1. Spirit Fanfics >
  2. Dont Let Me Go >
  3. Situações Constrangedoras

História Dont Let Me Go - Situações Constrangedoras


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Olá, gente!
Eu finalmente voltei, depois de todo aquele período de indecisão sobre DLMG, com um novo capítulo.
Simplesmente não consigo me desfazer dessa fanfic, pois ela é umas das minhas "bebês",
Quero me desculpar pela demora e também agradecer pelo enorme número de favoritos que a fic conseguiu durante esse tempo, fazendo-a chegar até os 355 favoritos!
Por isso, não colocarei os nomes de todas as lindas que favoritarem, pois as notas ficariam maiores do que já vão ficar, mas quero que saibam que AMO todas vocês e sintam-se todas abraçadas, pois vocês são muito importantes para mim!
Boa Leitura!

Capítulo 15 - Situações Constrangedoras


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Situações Constrangedoras

O sol já brilhava forte quando finalmente sai do quarto, devidamente vestida para uma caminhada de domingo, que provavelmente seria a mais comprida de toda a minha vida, afinal, milhares de coisas bombardeavam minha cabeça e eu não conseguia pensar de forma lógica.

Acordei quando tudo ainda estava muito escuro e após um longo banho quente, fiquei longas horas parada na frente do espelho de corpo, postado ao lado da minha cômoda, apenas encarando-me e arrumando pela milésima vez o perfeito rabo de cavalo que tinha feito nos cabelos.

O gosto dos lábios de Harry ainda não tinham me deixado, fazendo-me passar o restando do dia anterior encarando o teto, pensando naquele beijo e em tudo que compôs aquele momento.

Sentia-me incerta sobre tudo aquilo e até um tanto insegura, e esses sentimentos estavam me deixando louca, afinal foi apenas um beijo, mas por que conseguiu mexer comigo de um jeito que os outros nunca fizeram?

Balancei minha cabeça, enquanto procurava por uma boa pasta de músicas para ouvir naquele perfeito dia, estranhamente ensolarado.

Barulhos encheram meus ouvidos assim que entrei na sala, me deixando espantada ao ver que Hazel encontrava-se na cozinha tomando uma grande de xícara de chá, vestindo um shorts rasgado curto e uma blusa que era familiar para mim, pois eu a tinha comprado a alguns dias.

A situação estava pior do eu realmente imaginava, pois Hazel só tomava chá em duas ocasiões, ou quando estava de ressaca ou quando ela não estava bem.

- Depois de um dia inteiro me ignorando, resolveu voltar dos mortos? - Perguntei, indo até os armários, buscando uma das intermináveis barrinhas de cereal.

- Muito engraçado. – Ela murmurou, levando os lábios até a xícara.

- É só isso que você vai me falar? “Muito engraçado?” – Tento imitar sua voz, balançando os braços ao mesmo tempo.

- O que exatamente você quer que eu fale, Nora? - Sua voz extremamente irônica, mostrava o quanto ela queria se desviar da conversa.

- Primeiramente, você poderia me explicar o que foi aquele beijo na noite do Ano Novo, o que está acontecendo entre você e Simon? - Ponho minhas mãos na cintura, encostando-me na bancada. – Não vou sair daqui antes que você explique tudo e também não irei deixar você sair.

Hazel suspirou pesadamente, fazendo um coque nos cabelos naturalmente armados antes de sentar-se na cadeira ao seu lado e fuzilar-me com o olhar.

- Eu... Não sei o que está “acontecendo entre Simon e eu”. – Ela faz aspas com os dedos, revirando os olhos em seguida. – Eu simplesmente o beijei.

- Mas, até alguns dias atrás, vocês se odiavam. – Coço a testa, totalmente perdida.

- Não pense que eu não odeio o Capitão Nerd, aquele garoto continua me dando nos nervos, mas eu só... Argh! – Hazel meche nervosamente nas mãos.

- Você sabe que isso não faz o menor sentido, não é? - Sento-me ao seu lado, abrindo o pacotinho da barrinha. – Semana passada você não desgrudava do celular, falando com Zayn enquanto estava em guerra com o Simon, e agora beija ele?

