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História -Enough- - -Eyes-


Escrita por: Thatats

Notas do Autor


📌Saudações, amores♡
♡Esse é o primeiro capítulo de vários, espero que gostem♡
Se gostarem favoritem e comentem, muito thank you💗

Capítulo 1 - -Eyes-


Fanfic / Fanfiction -Enough- - -Eyes-

Com a cabeça doendo de forma anormal, acordei. Abri os olhos lentamente e olhei em volta, os objetos pareciam flutuar em meio a escuridão. Tirei a coberta de cima do meu corpo, nu, e sentei na cama, me levantando. Camabeleei e e parei de olhos fechados, para evitar o enjoo. Abri os olhos novamente e caminhei até a janela, em passos largos. Parei a frente da janela e segurei a cortina, a empurrando pro lado lentamente, deixando a luz adentrar o pequeno cômodo, que chamo de quarto. Fechei os olhos, a luz irritava um pouco os mesmos. Esfreguei os olhos e me virei, indo em direção ao criado-mudo, onde se encontrava meu celular. Peguei o mesmo e olhei a hora. Incrivelmente, eu não estava nem um pouco atrasada.

Escolhi uma roupa qualquer no guarda-roupas e a vesti. Fui até o banheiro, escovei meus dentes e voltei ao quarto, peguei minha mochila, que estara jogada no chão, encostada na parede. Coloquei ela nos ombros e sai do quarto, indo em direção ao quarto do meu pai, que ficava ao fim do corredor. Minha mãe morreu, ao final do ano passado. Desde então, ele não consegue olhar pra mim, porque eu pareço com ela. Ele não me enxerga, ele não me vê. Ele tornou-se um viciado em trabalho para destrair a mente após à morte dela. Ele paga as contas, e não deixa nada faltar em casa, mas ele não liga para minha existência. A porta do quarto estava entre-aberta, sorri e empurrei a mesma, meu pai se olhava no espelho da velha penteadeira de minha mãe. Ele estava sorridente e parecia alegre. Seu sorriso se desfez ao ver meu reflexo no espelho, fechou os olhos e respirou levemente pela boca.

-Você deveria bater na porta antes de adentrar os cômodos.

Ele disse ainda de olhos fechados, em tom de desinteresse, o que fez o meu sorriso se desfazer na mesma hora.

-Desculpa eu...

Fui interrompida pela continuação da fala de meu pai, que parecia alterado e irritado com a minha presença.

-O que você quer?

Escutei sua fala e enguli seco, dando um sorriso de lado.

-Estou saindo.

Eu disse e dei alguns passos pra trás, encostando a porta e me virando, continuando a caminhar. Fui em direção a escada e desci os degraus olhando para a porta. Caminhei em linha reta, a direção para a porta e peguei a chave, que ficava pendurada em lado da mesma, em uma espécie de "chaveiro" ou "porta-chave". Coloquei a chave, no buraco da fechadura e a movi pro lado, destrancando a porta. Passei para o lado de fora da casa e me virei para a porta, a trancando. Caminhei em linha reta até a calçada, começando a andar até a escola.

                          [...]

Após, alguns minutos caminhando, cheguei a frente da velha escola, ela não ficava muito longe de minha casa. Olhei de relance para o grande portão que ficava na frente dos prédios da escola. Era um gigantesco portão de ferro, com base de pedra, uma pedra que não sei o tipo. No topo havia alguns "dentes" pontiagudos, alguma especia de estacas de ferro. Nesse mesmo portão havia alguns alunos encostados, alguns casais se beijando e alguns pombos no topo do mesmo. Passei pelo portão e entrei no prédio principal, indo em direção a parede onde se encontrava vários armários, entre eles o meu. Caminhava até ele, para pegar alguns materiais que precisaria para as aulas de hoje. Senti uma mão em meu ombro e logo depois ouvi uma voz fina e doce, seria capaz de reconhecer aquele voz a quilômetros de distância.

-1,80 de altura, olhos castanhos e 17 anos.

