História |• Entre o Passado e o Futuro•| (IMAGINE JIN) - |•Lembranças•|

(POV JIN ON)

-Amor? - Perguntei subindo as escadas e indo até o quarto. Abri a porta e (S/N) saia do banheiro só de toalha.

-Sim? -Ela disse fazendo cara de inocente. Não consegui falar nada, apenas a olhar de cima a baixo - Me olhando desse jeito é mais fácil me pagar uma bebida - Ela sorrio e foi até o closet.

"A ideia de casar virgem já foi pro bebeleléu mesmo, então..."

A segui e a abracei por trás.

-Uhhhm... Tá carente hoje é. -Ela sorrio voltando a remexer as roupas.

Sorri de canto balançando a cabeça negativamente.

-Mesmo depois de anos você continua inocente ou está fingindo ser?

Falei em seu ouvido, pude ver seu corpo paralisar e ela se arrepiar toda. Coloquei seu cabelo para o lado e beijei seu pescoço ainda com pequenas gotículas de água.

Deslizei devagar meus dedos pelo seu braço e parei em sua mão, segurando a mesma.

-Te amo - Susurrei super baixo então ela sorrio e se virou para mim.

-Também te amo - Ela olhou em meus olhos e eu sorri.

A puxei pela cintura e a beijei um tanto calmo, levei minha outra mão até sua nuca intensificando o beijo. Senti suas mãos em meus cabelos e os mesmo serem puxados de leve.

A empurrei na parede e a beijei ferozmente. Puxei suas coxas para o meu colo e roçei meu membro em sua intimidade. Nós guiei até a cama e me sentei na mesma ainda com ela no meu colo. Apertei sua bunda e tive minha blusa tirada, sem muita delicadeza, em resposta.

Ela começou a rebolar em meu membro e eu arqueei a cabeça para trás apertando ainda mais sua bunda. Suas unhas arranharam minhas costas e seus lábios sedentos chuparam meu pescoço.

Puxei sua toalha a jogando para algum canto do quarto, troquei de posições ficando por cima dela e beijei seu maxilar, depois desci para sua clavícula e segui até seus seios. Abocanhei o direito em quanto o esquerdo se encaixava perfeitamente na minha outra mão.

Mais alguns minutos e deslizei com a ponta dos meus dedos para sua cintura e segurei a mesma. Sorri e desci para sua vagina, beijei bem de leve a mesma e tive um gemido em resposta.

-Foi uma boa ideia levar as crianças para sua mãe hoje hein.

-Pois é. -Ela disse com uma certa dificuldade, sorri penetrei minha língua em sua entrada. Ela gemeu mais alto e segurou meu cabelo. Penetrei mais a fundo minha língua e comecei a massagear, em círculos, seu clitóris. Eu já estava começando a soar e perder completamente o resto de sanidade que me restava.

Me levantei tirando minha calça sem cerimônia e antes que eu pudesse tirar minha cueca ela me puxou pelo braço me fazendo deitar bruscamente na cama, se sentou em cima do meu colo novamente e me soltou um olhar pervertido.

-Dessa parte sou eu que cuido - Ela sorrio e começou a massagear meu membro por cima da cueca, bati palmas duas vezes e as luzes se apagaram. "Assim fica melhor".

Arqueei minha cabeça para trás ao sentir meu membro ser apertado com mais força. Mordi forte o lábios para não gritar de tesão. Senti minha cueca ser arrancada e logo meu membro ser abocanhado.

-Aaaaaah!! - Não me aguentei e gemi alto. Segurei seu cabelo para auxiliar nos movimentos.

Não demorou muito para ela começar a aumentar a velocidade e me levar ao delírio. Com a outra mão apertei forte o lençol vinho aveludado. Um tempo depois senti meu líquido escorrer, mas era só o de lubrificação. Ela sorrio e passou sua língua pela extensão da minha glande não deixando nada passar.

Veio até mim e me beijou.

-Hm... - A afastei um pouco para falar - Queria tentar uma coisa diferente com você.

