História ¿ Sensei (yaoi)? - Tetsu Nao

Acordei lembrando com rápidos flashes back o que aconteceu noite passada,mas o que mais  me intrigava, era como ususaki-sensei tinha ficado naquela posição.

Eu estava o abraçando,até com minha perna, enquanto ele estava com sua cabeça no meu peito e seus ,finos braços, em meu pescoço.

"ele parece até um anjo dormindo,sua pele clara,seus cabelos todo bagunçados,sua cara tranqüila como se ele estivesse no melhor lugar,se ele conseguisse ficar assim durante a maior parte do tempo,sem a cara de 'chato' dele,muitas professoras iriam amar ele"

Só de pensar aquilo ,um 'cala-frio'  tomou meu corpo.

Eu o apertei só um pouco,fazendo ele ficar mais perto,se isso fosse possível.

Eu começava a ouvir que ele sussurava algo,cheguei meu ouvido bem perto da boca dele .

-sao-chan, moe~.- ele sussurrou, eu estava aqui com ele e ele sonha com o gato?, só pode ser brincadeira, isso não vai ficar barato.

Cheguei bem perto dele e depositei um selinho,nos seus lábios, foi rápido , mas tão bom,uma sensação de felicidade?,era , era isso que eu sentia,mesmo sabendo que ele estava dormindo e ele não tinha sentido o 'selinho' meu rosto esquentou e eu dei um sorrisinho.

Olhei pro relógio que tava no criado-do-muro que marcavam 5h25mn, tentei me soltar dele, mas não tava dando certo,até por que eu não tentei tanto assim, eu só tirei minha perna e o observei,ele deu um gemido de reprovação tão fofo.

"fofo?

É, ele estava extremamente fofo em tudo ,aquilo estava me enloquecendo, como um "velho" rabugento que só sabe reclamar e falar para gosta mais da professora de matemática, aquela bruxa que nem quero pensar agora,pode ser tão lindo?"

Pensei me levantando com cuidado sem fazer barulho, fui até o banheiro e ,depois de muita procura, encontrei uma escova extra, escovei os dentes e fui até a cozinha.

Quando cheguei na cozinha encontrei aquele gato, eu não sei por que ,mas aquele gato,quando olha 'pra mim, me parece mais rabugento que aquele ser' que eu estava elogiando agora pouco.

-olha gatinho eu não quero brigar,eu só vou fazer um café pro seu dono,por que ele tá dormindo,calma gatinho, calma.

Disse parecendo um louco em quanto ele me olhava passando pela cozinha, quando o olhei de novo ele ,sério isso?, me olhava com uma expressão de tédio?, esse gato tá de brincadeira.

Cheguei bem perto dele o pegando de surpresa,ele nem ao menos se deu tempo para mia, já que eu estava o levantando o fazendo girar como um criancinha, ele até que tava gostando,mas eu parei, por que já tava ficando tonto, ele me olhou ,não com um olhar de gatos de filme de terror, mas um olhar, agora, calmo, ele até deixou eu acaríciar a cabecinha dele.

-vamo fazer um café da manhã estilo ocidental bem gostoso.

Falei abrindo à geladeira e analisando o que iria precisar,como eu morava sozinho também, sempre fazia meu próprio café, como não nasci no japão,não estava acostumado a comer aquelas coisas, eu achava meio estranho, tomar sopa de miso no café?, aquilo realmente não era meu estilo.

Fiz algumas panquecas,ovos e café, tinha alguns pão de yakisoba que eu esquentei , quando acabei coloquei tudo na mesa e algumas frutas que estavam na geladeira.

Quando voltei pro quarto ele ainda estava dormindo, como ele consegue dormi tanto?,cheguei bem perto dele,quase voltando para minha posição, a criatura me fez ,quase, de urso de pelúcia chamado "sao-chan".

-hm...

Ele gemeu se acordando, abrindo aqueles lindos olhos verdes.

Olhei para o relógio, para ver se daria tempo para "brincar" com ele.

Ver sua cara de raiva era hilário e eu amava irrita-lo.

Olhei para ele, que me olhava prestando atenção na posição em que estávamos,seu rosto ficou meio vermelho, minha reação foi esboçar um sorriso e ele coro mais ainda.

-você sabe que está uma formiga vermelha?.

Disse vendo ele tentar se levantar, mas eu não deixei.

- aonde pensa que vai formiga?

Disse segurando ele pela cintura.

Cheguei bem perto e depositei um beijo em sua bochecha.

-bom dia.

Disse sorrindo vendo ele me olhar confuso.

-um beijo na testa e 'bom dia'? isso não é uma viagem que você passa com sua namorada.

