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História The pain brought us Together - Medo de te perder


Escrita por: Dodo_Hyuuga

Notas do Autor


Oi minhas vidinhas!Como vão?!

Gente eu gostaria de agradecer a todos vocês.Como vcs sabem passei por alguns problemas e pensei em desistir da fic,mas TODOS VCS me abriram os olhos e me deram muita força pra continuar obrigada!

Um ODAMA ARIGATO BIG para todos os anjos que comentaram e me deram força para continuar.Nunca poderei pagar minha Dívida de gratidão com vcs!

Gostaria também de dizer que é uma dádiva pra mim ter 120 favoritos!Eu realmente estoumuito agradecida pela oportunidade e garanto que vou fazê-la valer a pena!

Confesso que foi difícil reescrever esse capítulo, mais eu tive os motivos certos e o fiz com muito prazer!

O motivo da minha demora e que eu estava/estou fazendo um trabalho sobre Eucicles na escola e ele está me esgotando.

Como sempre,comentários são bem vindos!

EU AMO COMENTÁRIOS!

E também quero novos favoritos hein?!Vamos bater os 150!kkk

Obrigada por me darem uma nova chance.<3

Espero de coração que gostem e Boa leitura a Todos!;-)

Eu amo todos vcs!<3

Bjs de Toddy!(^3^)
Dodo Hyuuga!<3

Capítulo 7 - Medo de te perder


Fanfic / Fanfiction The pain brought us Together - Medo de te perder

Hinata se praguejava mentalmente. Como pôde imaginar que as coisas poderiam melhorar de um hora para outra? Como pôde ser tão burra ao ponto de achar que sua vida era apenas mais um filme com o começo triste e um final feliz, no qual ela era a protagonista? Era apenas mais uma coadjuvante. 

Levantou os olhos e observou o lugar onde estava. Sorriu melancolicamente e ao mesmo tempo esse foi o sorriso mais sincero que já havia dado durante um bom tempo. Como as coisas chegaram a esse ponto? Quando sorrir se tornou tão difícil? E como seu coração ainda ousava bater depois de tanto sofrimento?

Uma brisa gélida soprou sobre seu corpo fazendo suas longas madeixas se tornarem esvoaçantes, enquanto seu rosto ainda tinha lágrimas que desciam livremente.

Pelo visto Sakura estava certa. Ela era só uma menininha chorona.

 

[...]

 

Haviam passado dois dias desde a festa do pijama das meninas. Durante cada momento daquela noite, uma sensação ruim estava impregnada no peito de Hinata, que lutava contra aquela onda de pessimismo.

A alegria de ter todas as suas amigas reunidas lhe dando apoio e volta e meia fazendo palhaçadas, bastou para distrai-la. Eram raras as ocasiões em que as quatro de reuniam para se divertir, então Hinata tentou aproveitar ao máximo. Não queria que suas amigas se preocupassem mais do que já estavam preocupadas. 

O dia seguinte serviu para que ela se estabelecesse na casa de Tenten. Ainda que a morena de coques só morasse com seu namorado, Rock Lee, a Mitsashi possuía uma casa bem grande. Tenten sempre sonhou em construir uma família, visto que ela mesma cresceu sem uma. Por isso, optou por morar em um ambiente amplo e aconchegante, perfeito para a família que teria um dia.

Hinata arrumou suas coisas em seu novo quarto no período da tarde e depois ficou lendo um livro que foi um presente de Hanabi. A sensação que estava sentindo no dia anterior pouco a pouco foi desaparecendo. A Hyuuga ficou aliviada, pensando que  finalmente poderia dar um novo rumo a sua vida. Um futuro em que ela pudesse realmente ser feliz; uma felicidade sem mentiras, sem dor, sem culpa.

Sem Naruto.

No outro dia, foi praticamente arrastada por Ino para fazer compras. Hinata insistiu para a Yamanaka dizendo que o que tinha já era o necessário porém Ino contrapôs alegando que a quantidade de roupas que a morena tinha era uma miséria. Pelo sim ou pelo não, Ino ganhou aquela disputa.

Após a maratona de compras, a Yamanaka levou Hinata até seu apartamento já que Tenten havia ido visitar um vilarejo próximo para entregar um pergaminho. Enquanto estava na casa da amiga, a Hyuuga se permitiu admirar o relacionamento de Ino com Sai. Ele era silencioso e calmo; ela, alegre e eufórica. E eles conseguia ser tão perfeitos juntos.

