História " O Futuro - Parte 1 - Parte 2 - Conclusão " - Dramione - " O Quarto dia - Mudanças "

*

Depois do ocorrido na noite anterior, Hermione começará a se sentir mais à vontade com o loiro. Acordar nos braços do sonserino, de alguma forma lhe fez bem e também lhe trouxe conforto. Ainda que não admitisse, começará a ver e observar Draco Malfoy com outros olhos. Seus pensamentos começavam a mudar consideravelmente em relação ao loiro e seu coração também. E o pequeno Anthony? Ahh, esse completava sua felicidade e trazia o sentido da vida todos os dias para ela.

Entraria na segunda semana nesse futuro e aos poucos, conseguirá dominar e agir normalmente nessa nova realidade.  E aproveitando que Draco e Anthony foram ao supermercado, resolveu fazer um almoço especial. E sorriu satisfeita, quando encontrou um livro com algumas receitas escritas em um livro, com sua própria caligrafia. E decidiu fazer uma lasanha e de sobremesa, um mousse de chocolate.

Contudo, quando começou a preparar a lasanha, percebeu que era mais difícil do que arquitetava aprontar tal refeição, afinal, ela com 17 anos, era uma péssima cozinheira e no final, a cozinha estava uma bagunça. Sorriu abatida, enquanto, pensava no que poderia fazer para compensar seu mal jeito na cozinha, afinal, Draco e o filho chegariam a qualquer momento, com fome, contudo, não conseguiu fazer nada decente.

— Mamãe, chegamos – Anthony anunciou, entrando na cozinha, trazendo consigo, uma pequena sacola de papel.

Hermione sorriu para o filho e em seguida, Draco entrou, carregando mais algumas sacolas e sorriu irônico ao notar o que ela estava tentando fazer afinal. Ela apenas abaixou a cabeça, envergonhada e frustrada.

— Eu tentei – confessou, voltando a olhar para o loiro, que apenas concordou com a cabeça. 

— Vamos ajudar a mamãe, Anthony? – o loiro sugeriu, olhando para o filho, que animado concordou com a cabeça rapidamente.

Depois de guardarem as compras, e lavarem as mãos, Draco, Anthony e Hermione começaram a preparar a refeição. A castanha parou por um momento, os observando, e mesmo ciente que o garotinho era cópia perfeita sua, ele também tinha muito do sonserino. Draco sugeriu que o filho subisse para tomar um banho, e atendendo ao pedido do pai, o loirinho subiu, depois é claro de ajudar a preparar a refeição, deixando os adultos sozinhos.

Hermione suspirou forte, enquanto lavava a louça, ciente de que o loiro estava a alguns metros, precisamente no fogão, fazendo algo. 

— Obrigada pela ajuda – a bruxa agradeceu, secando a última panela, antes de se virar e olha-lo nos olhos.

— Disponha –o sonserino comentou, começando a desbotoar a camisa, como sempre fazia – Daqui a 5 minutos, a lasanha está pronta – esclareceu – Que tal um banho? – sugeriu, a olhando, enquanto tirava os sapatos.

— C-com você? – ela perguntou o olhando de olhos arregalados, enquanto sentia o peito bater forte em seu peito. Merlin, sentia suas pernas ficarem bambas.

O loiro sorriu satisfeito.

— Só se você quiser – o herdeiro Malfoy comentou, piscando por um segundo, antes de sair da cozinha, deixando uma Hermione ainda paralisada na cozinha, quase esquecendo da lasanha no forno.

Enquanto, preparava a mesa, Antnony e Draco chegaram, alguns minutos depois. E juntos desfrutaram de uma refeição ótima e em seguida, seguiram para sala em seguida, e acabaram por assistindo um desenho trouxa, com o filho no meio dos dois. No fim do programa, o loiro levou o filho ao quarto, voltando alguns minutos depois, e sorriu quando a encontrou no sofá, sentada, assistindo outro programa de TV.

— Então, o que fazemos agora? – Draco perguntou, se sentando ao lado da mesma, que o olhou, dando de ombros.

— Não sei. Sugere alguma coisa? – Hermione perguntou, pegando o sonserino de supressa, contudo, o mesmo sorriu feliz.