- Já expliquei a história do Zayn! – Ela joga os braços para o ar. – Ele é incrível, mas não rolou e quanto ao beijo, eu estou tão confusa quanto você.

Aquelas palavras me pegaram tão desprevenida, que acabei me engasgando com os cereais, fazendo-me ficar vermelha devido à falta de ar.

Batia em meu peito desesperadamente, enquanto Hazel balançava um pano de prato na frente do meu rosto, e depois de alguns minutos tossindo como uma fumante, tentando recuperar o fôlego, consegui voltar ao normal, encarando Hazel com os olhos arregalados.

- Como você sabe...? - Minha voz saiu baixa, quase um sussurro.

- Você acha que eu não percebi o jeito que você ficou, depois de ter voltado do orfanato com o Harry? Ficar encarando uma parede por mais de três horas não é uma atitude normal. – Hazel cruza os braços, me olhando com as sobrancelhas arqueadas. – Então, o que aconteceu entre você e Harry ontem?

Sabia que estava ficando vermelha, pois conseguia sentir minhas bochechas queimando, e também sabia que Hazel usaria a minha vermelhidão contra mim, mas tento me controlar, respirando fundo e focando meu olhar em uma galinha de gesso em cima da pia, que era um saleiro.

Não estava pronta para falar sobre o assunto com Hazel, pois no momento, duas garotos confusas e desequilibradas sentimentalmente não era o que a gente precisava.

- Nada de importante aconteceu, mas essa não é a questão, estamos falando de você. – Suspiro. – Hazel, você pelo menos conversou com Simon?

Essa foi a vez dela ficar nervosa, pois começou a coçar o braço esquerdo, olhando para tudo na cozinha, menos para mim. E assim que ele voltou os olhos castanhos para os meus, eu já sabia a resposta.

- Você beija o menino e depois ignora ele por um dia inteiro? - Berro, fazendo Hazel pular da cadeira.

- Na verdade, eu pretendia ignorar ele pelo resto da semana... – Ela murmura, me olhando assustada.

- Hazel Rawlins! Você conhece muito bem o Simon, ele deve estar totalmente confuso! – Eu já gritava a plenos pulmões.

- Mas eu não... – Hazel começa, mas corto-a.

- Não quero saber! – Corro até a sala para pegar meu celular, sendo seguida por Hazel. – Sabe o que eu realmente quero saber?

- Na verdade não... – Fuzilo-a com os olhos.

- Por que você está enrolando para ligar para ele? – Procuro os meus favoritos na agenda.

- O que eu falaria para ele, Nora? - Hazel começou a gritar também.

- Não importa, apenas se resolva com ele, pois se você continuar ignorando ele, o clima entre a gente vai ficar horrível e eu já tenho problemas demais sem solução! – Bufo, finalmente achando o nome de Simon na lista, apertando o botão de chamar logo em seguida.

- Você está ligando para ele? - Haz arregala os olhos. – Desligue isso agora!

- Nem pensar... – Ouço a voz rouca de Simon do outro lado da linha, sinal de que ele tinha acabado de acordar. – Simon! Desculpe se eu o acordei, mas Hazel precisa muito falar com você.

Haz já estava desesperada, pulando e balançando os braços enquanto mexia com a cabeça negativamente, mas eu apenas entreguei o celular a ela, olhando-a com uma cara brava.

- Fale com ele! – Murmuro baixinho, para apenas ela ouvir.

E com um suspiro pesado, ela finalmente pegou o aparelho, levando-o até o ouvido, começando a longa conversa que eu esperava que ela tivesse com Simon.

Sorrindo, coloco meus fones de ouvido, dando play na pasta do Nickelback. Aceno para Hazel, indo para porta, mas tudo que ela faz é me mostrar a língua.

Mesmo com o elevador funcionando, decido descer as escadas, usando aqueles três andares como um aquecimento para a caminhada. Passo pelo zelador que conversava com uma mulher carregando as compras e vou direto para a rua, sentindo o vento forte levar meus cabelos para trás.

Resolvo simplesmente correr pelas ruas de Londres, sem nenhum destino, apenas para olhar a paisagem e livrar minha cabeça de toda aquela pressão.