Disse, Hong, uma tailandêsa que claramente tem um parefuso a menos. Minha melhor amiga desde sempre. Nascemos no mesmo dia, na mesma hora, mas em países diferentes, claro. Ela se mudou pra cá, Seul, na Coreia do Sul, quando tinha 6 meses. Seu pai abandonou ela e sua mãe, quando ela tinha 3 anos. Desde então, ela nunca recebeu sequer uma ligação de seu pai. Quando ela era menor, sua mãe lia as cartas que seu pai nunca nem escreveu.

-Do que você está falando, mulher?

Respondi em tom de desinteresse, sem olhar pra ela, parando a frente do meu armário e colocando a senha no cadeado, destrancando o mesmo.

-O aluno novo, tapada.

Respirei levemente pela boca e peguei alguns cadernos, entregando eles pra ela segurar e me virando denovo.

-E o que me interessa?

Disse ao trancar meu armário, me virando e encostando minhas costas no mesmo, olhando para a garota, que porventura é a minha melhor amiga.

-Vamos, pare de ser chata.

Olhei pra ela, arqueando a sobrancelha, com a boca entre-aberta.

-Você sabe que eu não tenho tempo para essas coisas de adolescentes, Hong.

Ela me encarou e semisserou os olhos, abrindo um sorriso ladineo.

 -Tá bom, mas depo...

Ela foi interrompida pelo barulho estrondoso do sinal que anunciava o início das aulas. Ele estava bem mais alto que o normal, não entendi o porquê. Ela olhou vagamente em volto, todos os alunos que estavam no corredor caminharam até suas respectivas salas, e os que estavam no lado de fora, estavam adentrando o prédio. Hong segurou meus cadernos, os prensando contra seus peitos. 

-Vem, senhorita Jannis, infelizmente temos aula de história.

Ela disse, soltando uma risada fraca e baixando a cabeça, a balançando negativamente. Dei uma risada de lado e coloquei uma mexa de meu cabelo atrás da orelha, olhando fixamente para a menina.

-Ei! Você sabe que eu adoro história!

Disse em meio as risadas, forçando um tom de voz autoritário.

-Tá bom, tá bom- A garota rio e colocou uma das mãos em meu ombro- vamos, mulher.

Ela me puxou, fazendo eu dar alguns passos, mas logo parei e olhei pra ela com um sorriso estampado em meu rosto.  

-Eu vou tomar água, deixa essas coisas na minha mesa, ok?

Disse olhando vagamente em volta, o corredoe já se encontrava praticamente vazio.

-Ok, garota chata

Ela disse e eu dei de ombros, voltando a caminhar. Olhei pra trás e ela entrava na sala, soltei um sorrio e me virei, indo em direção ao bebedouro. Me aproximei dele e apertei o botão, abaixando minha cabeça e bebendo um pouco de água. Me distânciei do bebedouro, caminhando passos largos e rápidos até a sala, que ficava um pouco longe. De longe, avistei a diretora, mas ela não estava sozinha. Ao seu lado havia um garoto, quanto mais eles se aproximavam, mais reparava que ele se encaixava perfeitamente nas descrições dadas anteriormente pela Hong. Ao passar ao lado dos mesmos, olhei para o garoto e o entreguei um sorriso de canto, e o mesmo me devolveu o sorriso. Mas o sorriso dele era diferente, ele tinha uma beleza diferente, era lindo. Isso me fez abrir um sorriso, que ia de orelha a orelha. Passei pelos menos e segui até minha sala. Dei duas batidas na porta e aguardei o professor. A porta se abriu e dei um sozinha sem jeito, falei que estava à tomar água e ele deixou eu entrar. Caminhei entre as carteiras até a minha, que fica ao fundo da sala. Sentei na cadeira e abri meu caderno de historia, apoiei meu colovelo na mesa e segurei meu queixo, observando atentamente a aula.