- E o que seria? - Ela disse colocando sua mão em minha cintura.

Me sentei encostando minhas costas na cabeceira da cama e colocando uns travesseios nas minhas costas para ano ficar tão fundo.

Ela sorrio e veio até mim, se sentou no meu coloco e eu a penetrei soltando um gemido arfado. Ela se segurou na cabeceira jogando seu cabelo, ainda molhado, para o lado e me beijou um tanto calma.

Acariciei sua bunda depois apertei a mesma, então dei início às estocadas.

Em quanto ela cavalgava sobre mim, eu a estocava fundo com as mãos em sua cintura auxiliando nos movimentos. Senti ela se desfazer em meu membro, mas não parou os movimentos.

Começou a ir mais rápido e fundo, vez ou outra até sentia a parede de seu útero. A cama começou a bater na parede e eu sorri, aquilo só me fez querer mais dela.

Foi minha vez de me desfazer dentro dela. Não deixei o cansaço me vencer então a empurrei pela sua cintura, fazendo a mesma se deitar bruscamente na cama. Me coloquei por cima dela e a penetrei fundo, comecei os movimentos rápidos, mas agora estavam muito muito rápido. Logo nos fazendo chegar, juntos, ao segundo ápice.

Não aguentei e tombei meu corpo para o lado soltando todo o ar do pulmão. Nossas respirações estavam super ofegantes. Parecia que tínhamos corrido uma maratona várias vezes.

Depois de ter normalizado nossas respirações, ela me abraçou e eu acariciei seu cabelo.

-A academia tá fazendo efeito hein - Ironizei e ela sorrio. Apoiou sua cabeça na mão e me olhou.

-Eu te amo... Muito. - Sua voz saiu em tom suave e doce.

-Eu também te amo princesa.

Aquele momento estava mais do que perfeito, só faltava casar agora. Era a única coisa que eu mais almejava naquele momento.

(POV (S/N) ON)

[...]

-Aceito - Sorri alegre então Jin colocou a aliança em meu dedo.

-Agora pode beijar a noiva - Jin me puxou pela cintura e me beijou logo inclinou meu corpo para o lado igual a um filme.

Andamos até o carro em quanto todos jogavam pétalas de rosas brancas em nós.

O beijei rápido e depois corri para uma parte com bastante espaço.

-Preparadas meninas? - Olhei para trás e um mutirão de mulheres se apertavam para conseguir um espaço, dentre elas estavam Lisa com um vestido branco curto de manga longa, um cinto preto e um salto preto também; Jennie, que empurrava todo mundo, estava com um vestido preto de manga longa de um lado só e um salto alto bege; Jisoo, que estava com um vestido preto social, um laço branco e grande no pescoço e uma botina de salto alto. E Rosé que estava rindo de todo mundo com uma blusa preta rendada, uma saia estampada e uma bota de cano alto preta.

Contei até 3 e joguei o buquê. Quem pegou foi Jisoo que comemorou alegre.

Fui ao encontro de Jin, os fotógrafos tiraram várias fotos e depois entramos no carro guiando todos para a festa.

Chegando lá Jin foi se trocar em um quarto com os meninos e eu fui para um outro quarto com as meninas. Coloquei um vestido curto social bege, rodado bem no final. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e coloquei um salto preto.

-Meninas obrigado mesmo por terem vindo, vocês não tem ideia de como é importante isso pra mim. -Eu disse me levantando do banco vermelho aveludado da penteadeira.

-Para... - Rosé disse baixo começando a chorar, fui até ela e a abracei apertado; as outras meninas nos abraçaram também.

[...]

Nos despedimos do pessoal que ainda estava na festa e entramos no carro. Não demorou muito para já estarmos na estrada. O motorista realmente era rápido.

-Feliz? -Jin me perguntou acariciando minha bochecha.

-Mais do que você imagina -Sorri então lhe dei um beijo.

