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História Inconscientemente - Silêncio


Escrita por: psicolatte

Notas do Autor


~ Heyoo!

Desculpa pela demora. Meus dias estão uma verdadeira bagunça, mas consegui um tempinho para atualizar a fanfic.

~ Boa leitura, bunnies!
☆♡☆\(*^-^*)/☆♡☆

Capítulo 8 - Silêncio


Fanfic / Fanfiction Inconscientemente - Silêncio

[ Segunda-feira/8:36 AM ]


Abro os meus olhos, para depois fecha-los de novo, quando entram em contato com a claridade do quarto. Parece que o meu corpo pesa sobre a cama, enquanto me mantenho deitada de bruços, deixando o meu rosto contra o travesseiro. Não sei se isso é preguiça ou ressaca, talvez seja os dois.

Finalmente tomo coragem para abrir os meus olhos, assim, levanto parte do meu corpo, ao mesmo tempo que apoio meus cotovelos sobre o colchão. Sem o menor ânimo, fecho os punhos para esfregar os meus olhos, deixando que um longo e pesado bocejo escape pela minha boca.

Firmo as palmas das minhas mãos no colchão, ganhando força para impulsionar o meu corpo para trás, dando fim à uma sonolenta, sentada sobre as próprias pernas, enquanto olha para a cabeceira da cama.

— Hum?! — Murmuro, ao me dar conta de que tal cabeceira é diferente da que fica no meu quarto.

Olho em volta, vendo o criado mudo, também diferente do meu, as grandes janelas cobertas por cortinas brancas, enquanto as minhas são quase em um tom de cinza claro. Sem falar no detalhe mais diferente, a enorme cama de casal, coberta também por lençóis brancos, que parecem ser de seda, mas os lençóis da minha cama são azuis, e tenho certeza de que são feitos de algodão.

— Ai, meu Deus. Onde é que eu vim parar?

Ainda sentindo o peso do sono, abaixo a cabeça, com as mãos em meus olhos, enquanto os esfrego de dovo, agora com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares. Ato cumprido, então retiro as mãos da frente do meu rosto, às colocando apoiadas sobre as minhas coxas, o que me fez ganhar a visão do meu corpo, coberto apenas por uma camisa social, a qual parece ser masculina.

Em um pulo, foi assim que saí da cama. Não posso acreditar que estou em um quarto que não é meu, vestindo uma roupa que não é minha, e o pior: Por baixo dessa camisa, que mais parece um vestido curto em mim, só estou ceberta pela calcinha, já que não era preciso usar sutiã com o vestido que eu estava trajando ontem a noite.

— Cadê você? — Perguntava sobre o vestido, enquanto procurava em baixo da cama e em meio aos lençóis. — Onde se meteu?

Começo andar de um lado para o outro, tentando lembrar onde deixei a peça de roupa, ou melhor, tentando lembrar de como vim parar aqui.

— Me lembro de ter ido à festa na casa do Jin. Tae e Yoongi pintaram os cabelos, por perderem uma aposta. — Falo baixo, apenas para mim mesma, como uma forma de refazer os meus passos.

— Depois comecei a beber com o Namjoon, enquanto esperava o Tae voltar. — Levo uma das mãos até minha cabeça, ainda sentindo a dor causada pelas inúmeras bebidas de ontem. — Acho que bebi demais.

É isso, a última coisa que me lembro é de estar bebendo com o Namjoon, era com ele que eu estava no fim de madrugada. Eu estava com o Namjoon!

— Eu dormi com o Namjoon?! — Foi a conclusão mais provável que veio à minha mente. — Não… Não.

Não me lembro de ter visto Taehyung voltar, não me lembro de nenhuma outra pessoa comigo além de Yoongi e Namjoon, sem contar que Yoongi estava mais interessado nos copos de sucos do que em qualquer outra coisa.

Desisto de ficar sozinha nesse quarto, tentando adivinhar o que aconteceu. O melhor a se fazer é encontrar alguém que possa me tirar essa dúvida e dizer onde realmente estou, não importa se esse alguém for o Namjoon ou qualquer outra pessoa. Agora só me resta torcer para não ter feito uma grande besteira.

Saio do quarto, quase tropeçando nos meus próprios pés, por conta da velocidade imposta nos meus passos, então começo à descer as escadas, deixando meu caminhar mais lento, enquato respiro fundo. Talvez eu esteja nervosa, talvez eu esteja com receio, e com certeza estou apavorada por não saber ao menos onde estou.

Chegando no último degrau, meus olhos encontram os saltos bem alinhados ao lado do sofá, mas nem sinal do meu vestido, o que me faz respirar mais fundo ainda, para afastar a tensão.