No caminho de volta para casa de Tenten, pensou que as coisas estavam melhorando. 

Mas aí, o sol nasceu e mais um dia se iniciou. 

Mesmo tentando, Hinata não conseguia se adaptar a nova residência. Não importava quantas vezes Tenten a pedisse para que ela se sentisse em casa, era impossível. Poderia estar tirando conclusões precipitadas, mas se sentia extremamente deslocada ali. 

Por isso, não pensou duas vezes quando Tenten pediu-lhe para ir ao mercado. Seria bom caminhar um pouco.

O entardecer se aproximou, e por isso a Hyuuga se apressou. Foi em direção ao seu quarto e optou em usar um simples vestido branco e calçou suas sandálias ninja cano baixo.

Se olhou no espelho e sorriu. Ela estava bonita.

Na porta da residência da Mitsashi, a insegurança veio à tona. Essa seria a primeira vez que sairia totalmente sozinha depois do ocorrido. 

"Não é hora pra disso", sua mente alertou. E ela obedeceu.

 Caminhou poucos minutos até encontrar a parte um mais movimentada da vila.  Dezenas de pares de olhos caíram sobre si, no instante que notaram sua presença. Era como se Hinata fosse o próprio Hokage. Nunca gostou de chamar atenção e ver que agora estava em destaque a incomodava. Viu que ao contrário do que pensava, muitas pessoas sorriam para si e lhe lançavam olhares esperançosos e alegres, o que a fez sorrir.


        Uma sensação genuína iluminou seu coração. Lá estava ela, de cabeça erguida nas ruas de Konoha. Não devia nada a ninguém, não fez nada de errado. Estava livre.

Aquilo era o seu recomeço.

No Supermercado, direcionou-se ao setor das guloseimas, pois queria fazer uma surpresa para Tenten, que ironicamente era viciada em chocolates. Seria um mini agradecimento para tudo que a morena de coques estava fazendo por ela naquela fase difícil.

 No outro lado da prateleira em que estavam os chocolates, duas vozes — aparentemente de mulheres — gargalhavam escandalosamente.

— Então quer dizer que a princesinha do Byakugan virou chifruda?! — Indagou uma das vozes entre os risos — Bem feito! Ninguém mandou ficar se achando! "Aí eu sou Hinata Hyuuga, sou bonita e imaculada, por isso Konoha tem que me idolatrar! Todos se curvem perante mim!" — A última parte foi dita com o indivíduo afinando a voz, numa tentativa de se fazer parecer a voz de Hinata. A outra voz permaneceu gargalhando da imitação.

Inconscientemente, a Hyuuga se aproximou das vozes. Atordoada demais para perceber que ao fazer aquilo, só iria se entristecer mais.

— Agora é minha vez! — Anunciou a outra voz, ao parar de rir. — Eu sou uma pessoa chata, mimada, metida e ridícula, que não aguentou um par de chifres que foi correndo pra uma floresta querendo se matar, porque não bastava toda a atenção que eu já tinha. Não consegui segurar homem porque eu sou muito "tímida e pura", e ele foi correndo para cama da melhor amiga vagabunda dele. Quem sou eu? 

Hinata — que já estava no mesmo corredor que as duas individuas — pode vê-las nitidamente. Eram adolescentes, provavelmente da idade de sua irmã.

A loira autora do primeiro comentário gelou ao ver Hinata ali. Seu sorriso já havia desaparecido e seu rosto só demonstrava uma expressão: desespero.

— Hi-Hinata?! 

A morena que estava na frente da loira e de costas para a Hyuuga,  sorriu novamente.

— É claro que é a Hinata, né, Tanara?! Quem mais séria além daquela lá?! 

A loira chamada Tanara continuava estática olhando para as orbes peroladas, que a fitavam intensamente. A morena chamada Yzui não entendendo o estado de sua amiga, virou para a mesma direção que ela olhava com tanto afinco; sentiu seu coração parar. Hinata estava ali.

— Hi-hinata-sama, tudo bem?! Como tem passado?! — Tanara começou, tentando reverter a situação.

Yzui vendo a ação da amiga, acordou de seu estado de choque.

— Sim, como está?! Belo vestido!

— Me digam vocês. Afinal, parece que vocês sabem mais da minha vida do que eu mesma. — Hinata rebateu, fazendo as duas adolescentes arregalarem os olhos. Estava farta; não abaixaria a cabeça para mais ninguém naquele dia.