— Confia em mim? – o sonserino perguntou, apenas para confirmar.

Hermione o olhou por alguns segundos, ciente que ele esperava uma resposta sua e por alguma razão desconhecida afirmou que sim com a cabeça. Depois da confirmação da castanha, o loiro sorriu feliz e pediu que ela esperasse um pouco, saindo pela porta principal, deixando uma castanha curiosa para trás.

A campanhia tocou e ao atende-la, Hermione se deparou com Gil, sorrindo bastante feliz, antes de entregar um pequeno bilhete de Draco, pedido para ela se vestir, pós eles teriam um encontro em plena tarde. Ela sorriu por um momento, antes de correr para o andar de cima, sentido suas mãos tremulas. Teria um encontro com Draco Malfoy.

E por Merlin, ela estava ansiosa, nervosa e curiosa com que tipo de encontro seria. 20 minutos depois, estava pronta e só lhe restou aguardar. Seu celular tocou. Era ele.

— Oi – Hermione tentou manter a voz calma, mas sentiu que ela saia tremula.

— Oi, eu já estou aqui na frente, quando quiser sair – o loiro explicou, sorrindo por um momento.

— Certo. Eu já estou indo – a bruxa afirmou, e depois de encerrar a ligação, seguiu para o lado do fora, se perguntando quais eram os planos do sonserino.

Quando saiu, prendeu a respiração ao se deparar com o loiro, encostado em uma moto. Ele estava com a mesma roupa, apenas uma jaqueta preta, a mais. Draco a olhava admirado. Ela estava linda, apesar de não usar suas habituas roupas com 26 anos de idade, Hermione se vestia com elegância. A castanha usava uma calça jeans preta, uma blusa lilás de alça e por cima, uma jaqueta e um par de tênis.

— Foi as compras? – Draco perguntou, apontando para o par de tênis que ela usava.

Hermione sorriu confirmando com a cabeça e o loiro não fez mais nenhuma pergunta sobre o assunto, apenas sorrindo. 

— Alias, você está linda, como sempre – a elogiou, sorrindo apaixonadamente para a castanha.

A mesma apenas abaixou a cabeça, murmurando um obrigado baixinho, sentindo a bochechas vermelhas. 

— Mais uma vez, surpresa? – o sonserino perguntou, sorrindo apontando para a moto, com orgulho.

— Sim, você não para de me surpreender Malfoy – a grifinôria comentou, voltando a chama-lo pelo sobrenome.

— Sem sobrenomes, sim? Apenas Hermione e Draco, okay? –  ele sugeriu, pegando o capacete, a entregando.

— Me desculpe, e a força do habito – Hermione explicou, sorrindo envergonhada, colocando o capacete, que era confortável e parecia ser feito para ela.

— Entendo. Mas hoje, somos apenas Draco e Hermione – o loiro pediu, esticando a mão e ajudou ela a sentar atrás dele.

Em um gesto involuntário, Hermione passou os braços ao redor da cintura do mesmo, a apertando levemente, fazendo o loiro se arrepiar ao toque dela. 

— Onde vamos? – Hermione perguntou, enquanto, Draco começava a ligar a moto. 

— Em um lugar que eu sei que você vai adorar – Draco garantiu, virando um pouco o rosto, ficando a centímetros do rosto dela e não conseguindo mais se controlar, o mesmo tocou os lábios dela, demoradamente.

A grifinoria não se afastou, no entanto, não aprofundou o beijo. Apenas aproveitou a sensação dos lábios frios dele, unidos aos seus. Depois de desfrutar do momento, ambos se olharam fixamente, antes de sorrirem cúmplices, um para o outro. O sonserino ligou a moto e saiu rapidamente, pelas ruas de Londres, Hermione apertou a cintura dele com medo de cair. Nunca gostou de velocidade, mas a sensação era agradável. Draco passou a mão sobre a dela, tentando lhe passar conforto e segurança, tentando mostrar a ela, que estava segura com ele.

— Estou indo rápido demais? – perguntou, diminuindo um pouco a velocidade da moto. Não queria assustá-la.