Mesmo eu amando história, teria que confessar que essa estava ridiculamente chata. Batia inquietamente o pé na cadeira, enquanto escrevia algumas anotações da aula em meu caderno. Ouvi batidas na porta, o que me fez olhar pra mesma, logo depois venho o rangir da porta sendo aberta. Era a diretora, ela olhou para o professor, que por sua vez acentiu com a cabeça. Ela adentrou a sala, e ao seu lado, estava o mesmo garoto que acompanhava ela no corredor. A diretora fez um discurso e apresentou o novo aluno.  Dong Sun era seu nome, a diretora disse para ele se sentar na carteira a minha frente, isso me deixou nervosa, não sei o motivo. É a primeira vez que fico nervosa perto de um garoto, idiotisse minha, talvez. Passei o resto de todos os períodos antes do recreio, olhando para a nuca dele. Oras, até a nuca desse menino é bonita! 

O sinal que anunciava o intervalo tocou, desta vez não tão estrandoso quanto o do início das aulas. Vi Dong Sun se levantar e levantei em seguida, dando dois toques no ombro do menino. Ele virou, com um sorriso estampado no rosto, e sinceramente, que sorriso. Respirei levemente pela boca e sorri, na mesma intensidade que ele.

-Boas vindas, Dong Sun.

Disse, em um tom levemente animado, não queria assustar o garoto.

-Obrigado... é, eu não sei seu nome.

Ele disse, ainda sorrindo. Sua voz era levemente rouca e grossa, mas soava em tom doce. A voz era tão linda quanto ele. Olhei em seus olhos e eles, eram castanhos, eles pareciam ser cheios de sentimentos. A cor, mesmo escura, era vibrante. Os olhos dele tinham um brilho, um brilho que nunca havia visto. O brilho do seu olhar era único. Dong Sun, era um garoto de olhos puxados e rosto levemente quadrado, sua mandíbula era linda e bem desenhada. Ele tinha uma boca levemente inchada e rosada, e estava quase sempre entre-aberta. As clavículas eram bem aparentes e saltadas. Suas mãos eram grandes e sua pele era pálida, era possível ver muitas veias. 

-Meu nome é Jannis, mas pode me chamar de Jannie se quiser.

Falei abrindo um sorriso, olhando fixamente para a boca do menino.

-Eu gostei de Jannis.

Ao ouvir ele falar, desviei o olhar para seus olhos e mordi levemente meu lábio inferior.

-Obrigada... eu... acho.

Disse e soltei uma risada fraca, seguida da dele também. Saimos da sala, ainda conversando. Tinhamos várias coisas em comum, ele gostava de poesia, de gatos, de chá e odiava livros de ficção, exceto Harry Potter, assim como eu. Ao final das aulas, nós caminhamos juntos até nossas respectivas casas, ele morava um pouco longe, então fiquei em minha casa e ele caminhou até a dele sozinho. Entrei em minha residência e a Irene estava preparando o almoço, Irene é a moça que trabalha aqui em casa, ela vem quatro vezes por semana, e sinceramente, são os melhores quatro dias. Ela arruma a casa e ainda faz comida, de um jeito que só ela sabe fazer. Ela trabalha aqui desde que eu me entendo por gente, ela não sabe ler nem escrever, mas aprendeu a escrever Jannis e sempre escrevia nos bolos que fazia. Fui em direção a ela e a abracei, a mesma retribuiu o abraço. Troquei algumas palavras com ela e caminhei até a escada, subindo os degrais e indo até o meu quarto, adentrei o cômodo e peguei meu celular, que estava no criado-mudo. Havia recebido uma mensagem da Hong.

Hong: Ficou entretida demais com o novato, nem ligou pra mim

Hong: tive que passar o intervalo com Cho Hee lol

Me: Para de drama, garota

Me: Eu te amo moça

Hong: Só não digo que também te amo porque eu não falo mentiras

Me: Morre que passa bebê 

Hong: Lol

Me: Ele é supe legal, gosta de poesia

Hong: achou alguém pra ser cult com você?

Me: Uhum

Bloquiei a tela do celular e deixei no mesmo lugar que estava, me deitando na cama e adormecendo.



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