— No-nó-nós não sa-sa-bemos do que está falando, Hinata-sama.

— Vocês sabem, ou melhor, acham que sabe. Vocês não sabem o que eu estou sentindo. — As duas jovens abaixaram suas cabeças constrangidas. — Não fazem idéia do que é estar no meu lugar, ou o quanto que eu estou sofrendo, e nem se preocupam com isso. Vocês só pensam na fofoca. — Lágrimas desciam livremente pelo rosto alvo. — E eu peço por favor para pararem com isso. Já é difícil aguentar as coisas como elas estão.

Dito isso, Hinata se virou e começou a correr para fora daquele lugar. Ouviu as duas jovens a chamarem, mas ela não parou. Só queria fugir dali.

Deixou seus pés tomarem conta da situação, enquanto a Hyuuga apenas chorava. Quando sua vida virou uma ridícula revista de fofocas? Como as coisas chegaram naquele ponto tão terrível?

Todo o bom sentimento de recomeço que havia em seu coração foi embora mais rápido que uma estrela cadente.

Ao voltar a si, encontrou o destino para qual se encaminhou enquanto estava em prantos. Sempre voltava chorando para a ele, não é mesmo?

Então, no pôr do sol daquele dia, Hinata caiu de joelhos sobre o túmulo de Hyuuga Neji.

[...]

E é aqui que retornamos ao início. No cemitério, onde apenas eram ouvidos os soluços da Hyuuga. Ela fitou novamente as letras da lápide. Neji estaria tão decepcionado se a visse chorando assim...

Com um pouco de dificuldade Hinata se levantou e enxugou as lágrimas. Não sabia quanto tempo estava ali, mas o céu já estava escuro.

— Desculpe. — Sussurrou querendo que Neji a desculpasse. Mesmo depois que ele se foi, era sempre pros braços dele que corria. Não consehuia evitar.

 Hinata andava no cemitério com tranquilidade, ainda que estivesse de noite. Ela tinha muito mais medo dos vivos do que dos mortos. Lembrou-se das compras e torceu para que Tenten entendesse a situação. 

Uma gota gélida pousou em seu nariz. Ela fitou o céu em busca de explicações e se surpreendeu ao ver grandes nuvens escuras. Um temporal se aproximava.

O que faria agora? Mesmo que andasse depressa, iria demorar a chegar na casa da Mitsashi.

Em compasso ao relâmpago que iluminou os céus, uma ideia lhe ocorreu. No dia em que encontrou Sasuke no cemitério ele não foi embora pelo o portão principal e sim por meio das árvores. Talvez aquilo fosse um atalho para o centro da vila.

Definitivamente, seria um tiro no escuro. Contudo, ainda era sua melhor opção. Ela ativou seu Byakugan e começou a andar em passos velozes, seguindo um rumo desconhecido. Para piorar sua situação, a chuva ficava mais forte a cada segundo. Andou por longos minutos até chegar em algum lugar; Hinata nunca havia ficado tão feliz por ver os destroços do clã Uchiha antes.

O frio já dominava o pequeno corpo fazendo-o  tremer por completo. Suas pernas já estavam fracas pelo cansaço acumulado e o seu corpo não ajudava pesando mil toneladas.

Seria esse o seu fim? Morrer de frio no clã Uchiha?

Hinata suspirou. Aquela morte era tola de mais até pra ela.

Ela olhou em volta e de repente sentiu seu coração pular. No fundo do clã havia uma casa recém reformada com as luzes acesas.

A casa de Sasuke.

Sem nem ao menos pensar nas consequências correu em direção a residência. Tinha a grande possibilidade de Sasuke não ajudá-la, entretanto, ela se agarrou na esperança de que ele tivesse empatia por sua situação.

Deu três batidas fortes na porta de madeira com o símbolo do clã. A vergonha e a insegurança lhe consumiam, conforme encarava a porta fechada.

Até que a figura do Uchiha surgiu e ela saiu de seus devaneios. O moreno que trajava uma calça moletom preta e uma camisa azul escuro, franziu o cenho ao vê-la daquele estado.

  — Hinata?

 

 [...]

 

Os últimos dias foram entediantes para Sasuke. Ele odiava ter que ficar em Konoha, por isso saía em tantas missões. Se oferecia para todas que podia, e quanto mais tempo ficasse longe era melhor.

Porém, Naruto era um idiota. E pouco se importava com as escolhas dele.