- Pelo menos um dos problemas já foi resolvido. – Murmuro, começando a correr em um ritmo lento, acompanhando as batidas da música na voz de Chad Kroeger.

Quando estou pronta para virar na esquina do quarteirão do prédio, olho para onde o carro de Harry estava estacionado ontem e onde nós tínhamos nos beijado. Fechei os olhos rapidamente e murmurei o refrão da música.

Mesmo me rotulando como “romântica”, nunca fui casta, namorando com alguns garotos do colégio e da faculdade, e até ficando com alguns homens que conhecia em alguns bares, quando minha tolerância ao álcool já tinha acabado.

Beijos para mim eram apenas beijos, pois parei de esperar por algum que parecesse com a descrição dos livros de romance, onde a personagem sente todas aquelas borboletas no estômago, como um bom clichê.

Mas confesso que pude sentir as malditas borboletas ontem, junto com as pernas bambas e a sensação de que tudo em volta não existia mais.

Por acaso eu tinha me apaixonado com uma das personagens dos livros?

- Claro que não! – Respondo em voz alta, assustando o homem que passava ao meu lado.

Balanço a cabeça, olhando para os lados e vendo as lojas cheias de gente, antes de voltar para os pensamentos anteriores.

A verdade era que eu mal conhecia Harry, uma saída para um jantar já não me graduava como uma conhecedora sobre ele.

- Certo, ele apenas... Beija extremamente bem, apenas isso. – Repito aquilo mais três vezes, tentando finalmente convencer minha cabeça de que o beijo não foi nada de mais, jogando os pensamentos confusos para bem longe.

Percebi que já me encontrava muito próximo do centro de Londres, pois a movimentação de carros e pessoas nas ruas já ficava mais constantes. Tirei um dos fones, fazendo com que o barulho do trânsito me atingisse.

Não gostava de correr naquela confusão de pessoas, então, entrei na primeiro rua vazia, que levaria para alguns dos milhares de bairros residenciais que rodeavam a região.

Fiquei bem entretida vendo algumas crianças andando de bicicleta na rua, que apenas percebi que alguém estava ao meu lado, quando uma voz rouca sussurrou em meu ouvido.

- Bom dia, Nora.

Olhei para a pessoa e rapidamente pulei para o lado, quase me desequilibrando no meio fio da rua, já Harry se encontrava tão próximo de mim, que nossas respirações podiam se misturar.

- Mas que droga, Harry! – Digo, após me recuperar do susto.

Me olhando com um sorriso no rosto, Harry estava parada em minha frente, vestindo um shorts de corrida, uma regata branca, que mal tampada seu peito, boné e um tênis de cor extremamente chamativa.

Apenas estuda-lo, já fez com que minha respiração voltasse a ficar descompassada.

- Eu te assustei? - Ele pergunta, tombando a cabeça.

- Claro que sim! – Jogo os braços para o ar.

- Desculpe. – Harry ri.

- Como você me achou? - Volto a correr no mesmo ritmo lento, para não ter que ficar encarando-o de modo direto, pois estava desconfortável com ele ali.

- Liguei para o seu celular, mas quem atendeu foi a Hazel, que me xingou por ter atrapalhado alguma coisa que não entendi. Perguntei onde você tinha ido e ela falou, que você tinha saído para caminhar e provavelmente estava indo para o centro, que era o caminho que você fazia quando queria pensar. – Enquanto falava, Harry acompanhava meu ritmo de corrida, ao meu lado. – Vi quando você virou nessa rua.

Olhei para o chão, encarando meus pés, tentando entender como a Hazel sabia que eu estava indo para o centro. Por acaso eu era tão previsível assim?

Mas era mais provável que a Hazel fosse algum tipo de vidente.

- Certo, e o que você queria falar comigo? – Volto meus olhos para os seus pela primeira vez naquela conversa.

- Eu...Bem... – Harry coça a nuca, olhando para o chão. – Queria falar com você sobre... Você sabe... – Nunca o tinha visto tão confuso como agora, que mal conseguia formar um palavra. Mas eu tinha entendido sobre o que ele estava falando e rapidamente o cortei.

