1. Spirit Fanfics >
  2. " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione >
  3. " O Terceiro dia - Quebrando barreiras "

História " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - " O Terceiro dia - Quebrando barreiras "


Escrita por: Talitataciana

Notas do Autor


Oi galerinha, desde de já, desejo um começo de semana maravilhoso para vocês. A partir desse capítulo as coisas vão esquenta entre eles, hehe! Gostaria que vocês tirassem uma dúvida, sim? Os capítulos estão muitos longos? Está ficando monótono ler?

Eu estou perdendo a linha de raciocínio? Eu realmente estou preocupada com isso, então por favor, façam uma forcinha para responder, okay galera? Espero que gostem do capitulo em si.

Eu sei o quanto, vocês estão curiosas para sabe, o que aconteceu entre Ronald e Hermione e em breve, eu daria as respostas a vocês. Só tenham um pouco de paciência e curtam mais esse capítulo. Quem ainda não comentou, faça uma forcinha para comentar, please?

Vocês vão ver um pouco de um Draco diferente, algo que vocês nunca viram, contudo, ele continua sendo um sonserino que saberá a hora certa de agir.

Esse capitulo vai deixar vocês muito felizes, pelo menos e o que eu espero. Beijo, e até breve. Boa leitura!

Capítulo 4 - " O Terceiro dia - Quebrando barreiras "


*

O parque era bonito, e já se encontrava cheio de adultos, idosos, crianças também usando uniformes de beisebol, assim como Anthony. Ele ficava lindo, com os trajes específicos do esporte e ainda por cima, usando um boné. Hermione sorriu, observando ele segurar em sua mão direita, uma luva. Draco estava tirando a bicicleta do carro, e os olhos do menino brilharam ao reconhecer o objeto.

— Papai, o senhor é demais! – Anthony elogiou o pai, que sorriu.

Todos ririam juntos.

— Eu digo isso a sua mãe, todos os dias – o loiro comentou, com um sorriso sínico nos lábios – Agora, cuidado – pediu, enquanto o filho montava na bicicleta, saindo já pedalando.

— Não vá muito longe – Hermione pediu, o observando ir em direção as outras crianças que estavam a alguns metros, também com suas bicicletas.

— Filha, nós sempre estamos nos sábados aqui, e mesmo assim, sua preocupação nunca acabar. Ao contrário, só aumenta – seu pai comentou, sorrindo para a filha. 

— Coisas de mãe – Jane, comentou, compreensiva – Hermione, agora entender o que eu passeei com ela, por alguns anos – completou, piscando para a filha, que sorriu afirmando.

— Vocês, mulheres são muito exageradas – Draco, comentou, travando o carro, se voltando para elas.

— Olha quem fala – Jane brincou, sorrindo para o genro – Quase aparatou na escolinha do Anthony, quando ele foi para a aula pela primeira vez – finalizou para o genro, que sorriu para a sogra. 

Draco apenas revirou os olhos, e Hermione o olhou surpresa e espanto. Ele realmente se importava muito com Anthony. E isso a agradou profundamente.

— Culpa da sua filha, que não parou quieta, naquele dia – Draco recordou rapidamente – Fazendo perguntas como “E se o acharem diferente”? E se ele se sentir triste, e se ele fizer magia involuntariamente, assustando todas as outras crianças? Vão chama-lo de bruxo, de uma forma ruim, mesmo não sendo – completou, cruzando os braços, relembrando de tudo  – Aquele foi o segundo dia, mais louco da minha vida – afirmou olhando onde Anthony estava, o encontrando, conversando com alguns coleguinhas. 

— O segundo? – Hermione não se conteve. Afinal, era da sua natureza ser curiosa sobre qual coisa. E naquele momento, estaca curiosa com sua vida com Draco Malfoy.

Draco sorriu para ela. Aí, estava, sua sabe-tudo curiosa e atenta a tudo. 

