Anteriormente...
Tudo ficou em câmera lenta, antes de tudo tenho certeza que vi a porta do motorista do outro carro ser aberta e alguém pular de lá. Jimin tentou desviar mas acabou perdendo o controle do volante fazendo o nosso carro virar e sair dá estrada, descendo ribanceira abaixo, virando de cabeça para baixo várias vezes...
~*~*~*~*~*~
Bati minha cabeça várias vezes com muita força, agradeço a Deus por pelo menos estarmos de cinto, mas isso não diminui a dor que estou sentindo e o medo. Tento olhar pro lado e vejo Jimin com um grande corte na cabeça, o vidro dá janela dá porta dele se quebrou e o parabrisas está completamente rachado, vendo-o daquele jeito, cheio de cortes com sangue escorrendo, aumenta minha dor, mas essa é pior, meu corpo inteiro dói, e o carro não para de girar, percebo que já estou chorando há um tempo quando sinto meus olhos ardendo, aos poucos percebo que estou perdendo a consciência.
– Jimin – chamei, mas saiu somente um sussurro.
Quando eu olho novamente na sua direção, ele está desacordado, oro a Deus pra que sejamos salvos e que fiquemos bem.. que ele fique bem.. então tudo fica escuro...
[...]
Acordei em uma sala completamente branca, tanto que tive que piscar algumas vezes para me acostumar com a luz. Tentei me sentar mas fui impedida com uma dor horrível na minha costela, daí me lembrei do que aconteceu e uma lágrima escorreu por meu rosto, logo percebo que estou em um quarto de hospital. Respiro fundo, como Jimin estará? Minha barriga ronca alto me fazendo assustar com o barulho e no mesmo instante, a porta do quarto se abre aparecendo uma enfermeira.
– oh! Graças a Deus a senhorita acordou! – falou espantada ao notar que eu já estava acordada me fazendo ficar com um ponto de interrogação na cara e ela logo faz uma cara triste e de.. pena? – imagino que esteja com fome, certo? – assenti, ela respirou fundo – irei trazer algo para a senhorita comer e irei chamar os meninos.. seus amigos, imagino, para vir lhe ver, quero dizer, não sem antes chamar o doutor Jung-Ho para lhe examinar, com licença.
Dito isso ela saiu me deixando sozinha. A primeira frase que falou, pareceu que eu dormi por dias.. será? Não se passaram nem 5 minutos e um homem de jaleco entrou.
– olá senhora Park – falou ao olhar uma prancheta e arregalei meus olhos até lembrar que eu sou "casada" com o Jimin – fico feliz que tenha acordado.
– por – minha voz saiu fraca e forcei para sair mais alto – por quanto tempo eu fiquei desacordada? – ele suspirou.
– por uma semana.
– o quê? – perguntei espantada.
– irei lhe examinar agora e.. seus amigos irão lhe contar o que aconteceu. – me lançou um olhar triste. – sinto muito. – completou.
Ele me examinou e quando constatou que estava tudo bem, ele saiu e a enfermeira entrou deixando uma bandeja cheia de comida em meu colo, e não tardei a atacar a comida, mesmo que eu não goste de comida de hospital, porque não tem gosto, eu comi tudo, pois parecia que faziam séculos que eu não comia nada. Assim que terminei a porta do quarto se abriu e Taehyung entrou.
– Tae! – exclamei sorrindo, mas meu sorriso se desmanchou ao notar sua expressão triste. – você está bem? – perguntei e ele apenas me deu um sorriso fraco.
– deveria ser eu a te fazer essa pergunta. – falou e suspirou. – como se sente?
– hum.. com dores – falei fazendo careta. – e ainda estou com fome! Isso aqui – falei apontando para os pratos vazios a minha frente – não matam a fome de ninguém não! – brinquei e ao mesmo tempo falei a verdade e novamente ele só deu um sorriso fraco.
– vou ver se posso trazer comida de verdade pra você. – falou dando um beijo na minha testa.
– ebaaaa – bati palmas, embora as minhas condições sejam precárias, estar com eles me fazia bem. – ah antes que me esqueça – falei quando ele se levantou, talvez o tempo de visita seja pouco e acho que os meninos ainda querem falar comigo. – como está o Jimin? – ele arregalou os olhos e os mesmos se encheram de lágrimas.