Quando de repente o carro parou bruscamente fazendo o pneu cantar no asfalto. Olhei em volta, meio assustada, e estava tudo normal. A rua não tinha mais nenhum carro e estávamos no meio do nada.

-Algum problema? - Eu perguntei ao motorista.

-Sim... Vocês! - Ele nos olhos por cima do ombro e sorrio de canto.

Um grupo de pessoas todas de preto sairam da floresta e vieram até o carro. Um homem abriu bruscamente a porta do carro e me puxou pelo vestido, me fazendo cair no chão. Um outro homem fez o mesmo com Jin, mas logo acertou vários socos nele.

-NÃO! DEIXA ELE EM PAZ! -Tentei me levantar, mas meu cabelo foi fortemente puxado para o chão, então vi uma mulher loira sorrir sarcásticamente e depois me acertar um forte chute no rosto. Foi a última coisa que eu me lembro antes de apagar.

(POV JIN ON)

-(S/N) acorda por favor! - Eu dizia em quanto esmurrava uma parede resiste de "plástico" que separava um espaço entre mim e (S/N) -Acorda! - Lágrimas deslizaram livremente pelo meu rosto.

Um homem encapuzado se aproximou com uma arma bem grande.

-Mais um escândalo desses e eu faço ela não acordar nunca mais. - Ele disse e logo saiu de lá.

Nesse momento (S/N) se mexeu e levou uma de suas mãos para a testa toda ensanguentada, abriu devagar os olhos e analisou o lugar com uma expressão assustada.

-Ei, ei, ei, calma! Eu tô aqui. -Falei num tom calmo.

-Jin!! Você está todo ensanguentado! Aaah meu Deus! - Ela disse cobrindo a boca com as mãos.

-Ta tudo bem, eu tô bem. Você consegue se levantar?

Ela negou com a cabeça, olhei para sua perna e estava muito inchada e toda roxa. Meu sangue subiu e eu comecei a dar muitos socos na parede de plástico que nos separava. (S/N) murmurava alguma coisa que eu não conseguia ouvir o que era, só escutava meu coração bater fortemente.

Só parei quando ouvi o som de um tiro e logo uma forte dor na panturrilha. Gritei de dor e cai no chão, depois de uns minutos olhei para frente e vi Klear segurando uma arma com um sorriso macabro no rosto.

-Sua vadia! - (S/N) disse se arrastando até a parede de vidro.

-Oi de novo casal - Ela sorrio indo até um homem e sussurrando alguma coisa com ele.

-Jin... -(S/N) susurrou já apoiada na parede logo atrás de mim. A olhei e assenti com um sorriso falso, ela sorrio de volta e logo Klear chegou mais perto.

-Jin... Oooh Jin - Ela disse com um voz fina e chorosa - Aaah faça me o favor - Ela destrancou a minha porta e um homem me colocou em uma cadeira de frente para um cubo médio de metal pendurado em uma corrente bem grossa e logo saiu de lá.

Klear veio até mim, acariciou minha bochecha sorrindo.

-Você não devia ter me mandado para a prisão.

-Lugar de rato é na sarjeta - Falo entre dentes e cuspo em seu rosto, ela fecha os olhos e fica imóvel por uns minutos, limpou o rosto e me olhou.

-Você é um inútil! - Ela fala e acerta um forte tapa na minha cara que me faz virar a cabeça bruscamente. Ouvi os saltos irem em direção a porta e a mesma ser fechada logo em seguida.

A porta de (S/N) foi aberta logo depois, um outro homem pegou ela pelo braço e a colocou sentada em uma cadeira de frente para um cubo médio igual ao meu, de costas para mim.

-Vamos brincar igual vocês brincaram com a minha cara! - o homem sai e ela bate forte a porta - Nesses cubos tem duas coisas muito importante para vocês, é bom que pensem rápido... Vocês vão precisar.

Ela saio de lá e foi para uma espécie de cabine com um microfone, se sentou em uma cadeira e começou a falar.

