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História Dont Let Me Go - Último Adeus


Escrita por: Mrscurly

Notas do Autor


Hey, guys!
Aqui estou, mais um final de semana para postar aqui em DLMG.
Semana passada não postei, pois atualizei outra de minha fanfic, DEAR FRIEND, por isso espero que me deem um desconto :D
Muito obrigado a todos que comentarem e favoritaram, espero que gostem desse capítulo ;)

Capítulo 34 - Último Adeus


Fanfic / Fanfiction Dont Let Me Go - Último Adeus

Quantos minutos haviam se passado?

Provavelmente, eu deveria ter entrado em algum estado de choque pois, encarava os olhos verdes de Harry como se eles fossem a resposta para alguma questão muito complexa e indecifrável. Meus braços, que estavam em volta de seu pescoço, agora pendiam sem vida ao lado de meu tronco, e o envelope branco com as passagens e reservas já não parecia tão animador como antes.

Tudo aquilo pelo simples fato de que uma escolha minha mudaria minha vida de ponta cabeça, e eu já não tinha certeza de qual era a alternativa certa.

Minha cabeça parecia mais pesada que o normal, e deixei que ela se apoiasse no peito de Harry, no momento em que seus dedos começaram a acariciar meus cabelos e a base de minhas costas.

Meus pensamentos estavam confusos e só percebi que começara a chorar, quando os sussurros de Harry se fizeram audíveis.

− Está tudo bem, amor, vamos dar um jeito nisso, não precisamos ir à essa viagem se você não quiser. – Sua mão, que estava no meu cabelo, havia descido pelos meus braços, e ele deixava um carinho reconfortante por onde seus dedos tocavam minha pele.

Não precisávamos fazer aquela viagem?

Metade de mim gritava um grande “NÃO”, e imagens dos sábados que havia passado com Cassie voltavam à minha mente. Desde o primeiro dia em que coloquei meus pés no prédio antigo do orfanato, a menina de olhos chocolates havia me cativado de uma maneira que passei a entender o que meu pai viva dizendo.

− Um dia você vai saber o que é o amor de um pai por seu filho. – Aquelas palavras não pareciam fazer sentido para mim quando Cassie se apresentou naquele primeiro dia, puxando-me pela mãozinha em direção à boneca de pano que ela brincava.

Agora, era a única coisa que fazia sentido naquele momento.

Entretanto, consegui perceber o tom chateado de Harry ao me consolar. Ele faria qualquer coisa para mim, mesmo que qualquer coisa significasse chateá-lo. Pensar que Harry havia tornado minha vida mais feliz no momento em que pediu meu celular de um jeito nervoso me fez perceber quantas vezes ele já não deveria ter aberto mão de algo por mim.

Era minha vez de fazê-lo feliz.

− Você queria adotá-la, não é, Nora? – A voz baixinha de Harry, sussurrada em meu ouvido, fez com que meus olhos arregalassem, surpresa com a constatação de que ele havia captado tão bem os sentimentos que corriam pelos meus olhos quando estávamos no orfanato.

Afastei-me de seu peito, olhando com vergonha para a enorme mancha de lágrimas que eu havia deixado em sua camisa. Meus olhos voaram para os seus, e o brilho verde fez com que meu coração amolecesse e eu acalmasse, sabendo que poderia abrir meu coração para ele por completo.

− Acho que eu quero isso a muito tempo, mas só agora percebi o quanto de amor que tenho por aquela menina – murmurei, passando meus dedos pelo rosto de Harry, que abriu um sorriso enorme para mim. – Sempre pensei que eu poderia dar à Cassie a família que ela sempre quis.

− Você acha que está pronta para isso? – Sua voz saiu séria, e senti uma pontada em meu coração ao ver seu rosto sério, com pequenas rugas entre os olhos, que seriam fofas em outro momento que não fosse não sério.

Eu era uma garota que morava em um bairro simples de Londres, com um emprego que me deixava confortável em minha vida nada esbanjadora, mas nada disso era uma garantia de que eu estava pronta para cuidar de uma criança.