— Sim, o segundo. O primeiro foi, no dia do nascimento do Anthony. Merlin, eu até ameacei estuporar o médico responsável pelo seu parto – explicou, sorrindo envergonhado.

Mais graça a Merlin, tudo ocorreu bem. Ela e Anthony estavam bem, afinal de tudo. Hermione permaneceu em silêncio. Pelo que parecia, ela não foi a única que mudou por causa dele, ele também mudou bastante por causa dela. Os quatros seguiram para um banco de piquenique, e colocando a toalha no mesmo, Jane colocou a comida em cima da mesa. Draco aproveitou o momento, e atacou a torta de maçã.

E pelo que parecia, ele gostava bastante. Anthony chegou alguns minutos depois, bastante suado, provavelmente guiado pelo cheiro bom, que vinha da comida da avó. Se sentou no meio dos pais, atacando também a torta. Jane sorria satisfeita. Os três se juntaram a eles, e ao final, distraída, observando as pessoas, Hermione sentiu alguém bastante próxima de si, quase colado.

Os pelos da sua nuca se arrepiaram, como se já reconhecesse, e ficou chocada, ao realmente reconhecer tal corpo, como sendo o de Draco, afinal de contas. Ao se virar, o encontrou, com sua própria colher no seu prato, roubando um pedaço da sua torta, enquanto sorria travesso. 

— Hey! – a bruxa disse indignada, mas já era tarde demais para conseguir recuperar sua sobremesa.

O loiro já tinha levado a colher de volta a boca, sorrindo satisfeito e orgulhoso. Estava prestes a repreendê-lo, bate-lo, quando o som da rouca risada dele, a paralisou. A risada dele, era tão bonita. O olhou, completamente abobada. Nunca imaginou que Malfoy, tivesse uma risada tão bonita.

 Sorriu timidamente, quando ele piscou para si, antes de se levantar e seguir com Anthony, com uma bola de beisebol para um espaço e em silêncio, observou, pai e filho brincaram, enquanto riam, conversam e o sol brilhava através deles. Ao final da tarde, Anthony se aconchegou contra ela, que se encontrava, encostada em uma árvore, lendo um livro sobre as leis mágicas.

E Hermione perdeu o total interesse no livro, quando o filho se juntou a ela. Seu pequeno Anthony, era muito mais interessante que qualquer livro; de fato. Fazia carinho nos cabelos dele, com um sorriso leve nos lábios, quando um flesch a surpreendeu. Focou os olhos, e se deparou com o loiro, segurando uma máquina, próxima ao rosto, na posição de quem tiraria outra foto e de fato foi, o que ele fez.

— Desculpe, não quis assusta-la. – Draco se desculpou, aproximando-se sentando próximo a ela e o filho, que mudou de posição, ficando agora no meio dos pais.

Em silêncio, observaram o sol da tarde, um pouco abaixo, afinal estavam em uma colina alta, que os dava uma visão do jardim.  O silêncio não incomodava, mas ao mesmo tempo, se tornava uma barreira entre eles. E lá no fundo, não era isso que ela queria. E muito menos, Draco. Eles permaneceram quietos, sem se olharem, apenas sentido a presença um do outro. Apenas consciente que o filho, segurava suas mãos, mas sem notar qual era a verdadeira intenção dele.

Anthony pegou as mãos dos pais, colocando em cima do seu corpo, colocando a de Hermione por cima da de Draco, que era muito maior. E então, eles sentiram ao mesmo tempo, enquanto, prendiam as respirações. A mão dela, pequena e quente, sobre a sua tão grande e fria. Ela mesmo sem olhar, viu que mesmo a mão dele, sendo muito maior, que a dela, se encaixava perfeitamente sobre a dele.

E o frio da dele, igualava a temperatura da sua, sempre quente. Apertou a mão sobre a sua, apenas para testar e comprovou, sua mão se encaixavam perfeitamente. Sentiu o coração disparar mais rápido sobre a sua, quando, ele apertou sua mão de volta, em um gesto protetor e acolhedor. Uma terceira mão, muito menor e menos pesada, se posicionou em cima deles, e finalmente, olhando, ambos se depararam com a mão do filho, que sorria de forma bonita para eles.