O que me chama a atenção, é o cheiro bom e adocicado que está vindo de algum canto da casa, provavelmente da cozinha. Quem sabe alguém esteja lá, e esse alguém possa me dizer onde estou? Seja lá quem for, vai ter alguma resposta para o meu "apagão" causado pela bebedeira.

— Nunca mais faço isso. — Murmuro baixinho, formando um beicinho, enquanto caminho em passos lentos até onde parece ser a cozinha da casa.

Adentrando a cozinha, o cheiro doce se torna mais familiar, é café, e está sendo preparado pelo certo alguém de cabelos cinzas. Ele parece concentrado em frente ao fogão, enquanto a mesa está composta por várias guloseimas.

— Tae? — Volto a murmurar para mim mesma, dando passos para trás até sair da cozinha.

— Eu dormi com o Tae? — Questiono em um sussurro, ao me encostar na parede fora do campo de visão do Taehyung.

— Eu dormi com o Tae. — Respondo a mim mesma, quando levo as duas mãos até a boca, cobrindo o sorriso de empolgação que havia se formado. Eu só posso estar enlouquecendo.

Fecho os meus olhos, precionando meus lábios um contra o outro, ao mesmo tempo que conto mentalmente até dez. Não sei se estou mais aliviada ou mais tensa, por saber que dormi na cama do Taehyung, e não na cama de outra pessoa.

— Então quer dizer que nós… — Já estou parecendo uma louca murmurando sozinha, mas é isso que sempre faço quando fico nervosa ou algo do tipo.

Abro os meus olhos lentamente, e pelo canto da parede, volto à olhar para o maior que ainda está posicionado em frente ao fogão. Eu deveria ir até ele, certo? Fala isso para as minhas pernas, as quais estão paralisadas agora.

Respiro fundo, puxando em silêncio quase todo o ar dos meus pulmões, então volto à entrar na cozinha, sendo levada por passos mais lentos que os anteriores. Parece até que estou caminhando para à forca.

— Bom dia. — Falo timidamente, então ele se vira para me olhar.

— Bom dia, minha baixinha. — Me surpreendendo, ele me puxa para o seu colo, após vir em minha direção, e toca minha bochecha em um beijo demorado. — Dormiu bem?

— Acho que sim. — Respondo em um tom baixo, devido à nossa proximidade e o meu quase estado de choque. — Minha cabeça dói.

— É normal para alguém que bebeu demais. — Tae afirma em um tom risonho, ao mesmo tempo que me coloca sentada sobre o balcão de mármore escuro, deixando seu corpo entre as minhas pernas.

Deixo minhas mãos fixas sobre a grande bancada abaixo do meu corpo, enquanto as mãos dele parecem se familiarizar bem com as minhas coxas. Confesso que isso me causa certos arrepios e inquietação.

— Não encontrei o meu vestido, e ainda por cima, acordei com essa camisa. — Falo, puxando de leve o tecido azul que cobre o meu corpo, como uma forma de aponta-lo. — O que aconteceu?

— Não lembra? — Ele questiona, inclinando sutilmente a cabeça para o lado, quase de modo imperceptível.

— Eu e você… Nós… — Me enrolo com as palavras, usando minhas mãos para gesticular algo que nem mesmo eu entendi.

— Não. Você teve um enjoo, porque bebeu de mais. — O mais velho responde simplório, parecendo entender bem o que eu queria perguntar.

— Então, eu sujei o meu vestido com vômito? — Ele assente com a cabeça, fazendo com que eu me sinta envergonhada.

Nossa! Que romântico! E eu aqui, achando que tinha terminado a minha noite de forma "descente", mas não, provavelmente acabei de cara para um vaso sanitário, colocando todo o álcool para fora do meu corpo. Eu mereço!

— Você trocou a minha roupa? — Agora sinto minhas bochechas em chamas, só por imaginar que Taehyung possa ter me visto nua.

— Eu precisei. Juro que mal encostei em você, e não olhei nada… — O maior responde olhando em meus olhos.— Não por muito tempo.

Como ele pode ser tão direto e simplista? Não sabe que eu me afeto com isso? Como agora: Não só minhas bochechas ardem, meu corpo também adquiriu o incômodo, por saber que Taehyung me "observou".

Ele se afasta, indo em direção ao fogão, onde o fogo responsável por aquecer o café ainda estava aceso, mas logo é apagado pelo homem de madeixas acinzentadas. Fecho minhas pernas de modo súbito, assim que me dou conta de que o certo alguém não está mais entre elas, o que acaba me trazendo alívio.

"O que tem por trás dessas roupas largas? Algo que me agrade de verdade?"