Ele  disse me empurrando com as mãos e me chutando com os pés.

-hey ,pera aí,o quê?

Só deu tempo para dizer isso antes dele me jogar da cama e eu cair no chão, ele se levantou bufando e batendo o pé.

-o que eu fiz?

Perguntei para mim mesmo, passando as mãos pelos cabelos.

Escutei o som da água, deduzi que ele estava tomando banho.

Assim que ele saiu do banho, nem sequer olhou para mim,.

- olha eu não sei o que fiz,mas... desculpa?.

Falei o vendo já saindo vestido do banho.

-ah...,olha..

Ele disse baixando o olhar,seu rosto estava com um misto de confuso e envergonhado, mas continuo.

-bem,isso pode parecer palhaçada para você mas, eu nunca tive uma pessoa fazendo isso comigo,me tratando com carinho ou dizendo 'bom dia' quando eu acordo, ninguém nunca gostou de mim de verdade então...

Ele disse segurando uma mão na outro, deixando seus lindos olhos esmeraldas debaixo d'água,começava quase a chora, mas se segurou.

-eu não preciso ,que você fique com essa cara de pena,não me toque, ou me beije,isso parece me deixar estranho,quero que você diga a verdade, só não finja algo por mim, sendo que você me odeia.

Ele disse agora já não contendo o choro, passando suas pequenas mãos pelo rosto,tentando amenizar à situação.

Ver aquele cena me deu um desespero, mas eu não consegui mover um músculo.

- quero que você vá embora.

Ele disse meio baixo,mas alto o suficiente para eu ouvir.

-ahh, você é uma pessoa muito complicada.

Disse fazendo ele me olhar, seu olhos cheios de água.

-sou mesmo, sou complicado,estressado,rabugento e antíquado.

Ele disse aquilo me olhando bem sério e a primeira coisa que pensei foi :

Beije-o

Foi exatamente o que eu fiz, ele era bom em me driblar com palavras, mas eu era melhor demonstrando do que falando.

Quando encostei meus lábios no dele, ele paralisou, mas depois começou a me empurrar e tentar me chutar.

-sou melhor mostrando do que falando, então me deixe mostrar o que tá passando na minha cabeça.

Eu disse e ele paro.

Dei um selinho nele ,fazendo ele perder um pouco a postura seria, aprofundei o beijo e uma mão minha o puxou pela cintura.

Sua boca era tão macia e quente, ele me fazia lutar pelo beijo, mesmo eu o segurando pela cintura, parecia que ele estava livre para fazer o que quisesse, suas mãos foram ao meu pescoço e começaram a acaríciar meus cabelos, aquela sensação, um arrepio passou pelo meu corpo, quilo era tão bom quanto comer sorvete.

Me separei dele, logo vendo seus lábios vermelhos, seus olhos ainda estavam fechados,como se estivessem gravando a sensação.

Acaríciei seu rosto e seus olhos abriram na hora,ele me olhava tão intenso que pensei que ele fosse capaz de 'tá lendo meus pensamentos.

- você tá uma graça, esse batom é novo?.

Falei me referindo ao vermelho de sua boca.

- sabe que isso não tem graça né?.

Ele falou sorrindo.

"não precisa ter graça se você sorrir desse jeito"

Pensei sorrindo junto.

- vamos, se não vamos chegar atrasados.

Ele disse se soltando de mim e apontando pro relógio, que marcavam 6h10.

- ainda temos tempo.

Falei o agarrando e colocando minha cabeça na curva de seu pescoço.

- você cheira bem.

Disse passando a ponta do nariz pelo seu pescoço.

- não sou eu é o perfume.

Ele disse soltando uma gargalhada vendo minha cara de mal humorado .

- você precisa responder a cada coisa que eu digo?

Falei passando por ele e indo em direção a cozinha.

- obviamente,sim.

Falou admirando a mesa.

-você fez tudo isso?.

Ele disse e eu me assustei.

-como assim 'tudo isso' ? Eu não fiz quase nada, só o café as panquecas e os ovos.

Falei apontando para cada coisa.

Ele sorriu antes de falar.

-eu não costumo fazer 'tudo isso' pro café da manhã, as vezes eu nem tomo.

Ele disse pegando a primeira panqueca e molhando no molho antes de levar a boca, se lâmbusando todo.

"fofo"

Veio derrepente à minha cabeça.

"Eu estou ficando completamente louco ."

pensei o vendo comer com toda 'felicidade, parecendo uma criança inocente, mas derrepente sua cara se fechou e ele me olhou sério.

- Eu to ferrado.

Foi o que ele disse antes de me olhar mais sério ainda, me fazendo ficar confuso.