Draco sorriu para o filho, agradecido para o filho. “seu pequeno cupido”

Hermione sorriu também, antes de abraçá-lo com carinho. No entanto, ergueu os olhos, ciente dos pares de olhos cinzas, a observando, a estudando. E como uma grifinória corajosa, o olhou de volta. Sustentou o olhar e ele também. Maldito sonserino, que não desviou o olhar ou apenas a olhou feio, como sempre fazia.

Ao contrário, ele a olhava apaixonadamente.

“Eu estou flertando com o Malfoy?” Hermione se perguntou e deu um pulo, soltando sua mão da do filho e do loiro, alarmada. Merlin, aquilo era um tipo de flerte, sim.

— Esqueci uma coisa, no carro – a bruxa disse, ao contestar olhar curioso do filho – Já volto – completou, se levantando, ajeitando o vestido, e sorrindo por um momento, antes de seguir para o carro com passos rápidos.

Precisava respirar e principalmente fugir dele e da atração que finalmente, admitiu sentir. Estava encostada no automóvel, com o rosto pressionado, contra o vidro, observando o próprio reflexo, tentando normalizar a respiração e os pensamentos. Estava tão absoluta em seus pensamentos, que não notou a aproximação de outra pessoa.

 Draco a seguiu em silêncio, depois de deixar Anthony com os sogros. Se perguntava, até quando ela iria fugir da atração que ela finalmente perceberá que existia entre ambos.  Tentou ser cordial, gentil e atencioso, mas por Merlin, ainda era um sonserino e ainda por cima um Malfoy. E a mulher a sua frente, era sua esposa; uma Malfoy agora. Sabia o que faria e faria agora mesmo; não a deixaria fugir dele; não mais. 

Hermione sentiu seu braço ser puxado com delicadeza, mas com firmeza e quando viu, se chocou contra um corpo firme e forte. Suas pernas ficaram bambas e se perdeu na sensação que ele lhe trouxe.  Mais uma vez, reconheceu o corpo do sonserino, assim que a pele dele encostou na sua. Era o corpo de Draco colado ao seu.

Seus lábios estavam próximos ao colarinho da camisa que ele usava, e finalmente erguendo os olhos, encontrou os cinzas penetrantes, brilharem como se soubessem de algo valioso demais. Ela engoliu em seco, tentando se manter calma. Ele sabia da atração que ela sentia por si. Tentou empurrá-lo, mas ele lhe fez de prisioneira.

Estava prestes a dizer que ele não se atrevesse, mas era tarde demais, os lábios frios de Draco já estavam sobre os seus, exigindo uma reposta imediata. Ela não iria deixa-lo vencer. Prometeu a si, mesma enquanto permaneceu sem abrir a boca, contudo, ele parecia conhecê-la muito bem. As mãos dele, foram para a sua cintura, apertando os dois lados do seu corpo com firmeza, ação que fez ela suspirar entre os lábios. Mais o próximo ato, foi ainda mais preciso.

Puxou o lábio inferior dela, fazendo a mesma, entreabrir a boca, soltando um gemido fraco. E foi o momento certo para atacar, como uma cobra sorrateira, que ele era. A língua do sonserino, adentrou na boca dela, varrendo, sentido o doce sabor que somente Hermione tinha e que o enlouqueceu desde da primeira vez, que a beijou na boca. O sabor do céu e do inferno ao mesmo tempo, para Draco. Ela era sua perdição e ao mesmo tempo sua salvação. Ele pressionou seu corpo contra o dela, enquanto a beijava e esperava ela corresponder ao beijo.