Sempre poderia contar com meu pai, mas ele mesmo estava começando uma nova etapa de sua vida com Martha, e não me sentiria confortável com aquela posição, mesmo sabendo que papai amava Cassie.

Onde eu deixaria uma pequena criança em nosso apartamento minúsculo de dois quartos, acabando até com a privacidade que Hazel teria com Simon, mesmo sabendo que ela não se importaria.

Quantas consequências aquela simples escolha traria? Metade das coisas que me tomavam conta agora, nunca cheguei a pensar.

E Harry? Acabávamos de entrar em um relacionamento sério, mas isso não queria dizer que eu poderia adotar uma criança e pedir para que ele aceitasse aquilo de bom grado, ainda que eu visse ele envolvido cada vez mais com Cassie.

Um casal, pronto para começar uma nova vida com um filho estava completamente mais preparado que eu para assegurar que Cassie teria a vida que sempre mereceu.

− Não – respondi, sentindo uma lágrima gorda rolando pelo meu rosto, olhei para Harry e vi que ele parecia espantado. – Mesmo eu amando aquela pequena menina, não seria a mãe que ela merece.

− Nora... – Harry começou a dizer, mas eu simplesmente o interrompi.

− Eu não estou pronta para isso, ela está feliz com o casal que irá adotá-la, e talvez eles saibam como cuida dela, mas eu? – Ajeitei-me em seu colo, para que pudesse olhá-lo no fundo dos olhos, enquanto acariciava seu pescoço. – Não tenho estruturas para ter uma criança, não nesse momento, e tenho que pensar nas consequências que isso traria para todos ao meu redor, principalmente para nós.

− Você acha que eu não gostaria de ter um filho? – ele perguntou, brincando com a barra de minha blusa, e percebi que ele estava um pouco incomodado.

− Você tem a banda, Harry, e o nosso namoro saltando para um nível tão alto, poderia mudar nossa relação. – Sabia que eu estava dando apenas desculpas, mas precisava convencer a mim mesma de que era certo. – Algo assim mudaria minha vida inteira de ponta cabeça, e eu estaria responsável por uma vida, Harry.

− Você não estaria nessa sozinha. – Sua certeza fez com que eu abrisse um sorriso carinhoso, selando nossos lábios que alguns instantes antes de deixar um beijo em sua testa.

− Eu amo você por sempre estar ao meu lado, Harry, sempre fazendo coisas para me fazer feliz, como essa viagem. – Apontei para o envelope que agora jazia solitário no braço do sofá. – E com toda certeza você será um pai maravilhoso, no futuro, mas talvez, esse casal seja o melhor para a Cassie, como todos dizem.

− Não esqueça que você será a mãe deles – Harry disse, selando nossos lábios em um beijo intenso, ao qual fez meu coração saltar no peito.

Ou talvez tenha sido aquelas palavras, que deixaram meu ser derretida por ele completamente, só com o fato de saber que ele me incluía em seu futuro tudo, mostrando para mim uma pequena parte de seu amor.

− Eu amo você, Harry – murmurei contra seus lábios, deixando que eles raspassem um nos outros ao separar o beijo. – E talvez um dia possamos ter um pequenino correndo pela casa e nos deixando loucos.

− Com toda certeza ele puxaria à você então. – Gargalhei depois de minutos de uma conversa tensa, batendo de leve em seu ombro, enquanto sentia suas mãos apertando-me nos pontos em que sentia cócegas.

Minhas costas foram coladas contra o sofá, e logo Harry estava deitado por cima de mim, aprofundando as cócegas enquanto deixava beijos em meu pescoço, ou tentava, pois meu corpo todo se contorcia em suas mãos.

Passei meus braços em seu pescoço, puxando-o para um beijo na tentativa de acabar com a seção de cócegas, o que ocorreu como o planejado, pois as mãos de Harry voaram automaticamente para meus braços, tirando-os de seu pescoço e os juntando em cima de minha cabeça, deixando-me entregue à ele.

