*POV Amora*
Eram 3:45 da manhã e eu estava acordada assistindo vídeos no Youtube. Porque 3:45? Porque o Cellbit só posta vídeo nesses horários loucos, então, como sou uma Langer desde antes da Saga da Casinha eu fui assistir este vídeo e comecei a ver uns outros mais antigos e estou eu agora assistindo pela milésima vez Uma Fanfic de Cellbit... Ah Seu Vou!
O vídeo acabou e como eu já estava exausta resolvi dormir logo.
'Na manhã seguinte'
Acordei com meu irmão me cutucando.
Matheus- Amora, acorda. – Tirou o lençol de cima de mim – Você vai atrasar a gente.
Eu- Atrasar pra que? – Tentei pegar a coberta de novo mas ele me puxou pelo braço e me derrubou no chão. – Matheus!
Matheus- Você esqueceu que a gente muda hoje?
Eu- Puta que pariu! – coloquei a mão na testa – que horas são?
Matheus- Hum... – Olhou no celular – 10:00, e a gente vai as 11:00, já ta tudo pronto?
Eu- Só falta colocar umas coisinhas na ultima mala. – Me levantei e fui pro banheiro já tirando minha roupa. O Matheus veio atrás de mim e se escorou na porta. – Já ta pronto?
Matheus- Sim, eu faço as coisas com antecedência e não fico até quatro da manhã assistindo um gay loiro que grita mais que tudo.
Revirei os olhos enquanto amarrava o cabelo em um coque. E sim, se você não percebeu ainda eu estou pelada na frente do meu irmão.
Entrei no chuveiro e vi o Matheus saindo do banheiro. Tomei um banho rápido e depois fiz minhas higienes matinais.
Coloquei uma calça jeans, uma blusa branquinha soltinha com umas rendinhas, um tênis vans cinza e pronto, agora só faltava guardar as coisinhas que eu tinha deixado fora da mala.
Desci até o primeiro andar, meu irmão estava deitado no sofá da sala e quando me viu passando se levantou e foi atrás de mim, que estava indo para a cozinha.
Eu- Oi Eloah – disse ao ver minha mãe. Eu nunca chamei minha mãe de mãe, não sei bem o porquê, mas ela diz que como nós morávamos com minha avó quando eu nasci, por ouvir ela a chamar de Eloah eu não acostumei a chamar de mãe. – O que tem pro café da manhã?
Eloah- Café da Manhã? Voce não quis dizer almoço? - debochou e eu dei a língua.
Eu- Eu não quero almoçar agora, tem pão? – Fui até a geladeira e peguei o leite.
Matheus – Serve esse? – apontou para o pão que estava em sua outra mão – Pega o Nescau pra mim? (Aut: Nescau é melhor que Toddy e que comecem as tretas)
Eu fui até o armário e peguei o Nescau pro Matheus. Levei até a bancada e me sentei do lado do caçula, que nem era tão caçula assim, só um ano de diferença praticamente.
Depois que nós terminamos de comer, colocamos as coisas no carro e fomos até o aeroporto, que era um pouco longe da minha casa.
Como eu meio que tinha atrasado todo mundo, a gente chegou, fez o check-in e já estavam dando a última chamada para o nosso vôo.
A viagem durou 50 minutos e ainda tivemos que pagar uma taxa sabe lá do que por que nós tínhamos bagagem a mais do permitido.
Na saída do aeroporto tinha um ponto de taxi e nós logo entramos em um. A primeira coisa que eu lembrei foi do Cellbit contando seu pavor por taxistas que querem sua bundinha.
Chegamos ao endereço em menos de dez minutos e paramos logo atrás de outro taxi que também havia acabado de chegar.
Uma menina morena, que aparentava ter minha idade, sai do taxi à frente e para diante a porta. Eu me apresso e faço o mesmo. Eu paro ao lado da menina e eu percebo ela me olhando meio de lado.
Eu- Licença, eu acho que esta é a minha casa. - a mesma se vira pra mim e eu dou um sorriso torto.
???- Não, esta é a minha casa! – Ela olha de volta para a rua e eu faço o mesmo, logo percebendo a minha mãe se abraçando com a mulher do taxi a frente e meu irmão vindo em direção a nós. – Mãe?!