Ele sentia que ela queria também. O corpo dela já respondia, só faltava, a teimosia dela, ceder por fim. E finalmente, cedeu. Hermione entreabriu os lábios, se movendo junto a ele, unido também sua língua a dele, que juntas se moviam com sincronia. O gosto de torta de maçã, ainda estava na boca de ambos, deixando o beijo doce, levemente amargo. As mãos dela, ganharam vida própria, se movendo para o corpo dele.

Sua mão esquerda se moveu para o pescoço dele, e a direita, segurou a barra da cintura dele, o puxando para si. Ela estava fora de si. E pela primeira vez na vida, gostou disso. O beijo se aprofundou, enquanto, ambos se tocavam de forma intima sentido um ao outro. Quando o ar foi extremamente necessário, ambos se separaram com as bocas vermelhas por conta do beijo, e puxando o ar com força.

Ambos se entreolhavam silêncio, e quando o loiro tentou falar algo, a castanha lhe acertou um tapa na cara. Arrependeu-se amargamente disso, contudo, não podia prever a própria reação, afinal acabará de ter um amasso, de frente a um parque, cheio de crianças, adultos e idosos. Estava totalmente envergonhada. 

— Fique longe, Malfoy –  Hermione ordenou se afastando, voltando para onde seus pais e Anthony estavam.

A aliança parecia pesar mil quilos, nesse momento e um momento de fúria, tirou o anel, o guardando na bolsa. Ele não tinha o direto de fazer aquilo. Beija-la daquela forma apaixonante, quente e até melhor que Ronald.

“Ohh, Merlin, o que eu estou dizendo” se perguntou “Os comparando?” Ronald, não a desrespeitaria, como Malfoy a desrespeitou na frente de tanta gente” – completará o seu pensamento, tentando esquecer o formigamento que ainda tinha nos lábios.

Encontrou seus pais e Anthony, vindo em sua direção e ela entendeu, que já estava na hora de ir embora. Quando retornou, segurando na mão de Anthony, rapidamente, avistou Draco, sentado no capo do carro, olhando diretamente para a aliança em seu dedo. A castanha notará a posição de derrota que ele demostrava e isso de alguma forma a deixou aflita e assustada. Estaria ela, destruindo o seu próprio casamento? O casamento dela, própria com 26 anos? Esses pensamentos a perturbavam.

Não queria estragar a felicidade da versão dela mais velha; não se perdoaria, se isso acontecesse. 

— Vamos querida – a voz da sua mãe, a fez sair dos pensamentos e agradeceu por isso, enquanto caminhava em direção ao sonserino, que continuava pensativo. 

 Adentrou no veículo, olhando por um momento para o loiro ao seu lado, contudo ele não retribuiu o olhar, mesmo ciente de que ela, o olhava. Observou, ele passar a língua levemente, sobre os lábios, o molhando, enquanto dirigia e ela achou tal ação, extremamente alucinante, sentido seus lábios formigaram com a ação feita involuntária do mesmo.

Depois de se despedirem dos seus pais, seguiram para casa em silêncio. Em trinta minutos já se encontravam em frente à propriedade, olhou para trás e sorriu ao encontrar Anthony já adormecido. Draco a olhou por um momento, antes de descer do carro, pegando o filho, travou o carro e seguiu para dentro de casa, a deixando para trás.

Hermione suspirou forte, antes de caminhar em direção a casa.

— Parece que o jogo virou, afinal –  a bruxa murmurou a si mesma, fechando a porta, observando a casa em total silêncio.

Apesar de ainda estar surpresa por se encontrar, morando em uma casa tão diferente do que imaginou, gostava da decoração em si. A casa era muito bem dividida, espaçosa, com 4 quartos ao todo, incluindo o quarto do casal e o do filho, dois quartos de hospedes e em um deles, Draco dormia. A cozinha era espaçosa, um banheiro no corredor dos quartos e um no andar inferior, próximo a saída da cozinha para a quintal.