Nossas línguas brincavam uma com a outra, e nossos corpos se movimentavam lentamente, fazendo com que os toques sutis deixassem aquele momento cada vez mais intenso, até o momento em que os lábios de Harry mordiscaram meu queixo, descendo pelo pescoço e deixando beijos e chupões leves ali.

− Gosto de saber que eu estou presente no seu futuro. – Minha voz saiu como um gemido, pois no momento uma mordida foi deixada em minha pele do pescoço.

− Nunca pensaria em um futuro sem você, Nora – ele respondeu, voltando o rosto para perto do meu, deixando um beijo rápido na ponta de meu nariz.

− Tudo o que eu quero agora é que essa viagem chegue logo, para que possamos passar um tempo juntos como você planejou – disse, acariciando seus cabelos e vendo-o sorrir mediante minhas palavras.

Ele realmente estava empolgado com a viagem para Irlanda.

− Vai ser o melhor momento da sua vida. – Rimos juntos, enquanto Harry acariciava meu rosto com o nariz, em um carinho gostoso.

− Não vejo a hora de finalmente conhecer um país novo – disse, totalmente empolgada, jogando os braços para trás de minha camisa e sorrindo.

− Mas você vai desistir de Cassie, Nor[GG1] a? – A pergunta de Harry fez com que eu ficasse tensa, abaixando os braços e virando o rosto, em uma tentativa de segurar mais lágrimas que poderiam vir.

Eu não podia mais ficar daquele jeito, tinha uma escolha para ser feita que talvez fosse a mais difícil de minha vida, e precisava ser forte.

− Não estou desistindo dela, Harry, apenas vendo o melhor para ela, Cassie precisa ser feliz. Tenho duas portas para escolher, mas essa é a correta. – Falei com convicção de um presidente ao fazer um discurso, mas meu coração ainda estava dividido.

− Você não precisa abrir mão do que ama, Nora, eu sempre vou estar aqui para mostrar isso para você. – As palavras de Harry deixaram-me confusa no momento, com a sensação de que ele estava pensando em mais coisas do que me dizia.

Entretanto, não tive tempo para confrontá-lo, pois a campainha tocou, fazendo com que ele saísse de cima de mim enquanto eu corria em direção à porta, imaginando que Hazel havia esquecido a chave dela em algum lugar.

A surpresa foi enorme quando Liam apareceu em meu campo de visão, com um sorriso enorme, vestindo sua jaqueta de couro preta e jeans rasgados, com mais três garotos sorridentes atrás dele.

− Liam? O que vocês...? – perguntei, ainda surpresa com os garotos que sorriam ainda mais para mim da porta.

− Vemos que Harry já falou da viagem – Louis disso, abrindo um sorriso malicioso, fazendo-me perceber que meus cabelos estavam bagunçados e minha camisa um pouco levantada, e meu rosto automaticamente ficou vermelho, enquanto alguns risinhos eram ouvidos deles.

Senti mãos envolvendo minha cintura, e percebi que Harry estava atrás de mim, com o rosto apoiado em meu ombro e, sem motivo nenhum, corei ainda mais, sentindo meu rosto esquentar.

− O que fazem aqui? – Harry perguntou, com sua característica voz rouca, fazendo com que Lou empurrasse Liam, para ficar em nossa frente.

− Acho que a Nora já monopolizou você o bastante ontem e hoje, está na hora da noite dos meninos – Lou cantarolou e o Niall ao fundo começou a fazer passos estranhos de música, completamente sem sentido.

− Vocês não vão em algum bar de streaper, não é mesmo? – Perguntei, ouvindo minha voz saindo aguda, fazendo-os rir.

− Infelizmente para mim, não vamos, são quatro caras comprometidos contra um solteirão. – Niall fez uma cara triste, com um biquinho adorável que me fez rir, enquanto Zayn revirava os olhos e lhe dava um tapa no pescoço.