- Não tem muito o que falar, tem? - Dou de ombros. – Apenas aconteceu.

- Ok. – E foi a última coisa que Harry disse, antes de começarmos uma caminhada totalmente silenciosa, mesmo eu não querendo que aquele clima tenso continuasse entre nós, mas eu também não sabia o que falar, tudo parecia um tanto errado.

Depois de alguns minutos, alguns pequenos prédios de tijolos expostos, assim como o meu, começaram a aparecer e comecei a prestar a atenção nas residências em volta de nós, já que as músicas já tinham acabado e Harry permanecia imparcialmente silencioso ao meu lado.

As ruas estavam vazias, provavelmente porque já era quase hora do almoço, mas um homem vestindo algumas roupas pretas, que se esgueirava pelas árvores do outro lado da rua, chamou a minha atenção.

- Harry, aquele homem parece estar nos seguindo. – Digo, apontando discretamente com a cabeça, para onde o homem estava.

Vi Harry olhando por cima de mim, em direção ao misterioso homem e, logo em seguida, arregalou os olhos e xingou baixinho, agarrando meu braço e começando a correr, enquanto me arrastava atrás de si.

- Por que estamos correndo? - Grito, enquanto tentava me equilibrar e acompanhar seu ritmo apressado, quase desesperado.

- Aquele cara é um paparazzi, e se você não quiser aparecer em todos os lugares amanhã, é melhor correr. – Ele responde, olhando para mim.

Apresso o passo, conseguindo chegar ao lado de Harry e, segurando sua mão desajeitadamente, deixo que ele nos guiei entres as ruas. Olhei para trás algumas vezes, mas o homem parecia persistente em conseguir uma foto nossa.

- Ele não desiste nunca? - Perguntei, enquanto virávamos em mais uma esquina.

- Paparazzis podem ser extremamente chatos quando querem. – Ele diz, já ofegante, olhando para os lados.

E em um movimento rápido, ele nos leva até um pequeno beco entre dois prédio baixos, escondendo-nos ali, entre as lixeiras e caixas jogadas.

Assim que paramos de correr, senti a adrenalina se esvair de meu corpo, fazendo com que o suor tomasse conta das minhas costas e pescoço e deixando minhas panturrilhas doloridas. Apoio minhas mãos em minhas pernas, abaixando a cabeça e tentando recuperar o fôlego e amenizar a sensação de ter meu peito explodindo. Harry se encontrava na mesma posição que eu, respirando pesadamente.

- Desculpe, Nora. – Ele diz, ofegante.

- Tudo... Tudo bem. – Murmuro, finalmente levantando a cabeça, sentindo que minha respiração havia voltado ao normal.

Bato meus olhos em Harry, que ainda agachado, deixava livre a visão de todo do seu tronco, devido a largura da regata. Percebi que além dos pássaros, ele também possuía uma tatuagem indefinida por mim, na região da barriga, que também me parecia um tanto definida.

Mas devo ter ficado tempo demais analisando seu corpo nu, pois no momento em que Harry levanta a cabeça, ele me paga olhando-o, o que me deixa mais vermelha do que os tijolos expostos em nossa volta.

Depois de arrumar sua postura, Harry olha para mim com um olhar malicioso, junto com o sorriso cheio de segundas intenções que tinha se aberto em seu rosto, me deixando sem jeito.

- Acho que o paparazzi já foi embora. – Olho para os lados, nervosamente. – Já podemos ir. – Enquanto falava, comecei a me mover, pronta para sair dali e ignorar tudo, mas Harry não deu tempo para que aquilo acontecesse, pois assim que percebi, ele já estava em minha frente, praticamente colado à mim.

- Alguns minutos a mais não farão nenhum problema. – Harry sussurra, levando, rapidamente, suas mãos para a minha cintura, fazendo com que todo o meu corpo se arrepiasse.

- Harry... – Digo, na minha última tentativa de parar com aquilo, mas assim que seu rosto começa a se aproximar do meu e sua respiração bate em mim, sinto todo o resto de sanidade que me restava ir embora, me deixando um pouco zonza.