— Não. Eu só não gosto muito de velocidade – a grifinôria explicou, um pouco alto para ele ouvi-la.

— Eu sei! – Draco comentou, no entanto, desacelerou um pouco.

E em um percurso de 30 minutos, o loiro parou a moto em frente ao seu destino. Um museu. Hermione olhava para o lugar feliz e surpresa pela ideia do sonserino.

— Esse é seu tipo de encontro perfeito? – Draco perguntou, se virando para olha-la por um momento, e gostou bastante do sorriso gigantesco nos lábios dela.

– Com toda, certeza do mundo – a bruxa afirmou, saltado da moto empolgada. 

— Vamos, vamos Draco – o chamou pelo nome mais uma vez, por conta de empolgação.

O loiro sorriu feliz, estacionado a moto, guardando os capacetes, segurou a mão dela, e seguiram juntos para dentro do museu. Não era seu programa favorito, mas gostava de fazê-la feliz e tais encontros eram uma ótima maneira de reconquistar a esposa. Esse era seu plano. Um plano que começava a colocar em pratica. 

*

Hermione se sentia bem perto do loiro, e isso ela não podia negar de maneira alguma. O passeio foi incrível, divertido e era engraçado ver Draco fazer caras e bocas para alguns objetos, figuras e esculturas pelo caminho que faziam, fazendo ela sorrir divertida. Ele estava se esforçado por ela e ela gostava disso.

— Para onde vamos agora? – a leoa perguntou, enquanto segurava firme na cintura dele.

Estava começando a gostar dessa aproximação que a moto trazia e ela até apostava que ele escolheu a moto, propositalmente para tal aproximação.

— Uma última parada, antes de voltamos para casa – ele disse um pouco alto, por conta do barulho do trânsito, enquanto guiava sua moto BMW S100, de cor vermelha e preta, pelas ruas londrinas mais uma vez.

Hermione encostou o queixo no ombro dele, se deixando se guiada para, onde ele quisesse leva-la.   A moto parou, e ela contemplou o lugar, com um sorriso nos lábios. Ele a trouxe para o parque Primorose Hill, um dos lugares mais lindos de Londres. O lugar mostrava todo o horizonte da cidade, os postes acessos, as árvores e seus principais edifícios.

Ela desceu da moto, hipnotizada pela bela visão a sua frente. O pôr do sol, estava com nuvens cor de rosa, amarelo, e laranja, parecendo um quadro, especialmente caracterizado para ela, coberto por uma fina neblina; era perfeito.

— É lindo –  Hermione comentou, sentido o loiro, abraça-la por trás, e rendida, ela se deixou escorar nele, buscando o conforto, que só ele poderia lhe dar, sempre que o busca-se. 

— Hermione, eu posso te fazer um pedido? – ele perguntou, acariciando os braços dela, enquanto a castanha, fechava os olhos, apreciando o carinho das mãos dele.

— Sim – a bruxa respondeu fraco, sentido seu corpo ser dominando por adrenalina e desejo.

Merlin, estava desejando, Draco Malfoy.

— Eu gostaria de voltar a dormir no nosso quarto – ele disse de uma vez – Eu sinto sua falta. Prometo, que só vamos dormir mesmo – prometeu, parando os carinhos, esperando a resposta dela.

Já fazia, uma semana e três dias, que Hermione vivia com ele e Anthony, e apesar de ter conseguindo, faze-la se sentir mais confortável perto dele, e também faze-la toca-lo, chamá-lo pelo primeiro nome, não era a mesma coisa. Sentia falta da sua cama, do seu quarto, do cheiro dela em todo quarto, de encontrar as roupas dela, espalhadas pelo quarto, enquanto ela procurava algo para vestir para mais um dia de trabalho.

De observa-la, se arrumar no espelho do banheiro, das sessões de beijos pela manhã, e dos banhos quentes que tinham todas as manhãs. Sentiu seu corpo responder a tal pensamento, e respirou fundo, tentando conter-se. Não queria assusta-la. Mais queria ter sua esposa de volta, Merlin! E vê-la, pela casa, de shortinho, blusas, que destacavam seu belo corpo, atiçava seu desejo.