O quintal era espaçoso, com algumas árvores espalhadas, dando sombra, uma rede, algumas cadeiras espalhadas pelo local, uma piscina, protegida, caso Anthony resolve-se ir até ali, sem a supervisão de um adulto. Um balanço, uma caixa de areia e um pouco mais afastado, uma barra de futebol e uma bola, deixada de lado.

Hermione por um momento, fechou os olhos, tentando lembrar de algo, como Draco e Anthony se divertido, mas nada lhe vinha a mente e só lhe restou imaginar pai e filho, ali se divertindo. Sentia seu coração vazio e não fazia ideia do que fazer. Quando voltou para dentro da casa, encontrou Draco em frente á cafeteira, preparado dois cafés fortes e ao se virar, ele se aproximou entregando uma xicara a ela, antes de se sentar no balcão, ficando frente a mesma a olhando fixamente.

— Nós reencontramos, 20 dias antes do seu aniversário de 18 anos. No horário da manhã, você estava saindo de uma cafeteria – ele comentou, fazendo a castanha, olha-la nos olhos, finalmente.

— O que aconteceu nesse reencontro? – Hermione perguntou, o olhando, esperando ele responder. 

Draco sorriu, como se relembrasse, antes de olha-la nos olhos mais uma vez; a sensação era boa para Hermione, que sorriu para ele. 

— O que acha? Somos Malfoy e Granger, afinal – o bruxo comentou, fazendo a castanha sorrir de lado, entendendo o que ele falava.

— Trocamos farpas ou azarrações? – a leoa perguntou, divertida, apoiando os cotovelos no balcão, o olhando com curiosidade.

— Um pouco dos dois, Hermione. Você me acusou de ter batido em você de proposito, mas não foi exatamente assim – comentou, rapidamente – Mas eu não a culpo por não acreditar em mim, afinal, persegui você por anos a fio, em Hogwarts – completou, levando sua mão a dela, apertando-a com carinho.

Ela apenas concordou, sorrindo fraco, dando os ombros, como se não se importa-se mais e de alguma forma não importava, afinal, eles estavam casados e tinham um filho, por Merlin; oque era um empurrão, comparado a isso? A união deles? 

— O que aconteceu depois? – a bruxa perguntou, ciente de que ele lhe escondia algo e bom, ela estava determinada a descobrir o que.

 Parecia ser loucura, mas conseguia identificar e entender cada olhar que Draco Malfoy lhe conduzia; era como ser um livro, bem diante de si, neste exato momento. 

— Você despertou meu interesse – Draco confessou, baixando o olhar, ficando com as bochechas vermelhas, por um momento. 

Era difícil demais se expor, mas precisava, se quisesse que ela começa-se a aprofundar mais em relação a ele. Hermione sentiu o coração bater mais depressa em seu peito, mas graças a Merlin, conseguiu controlar a respiração.

— Mesmo? – a bruxa perguntou para confirmar. Era surreal demais para descobrir que Draco Malfoy se interessou por ela, a sangue-ruim, que ele tanto desprezou por anos. 

— Você sempre me interessou, Hermione. Mas eu fui idiota demais para admitir isso em voz alta – Draco confessou para ela – Foi preciso uma guerra bruxa acontecer e eu ver o quanto, você estava devastada pela briga com o Wealsey para eu notar que... – prendeu as palavras na boca, enquanto, sentia seu corpo tremer e sua cabeça girar e girar.

— Que? – Granger o incentivou a continua. Merlin, só ela sabia, o quanto precisava ouvir isso dele; ouvir da boca de Draco Malfoy, o sangue-puro mais idiota do mundo inteiro, tais palavras.

Draco respirou fundo, com a respiração pesada em seus pulmões. Sabia que ela não iria facilitar as coisas para ele. Droga, aquela ali, ainda era Hermione Granger, mesmo sendo sua esposa e uma Malfoy agora. Ainda era uma-sabe-tudo, curiosa e extremamente autoritária, quando queria descobrir alguma coisas. 

— Que eu te amava, e sempre amei – Draco finalmente confessou, a olhando fixamente, deixando claro que falava sério sobre seus sentimentos em relação a ela. 