Matheus- Já conheceu sua prima? – me abraçou de lado.
Eu/???- Prima?!? – nos entreolhamos.
Minha mãe e a outra mulher vem andando em direção a casa com o resto das malas, e logo eu reconheço, era minha tia Alice, a irmã da minha mãe. Fazia tanto tempo que eu não a via. Soube que ela tinha uma filha da minha idade... Pera, então, se ela é minha tia, aquela menina era realmente minha prima.
Minha mãe abraçou a menina e deu um beijo em sua cabeça e logo eu sinto braços ao redor do meu corpo. Primeiramente hesitei, mas logo abracei a mulher também. Ouço o barulho dos táxis partindo e logo a mulher me solta e abraça o meu irmão em seguida.
Eu- Só eu que não to entendendo nada? – cochichei ao chegar mais perto da morena, que sorriu de lado e assentiu com a cabeça.
Tia- Vamos entrar ou preferem dormir na calçada? – disse enquanto abria a porta.
Todos entraram e minha nossa senhora, a casa era muito linda. Logo da porta dava pra ver do lado esquerdo, um pedaço da cozinha que era estilo americano, à frente a escada que ia pro segundo andar e uma porta de vidro, onde tinha o que parecia ser uma mesa de sinuca, e do lado direito, a sala de estar, que parecia um deck, pois era um pouco mais alto do que o resto da casa, e por fim outra porta, que estava fechada.
A morena, que até então eu não tinha perguntado o nome, foi até a porta fechada, abriu e antes de entrar olhou pra trás sorrindo, em direção a mim e eu sorri de volta. A mesma entrou no que deveria ser o banheiro e eu resolvi ir lá olhar também.
Eu- Bonito aqui, né? – tentei puxar assunto enquanto corria minha mão pela bancada, e a mesma se virava para mim.
???- Sim, estou adorando esse lugar. E a propósito, qual seu nome? – Olhou fixamente para mim e eu escorei na beirada da pia.
Eu- Amora – meu irmão entrou no banheiro – e o seu?
???- Pandora – meu irmão olha pra ela quando a mesma responde minha pergunta – E o seu? – pergunta direcionando a cabeça ao meu irmão.
Matheus – Matheus, parece que só eu tenho nome normal nessa família – e todos demos risada.
A Pandora sai do banheiro e o Matheus me olha com uma cara meio perversa.
Eu- Que foi? – sai puxando ele pra fora do banheiro mas ele me impede.
Matheus- Pode primo pegar prima? – deu um sorriso malicioso e eu ergui as sobrancelhas.
Eu- Primeiro, eu duvido que ela vá querer ficar com você – sai andando em direção à escada – Segundo, credo Matheus, já não basta pegar todas minhas amigas ainda quer a nossa prima? – bufei e subi pisando duro com o mesmo vindo atrás de mim.
Passei por uma área de TV, que tinha uns puffs e um tapete bem macio e uma porta de vidro que dava pra uma sacada, mas como o Matheus tava me seguindo eu fui direto pra primeira porta que vi.
Matheus- Amora – Correu até mim – Eu tenho culpa se ela é gostosa? – meio que gritou.
Eu- Tomara que ela tenha ouvido – entrei pela porta e era um quarto todo preto e branco, com duas camas, era óbvio que era o meu, porque minha mãe já tinha falado que eu ia dividir com o Matheus.
Não era grande o quarto, mas era muito bonito e eu logo me joguei na cama da direita.
Eu- Essa é a minha - anunciei antes que começasse a disputa pela cama. Ele bufou e se sentou na outra cama.
Matheus- É sério que você ficaria brava se eu ficasse com ela?
Eu- Não é isso Matheus – Me sentei ficando de frente com ele – Você sabe como você é, e eu sempre aviso pra todas minhas amigas, e todas vão e se apaixonam por você, e você sempre faz a mesma coisa, a mesma coisa. – Parei pra respirar – Eu já cansei das minhas amigas chorando perto de mim por causa de você, e o foda é que no final elas acabam ficando bravas comigo por não querer consolar. – Me levantei, eu já estava ficando irritada. – Eu sempre aviso, e sempre acontece a mesma coisa, mas eu não posso te proibir de nada, então vai, ilude a garota, por que afinal, não vai mudar nada eu falar alguma coisa vai? – sai batendo a porta do quarto com tanta força que causou um estrondo na casa inteira.