Ela não fazia ideia do que seu corpo, sua presença, e seu cheiro de baunilha e morango, faziam consigo. Hermione engoliu em seco, diante do pedido dele. Tinha curiosidade para saber, como era acordar todos os dias ao lado do loiro, e para ser sincera consigo, queria compartilhar a cama com ele. Merlin, nem ela sabia de onde, vinha tal pensamento, mas só queria e pronto.

— Tudo bem – Hermione aceitou tal sugestão, antes de se virar e olha-lo, nos olhos.

Eles se encaravam, sentido seus corpos, responderem de imediato a aproximação. Draco sorriu agradecido, e depois de ficarem mais alguns minutos, eles subiram na moto, sentindo que a ligação voltava a fluir entre eles, finalmente.

*

Quando chegaram em casa, Jill e Anthony, os esperavam, no entanto, outra surpresa agradável os aguardava. Harry, Ginna, James e Albus, se encontravam na mesa, jantando também.

— Finalmente, vocês chegaram – Harry comentou, sorrindo para os dois, que entraram de mãos dadas.

Gesto visto e aprovado pela ruiva, que era a única que sabia de tudo.

— Potter, já veio acabar com o meu estoque de comida? – o loiro brincou com o mesmo, apertando a mão do amigo.

Com o passar dos anos, Draco e Harry deixaram a implicância de lado, e tudo ficou ainda melhor, quando o moreno, o chamou para ser padrinho de Albus. Ginna e Hermione não poderiam estar mais felizes por causa disso. Seus dois maridos, finalmente poderiam conviver bem. E até saiam juntos de vez em quando. 

— Claro, né! Hermione esteve lá, em casa, secando meu armário. Anthony comeu demais – Harry brincou, piscando para o afilhado, que sorriu orgulho – E ele ainda leva isso, como um elogio. Típico sonserino – aperfeiçoou, recebendo uma careta do loirinho.

Fazendo, todos rirem. O rapazinho estava crente, que iria para a Grifinória e ponto final.

— Sonserina – Albus disse orgulhoso.

Harry o olhou, desanimado. Parecia que estava tudo ao contrário. Enquanto, Anthony queria a Grifinória, seu filho queria a Sonserina. O destino era tão irônico.

— Podemos trocar nossos filhos? – Harry perguntou, baixinho para o loiro, que concordou. 

— A gente dá um jeito mais tarde – Draco comentou, sorrindo cumplice para o moreno, que concordou.

Albus e Anthony tinham a mesma idade e se davam muito bem; eram melhores amigos, desde do nascimento. 

E de alguma forma, os quatro adultos temiam, que essa amizade que se fortalecia com o tempo, acaba-se, quando eles adentrassem em Hogwarts. Afinal, Albus queria sonserina e Anthony a grifinória. E o chapéu seletor, levaria o pedido deles, em consideração. Mas graças, ao pedido de Molly Wealsey, os quatros resolveriam deixar para resolver isso mais tarde, quem sabe daqui a 8 anos, no máximo. 

Depois do jantar, em algum momento, os meninos saíram para o quintal para jogar bola, junto com Draco e Harry. E a ruiva aproveitou o momento, para questionar a amiga, sobre Draco e ela.

— E então? – Ginny perguntou, enquanto enxugava os pratos.

— Então, o que? – a castanha perguntou, distraída, ensaboando os pratos, desatenta aos olhares da amiga. 

Ginna revirou os olhos, Hermione ás vezes era tão lenta; ou se fazia de boboa. 

— Como estão as coisas entre você e ele? – perguntou direita, a olhando fixamente.

— Estão melhores – Hermione deu uma reposta curta a ruiva, afinal, não sabia como explicar a situação a amiga e também tinha vergonha de explicar que aceitou dividir a cama com o loiro, de novo.

— Melhores? Hermione, por Merlin. Dá para me explicar direito, tudo? – Ginny pediu, autoritária, a olhando profundamente.

Hermione suspirou forte. Às vezes odiava Ginna. Só as vezes.

— Nós nos beijamos, okay? – Hermione confessou, voltando a olhar para o prato, tão limpo, quanto antes.