Harry não espera nenhuma reação minha, apenas cola nossos lábios de um jeito urgente, pressionando mais ainda suas mãos em minha cintura. E quando vi, ele já tinha me empurrado até a parede, deixando-me presa entre ela e seu corpo.

- Dessa vez você não vai fugir, não é? - Ele morde meu lábio inferior, fazendo com que eu fechasse meus olhos fortemente.

Levei minhas mãos até seus braços gelados pelo suor, e apertei com força, sem me importar com a pressão das unhas, pois assim que ele invadiu minha boca, meu corpo ficou completamente descontrolado.

Sua língua quente, parecia saber exatamente o que fazer para deixar-me louca, e seu gosto ainda parecia o mesmo. Perfeito.

Colei mais meu corpo contra o dele, sem me importar com o suor que grudava nossas roupas. Apenas deixei que nosso beijo se aprofundasse, ficando na ponta dos pés para ficar na sua altura.

Harry praticamente abraçou minha cintura, deixando aquilo intenso demais, enquanto nossas bocas lutavam entre beijos, algumas mordidas e puxões de lábio. E, depois de algum tempo, senti a falta de ar doer em meu peito e provavelmente Harry também estava assim, pois com um sorriso, ele descolou nossos lábios, selando-me rapidamente antes de descer até meu pescoço e morder levemente a pele exposta, fazendo-me segurar um suspiro.

- Melhor irmos agora. – Sua voz estava extremamente rouca, o que era sexy e me fez arrepiar.

- Sim. – Aquela monossílaba foi a única coisa que consegui dizer, ainda um pouco tonta com o acontecido.

Ele solta minha cintura, descolando nossos corpos e praticamente me colocando de volta no chão enquanto eu continuava atônita. Harry sorri, tirando seu boné e o colocando em minha cabeça, pegando em minha mão logo em seguida.

- Vamos, antes que fique tarde. – Ele passa a mão pelos cabelos, bagunçando-os.

- Certo. – Eu parecia um deficiente mental que não conseguia formar uma frase.

Saímos do beco ainda de mãos dadas, olhando para os lados a procura de algum homem estranho atrás das árvores, mas as ruas agora estavam completamente vazias.

Começamos a ziguezaguear pelas esquinas, fazendo todo o caminho de volta para a minha casa. Pelo menos era o que eu esperava. E durante o trajeto eu apenas ficava pensando no que tinha acontecido, abrindo alguns sorrisos bobos de vez em quando.

Mas parei de pensar, já que eu não conseguia chegar a lugar algum, então apenas decidi não fazer nada, só deixar acontecer.

- Bem, isso deixa tudo muito...Claro. – Harry diz, olhando para mim com um sorriso de lado.

Não respondo nada, apenas dou risada, balançando a cabeça.

O caminho de volta também foi silencioso, mas não de um jeito tenso. Nós apenas estávamos andando na rua juntos, rindo um para o outro de vez em quando, fazendo com que algumas pessoas nos olhassem de forma estranha.

E logo, a fachada do meu prédio apareceu em meu campo de visão, fazendo com que minhas pernas gritassem de alegria.

- Quer subir, Harry? - Pergunto, enquanto tentava abrir o portão.

- Sim, estou morrendo de sede. – Ele ri.

Andamos em direção ao elevador, pois sabia que provavelmente não chegaríamos vivos até o terceiro andar, se subíssemos as escadas. Apertei o botão com o número três e o velho elevador começou a ranger, enquanto começava a se mover lentamente.

Olho para Harry de rabo de olho e, percebo que o mesmo também me olhava. Lembrei das sensação maravilhosa dos seus lábios nos meus, e sem pensar, apenas reviro os olhos e o puxo pela regata, fazendo com que ele se desequilibrasse para cima de mim, apoiando os braços na parede do elevador enquanto eu selava nossos lábios pela segunda vez no dia.

Ficamos naquele beijo lento até que a porta do elevador se abrisse, fazendo com que eu risse, e nos separasse, apenas para sair daquele velho equipamento. Harry me puxou pela cintura, beijando minha bochecha e logo escorregando para minha boca, novamente.