Fui pra tal da sacada que eu não tinha entrado antes e eu quase tive um infarto. Tinha piscina naquela casa. Eu sempre quis uma piscina. Meu deus eu preciso entrar nessa piscina.
Sai correndo e desci as escadas do mesmo jeito, o que me fez tropeçar em um dos últimos degraus e cair de cara no chão. Minha mãe e a tia Alice que estavam conversando na sala correram até mim pra tentar me ajudar, mas eu logo eu me coloquei de pé voltei a correr até a porta, onde eu tinha deixado minhas malas.
Pego todas e volto correndo com as mesmas até a escada, fui tentar subir com todas ao mesmo tempo e óbvio que não consegui. Tentei chamar o Matheus pra me ajudar, mas ele não escutou.
Tive que subir uma por uma, o que demorou quase uma década.
Logo da área de TV vejo a Pandora na porta do meu quarto e vou voando quase atropelando ela na entrada do mesmo.
Eu- Foi mal – e continuo apressada deixando as malas jogadas por onde passo.
Abro a mala onde lembro que guardei o biquíni e vou jogando tudo no chão. Olho pra trás e o Matheus e a Pandora não estão mais lá.
Quando finalmente encontro o biquíni eu tiro minha roupa e coloco o mais rápido possível. Aliás, meu biquíni é um preto de franjinhas, bem simples.
Eu estava muito elétrica. O Matheus deve ter percebido, mas eu sempre fico assim quando estou nervosa ou ansiosa, é meio que um problema. Sempre que eu tenho uma discussão, ou quando estou muito feliz, enfim, quando tenho emoções fortes, sendo elas boas ou ruins, eu fico elétrica e não consigo ficar calma ou parada por muito tempo. Eu já fui ao médico, já tomei remédio por causa disso, nada adiantou. A única maneira de eu “melhorar” é o meu irmão, não que ele tenha um poder mágico que cura minha doença, mas eu sou muito apegada a ele, então quando eu tenho esses ataques ele fica o tempo todo comigo e eu vou acalmando aos poucos. É obvio que essa não é a única cura, mas enquanto não me ajudam profissionalmente isso vai diminuindo a gravidade do problema. Mas a vez pior foi quando eu terminei com meu antigo namorado, na verdade ele terminou comigo, e eu fiquei muito triste, tipo muuuuito triste, e ai eu fiquei assim elétrica e desmaiei. Sim, eu desmaiei por causa desse problema. Não parece algo tão sério assim, mas é. O médico falou que dependendo até do que acontecer eu posso enfartar. Por isso eu nunca pude ir a um evento de Youtubers, por que se eu ver o cellbit, vocês sabem o que acontece e isso pode causar aquilo e aquilo pode causar um infarto. Bem trágico, mas ainda tenho fé que vou conhecer ele.
Pandora- Ei, vamos inaugurar a piscina? – mas vê que eu já estou de biquíni – Tá, não precisa nem responder. – eu ri baixo e ela saiu do meu quarto.
Amarro meu cabelo num coque, pego uma toalha e vou correndo mais uma vez descer a bendita escada, um dia ainda vou me quebrar toda fazendo isso.
Passei pela porta de vidro que separava a casa da área externa e coloquei minha toalha na beirada da piscina.
Sentei somente com os pés na água e fiquei observando ao redor. Como era um condomínio (eu acabei me esquecendo de mencionar, mas é) tinha casa dos dois lados e em uma delas um menino me observava da varanda.
Quando ele percebeu que eu tinha visto, ele acenou e entrou pra dentro da casa.
Estava tão distraída que nem vi os dois chegarem e só fui perceber isso, quando fui empurrada pelo Matheus pra dentro da piscina.
Matheus- Ha!
Eu bufei e logo vejo o mesmo cair sobre mim. A Pandora tinha empurrado ele.
Pandora- Ha!- comemora.
Vou até a beirada e estico a mão pedindo ajuda à morena pra sair da piscina. A mesma, ingênua, vai me ajudar e eu num rápido movimento a puxo pra dentro da piscina.
Eu- Ha!
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