A ruiva deu um grito feliz.

— Eu sabia que você não iria resistir muito tempo. Por Merlin, ele é seu marido, te conhece muito bem – explicou, sorrindo – Vocês, dois já...? – perguntou, a olhando, maliciosamente.

— Ohh, não! Não! Por Merlin! – a leoa se adiantou rapidamente – Eu nunca fiz isso antes, como vou saber como fazer, Ginna! – ralhou, a olhando feio.

— Certo, então. Mas é algo natural, você sabe, não é? – a ruiva comentou, voltando a enxugar os pratos – Aliás, sua primeira vez foi com ele – comentou, sem querer.

Hermione deixou o prato cair no chão, diante da revelação da amiga. Sua primeira vez, foi com o Malfoy? Seu marido? Olhou para o quintal, encontrando o loiro, de costas, conversando com Harry. Draco sentia o olhar de alguém, sobre si, e se virando, encontrou Hermione o olhando fixamente, pela janela. O olhar dela era quente, contudo, com um brilho de surpresa e espanto total. 

Deu um passo para a frente, mas a Ginna, o olhou e ele entendeu, que ela sabia de tudo. Hermione lhe confiou o segredo. E suspirando forte, voltou a atenção para Harry. Ginna pegou um copo de água e entregou a amiga, que bebeu tudo, ainda tremendo, com os olhos fechados.

— Ohh, droga. Eu mudei tanto assim? Ao ponto de me envolver desse jeito com ele – a grifinôria comentou – Ter minha primeira vez com ele – completou, fechando os olhos de novo – Sempre achei que tinha sido com o Ronny. Por isso, não encontrei nenhuma foto dele, na caixa – explicou, a olhando fixamente.

Esperando alguma explicação da ruiva, contudo, ela permaneceu em silêncio.

— Ele te prendeu, desde o primeiro encontro, de vocês, Mione – Ginny afirmou, olhando a amiga – Dê uma chance a ele – pediu mais uma vez, olhando por um momento, para o loiro, através da janela.

— Já fiz isso. Ele vai voltar a dormir no nosso quarto – confessou, mordendo o lábio inferior, sentido seu corpo tremer com a afirmação que ele dormiria na mesma cama, que ela.

— Ohh, isso é maravilhoso – Ginna comentou, feliz pela avanço que Hermione fazia em relação ao loiro.

— Era até você me contar sobre a “nossa primeira vez”— explicou, suspirando forte – Droga, Ginna e se ele tentar alguma aproximação? – perguntou, sentido um pânico fora do normal, lhe dominar com uma pitada de excitação.

— Deixe, ué!. Ele é seu marido – a ruiva comentou, sorrindo maliciosamente, contudo, parou ao notar o olhar feio da castanha – Hermione, ele não vai tentar nada. Ele sabe que você não se lembra de nada – explicou rapidamente – Mas se as coisas esquentarem deixe acontecer. É esse conselho que eu lhe dou – aconselhou á castanha, que afirmou com a cabeça.

A castanha preparou o chá, para as duas e depois de alguns minutos em pleno silêncio Hermione a chamou.

— Ginna... – chamou a ruiva mais uma vez, depois de alguns minutos. Precisava confessar algo; algo que vinha rondando há algum tempo, na verdade. 

— Sim? – a ruiva regressou os olhos azuis, para os castanhos da amiga, esperando as próximas palavras, da mesma – Oh, Merlin, você o deseja – Ginna interpretou o olhar da castanha, afinal, foi esse mesmo olhar que Hermione lhe dirigiu, quando voltou do encontro com Draco Malfoy, a alguns anos atrás.

Mas ela não precisava sabe disso, ainda! A Grifinória arregalou os olhos, diante das palavras da ruiva. Ginna estava certa, sobre isso. O desejava. Merlin, desejava Draco Black Malfoy, como nunca desejou algo em sua vida.

— Sim... Eu desejo – Hermione afirmou, sentido seu coração disparar sobre seu peito. O ar simplesmente ficou mais tenso.