− Vamos assistir as finais do campeonato europeu – Zayn explicou, apontando para a camisa de um time de futebol que eu realmente não reconhecia, mas suspirei aliviada.

− Vamos à um barzinho que costumamos frequentar, os caras da banda vão junto – Liam completou a explicação, deixando visível sua própria camisa de time de futebol, a mesma de Zayn.

− Como pude esquecer? – Harry perguntou, atrás de mim, dando um tapa em sua testa, antes de voltar-se para mim. – Não vai ter problema eu ir agora, não é mesmo?

Sorri com a cara pidona que Harry e lançou, mas sabia que ele estava mais preocupado com toda a situação da viagem e adoção. Virei-me para ele, envolvendo sua cintura com meus braços, roubando-lhe um selinho.

− Vá assistir ao jogo, e beba algumas cervejas por mim, eu vou à casa de Simon, tenho quase certeza de que Hazel está lá – murmurei, sorrindo para a expressão animada que ele estava no rosto.

− Trouxemos sua camisa! – Niall gritou, fazendo com que eu voltasse-me para eles, vendo Louis segurar uma camisas, mostrando as costas com o número 10 e o nome de Harry logo abaixo.

− Vocês entraram na minha casa? – Harry berrou, logo depois de ter selado nossos lábios rapidamente em um beijo carinhoso.

Sorri para os cinco meninos que berravam e discutiam alegremente, enquanto esperavam o elevador velho chegar, e assim que as portas de metal se abriram, acenei com um sorriso bobo para Harry, que abriu um sorriso de covinhas para mim.

Não era domingo, e a tarde já começava a cair, mas eu sentia vontade de caminhar para poder clarear meus pensamentos confusos.

Voltei para a sala, pegando o envelope branco com as coisas para a viagem e abracei-o contra meu peito, abrindo um sorriso infantil e empolgado.

− Obrigada, Harry – murmurei para mim mesma. – Finalmente vou realizar um sonho.

Corri para o quarto, deixando o envelope em cima da escrivaninha e indo para o guarda -roupas, buscando um short de corrida e uma regata leve, chutando meus tênis para fora enquanto sentava-me na cama.

Naquele horário, Simon já havia saído da Daily, e era bem provável que Hazel estaria junto com ele, mesmo que eu não quisesse pensar naquele momento em o que estariam fazendo.

Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo alto, e suspirei ao olhar-me no espelho, vendo o rosto de uma garota perdida em escolhas complexas.

As ruas estavam movimentadas e com congestionamentos barulhentos, devido as buzinas infernais dos carros parados em frente ao meu prédio, segui pela calçada o velho trajeto já conhecido por mim até a casa da Simon, desviando das pessoas apressadas que voltavam do serviço, mas minha mente apenas pensava no desejo de que Frances e Jhonny fossem realmente bons para Cassie.

Eu precisava ser forte, e não começar a chorar enquanto caminhava entre aquelas pessoas apressadas. Apertei o passo, sentindo o vento bater em meu rosto, fazendo com que eu suspirasse pesadamente, virando na esquina da rua de Simon, já visualizando a pequena casinha cheia de flores, e o Toyota estacionado na garagem apertada.

Ofegante, toquei campainha, ouvindo o som alto da televisão parar bruscamente, o que mostrava que Simon estava jogando vídeo game. A porta se abriu e meu amigo apareceu em meu campo de visão, ainda com as roupas de trabalho mais com o controle de seu Xbox em mãos.

Tentei ignorar os lábios inchados e os cabelos bagunçados, pois assim que olhei para a sala, percebi a cabeleira de Hazel, e ela também segurava um controle, gritando para Simon voltar logo.

− Nora? O que faz aqui? – A pergunta curiosa de Simon fez com que Hazel voltasse a cabeça para mim, pulando do sofá e vindo em minha direção.

− Pensei que passaria o dia com Harry. – Ela completou Simon, puxando-me para dentro da casa de Simon.