Sasuke se segurou para não matar o loiro quando o mesmo disse: "Uma semana de folga". Ele era o ninja mais habilidoso daquela vila e queria trabalhar espontaneamente. Por que ninguém entendia que ficar em casa era um total desperdício de tempo?

Todas as horas desde o decreto de Naruto pareciam não ter fim. Contudo, admitia que nada foi mais surpreendente do encontrar Hinata  na sua porta.

Infelizmente, a situação em que a Hyuuga se encontrava não deixava o moreno se concentrar em nada que não fosse tirá-la da chuva. Ela estava tramendo e ele não pensou duas vezes antes de puxá-la para dentro de casa. 

O que estava acontecendo ali? 

— Você por acaso é maluca? Por que toda vez que eu te encontro você tem que estar tentando se matar?! 

A Hyuuga abaixou a cabeça, incapaz de olhá-lo nos olhos.

— Eu…eu… — tentou formular uma frase, mas nada saia de sua boca — Me perdoe. Não foi minha intenção. 

O Uchiha respirou fundo e descruzou os braços.

— O que faz aqui?

Hinata pensou antes de responder. 

— Bom, eu estava aqui perto e daí a chuva começou. E-eu gostaria de saber pra qual lado fica o centro de Konoha. Tenho que voltar para casa.

— O centro? Fica muito longe daqui. Você não vai chegar inteira com essa chuva. — ele respondeu, sem demonstrar expressão.

Hinata engoliu em seco. O que faria agora? Tenten a mataria se chegasse em casa naquele estado. Olhou para a sala da casa do moreno, recém reformada, e pensou em uma solução. A única e mais difícil solução.

— Eu poderia...

— Você poderia o que, Hyuuga? 

A Hyuuga o encarou, pela primeira vez naquela noite.

— Sasuke, eu poderia ficar aqui até a chuva passar? Eu realmente não tenho outra opção. 

— Você? Ficar aqui? 

— Sim.

— Não me parece apropriado.

E não era, ela sabia. Onde estava com a cabeça perguntando aquilo a Sasuke? Que vergonha! 

— Me-me desculpe pelo inconveniente.  Acho melhor eu ir embora. — ela se virou, obstinada em sair logo daquela casa.

— Hyuuga, espere. — A voz do moreno foi ouvida, fazendo-a parar imediatamente. — Você pode ficar.

Hinata sorriu, grata pela gentileza do Uchiha. Sasuke não pareceu comovido com o sorriso.

— Mas tem uma condição. Você tem que me contar sobre o que aconteceu  hoje.

O sorriso dela desapareceu.

— Co-como a-assim, Sasuke-kun? Po-por que você quer saber? Está tudo bem, não precisa se preocupar! 

Sasuke que não acreditou no que a morena disse. Ela era uma péssima mentirosa.

— As coisas estão um pouco chatas por aqui e eu aposto que o seu dia deve ter sido bem interessante para você tentar se matar. De novo. 

Hinata mordeu o lábio inferior, pensativa. Analisando suas opções, o melhor a se fazer seria acatar a condição de Sasuke, ainda que fosse difícil.

— Tudo bem, aceito sua condição. Todavia, não se arrependa depois, quando não gostar do que ouvir. 

Sasuke assentiu.

— Eu corro o risco. — ele afirmou, olhando-a de cima a baixo. — Agora, se possível, peço que vá até o banheiro. Está alagando minha sala.

— Ban-banheiro?! 

— Prefere tomar banho na pia da cozinha?  Você precisa de uma banho de água quente ou pode ficar doente. E se você ficar doente, não vai ser eu a cuidar de você e você vai se ferrar sozinha. Entendeu?

Hinata corou.

— Mas eu não tenho outra roupa.

— Você é magra e mais baixa que eu, te empresto uma roupa. Deixo do lado de fora da porta do banheiro. Segunda porta à direita lá em cima. Use a toalha vermelha. — Explicou apontado em direção da escada de madeira que levava para o segundo andar.

Um pouco relutante, ela caminha em passos ritimados até a escadaria. Olhou novamente para Sasuke, que a acompanhava de longe.

— Obrigada, Sasuke.

[...]

           

 Seguindo as instruções de Sasuke achou o cômodo rapidamente. Foi em direção ao espelho que havia em cima da pia e observou seu reflexo; estava com a aparência desgastada, totalmente acabada. Lembrou-se de quando saia da casa da Mitsashi horas antes, o sentimento era o oposto.

