está ótimo. – Harry falou e sorriu em seguida, mostrando suas covinhas. – Bebi alguns de seus caldos uma vez em uma festa e adoraria experimentá-los de novo. 

  - Oh! Que ótimo... – exclamou incrivelmente feliz. 

  - Tia... – chamei-a baixinho e ela olhou para mim como se incentivasse-me. – Se importa de fazer chocolate-quente para nós depois? – perguntei envergonhada. 

  - Mas é claro que não! Wilmer havia me dito isso hoje cedo...Obrigada por lembrar! – falou e eu ri em concordância. – Mas então... Alguma novidade para me contar?

  - Bom, na verdade temos sim. – falei e respirei fundo. Não adiantaria de nada enrolar um pouco. – Eu estou grávida. – sua boca de abriu em um perfeito “o” mas não era para um lado negativo e sim positivo. Suas expressões demonstravam sua empolgação em relação a notícia e ela bateu palmas. 

  - Ai meu Deus! Eu não acredito... Kath! – ela encarou-me ainda surpresa agora com a mão sobre a boca – Meus parabéns! – ela abraçou-me apertado e vi suas lágrimas transbordarem pelos olhos. – Eu estou tão feliz! Meu sonho é ser mãe, e agora você vai ser mãe! – Minha tia sorriu alegremente. – Você cresceu tão rápido... E depois que veio morar aqui em Londres, passou a ser uma garota tão madura e responsável! Estou tão orgulhosa de você... – ela pegou uma de minhas mãos e uma mão de Harry também e nos encarou olho a olho. – Saibam que eu sempre estarei aqui para o que precisar. Sempre. Quando precisarem de uma folguinha com o bebê... Quem sabe uma ida ao motel... Podem me ligar que eu cuido! – deu uma piscadela e Harry gargalhou. 

  - Tia! – eu devia estar vermelha como um pimentão. Como ela pôde dizer algo disso? 

  - Pode deixar que eu ligo sim, tenho seu número! – Harry falou enquanto ainda gargalhava e eu o acompanhei. 

  - Mas enfim... Quantos meses? – perguntou. 

  - Bom, ainda não sabemos mas são algumas semanas apenas... Marcaremos um médico daqui alguns dias. – afirmei. 

  - Ah sim... Só não lhe indico nenhum pois nunca fui em médicos para esse tipo de especialidade...

  - Sem problemas. 

  - Temos que preparar o chá de bebê, o quartinho, aniversário de um ano! Ah meu Deus, eles crescem tão rápido... – Alicia falou tão rápido que não tive certeza se foi isso mesmo o que ela falou.

  - Tia, calma. Ainda faltam muitos meses, uma coisa de cada vez, por favor – enfatizei os “meses” e revirei os olhos enquanto ria. 

Ela continuou tagarelando, disse que eu tinha que avisar a minha mãe, o que não me deixou nem um pouco contente, mas pedi para que ela não falasse nada. Eu saberia quando seria a hora certa, depois que mamãe me obrigou a vir para Londres com tia Alicia, eu sabia que as coisas entre eu e ela nunca mais seriam as mesmas. Tenho medo do que ela pensaria se soubesse que engravidei... Me chamaria de irresponsável, como chamou-me a vida inteira. 

Alicia fora até a cozinha terminar o jantar e Harry e eu ficamos no sofá da sala assistindo TV. Ele tentava beijar-me o tempo inteiro e em quase todas as vezes eu sedia, mas não queria passar uma péssima impressão já que nem em casa eu estava. 

O jantar foi ótimo, os caldos estavam maravilhosos e minha tia serviu vinho para acompanha-los. Claro, Harry regulou-me bastante já que tinha medo de causar algum mal para o bebê. No fim de tudo, bebemos o chocolate-quente que também estava divinamente bom e decidimos que já estava na hora de ir. Despedimos-nos de Tia Alicia e Wilmer e seguimos em direção ao apartamento de Harry. 
 


Notas Finais


(1) http://data1.whicdn.com/images/97190207/large.jpg

Eaeeeee, oq vcs acharam amores? Espero que tenham gostado e eu espero poder postar o próximo capítulo o mais rápido o possivel. Eu não posso falar muito pq to aqui escondida uahsuahuash. E ai as aulas de vocês já voltaram? As minhas voltam segunda T-T
Bom é isso, eu expliquei o motivo da demora nas notas iniciais...
Todo mundo ansioso pra sexta feira pro clipe de mm?
Não sei mais o que falar uahsuahs. AAAAAAAAAAH, SABADO EU FIZ UM ANO DE FIC, MUITO OBRIGADA POR TUDO GENTE, FOI O MELHOR UM ANO DA MINHA VIDA <3 EU NÃO ESPERAVA CONSEGUIR ISSO TUDO, MUITO OBRIGADA MESMO, EU NAO SERIA NADA SEM VOCES, AMO VCS GENTE LINDA <3333333333
Bom, me digam o que acharam, estou abertas a sugestões e tal e é isso, beijiinhos e até a próxima <3


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