− Ele saiu com os meninos para assistir às finais do campeonato – respondi, jogando-me no sofá e respirando lentamente, olhando para os lados em busca da senhora Fray.

− Minha mãe saiu, foi ao mercado – Simon respondeu minha pergunta silenciosa, sentando-me ao meu lado, assim como Hazel.

− Por acaso, todo o molho de macarrão acabou – Hazel cantarolou, lançando um olhar malicioso para Simon, que sorriu.

− Por favor, não quero mais detalhes sobre suas maneiras de ficaram sozinhos aqui. – Arregalei os olhos, imaginando os dois como bandidos, jogando todo o molho de macarrão na lixeira do vizinho, fazendo com que a senhora Fray os deixasse sozinhos com suas malícias.

− Não dissemos que fomos nós. – Simon levantou às mãos em rendição, mas eu apenas revirei os olhos e olhei para a televisão que tinha uma imagem congelada de sangue espirrando na tela. Controlei meu estômago olhando para Hazel.

− Vou para a Irlanda. – Disparei, fazendo com que meus amigos arregalassem os olhos pela surpresa.

− Como assim? – Hazel gritou, jogando o controlo em cima da mesinha de centro, que possuía algumas latinhas de refrigerante.

− Harry me deu um presente hoje, quando voltamos do orfanato, duas passagens para sexta feira, com destino à Irlanda, onde passaremos uma semana inteira – expliquei, vendo um sorriso alegre se abrir no rosto de Hazel à medida que explicava as coisas pra ela.

− Esse sempre foi o seu sonho! – Haz gritou, jogando uma das almofadas para cima. – Harry é um amor.

− Eu sei. – Sorri, pensando em Harry e na surpresa que havia feito para mim.

− Você disse que foram no orfanato hoje? – Simon perguntou, ajeitando os óculos que lhe caiam pelo nariz.

− Exatamente. – Suspirei, fechando os olhos brevemente. – Conheci o casal que quer adotar a Cassie, eles disseram que vão começar com processo de adoção.

− Oh, não. – Hazel fechou o sorriso, pousando a mão em minha perna. – Isso quer dizer que se você for viajar, não vai poder fazer nada contra isso.

− Por que não fica, Nora? – Simon perguntou, já atropelando a fala de Hazel.

− Não posso ficar, não quero magoar Harry dessa forma, ele está muito empolgado com tudo isso, vem planejando a viajem em segredo há tempos, e além do mais, aquele casal parecem realmente prontos para fazer Cassie feliz.

− Não acredito que isso está acontecendo. – Hazel resmungou, olhando frustrada para a televisão.

− Tive que fazer uma escolha – murmurei em resposta, seguindo o olhar de Haz de volta para o espirro de sangue.

− Não precisa ficar assim, Nora, você ainda pode continuar vendo Cassie, não vai ser a mesma coisa, mas você pode continuar com sua ligação com ela. – Simon tentou me consolar, mas eu apenas consegui abrir um sorriso fraco para ele.

− Acho que você precisa de um pouco de adrenalina para tirar isso da cabeça, você vai para a Irlando com o fofo do Harry e nada melhor do que um jogo de corrida para acabar com esse estresse – Hazel declarou, levantando-se para pegar a capinha de um jogo com um carro em alto velocidade. – Onde está o terceiro controlo, Simon? Nora precisa mostrar seus dons de direção em alta velocidade.

A semana passou como um raio, e eu mal conseguia me lembrar do que acontecia nos dias que se seguiram, apenas que Harry ficava mais empolgado a cada dia e curiosamente todos os canais de celebridade já sabiam sobre a viagem que faríamos.

Todas as noites eu arrumava um pouco mais minha mala enorme para a viagem, colocando um novo casaco ou um par de botas reservas, vendo-a ficar cada vez mais cheia enquanto a semana decorria.

E foi no dia antes da viagem, quando a última peça de roupa havia ido para a mala e agora ela estava fechada e estufada no canto do meu quarto, é que eu percebi que faltava uma coisa para eu fazer.