Derrotada se despiu indo em direção ao box e encostou a cabeça na parede. Se permitiu rir por um instante. Quando em sua vida poderia imaginar que estaria tomando banho na casa de Sasuke Uchiha? Aquilo era o cúmulo.

  Terminou de se banhar e pegou a toalha vermelha que Sasuke indicou. Foi em direção a porta abrindo uma pequena brecha vendo uma coisa que julgou ser uma camisa e uma pequena embalagem.

Pegou os dois elementos e levou para dentro do banheiro fechando a porta atrás de si. O primeiro era mesmo uma camiseta preta e com o símbolo do clã Uchiha nas costas. Pegou a embalagem e sentiu o chão sair de debaixo de seus pés. Aquilo era uma Cueca?! 

O destino estava conspirando contra si. Só existia essa explicação.

Vermelha da cabeça aos pés, a Hyuuga vestiu as duas peças de roupa. A blusa se transformou em um vestido e a cueca samba calção em um short. Penteou o cabelo com as pontas dos dedos, o deixando solto.

 Melhor que isso não ficaria.

Pegou suas roupas que já estavam torcidas e saiu do banheiro. Desceu ligeiramente as escadas e viu que Sasuke no sofá, vendo um programa na TV. Aparentemente calmo.

Se aproximou do moreno.

— Sasuke — O moreno direcionou seus olhos para a morena. — O que eu faço com a roupa?

O Uchiha sentiu sua garganta secar instantaneamente ao vê-la. Hinata era uma mulher muito atraente e em suas roupas, despertou uma sensação estranha em seu peito. Ele apontou em direção a cozinha, voltando seu foco para a TV.

— Coloque-as na secadora, na porta depois da cozinha. 

Hinata assentiu com a cabeça e fez o trajeto indicado pelo o portador do Sharingan. Voltou a sala e se sentou no canto do sofá, oposto ao de Sasuke. Ele parecia tenso.

— A chuva só está piorando. Acho que será melhor se você passar a noite aqui.

O queixo da Hyuuga caiu.

— Passar a noite aqui?!

 — É a solução mais eficiente. Você não irá muito longe com esse temporal. — ele ficou em silêncio, permitindo que o barulho da chuva achasse por toda a casa.  — Fora que já está bem tarde.

—  Que horas são?

Sasuke olhou para o relógio de parede antigo pendurado na parede.

— Onze e quarenta e sete da noite.

Ela definitivamente não esperava por aquilo. Ficou tão abalada pelos acontecimentos do dia que perdeu a noção do tempo. Em todo caso, passar a noite ali não parecia tão ruim.

— Você está certo, é melhor eu ficar de uma vez. Mas poderia me emprestar o seu telefone? Tenho que avisar aos meus amigos que não voltarei hoje.

O moreno assentiu, entregando-a o aparelho. Hinata digitou o número ansiosa. Tenten a esganaria.

— Moshi, Moshi! A Tenten está no banho. Aqui é o Rock Lee.

Hinata suspirou aliviada. Que conveniente.

— Olá, Lee, é a Hina. Liguei para avisar que não vou passar a noite em casa hoje. Poderia avisar a Tenten por mim?

— Ah, claro! Hina-chan, aviso sim! Onde você estava? Ficamos preocupados com você! E onde passará a noite.

— O que importa é que eu estou bem agora. Eu estou... — Seus olhos se encontraram com os de Sasuke, que a observava atentamente. — Na casa de uma amigo de confiança. Não precisa se preocupar. Sinto muito pelas compras, Lee. 

— Não se preocupe, Hinata-chan! Eu e a Tenten pedimos comida antes da chuva começar. Falando nela, ela está me chamando. Tenho que desligar. Até, Hina-chan! Mande um "Oi" para o Kiba. 

— Até!  — Hinata sorriu ao notar a conclusão precipitada de Lee. Oh, o Kiba? Quem dera se ela estivesse com o Kiba! Tudo seria tão mais simples e menos tenso.

— Do que você está rindo, Hyuuga?

— O Lee te chamou de Kiba.

— Kiba...Inuzuka? O cão?

— Treinador de cães. — A Hyuuga corrigiu, sorrindo ao ver o semblante indignado de Sasuke.

— Não sabia que o Rock Lee não gostava de mim. Que comparação inapropriada.