-(S/N) se eu fosse você corria para segurar as correntes seu bebezinho não ia gostar nada de cair chão. -Ela ri alto e o cubo abre um lado mostrando meu pequeno Choy Lee dormindo profundamente em uma almofada grande

-Não! - A menina atrás de mim diz baixo com o desespero em sua voz - Você não pode fazer isso!

-Aah eu não vou.

O tom de irônia em sua voz era nojento.

Nesse momento as correntes se soltam e o cubo começa a cair, (S/N) rapidamente se levantou e segurou as correntes as puxando para o chão, fazendo o cubo voltar para a altura de antes.

-Muiito bom, parabéns - Ela disse no microfone - Mesmo com um vírus passeando pelo seu corpo você foi bem ágil, vamos ver até onde vai por seu filhinho.

Senti meu coração gelar quando ela fala isso. Nesse momento saem, como uma trava, dois ganchos afiados das correntes onde ela segurava fazendo, assim, perfurarem suas mãos e (S/N) ficar pendurada.

-NAAAAAO! - Gritei e logo a menina gritou de dor também - SOLTA ELA SUA DESGRAÇADA!!! - Tentei me levantar, mas acabei caindo junto com a cadeira.

Klear apenas sorrio.

-Jin meu querido não pense que é só ela que vai sofrer - Um lado do cubo é aberto mostrando minha pequena Rachel Lee dormindo também.

Ouvi o barulho de algo ser preparado para atirar e nessa mesma hora um circulo se abre na direção do cubo. Em um movimento rápido me coloco na frente do círculo e logo mesmo atira um flecha com uma corda acertando minha barriga e ultrapassando minhas costas, gritei alto então senti meu corpo ser puxado contra a parede de volta.

-Se segura Jin... Ou sua belezinha não terá um destino bom - Ela diz em forma de comentário. Olhei um pouco para trás e vi o cubo quase se chocando contra o chão.

Pego o resto de forças que tenho e puxo a flecha para trás.

-AAAAAAAAAAH! - A dor era insuportável, mas eu tinha que ser forte. Quando estava em uma distância que já conseguia ver a corda, segurei as mesmas com a mão e as puxei fazendo a dor ficar um pouco menor e o cubo se levantar.

-Agora só um vai sair vi... -Escutei o barulho de alguém ser fortemente atingido.

-Aaah cala a boca! - Era uma voz muito famíliar... "Jisoo!!" comemorei mentalmente.

Alguém abriu as portas então pude ver Namjoon, Hope e Jimin segurarem a corda e Suga cortar a mesma com uma faca bem afiada, cai no chão e Namjoon me segurou.

-Ei calma... Vai ficar tudo bem agora - O mesmo ainda estava com a roupa da festa, olhei para a bebê e Jungkook a segurava no colo. Olhei para o outro lado e Choy estava no colo de Rosé que olhava preocupada para (S/N) que estava mais inchada e desacordada nos braços de Lisa que chorava rios.

-Já chamei a ambulância e eles estão vindo. - Disse Tae guardando o celular.

-Eu quero ver ela! -Disse com os olhos marejados tentando levantar.

-Ela vai ficar bem, você está baleado e está quase partido no meio, não se mecha. - Ordenou J-Hope se levantando e indo até (S/N).

Namjoon ficava falando para eu mecher os dedos da perna e mecher a cabeça de vez em quando. Aparentemente, paraplégico eu não ficaria, mas isso não me importava agora; só estava preocupado com (S/N).

Uns minutos depois a polícia e a ambulância chegou. Como não aguentava nenhum sequer movimento então me deram um sedativo e não demorou muito para eu estar apagado.

(POV (S/N) ON)

Estava pendurada nas correntes não ouvindo mais nada que acontecia ao meu redor. Meu nariz ardeu fortemente e logo não estava sentindo mais nenhum cheiro. A dor que antes estava insuportável, agora nem era mais percebida. Meu corpo latejava como se fosse explodir, como se estivessem me apertando tão forte que sangue estivesse parando. Senti, muito de leve, meu corpo ser segurado e logo arrancarem os ganchos de minhas mãos me deitando no chão colocando minha cabeça sobre algo macio. A coxa de alguém talvez.