Engoli em seco.. o que aconteceu? Por que ele está assim? Ele apenas me deu mais um beijo na bochecha.
– tenho que ir – falou fraco e saiu.
Instantes depois Yoongi entrou, ótimo! Ele vai me dizer o que está acontecendo, certeza!
– oi pequena – falou desanimado.
– Yoongi, me diga o que está acontecendo, por que você e o Tae estão assim? – ele suspirou.
– não posso dizer – ele abaixou a cabeça.
– por quê? – ele engoliu em seco.
– Jun hyung irá lhe explicar tudo. – passou a mão por meus cabelos. – mas me diga, como está?
– nervosa porque nem você nem o Tae me explicaram nada e fora isso.. com dores.
– desculpe, tenho que ir e agora – respirou fundo – Jin vai entrar e vai te dar todas as respostas e explicar tudo – seus olhos lacrimejaram.
Ah essa não, Yoongi demonstrando fraqueza na minha frente, isso não é bom, não é nada bom. Ele beijou a minha testa e saiu. Minhas mãos começaram a tremer, o que eles tanto me escondem?
– olá flor – falou Jin ao entrar cabisbaixo.
– oi Jin – dei um pequeno sorriso e ele se sentou em uma cadeira ao lado dá cama em que eu estava a aproximando mais, logo segurando a minha mão. Respirou fundo.
– creio que esteja esperando respostas, certo? – assenti – muito bem, irei lhe contar tudo. – uma lágrima desceu por seu rosto – por.. – ele secou a lágrima – por onde quer que eu comece?
– primeiro eu quero saber, como está Jimin? – perguntei, não aguentava mais ficar sem notícias sobre ele. Notei que algumas lágrimas desceram sobre o rosto de Jin me deixando angustiada. – Jin, o que aconteceu? – minha respiração começou a ficar acelerada junto com meu coração.
– você quer começar pela parte mais difícil – ele engoliu em seco, abaixou a cabeça e quando levantou, seus olhos estavam vermelhos e ele apertou minha mão mais forte. – ele.. – respirou fundo – ele não resistiu – ele começou a chorar.
Meu mundo desabou, como assim ele não resistiu? Eu não posso ter ouvido direito, não posso, isso não pode estar acontecendo, meus olhos encheram-se de lágrimas.
– o quê? – sussurrei.
– ele não resistiu ao acidente. – ao ouvir isso lágrimas começaram a descer por meu rosto.
– não, não, não, não, não, não, não, não, não, NÃO! – gritei chorando como se não houvesse fim.
Chorava tanto que não conseguia controlar meus soluços, na verdade, nem estava tentando segura-los. Eu não posso ter o perdido, não bastava ter perdido meu pai e meu irmão em um acidente, agora ele também? Não podia ter perdido meu Jiminnie, ele não, Deus por favor não!
Jin me abraçou e choramos juntos, era como se estivéssemos tentando reconfortar um ao outro, coisa que sabemos que não irá acontecer..
Perdemos ele.. eu perdi ele..
– quando..? – comecei entre o choro mas não pude terminar, pois Jin me interrompeu.
– ele faleceu um dia depois de.. – mais soluços foram ouvidos, tanto dele, quanto meus – depois de ter vindo pra cá, e.. seu enterro foi há três dias. – falou a última parte tão baixo que quase não ouvi, mas tenho certeza de que ouvi bem.
Seu enterro foi a três dias e eu não pude nem me despedir dele! Abraço Jin mais forte e aí sim, meu choro é meus soluços aumentaram, tanto que eu podia ter certeza que eram ouvidos por todo o hospital. Eu o perdi, e não pude me despedir, não pude dar adeus a ele..
Meu Jiminnie..
Meu Jiminnie se foi para sempre e não pude fazer nada..
Meu Jiminnie se foi para sempre e não pude nem me despedir..
Meu Jiminnie se foi e agora tudo o que tenho são lembranças..
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Decidi postar logo hoje pq sim!
Assim, sei que vcs devem estar bem tristes, eu mesma fiquei, mas por favor não deixem de ler a fic por isso porque ainda muitas emoções estão para vir!
Me digam o que acharam meus anjos e aguardem pelo próximo ;)
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