A dupla gargalhou, com Sasuke apreciando a leveza daquele momento. Foi uma brincadeira tão simples, que já havia colocado um sorriso tão belo na face dela... era impressionante.

— Você deveria sorrir mais vezes, Hyuuga. Você fica muito mais bonita rindo do que chorando. — Ele garantiu, recuperando a compostura. — Tenho algumas coisas para resolver no escritório lá em cima. Se precisar de mim, pode me chamar. Ou melhor, ameace cortar os pulsos. Garanto chego aqui em um minuto. Estou me acostumando a reagir as suas tentativas de suicídio. 

— Não devia brincar com isso, Sasuke.

— Queria eu estar brincando.

As palavras eram sérias, contudo, não havia nenhum tom negativo sobre elas. Na verdade, Sasuke parecia preocupado com aquela situação.

— Eu prometo que você não precisará me salvar outra vez. — Hinata respondeu, tentando mostrar que não era tão instável como aparentou nos últimos dias. No fundo, ela era forte e resiliente; só precisava botar aquilo para fora.

Sasuke anuiu.

— De qualquer forma, é só me chamar. Para te salvar ou qualquer outra coisa.

— Obrigada por tudo, Sasuke.

                 ____¤____

Sentado na poltrona acolchoada de seu falecido pai, o Uchiha lia tediosamente o pergaminho em sua frente. Era mais um dos documentos burocráticos e sem sentido que aquele clã possuía. Resolver aquelas questões eram um saco, e talvez por isso ele optasse por ficar tanto tempo longe de casa.

Levantou-se da poltrona. Não aguentava mais olhar para a droga de um papel que somente colocava mais responsabilidade em seus ombros. O que Hinata estaria fazendo? Desde que subiu, não ouviu qualquer barulho envolvendo a mulher dos olhos perolados.

Intrigado, o moreno foi em direção a porta e a abriu, na intenção de sair da sala. O que ele não imaginava, era que Hinata já  estaria exatamente ali.

— O jantar está pronto, Sasuke. — Dito isso, a kunoichi se afastou correndo.

O moreno das orbes ônix a seguiu, confuso com a frase da mulher. Jantar? 

Quando chegou a cozinha, viu que em cima da antiga mesa da casa havia uma grande panela com um caldo muito cheiroso e uma travessa de bolinhos de arroz. Seu estômago roncou na hora, em resposta aos pratos saborosos.

— Você fez isso? Como é possível, a geladeira estava praticamente vazia.

Hinata corou. 

— Bo-bom, reparei que você precisa fazer umas comprinhas, mas como nós não havíamos jantado ainda, decidi improvisar com o que tinha.

— Você é algum tipo de ninja alquimista? — Sasuke continuou, perplexo.

— Vamos comer. — A Hyuuga proferiu sorrindo.

— Itadakimasu! —  Disseram em uníssono após servirem seus pratos.

Comiam em silêncio, afinal ambos eram pessoas introvertidas. Todavia, Sasuke ainda queria entender o porquê Hinata estava ali.

— Pode começar, Hyuuga. — As palavras do Uchiha quebraram o silêncio e fizeram Hinata o olhar confusa. — Nós temos um acordo. Eu fiz minha parte, agora faça a sua.

Ela assentiu. Trato era grato.

— Sasuke, você se lembra quando eu te falei que tinha uma pessoa que me machucou muito? Eu e ele tínhamos um bom relacionamento até ele me trair. O dia que você me resgatou na floresta, foi o dia que eu descobri a verdade, por isso eu estava atordoada daquele jeito. Depois que eu terminei com ele, fui morar com uma amiga e tudo parecia estar dando certo. Porém, ele é bastante conhecido e o nosso término ganhou repercussão. Hoje eu ouvi duas meninas falando coisas horríveis da minha vida e aquilo me machucou muito. Corri para o cemitério, buscando consolo no túmulo de Neji. Eu chorei tanto, algo aqui dentro se quebrou quando eu ouvi aquelas críticas. A chuva começou um tempo depois e eu me lembrei do dia em que te vi no cemitério. Você foi embora pela floresta e imaginei que fosse um atalho para Konoha. Segui seus passos e agora, eis me aqui.

— Você correu?

— Sim.

Sasuke balançou a cabeça negativamente.

— Você não pode correr de tudo, Hyuuga. Eu não sou um príncipe encantado que sempre vai te ajudar, tal como você não é uma criminosa para correr quando se sentir coagida. Acha que eu nunca ouvi o que falam de mim? Eu sei como é. E sabe o que eu faço? Eu ignoro. Tem certos problemas em nossas vidas que não podemos fugir.  Temos que enfrentá-los para assim, acabarmos com eles.