Eu não conseguia pensar em nada. No que tinha acontecido. No que estava sentindo aquela hora. Em quem estava ao meu redor.

Minha cabeça ardeu fortemente e eu senti um forte desespero. Uma sensação muito ruim tomou conta do meu coração, como se eu nunca mais fosse ver a luz do dia, fazendo meus olhos marejarem. Abri a boca para tentar falar, mas a escuridão se fez presente. A última coisa que senti foi uma lágrima escorrer e o rosto da minha família... A família que eu criei ficar bem nítido em minha mente.

(POV LISA ON)

-Como será que ela deve estar? - Rosé fala se sentando no sofá.

-Com certeza bem... -A respondi rápido andando de um lado para o outro olhando vez ou outra o celular.

-Dormiram... - Disse Jennie descendo as escadas e se sentando ao lado de Rosé.

-Ninguem falou nada ainda? -Perguntou Jisoo trazendo copos com água em uma bandeija para nós. Pego um e as outras meninas pegam os outros.

-Ainda não... -Falo e bebo a água, sinto meu celular vibrar e antes de desbloquear a tela vejo a mensagem de Jungkook.

Engasgo com a água e sinto minhas pernas ficarem fracas me fazendo cair no chão junto com o copo e o celular. Começo a tossir bruscamente e o líquido logo escorre tanto pelo meu nariz quanto pela minha boca.

-Lisa! - Jisoo corre até mim assim como as outras meninas.

-NAAAAAOOOOO!!! NAAAAO! -Gritei fechando fortemente os olhos e caindo em choro.

(POV JIN ON)

Engoli a seco e as lagrimas rolaram livremente por minha bochecha.

-Eu sinto muito... Fizemos tudo que podíamos, mas o vírus era mortal - O médico disse olhando para o chão. Neguei com a cabeça.

-Não... Não... NAAAAAAAO!! É MENTIRA! - Caio em prantos. Os meninos que estavam na sala abaixaram a cabeça e começaram a chorar baixo.

-Eu realmente sinto muito - O doutor disse e logo saio de lá. Jungkook veio até mim e me abraçou, o empurrei e olhei para a parede a minha frente.

-Ela nao podia ter me deixado -Paro de falar por falta de ar, mas logo retomo o fôlego - NÃO PODIA! -Caio em lágrimas novamente.

14 anos depois...

Cheguei em casa e estava quieto. Choy apareceu na sala de foninho com uma música tão alta que eu podia ouvir até mesmo de onde estava.

Peguei uma almofada e joguei nele, o mesmo me olhou assustado e sorrio.

-Pai! -Correu até mim e me abraçou.

-E ai filhao - Beijei sua testa - Cadê sua irmã?

Ele suspirou e me olhou meio chateado.

-Bom ela... A semana não foi fácil, ela chorando no quarto, por... Aquele assunto. Eu não sabia o que falar pra ela então nem fui lá.

Olhei em direção ao quarto dela e respirei fundo. Andei lentamente pensando no que eu poderia falar para ela. Cheguei e bati na porta de cor creme com uma plaquinha rosa pendurada dizendo "Seja Muito Mal Bem Vindo". "Essa menina puxou pra mãe com certeza".

-Não tem ninguém - Sua voz chorosa foi baixa, mas deu para ouvir. Bufei meio chateado e entrei. Vi ela deitada soluçando baixo em um travesseiro.

-Oi princesa. -Falei e fechei a porta, me sentando na ponta de sua cama acariciando sua perna. Ela não disse nada e eu suspirei - Quer conversar?

-Quero minha mãe... - Ela se sentou então vi seu rosto, super inchado e vermelho. Aquilo era o fim pra mim - Quero que alguém me ensine como se passa se um lápis de olho, quero alguém faça lindos penteados no meu cabelo, quero que alguém saia pra fazer compras comigo e de uma opinião que eu sei que não vai estar mentindo... - Ela me olhou - Pai eu quero minha mãe. Preciso dela!