Os olhos dela se arregalaram, assim, como fizeram na primeira vez que ele, lhe confessou seu amor a sete anos atrás. E foi esse amor, que o fez, lutar por ela, aproveitando que a relação dela e do Weasley não estava tão bem. Precisava mostrar a Granger, que mesmo sendo um Malfoy, que comentou erros, que o assombrariam por anos, seria agora, um bom homem.

Um homem diferente por ela, que a trataria como uma verdadeira rainha. A mostraria, o quanto, seu amor poderia ser profundo. E foi o que fez, conseguindo conquista-la, antes do seu aniversário de dezoito anos. E agora, teria que reconquista-la de novo e rápido.

— Eu acho que vou deitar. Amanhã, tenho trabalho e preciso revisar um pouco, sabe? Para ninguém, desconfiar de algo – Hermione disse, ficando de pé – Boa noite –completou apressada, saindo da cozinha, o deixando sozinho.

O loiro suspirou forte. Queria outro beijo. Nunca se acostumaria a ficar tanto tempo longe dela. Sem abraça-la, beija-la, sentir o coração dela, contra o seu corpo. Merlin, ela estava ali, mas ao mesmo tempo não estava. Era frustrante demais. Depois de apagar as luzes do andar inferior, subiu, indo ver Anthony que estava no decimo sono, afinal, acordou cedo e passou a tarde inteira, brincando e correndo pelo parque, era compreensível, o mesmo estar tão cansado.

Deu um beijo na testa do filho, e seguiu para fora do quarto, passou pelo quarto que anteriormente dividia com a castanha, parando por um momento, olhando fixamente para a porta, com a mão na maçaneta, indeciso entre entrar ou ir embora.

— Quero você de volta, Hermione – Malfoy murmurou para si mesmo, encostando a cabeça na porta do quarto – Não sei quanto tempo vou aguentar. Preciso de você – completou, fechando os olhos por um momento, relembrando do beijo, e a forma que o corpo dela, correspondeu ao seu.

Sim, de alguma forma, ela ainda era dele, ele só tinha que fazer ela perceber isso. E ele faria. Afastou-se, seguindo para o quarto de hospedes, desejando do fundo do seu coração, que ela estivesse pensando nele, ou ao menos confusa, em relação aos seus sentimentos.

*

Hermione estava andando de um lado para o outro no quarto, tocando nos próprios lábios, enquanto relembrava o beijo intenso que trocara com o sonserino. Às vezes, olhava para a porta, esperando que ele entra-se no quarto e a beija-se mais uma vez, como a beijou mais cedo. Estava enlouquecendo, e o causador da loucura era Draco Malfoy. O corredor silencioso, lhe fez escutar passos, e agora parada, olhando para a porta, viu a maçaneta se mover um pouco.

— Draco –Hermione murmurou o nome dele, e com o coração saltando dentro do seu peito, esperou o próximo passo do loiro.

Se aproximou da porta, se encostando na mesma, e apenas pode ouvi-lo, murmurar algo, que infelizmente não conseguiu compreender. Ouviu, ele se afastar e depois de alguns minutos, decidiu tentar ir dormir, sem esperar acordar no seu tempo. De alguma maneira, não queria deixá-los O sono a dominou, contudo, pela primeira vez, dormiu com um sorriso nos lábios; estava feliz.

E a semana de Hermione, correu muito bem, diga-se de passagem, apesar de não lembrar das várias pessoas que encontrou no Ministério, desde da segunda-feira.  A rotina com Draco, Anthony e Jiil, era boa e apesar de evitar estar muito tempo sozinha com o loiro, notará que ele também evitava estar sozinho com ela.

E isso de alguma forma, lhe preocupou um pouco. Não estava se dando bem com o afastamento do sonserino. Seu celular tocou atraindo sua atenção. O nome do marido, apareceu na tela do celular. Pensou em não atender, contudo, algo lhe incentivou a atende-lo, afinal, ele era seu marido.