— E seu eu não conseguir acabar com ele? — Ela questionou, deixando claro para o Uchiha que o problema todo eram as atitudes de Naruto. E o quanto ele estava sendo cruel com ela.

Sasuke se levantou da mesa. O Uzumaki estava passando do limite. E se isso continuasse, ele iria agir.

— Nesse caso, talvez esse problema não seja feito para você resolver. 

 

  ***

Já havia se passado um longo tempo desde sua conversa com a Hyuuga; horas talvez. Contudo,  Sasuke permanecia incomodado. Era absurdo o sentimento de indignação que sentia pelas atitudes de Naruto. Algo que não era do seu feitio, visto que aquela era a terceira vez que se encontrava com Hinata.

O que estava acontecendo com ele?

Um grito ecoou pela casa fazendo o Uchiha levantar assustado. Aquela era a voz de Hinata?! Rapidamente, ele correu em direção ao quarto onde mulher dormia.

Se acalmou quando percebeu que ela só estava tendo um pesadelo. Se debatia um pouco na cama e sua grossa franja azulada estava grudada em sua testa por conta do suor. Ia se aproximar para acordá-la, quando percebeu que ela murmurarava algumas palavras. O desespero dela era inegável.

— Não…Não! Onegai, Neji… não faça isso…Onegai! Na-Naruto?! Sakura?…Por que?... O que eu fiz…não! Por favor não façam isso… Não, não, não! Ele não! Por favor, não machuquem ele! NÃO, PAREM! NÃO MACHUQUEM O SASUKE! 

O Uchiha engoliu em seco. Aquilo foi assustador.

— Hinata! — Chamou-a ao lhe sacudir pelo braço. Quando acordou, Hinata não hesitou em abraçá-lo com força. — Hinata?

— Você está bem, Sasuke?! Eu tive tanto medo de te perder! Me des-desculpa, eu não consegui te proteger! Eu…eu... — ela tentava se explicaar, mas ainda estava muito assustada pelo pesadelo.

— Eu estou bem. — garantiu o Uchiha, sem se afastar dela. — Com o que você sonhou?

— Coisas ruins. Me desculpe, eu não pude de salvar no meu sonho. Haviam sombras atrás de você, e eu tentei chegar antes delas, mas você já havia sido capturada.

O Uchiha sorriu ladino. Ele entendeu aquela referência.

— Não peça desculpas, foi só um sonho. Em todo caso, você é uma Hyuuga. Me avisaria se as trevas estivessem atrás de mim, mesmo há quilômetros de distância.

Foi a vez de Hinata sorrir, ao soltar o moreno do abraço.

— Você poderia ficar comigo até eu dormir? Prometo que conto para você ttodoscada fofoca que já ouvi na minha vida.

— Está me chamando de fofoqueiro?

— Estou.

— Certo, eu vou ficar. — Ele alegou, se sentando ao lado dela na cama de solteiro. Não era fofoqueiro, apenas gostava de saber mais sobre ela. Só sobre ela.

— Por que você disse que tinha medo de me perder?

— Por que você é meu herói. Não consigo me imaginar sem você daqui para frente. Você se tornou um grande amigo, Sasuke. Um porto seguro. — Quando terminou, Hinata fechou os olhos e se entregou novamente ao sono. Sasuke ficou em silêncio, fitando a face angelical da mulher que virou sua vida de cabeça para baixo. O irônico era que ele não sentia nenhuma raiva daquilo. Estar perto dela lhe fazia bem. Muito bem mesmo.

— Eu também não me imagino mais sem você por perto, Hinata.

 


Notas Finais


Então minhas vidinhas Gostaram?

Espero que sim!

Esse capítulo foi um grande desafio para mim e espero de verdade que tenha ficado bom!

E como vcs acharam que ficou o sasuhina hein?!Bom,legal,bosta,merda!

Quero opiniões!;-)

Obrigada novamente porerem mais uma capítulo da minha/nossa fic!<3

Espero que ganhe mais favoritos e belos e gostosos comentários!kkk<3

Eu AMO todos vcs ok?De verdade vc são muito importantes pra mim!

Ashiteru.

Bjs de Gelato da Kibon!(^3*)
Dodo Hyuuga!<3


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