História O Garoto a Lua - ° A Décima-Primeira EscriTurλ °

°A Décima-PrimeirΛ EscriTurλ°

|Um novo amigo|

"A voz… a voz… estranho… já ouvi isso antes, quando eu tinha 10, não, 9 nove anos, mas, não me lembro aonde ou porque, mas esse termo, "a voz" , não me é estranho…" Era um de vários outros pensamentos que ecoavam em minha mente como sons em um comodo vazio.
Durante quase todo o meu percurso até em casa eu fiquei pensando de quem era a voz no telefone, até que entrei na Floresta, até porque,  ela fazia parte do meu caminho até em casa. Percebi que a mesma estava no estágio de BlueFlorest ainda, fazia sentido, meus sentimentos não mudaram desde que a floresta entrou neste estágio.
Meu caminho estava tranquilo, nada estava acontecendo, nada além de um jovem de 14 anos indo pra casa, até que encontrei um filhote de lobo no meio da floresta. Aparentemente, o mesmo estava machucado, uivava de dor no meios das galhas de uma árvore que parecia ser das árvores da BlueFlorest. Quando me deparei com o filhote de Lobo debruçado no chão, não resisti, e mesmo eu já tendo passado por situações traumáticas com essas feras de pelo cinza, meu instinto humano me forçou a ajudar o pequeno e frágil filhote. Coloquei o mesmo em meu colo e rodeei meu olhar em volta á procura da mãe, mas foi em vão.
O filhote estava com uma pata quebrada, uma das patas traseiras, o que deixava basicamente imóvel.
O coloquei em minha mochila de um jeito que não o machucasse, deixando-o com a cabeça inteira pra fora da mochila, para que meu novo amigo pudesse respirar.
Graças a Deus que minha mochila era gigante, parecia aquelas mochilas de mochileiro, na verdade, era mesmo. Para a minha sorte e também a do meu novo mascote.
Tentei pensar em um nome pra ele, mas não consegui, a tensão em minha mente era gigantesca, eu não conseguia pensar direito no momento, então, depois de por o mesmo em minha mochila, segui em frente, totalmente atento para que se talvez aperecesse a mãe ou até mesmo a família do meu filhote de Lobo.
O mesmo era lindo, tinha seu corpo todo voltado por pelos cinzas de vários tons de cinza, aparentemente, de 5 á 6 tons diferentes. Seus olhos eram amarelos com alguns riscos verdes. Seu fucinho era pontiagudo e negro como a ponta de suas orelhas e patas. Seu rabo era grande para um lobo filhote, percebi na hora que aquele lobo era especial, até porque, o mesmo era o lobo mais lindo que já havia visto. "Depois que chegar em casa, procurarei um lar pra você,  Harry vai ama-lo muito." Eu pensei.

Longos minutos se passaram e eu continuava em meu percurso. O céu já estava ficando negro, parece que ia chover. Diante disso, me apressei, comecei a andar tão rápido que parecia que a qualquer minuto vou começar a correr.
Depois de alguns minutos andando muito rápido, certamente a chuva veio. A mesma desceu dos céus com raiva, veio uma pancada d'água sobre a cidade. Várias poças se formaram no chão, dificultando minha passagem, me obrigando a correr.
Mesmo cansado, comecei a correr, tão rápido que parecia que a água nem tocava em mim. Meus pés estavam todo escharcado, mas, minha preocupação era na verdade, com o lobo em minhas costas. 
Depois de uma longa corrida, cheguei em casa. Como esperado, ela estava do jeito em que deixei antes de ir pra casa da minha Tia.
"Eu estaria sozinho todo esse tempo se não tivesse saído, não teria conhecido Harry, nem a Garota dos Lobos, nem George, nem você amiguinho." Eu disse acariciando os pelos do rosto do meu filhote de lobo que estava com os olhos fechados e tremendo de frio.
"Coitado, deve estar morrendo de frio." Eu pensei.
Tirei meu amiguinho da mochila e o puz em um pedaço de papelão redondo que havia no meu quarto. O enchuguei com um pedaço de pano rascado e o alimentei com um pouco de comida que havia no armário guardado, que eu preparei e dei ao meu filhotinho de lobo.
Torei todas as minhas coisas da mochila e percebi que minhas folhas haviam molhado. "Merda! Eram minhas últimas folhas…" Xinguei baixo.
Além de minhas folhas, minhas roupas reservas também se molharam. Eu tinha poucas roupas, então, deixei as que estavam na mochila secando e continuei com as minhas molhadas mesmo.
Comi algumas salsichas enlatadas e um pouco de arroz e me deitei em minha cama com meu amiguinho.
Quando de repente, uma porta estava rangendo. Alguém estava tentando abri-la a força.
Logicamente, me assustei. "Um ladrão!? Era só o que me faltava." Sussurrei. As orelhas do meu lobo se ergueram, mostrando que quem tentou entrar, conseguiu.
Sorrateiramente, eu fui até a cozinha e peguei uma faca de açogueiro. Mesmo eu odiando facas. "Que saldade do Jaydem agora." Pensei.
Eu estava com a faca na mão e tentando escultar os passos do ladrão.
Para um ladrão, ele era muito batulhento. Seus passos eram pesados, facilmente, eu escutava o seu andar, e o contatos de seus pés com a madeira do piso que rangia á cada passo.
Quando do nada seus passos pararam,  o som sumiu. Meu coração gelou de medo e comecei a tremer.
"Ele me viu? Ou.. escutou? Pensei com medo.
Uma sombra se formou atrás de mim, paralisei de medo. Não queria nem olhar para trás. Quando o ladrão poz em meu ombro esquerdo, uma de suas mãos. 
Não exitei. Virei-me com velocidade e tentei golpe-lo com a faca. Meu medo que me guiava, os golpes eram inúteis, o mesmo rapidamente segurou meu braço, me imobilizando.
Meus olhos estavam fechados e eu nem vi o que fiz. Quando se abriram, estavam voltados em lágrimas, e eu vi o ladrão.
Foi então que houve o choque, ou melhor, susto.
Eu perguntei gaguejando:
-Pa-papai…?

     ~CønTinuλ…~