— Alô – Hermione conseguiu manter a voz calma, apesar de tremer um pouco, enquanto escutava a respiração dele ecoar em seus ouvidos. 

Rapidamente, Hermione escutou ele suspirar do outro lado da linha, ao mesmo tempo que ouvia uma voz robótica; preencher o silêncio, que se seguia entre eles. 

— Hermione, desculpe por ligar. Sei que sou a última pessoa que você deseja falar ou ver, mas aconteceu um problema – ele foi direito ao ponto, olhando para o filho, sentado na maca. 

Ela quis dizer a ele, que suas palavras não eram verdade, mas não tinha encontrando as palavras certas para dizer e ouvir a menção da palavra; “problema” fez seu coração parar um momento, realmente ficando em alerta total. Ela apenas sentia que algo tinha acontecido com seu filho. 

— Anthony – sussurrou o nome do filho. Sabia e sentia que o problema estava relacionado ao filho – O que aconteceu, Draco? – perguntou, levantado da cadeira, enquanto sentia sua respiração falhar.

Algo aconteceu com seu filho; seu pequeno Anthony.

— Ele está bem, não se preocupe – Draco tentou acalma-la – Só que em uma brincadeira boba, acabou machucado a cabeça – explicou oque tinha acontecido – Eu já estou no hospital, mas ele quer você, então! – o loiro disse, não precisando completar a frase, afinal Hermione entendeu, e olhando o filho, já com um curativo na testa, enquanto o mesmo, chupava um pirulito, sentado na maca do consultório da sua pediatra, que o acompanhava desde do seu nascimento.

— Estou indo para ai – afirmou, pegando a bolsa, o blazer do terno que usava, e depois de pegar o endereço com o marido, saiu às pressas do ministério, avisando a secretaria que não voltaria mais hoje; seu filho era sua prioridade sempre.

A escola ligou para o pai, pois além de Draco, estar ciente de que essa Hermione não fazia ideia, onde era a escola do filho, ficava localizada, o mesmo preferiu avisar a gestão da escola, que em qualquer causalidade, deveria ser o primeiro a ser informado. Hermione já estava lidando com muitas mudanças. 

— Cadê a mamãe, papai? – Anthony perguntou, enquanto chupava o pirulito e balançava os pés, sobre a maca, olhando curiosamente para o filho. 

Draco se sentou ao lado dele, o olhando por um momento, observando a testa com um curativo, suspirando forte.  Hermione, Jane, Molly Weasley e a ruiva ficariam alucinadas e surtariam quando souberem que Anthony levou quatro pontos na parte superior da testa. Elas eram loucas pelo rapazinho e vise-versa. 

 – Ela já está a caminho – Draco avisou, tocando nos cabelos do filho – Agora, me explica como foi isso – pediu garotinho, apontando para testa do mesmo.

Anthony confirmou com a cabeça, soltando um suspiro triste; não queria preocupar seus pais. 

 – Lary estava me chateando, então eu resolvi correr atrás dela. Ela estava próxima do balanço, mas eu estava com tanta raiva que não notei que o Lucas estava se balançando, bem nessa hora, quando eu percebi já era tarde. A cadeira do balanço bateu na minha testa e eu cai um pouco longe – explicou oque tinha acontecido, de cabeça baixa.

Draco o ouviu atentamente, apesar de ter sido um acidente e isso ser normal de ocorrer, não foi fácil ver o filho, com a camisa suja de sangue e a testa ferida. Seu coração se contorceu ao ver o filho ferido e sangrando; por um momento, o herdeiro Malfoy se viu sem chão. 

— Tenha cuidado da próxima vez, sim? – o bruxo pediu, tocando nos cabelos do garotinho – Fiquei preocupado. E sua mãe vai pirar quando ver sua camisa suja de sangue – assegurou, o olhando nos olhos, se vendo nos olhos cinzas e tão bonitos do filho. 