Mesmo devagar, consegui encontrar a porta do meu apartamento, que estava entreaberta. Achei aquilo estranho, mas deduzi que Hazel tinha saído para o mercado, pois ela sempre deixava a porta aberta nessa ocasião.

Fui entrando no apartamento, puxando Harry comigo, sem quebrar o nosso beijo por nenhum segundo, mas percebi que não estávamos sozinhos quando ouvi um grito estridente.

- Nora? O que está fazendo? - Me virei para Hazel, pronta para inventar alguma desculpa esfarrapada do tipo: “Harry tropeçou e caiu em cima de mim, colando propositalmente nossos lábios”. Mas assim que olhei para ela, levei um susto maior ainda.

Hazel também não estava sozinha, ela estava com Simon, em uma posição nada agradável para mim. Simon se encontrava sentado no sofá, com o cabelo todo bagunçado e sem óculos, tendo Hazel sentada em seu colo, também toda descabelada e com a blusa um pouco levantada.

E os dois estavam se beijando, pois seus lábios estavam vermelhos e inchados.

- Bem, acho que pergunto isso para você dois. – Digo, vendo os dois corarem, um tanto constrangidos.

- Você pediu para eu conversar com ele. – Ela disse, dando de ombros e saindo do colo de Simon, arrumando a blusa.

- Desde quando o significado de conversar mudou? - Pergunto, com as mãos nas cinturas, fuzilando Simon com os olhos, que limpava os óculos nervosamente.

- Não faço ideia, mas acho que você e Harry também não estavam “conversando”.

Balanço a cabeça, batendo minha mão na testa e virando-me para olhar Harry, que ria atrás de mim.

- Acho que vocês duas vão querer ficar conversando sobre tudo isso, então vou embora, pois não quero ser esganado pela Nora. – Simon diz, se levantando e indo até a mesa onde as chaves do seu Toyota se encontravam.

- Que bom que vocês sabe, Simon Fray. – Digo, brava, vendo ele arrumar os cabelos, passando por Hazel e lhe dando um selinho rápido, que me faria abrir um sorriso se não estivesse com vontade de matar meus dois amigos.

- Tchau, Haz. – Simon para ao meu lado e beija minha bochecha, mas eu continuo estática. – Tchau, Nora.

Simon cumprimenta Harry e os dois dão risada, provavelmente de alguma piada interna masculina.

- Você vem, Harry? - Simon pergunta, já indo para a porta.

- Com certeza. – Harry abraça-me rapidamente, beijando minha bochecha e acenando para Hazel. – Só tente não matar ela, ok, Nora?

Reviro os olhos, vendo os dois saírem pela porta e, logo que a mesmo é fechada, eu volto-me para Hazel, que segurava a risada.

- Pode começar a falar! – Digo, mexendo as mãos nervosamente.

- Não tem nada para falar, aconteceu o que você viu. E só para você ficar um pouco feliz, nós até conversamos no começo... – Ela sorri maliciosa. – Mas você não devia estar tão paranoica comigo, pois, aposto que fez coisa bem pior com Harry antes de chegar aqui, afinal, uma caminhada não demora quase duas horas.

- Hazel! – Grito, já corando.

- O que foi? - Ela vem até onde eu estava e me abraça de lado. – É, Nora, nós duas finalmente desencalhamos.

- Hazel! – Grito mais um vez, virando-me para bate-la, enquanto ela tentava se esquivar, rindo e me fazendo rir também, de toda aquela situação.

Continua....


Notas Finais


Então, esse é o novo capítulo!
Espero que tenham gostado, pois eu amei escreve-lo ouvindo Story Of My Life >,<
Bem...para não perder o costume, não se esqueçam de comentar, ok?
Ah! E não sei se todas viram aquele aviso que eu postei aqui como forma de capítulo, mas eu estou começando uma nova fanfic, chamada Nathalie e é com o Harry (#meu).
Vou deixar o link aqui, e deem uma olhada ;)
É isso, mil beijos!
Gabi G.
LINK DE NATHALIE : http://animespirit.net.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-nathalie-1240495


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...