História I do - Reencontro - Reunion

Eu estava arrumando minhas coisas para voltar para Atlanta. Agora com dezenove anos. 

Eu poderia morar sozinha, mas meu pai me obrigou a ficar com ele. Segundo ele meu emprego seria na empresa dele. Rangers. E então eu aceitei. 

Agora aqui estou eu, na mansão dele. Piscina, jardim, cozinha, sala, sala de visitas, sala de jogos, sala de música, escritório - no qual eu não podia chegar perto - e por fim meu quarto. Tinha outros, mas o único que me interessava era esse.

Meu primeiro dia da nova eu. Decidir que irei mudar por minha mãe. Quero ser a pessoa que ela era. Ou pelo menos tentar ser. Já não sou mais virgem desde os dezessete anos, já namorei uma vez. Mas não foi nada sério. Bom, pra mim não foi nada sério. Já pra ele não acho. 

Amanhã eu vou para o trabalho. Sei que ainda não me recuperei da morte de minha mãe, mas preciso seguir em frente. 

Queria que estivesse aqui

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Acordei com o sol iluminando meu quarto. 

Esqueci as cortinas abertas ontem

Me levantei, fiz um coque no cabelo. Me despi e entrei no chuveiro. Sai, vesti uma regata cinza e simples, com uma calça de couro preta e um all star.

Tomei café e fui para a empresa. Encontrei a mesmo com o GPS. Segui até a secretária de meu pai.

- Bom dia, eu gostaria de falar com o Sr. Helly. - me pronunciei a loira com pele pálida e olhos castanhos a minha frente.
- Sra. Helly?
- Sim, eu mesma.
- Me acompanhe, por favor. - ela falou me guiando até uma sala.
- Pode entrar.
- Obrigada.
- Não por isso. - e ela voltou para trás do bolcão.

E eu em cerca de dez segundos tomei coragem para abrir a porta. Era social e marrom. Coloquei uma das minhas mãos na maçaneta. Girei e a abri. Assim tive a visão de meu pai sentado em uma cadeira de couro preto e após a mesa um rapaz loiro, alto, bonito e charmoso, sentado em uma das cadeiras a sua frente.

Seus olhares se direcionaram para mim. Fiquei envergonhada pela total burrice de esquecer de bater na porta.

- Me desculpe, pai. Me esqueci de bater na porta. - ia fechar a porta, quando sua voz feliz e calma me interrompeu.
- Não tem problema querida. Entre. - ele fez um sinal para que eu entrasse. Obedeci. Me sentei ao lado do loiro que olhando bem, me parece conhecido. Ele me deu um sorriso lindo e encantador. - Este é o Sr. Bieber.
- Sem formalidades. - Justin. É ele. O que eu faço agora? Agir normalmente como uma pessoa totalmente normal. O que eu não sou. - Justin Bieber. Lembra?

Uma vontade enorme se passou pela minha cabeça de dizer : "Sim, lembro, claro. Você o meu ex-melhor amigo que me deixou plantada na praça e esqueceu de mim no meu aniversário. Como podia esquecer. Mas, e ai? Como está?"

Porém, eu tenho educação, então respirei fundo e prossegui.

- Moon. Moon Helly. - estendi meu braço para um aperto de mão amigável, ele apertou.
- Bom, Moon, você irá trabalhar com ele. - meu pai disse - Podem ir.
- Venha. Vou te mostrar tudo. 

E então saimos da sala do meu pai. Ele tagarelava sobre a empresa fascinado e eu o olhava. Seus lábios estavam mais vermelhos do que antigamente, seu cabelo loiro astava em um corte de topete, parecia com gel. Seus olhos cor-de-mel estavam mais brilhantes do que o normal, sua respiração era pesada e tranquila ao mesmo tempo. Resumindo, ele estava encantador. 

- Entendeu? - perguntou ele parando em frente a uma porta escrita "Sr. Bieber", deduzi ser seu escritório.
- Sim. - menti. A única coisa que prestei atenção era em como ele mudou pra melhor. 
- Vamos entre. - segurou a porta e abriu a mesma, dando espaço para que eu entrasse. E assim fiz.

Sorri assim que vi a moderna sala em que estava. Era linda. Me sentei no sofá pequeno e preto que havia ali. Era tudo estranho para mim.

Justin interrompeu meu fascino com uma tosse forçada.

- Bom, por que saiu aquele dia? - eu via curiosidade em seus olhos e percebi tristesa nos meus. 

Me lembrei de minha mãe chorando no carro. Fora o único dia que a vi chorando. Foi o pior dia da minha vida. Talvez segundo. Depois da noticia. 

Senti uma indesejável vontade de chorar. Como se algo estivesse preso em minha garganta. Meus olhos marejaram. 

Ela havia se jogada na frente de um carro. Estava embragada. Essa foi a ultima visão que tive sua.

- Me desculpe. Acho que não quer contar. - ele percebeu meu mode de estar. Deixei uma lágrima cair.
- Não tem problema. Só não vou contar agora. - respondi e logo em seguida limpei meu rosto.
- Okey. - suspirou - Tem uma coisa que eu preciso te falar. - havia desespero em suas palavras.
- Fale. 
- Me desculpe. - cuspiu as palavras. Fiquei confusa. Mas sei do que falava.
- Pelo quê?
- Por não ter me lembrado do seu aniversário. - eu tinha que procurar uma fuga para não mostrar fraqueza. Não podia dizer tudo o que sentia. 
- Você esqueceu? - perguntei enrugando a testa e fingindo estar incrédula.
- Sim. Não se lembra? - ele respondeu aliviado e ao mesmo tempo decepcionado.
- Não. - respondi desenrugando a testa.
- Então deixe. - ele falou ficando irritado e desviando o olhar.
- O que foi? - não havia entendido o motivo de tanta irritação.
- Nada. - ele suspirou e cerrou os dentes - Já pode ir.
- Okey.

Levantei e segui até o estacionamento.

Pov. Justin

Ela esqueceu naquele dia. Ela esqueceu do melhor amigo. E pensar que todos esses anos eu venho me culpando por faze-la esperar no parque, em seu pleno aniversário. 

Como ela pode? Eu não acredito. Ela é uma vadia. Uma cadela. 

Argh! Que raiva que sinto dela!