— Anthony! – a voz de Hermione, fez os dois olharem em direção a porta, e em silêncio, ambos absorveram, uma Hermione caminhar em direção a eles, tremula, que rapidamente abraçou o filho, chorando baixinho.

— Você está bem, filho? – Hermione perguntou, o olhando atentamente, buscando vários machucados que ela imaginava que ele teria – Sua camisa está toda suja de sangue – afirmou em total pânico, tocando o corpo do filho, procurando os machucados, que ela acreditar ter; estava aterrorizada com a possiblidade dele ter mais machucados. 

 – Eu estou bem, mamãe – Anthony tentou acalmar a mãe, mas ela não parava quieta, o olhando, o beijando, o olhando com lágrimas nos olhos. 

— Ohh, sua testa – finalmente, viu o curativo na testa do filho – O que aconteceu? – Hermione exigiu saber, o olhando, enquanto tocava no machucado do filho devagar.

Draco tomou a frente, explicando tudo que tinha acontecido. E depois de ter uma conversa com a pediatra, que explicou pela terceira vez que ele estava bem, eles saíram do hospital.

— A médica achou que você estava louca, Hermione – o sonserino comentou, abrindo a porta traseira do carro, para ela, que vinha com Anthony nos braços – Ela disse a você que ele está bem, mas você fez mil e umas perguntas – completou, observando, ela colocar o filho na cadeira com extremo cuidado.

— Você queria o que? Ele levou uma pancada na cabeça, Draco – Hermione declarou, o chamou pelo nome, sem se tocar de tal feito.

Quando notou o que fez, mordeu o lábio inferior, sem olha-lo, afinal estava com vergonha. O loiro sorriu abertamente, enquanto, abria a porta do carro, para mesma entrar. E em silêncio, retornaram para casa. Com ambos, ciente de pela segunda vez, a ligação que os uniu, desde das mãos entrelaçadas e o beijo, retornou mais uma vez; graças a Anthony.

Depois de comerem algo leve, e colocarem o filho na cama, Draco a guiou para o quarto. Observava o quanto, ela estava abalada com a situação. Era a primeira vez, que o rapazinho se machucava, e de alguma forma, ele sabia, que não era isso que a cansava; era tudo. Quando Hermione foi ao banheiro tomar um banho, se deixou chorar em silêncio, deixando as lágrimas escorrem por seus olhos, cansada de bancar a forte, sozinha.

Era uma realidade ou sonho diferente, porém, mesmo assim, era duro. Era difícil não lembrar das primeira palavras do filho, do primeiro sorriso, das primeiras tentativas dele, tentando dar seus primeiros passos. De quando, ele foi para a escola, pela primeira vez. Chorou, por não lembrar, chorou por medo de acordar e não encontra-lo mais ao seu lado. Era tudo tão confuso.

Quando saiu do banheiro, de alguma forma, agradeceu por encontrar Draco, sentado na beirada da cama, a esperando. De alguma forma, ela sabia que ele estava ali, por ela. Caminhou em silêncio, e depois de deita-se na cama, fechou os olhos com força.

— Vai ficar tudo bem – a voz dele era doce, no entanto, firme, a fitando nos olhos. 

Hermione suspirou forte, quanto sentiu as mãos dele, em seu cabelo, lhe fazendo um afago gostoso, e aos poucos, caiu no sono, sentindo a presença dele; cuidando dela. 

— Obrigada, Draco – a leoa murmurou, baixinho, se aproximando mais dele.

Precisava dele, como nunca precisou de ninguém, em toda sua vida. Precisava de Draco Black Malfoy. E isso era assustador e bom ao mesmo tempo. A presença dele, começava a se tornar essencial em sua vida. Começava a desenvolver sentimentos pelo ex-inimigo, e sequer se dava conta deste fato.

*


Notas Finais


E então, o que acharam do capítulo? Me contem tudinho! Dicas, sugestões, críticas, fiquem à vontade! Até logo, galerinha


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...