Ela me abraçou apertado e eu engoli a seco o nó que se formou na minha garganta. Aquilo era tão difícil pra mim quanto pra ela.

[...]

-Hora de dormir mocinho - Falei secando o cabelo com a toalha.

-Cade a Rachel? - Ele perguntou quardando os cadernos na bolsa.

-Acabou dormindo de tanto chorar. - Falei me jogando no sofá.

-Pai...

-Hm?

-Como a mãmae era? - Ela se sentou cruzando as pernas no chão logo a frente do sofá onde eu estava. Olhei para o nada e reproduzi as lembranças que eu tinha dela.

Sorri em resposta.

-Ela era engraçada... Insistente... Meio dramática... Linda... Calma... Um pouco escandalosa - Sorri lembrando - Tímida... Guerreira... Era muito forte, dançava muito bem... E acima de tudo era amorosa.

O olhei com os olhos marejados.

-Ela cuidava de todos a sua volta a qualquer momento, se a pessoa precisasse... Ela estava lá.

Ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas iguais aos meus.

-Queria poder me lembrar dela - Ele abaixou a cabeça, me sentei e coloquei a mão em seu ombro.

-Também queria filho... Não é fácil pra mim também.

Ele me abraçou apertado e eu retribui da mesma forma. Um tempinho depois vi que já estava ficando meio tarde

-Hora de dormir, amanhã tem escola e eu não quero que falte. - Ele secou as lagrimas pegando a bolsa e correu para o quarto.

Me levantei e fui para meu escritório, peguei a pequena chave de ouro que estava em meu pescoço em forma de colar e abri uma porta embutida que tinha lá.

Meu coração apertou ao ver as fotos de nós dois juntos. Me ajoelhei e me derramei em lágrimas, tentava fazer o menos de barulho possível para não acordar ninguém.

-Porque você me deixou - Falei quase em um sopro pegando uma foto dela - Eu te amo tanto princesa...

(POV (S/N) ON)

Andei em sua direção e acariciei seus cabelos grandes e lisos, ela se mecheu, mas não acordou.

-Eu estou aqui filha... Sempre vou estar - Falei e beijei sua testa, sorri fraco e passei pela parede até o quarto de Choy Lee ele estava abraçando seus joelhos em quanto chorava baixinho.

-Mãe eu queria tanto você aqui... Preciso de você - Ele começou a soluçar. Andei em passos lentos até ele e me abaixei o abraçando apertado.

-Vai ficar tudo bem meu garotinho... Eu prometo - Beijei sua cabeça pro cima do cabelo mesmo. Ele respirou fundo e levantou a cabeça ainda tristonho - Vai tomar um banho - Susurrei em seu ouvido.

-Acho que um banho vai me ajudar a dormir - Ele diz se levantando e indo para seu banheiro.

Escutei Jin chorando e suspirei, me levantei e andei até o comodo em que ele estava. O mesmo se encontrava ajoelhado olhando uma foto minha aos choros.

-...Eu te amo tanto princesa.

Andei até ele, me ajoelhei também e o abracei por trás.

-Eu também te amo grandão.

(POV JIN ON)

-Você me disse que ficaria tudo bem... - Coloquei a mão por dentro do sobretudo cinza.

O som das folhas secas eram bem nítidas em meus ouvidos.

O vento gelado batendo no meu pescoço era dolorido.

O tempo cinza indicando uma grande chuva combinava com as folhas murchas dentro do vaso em cima do túmulo com poeira.

-Todos erram... Nunca fui um líder perfeito - Namjoon disse firme. Colocou um buquê de rosas brancas em cima do túmulo à nossa frente e saiu de lá. Tirei uma rosa azul meio amassada do bolso, tirei as rosas murchas do vaso e coloquei a flor lá.

-Pra nunca se esquecer de mim... Porque eu nunca vou te esquecer.