Corri para o estacionamento da Daily sem me despedir de ninguém, quando meu expediente acabou, entrando no meu pequeno Fiat e partindo em disparada pelas ruas que levavam ao subúrbio do orfanato.

Como Simon havia conseguido uma semana de folga para mim, devido à viagem, comecei a fazer horas extras durante aquela semana, entretanto, aquele dia, havia algo mais importante do meu trabalho.

Estacionei muito mal o carro na frente do orfanato, vendo as crianças brincando no jardim, mesmo sendo final de tarde. De longe, consegui ver Martha correndo atrás de um grupo de meninas, o que me fez sorrir.

Entretanto, meus olhos foram até onde Cassie brincava, no seu lugar de sempre embaixo de uma das grandes árvores, e ao seu lado, estavam Frances e Jhonny, brincando com a pequena menina.

Peguei minha bolsa e caminhei até os três, sendo que Cassie, como sempre, foi a primeira a me ver, correndo até eu pegá-la em meu colo, abraçando-a forte e já sentindo meu coração apertar.

− Nora! − Seu gritinho infantil fez com que eu risse, enquanto o casal se aproximava de nós duas.

− Que surpresa, Nora, pensávamos que você só vinha de sábado ao orfanato – Frances disse, me cumprimentando com um sorriso amigável.

− Eu sei, mas precisava vir me despedir de Cassie antes – respondi, vendo o olhar curioso da pequena menina em meu colo.

− Então vamos deixar as duas a sós. – Jhonny sorriu para mim, entrelaçando as mãos com Frances. – Precisamos mesmo conversar com Martha sobre o pequeno problema que aconteceu com o processo de adoção.

Fiquei curiosa com o comentário do homem, fazendo-me pensar em o que estava acontecendo, mas a voz de Cassie chamou minha atenção.

− Onde você vai, Nora? – Cassie perguntou, brincando com meu cabelo.

Já sentia meus olhos lacrimejando, e sabia que as primeiras lagrimas gordas começariam a cair em pouco tempo.

− Estou indo viajar amanhã, querida, eu e Harry vamos para a Irlanda – expliquei, acariciando lhe as bochechas macias, sentindo uma lágrima quente escorrendo pelo meu rosto.

− Niall mora lá! – Cassie deu um gritinho empolgado, batendo as mãos enquanto eu tentava segurar o choro.

− Exatamente, querida. – Minha voz já estava mais aguda, e eu simplesmente abracei a pequena menina com força.

− Por que está “cholando”, Nora? – ela perguntou, com o rosto contra meu ombro. – Deveria estar feliz.

− Eu estou, querida, mas vou sentir saudades de você. – As lagrimas escorriam livremente em meu rosto naquele momento, e eu apenas queria ficar abraçada com Cassie para sempre, sem nenhuma barreira para nos impedir. – Queria me despedir de você.

− Mas você vai voltar, não é? – Cassie olhou para mim, afastando nosso abraço.

− Claro que sim. – Sorri, tentando não deixar a pequena menina preocupado.

− Então vou ver você de novo. – Cassie abriu um enorme sorriso, abraçando meu pescoço e afundando o rosto em meu ombro outra vez.

Enquanto afagava as costas da minha pequena menina, tentava controlar as lágrimas que escorriam por meu rosto, sabendo que talvez, não conseguiria mais ver Cassie depois daquela viagem.

Continua...


Notas Finais


É assim ai velinho!
Espero que tenham gostado desse capítulo, e DLMG está chegando nos seus capítulo finais!
Não deixem de comentar, e para quem gosta de fanfics do Zayn, quero deixar aqui o link da fic da minha melhor amiga, a dona madoxx (MrzMalik), chamada IRRESISTIBLE
http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-one-direction-irresistible-1627649
Espero que deem tanto carinho para a fanfic dela como dão à minha, pois a história é maravilhosa.
Obrigada por tudo!
Até semana que vem.
Xoxo, Gabi G.


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