Os questionamentos de três meses atrás voltam à minha mente, e confesso que não é a primeira vez que isso acontece, eles costumam se fazer presentes com mais frequência que eu gostaria.

— Não se decepcionou, quando viu o que fica escondido por trás das roupas largas? — Pergunto sem pensar duas vezes. Estava preso em minha garaganta à muito tempo.

— Ainda lembro do dia em que falei isso. Por favor, tenta esquecer. — Ele diz, enquanto ainda se mantém de costas para mim. — Eu fui um idiota.

— Tudo bem, é passado. — Falo baixo, porém audível, deixando um pequeno sorriso surgir em meu rosto.

— Repondendo a sua pergunta, não me decepcionei nem um pouco com o que vi. — Ele se vira para me olhar, seus olhos se prendem aos meus, e o meu coração se nega à ficar quieto no meu peito.

O silêncio paira por toda a cozinha. Aquele silêncio que me faz desejar que alguém brote do chão e comece a gritar qualquer coisa, só para não me deixar tão constrangida, enquanto me perco nos olhos escuros de Taehyung.

Ele desvia o olhar para o fogão, ao mesmo tempo que eu passo a olhar para os meus próprios pés, os quais balançam suavemente para frente e para trás, nunca tocando no chão, devido à altura que estou sentada.

— Agora sim, faltam exatas três semanas para a nossa formatura. Como se sente? — Taehyung pergunta de forma aleatória, assim mudando de assunto, o que fez com que eu me sentisse aliviada.

— Huum… Acho que "ansiosa" é a melhor palavra, pra definir como estou. — Dou com os ombros, ainda olhando para os meus pés.

— Agora eu entendo como é se sentir assim. — Sua voz soa baixa, mas consigo entender cada palavra dita por ele.

— Também está ansioso? — Pergunto, logo voltando a olha-lo.

— Não em relação à formatura. — Tae responde sem emoção, parecendo se arrepender do que havia dito.

— Então…? — Tento não pressionar, ao mesmo tempo que tento suprir a minha curiosidade.

— Não é nada de mais. — Ele diz, enquanto pega um pequeno doce que estava em um pote sobre a mesa.

— Tae, tem uma coisa que eu quero saber. — Me pronuncio, desviando o olhar para baixo, apenas por um breve momento.

— Basta perguntar. — Taehyung simplifica, ao mesmo tempo que saboreia a mini guloseima.

— É sobre as coisas que aconteceram esses dias, o jeito que você vem me tratando. Parece até que nós temos algo à mais. — Tentei manter meus olhos fixos aos dele, o que foi impossível, devido o estado de intimidação, que eu mesma me coloquei.

— O que quer dizer com "algo à mais"? — Dessa vez ele pega um donut, e volta a se aproximar de mim.

Tae coloca o doce na boca, apenas como uma forma de segura-lo entre os dentes, enquanto suas mãos voltam a separar minhas pernas, dando passagem para que seu corpo voltasse a ficar entre elas. Como ele consegue ficar tão à vontade com esse tipo de atitude, e eu apenas consigo ficar cada vez mais tensa?

— Hum… Namoro… — Eu poderia me amaldiçoar por dizer isso, mas a curiosidade é mais forte, não deixando que eu me arrenpenda.

— Você aceitaria? — Ele questiona, assim que tira o donut da boca, deixando seu rosto próximo ao meu.

— Hã?! — Lábios entreabertos e olhos quase arregalados, essa é a minha expressão nesse momento. A típica reação de quem ouve algo inesperado.

Taehyung olha para baixo, acho que seu olhar se direciona à minha mão, enquanto ele parece pensar em algo, algo bom, à julgar pelo pequeno sorriso que agora surge em seus lábios. E não demora muito, para que ele volte à me olhar nos olhos, no mesmo instante em que segura uma das minhas mãos.

— Você, minha baixinha linda, que não se lembra do que aconteceu na noite passada… — Acabo rindo baixo, assim que ele encaixa o donut em quatro dos meus dedos, ao mesmo tempo que fala em um tom brincalhão, o qual logo muda. — Aceitaria ser a minha namorada?

— Está falando sério? — O sorriso some do meu rosto em um piscar de olhos, dando lugar a um semblante confuso ou indecifrável. Surpresa? Com certeza.

— Nunca falei tão sério em toda a minha vida. — Ele diz, olhando dentro dos meus olhos, o que só faz com que eu me sinta ainda mais nervosa.

— Eu…


Notas Finais


(*×*)~OMG!

Por enquanto é isso, amores^^"
Espero que tenham gostado, e peço perdão, caso eu tenha cometido algum erro.

~ Sayoo!♡


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