— Uau, mesmo você não se lembrando de nada, seu corpo responde ao toque dele e presença dele. Isso é incrível! – comentou, animada – Não que seja difícil, porque meu Merlin, o loiro está mais lindo que nunca – Ginny elogiou a beleza do loiro.

Realmente, mesmo sem lembrar de nada, Hermione reagia de forma rápida a presença do sonserino. Depois de encerram a conversa, Harry, Draco e os meninos adentraram na cozinha, e a seguir de mais algumas horas, eles foram embora, depois de combinarem, um passeio em um parque de diversão em Londres.

Hermione colocou Anthony na cama, e depois de ler uma história para o filho ele finalmente adormeceu, seguiu para o próprio quarto. Ao abrir a porta, sentiu algo diferente no ar, viu a porta do banheiro aberta e o som do chuveiro ligado. Suspirou forte, sentindo os batimentos acelerados em seu peito. Draco estava no quarto.

Precisamente no banheiro, tomando um banho. Depois de alguns minutos, o loiro finalmente saiu do banheiro, e a castanha desviou o olhar, ao se deparar com ele, apenas usando um calção preto. O loiro sorriu divertido ao ver o embaraço dela.

— Te assustei? – perguntou, se aproximando, apenas para provoca-la, e sorriu malicioso ao vê-la, prender a respiração.

— N-não – Hermione gaguejou, desviando o olhar.

O cheiro de shampoo de limão, com loção pós-barba e pasta de dente, estava a deixando embriagada. Era como um imã, sempre atraída até ele; só por ele. Quando tentou passar, o loiro a puxou de encontro ao seu corpo, e antes que ela pudesse tentar fugir, a boca dele, já estava sobre a sua, em outro beijo profundo e exigente.

E ela se rendeu mais uma vez.  Caiu, como a chuva, caia do céu, sem destino certo. Apenas ciente que iria molhar, tudo que estivesse ao seu alcance. Sentiu, seu corpo, sendo suspenso e quando deu por si, estava sendo guiada para a cama, com o loiro, agora, beijando seu pescoço de forma forte e apaixonante.

— Merlin, como eu senti falta do seu cheiro – ele murmurou, antes de morder a orelha da mesma. Hermione fechou os olhos, ciente, fingindo estar inconsciente, levou suas mãos, aos cabelos, dele, os puxando.

O desejava demais e isso era inegável. Ele desceu os beijos, para o pescoço, seguindo para o vão dos seios dela, beijando cada pedaço de pele, enquanto passava suas mãos, pelo corpo dela. Ações que faziam Hermione suspirar forte, puxando o ar. Merlin, o ar estava mais quente, ou talvez, o desejo estivesse fazendo ela pensar tal coisa.

Quando as coisas começaram a esquentar demais, ela o afastou, correndo para o banheiro. Olhou o reflexo no espelho. Os olhos mais escurecidos por conta do desejo, os cabelos bagunçados, e os lábios vermelhos e inchados por conta dos beijos trocados. E o corpo? Totalmente quente, se contorcendo de vontade de voltar para os braços daquele homem.

— Estou começando a achar que foi uma péssima ideia, aceitar ele de volta na cama – a leoa comentou, adentrando no chuveiro, tomando um banho frio.

Torcendo para que quando, saísse, ele já estivesse dormindo. Quando finalmente, saiu do banheiro, encontrou o loiro de costas, suspirou forte, agradecendo mentalmente por isso. Se deitou na cama lentamente, também de costas, contudo, prendeu a respiração com o movimento da cama e quando notou, seu corpo se encontrava colado ao dele, enquanto os braços dele, lhe rodeavam a cintura de forma possesiva.

— Boa noite, querida – Draco falou rouco, no ouvido dela.

Ela sentiu o corpo se arrepiar de novo. 

— Boa noite – Hermione devolveu o cumprimento, aceitando o aconchego e o calor do corpo dele.

Ambos dormiram abraçados, felizes pelas mudanças que aos pouco, acontecia, contudo, o destino era previsível e mudanças aconteceriam. E eles não tinham como fugir de tal situação, só lhe restavam, torcer para estarem juntos, quando a tempestade chega-se ao fim. Eles eram fortes; só precisavam se da conta disso; forte, quando estavam juntos.

*