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História The pain brought us Together - Sobre olhares, sorrisos e condições


Escrita por: Dodo_Hyuuga

Notas do Autor


OI MINHAS VIDINHASSSSS!!!!!💖💖💖

Que saudades de todos vcs!💖😍

Gente, primeiramente eu gostaria de pedir perdão pela minha demora. Eu sei que há muitas pessoas querendo me matar, mas literalmente, passei por um mar de desgraças!

Contudo, boa leitura!

Capítulo 8 - Sobre olhares, sorrisos e condições


Fanfic / Fanfiction The pain brought us Together - Sobre olhares, sorrisos e condições

Pela cabeça da Hyuuga se passavam milhões de pensamentos. Alguns importantes e outros nem tanto. Contudo, o mais gritante deles com certeza era: Ela estava deitada ao lado de Sasuke Uchiha!

Pronto. Mais confuso que isso era impossível!

Naquela manhã, o susto e a vergonha dominaram seu corpo de um forma desesperadora. As memórias do que disse eram constrangedoras e por mais que ela quisesse esquecer, não poderia mudar o que aconteceu.

Ao se levantar, ficou admirada ao contemplar Sasuke dormindo. Ele continuava tão intimidador como antes. Com aquele ar misterioso que só ele possuía; ainda assim, parecia mais calmo e sereno. Inegavelmente belo.

Tudo depois daquilo foi muito rápido. Ela arrumou a cozinha — que ela bagunçou ao fazer o jantar na noite passada — e deixou um café da manhã preparado para quando o Uchiha acordasse, como forma de retribuir a noite que ele passou ao seu lado. Vestiu suas roupas, escreveu um bilhete para Sasuke agradecendo-o por tudo e saiu em passos rápidos do clã vazio.

Depois de um tempo caminhando em linha reta percebeu que já estava se aproximando do centro de Konoha, e realmente não sabia se ficava feliz ou não. Novamente, era alvo de vários tipos de olhares e sinceramente, ela não estava mais tão incomodada. 

— Hyuuga Hinata? — Uma voz soou atrás de si. Direcionou o olhar para o portador da voz, dando de cara com um Anbu. A máscara dele parecia muito com um coelho e ela achou aquilo engraçado.

— Sim, sou eu. 

— O Hokage substituto deseja vê-la em sua sala imediatamente. — O homem anuciou, desaparecendo em uma nuvem de fumaça em seguida.

O que Naruto queria com ela?

Não sabia o que fazer. Desde a última vez que viu Naruto, aparentemente as coisas não ficaram muito boas entre os dois. Pelo menos, não da parte dele. Ela podia simplesmente não ir.

Mas tinha uma coisa muito maior envolvida ali: A sua a vida. Enquanto não resolvesse tudo o que tinha para resolver com Naruto, ela simplesmente não conseguiria viver. Ficaria sempre batendo na mesma tecla e sua vida simplesmente viraria um ciclo. Um ciclo no qual Naruto era o centro de tudo.

E ela não queria isso para si.

Em passos rápidos foi em direção ao escritório do Hokage. Em sua mente havia apenas a frase: É agora ou nunca. Ela iria resolver isso sozinha, daria um ponto final em tudo e principalmente, ela daria orgulho a Sasuke, que confiou em sua força.

Algum tempo depois já se encontrava em frente ao grande edifício do Hokage. A insegurança, embora oculta, estava lá. Subiu até o último andar em silêncio até que chegou na sala do Uzumaki.

Um “entre" abafado foi escutado. Ela obedeceu prontamente.

A Hyuuga focou seu olhar até a figura atrás da mesa de escritório e se assustou ao ver como ele parecia exausto. Naruto exibia um sorriso vitorioso, todavia estava longe de parecer estar bem; magro e com olheiras profundas. Seu cabelo estava crescendo de uma maneira desregular e o brilho das íris azuladas que tanto a Hyuuga admirou, não estava mais ali. Havia apenas um tom de azul descrente e ambicioso.

Ela já não sabia no que ele estava se transformando.

— Ohayo, Hina-chan! Como vai? Estava preocupado com você. — O loiro proferiu animado, a despertando de seus pensamentos.

A Hyuuga pensou em ser ignorante e dizer um: “Pelo visto, bem melhor que você", mas isso seria muito rude, e não era do feitio dela ser rude. O máximo que podia fazer era jogar o mesmo jogo que o Uzumaki.

Então, esboçou um sorriso forçado.

— Ohayo, Naruto. Eu estou ótima. E você?

O Uzumaki gargalhou. Ela achou mesmo que estava conseguindo o enganar com aquela interpretação medíocre?

— Bom, Hinata, eu serei bem direto com você. Em uma missão de patrulha, o esquadrão Anbu  encontrou uma mulher e seu filho buscando abrigo aqui em Konoha. Tanto a mulher quanto o menino foram vítimas de agressão e ao que tudo indica, foi o próprio marido o autor de tamanha violência.

— A mulher está bem? E a criança? Há algo que eu possa fazer para ajudar? — As perguntas saíram inconscientemente. Embora seu relacionamento com Naruto não estivesse nada bem, caso ela pudesse ajudar aquelas pessoas, o faria sem hesitação.

Naruto, por sua vez, sorria por dentro. Descobriu que a maior qualidade de Hinata era uma de suas maiores fraquezas: O altruísmo. Ela sempre, sempre, colocava a necessidade de outras pessoas acima das suas.

— Sim, Hinata. Tem algo que você pode fazer. — Ele pegou o envelope que estava em um canto da mesa e sorrindo, o entregou para a mulher. — Você só precisa assinar.

Hinata franziu o cenho ao receber aquele papel. Algo no sorriso de Naruto lhe dava um pressentimento ruim. Devagar, abriu o envelope e se começou a ler seu conteúdo; logo, sua curiosidade foi substituída por indignação.

— Você não pode fazer isso! 

O sorriso do loiro não abandonou sua face.

— Posso sim, e vou. Hinata, você ainda não percebeu? Quem manda nesse jogo sou eu e… — O Uzumaki foi interrompido pela porta bruscamente aberta por uma loira neurótica e uma morena furiosa.

- O QUÊ VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, NARUTO?! — Ino esbravejou ao notar o olhar de pânico de Hinata. Era óbvio que ele ameaçou sua amiga. 

A Mitsashi por sua vez, se aproximou da Hyuuga.

— Fala agora, Naruto! O que você fez com ela?! Foi por isso que nós chamou aqui? Para servir de platéia pro seu showzinho diabólico?! — A Mitsashi indagava, irritada com o sorriso cínico que Naruto exibia.

— O motivo de vocês estarem aqui é outro. Mas se vocês quiserem saber o porquê dela estar assim…

O Uzumaki  estendeu o envelope para Tenten.

— I-isso é a escritura da zoninha? O que ela está fazendo no nome de Myabi Sonã se a casa é da Hina?! Se você está achando que por causa disso a Hinata irá voltar para você, já pode ir tirando o seu cavalinho da chuva.

— E a casa é da Hinata! — Ino acrescentou. — Sem a autorização dela, nenhuma Myabi Sonã pode tomar posse da residência.

Abalada, Hinata fitou o loiro com o Byakugan ativado; gesto involuntário e proveniente de sua revolta.

Naruto podia fazer o que quisesse com ela.  De trai-la ao ameaçá-la, Hinata era forte e superaria. Contudo, tirar a casa que ela praticamente construiu ao lado de seu primo, sendo aquele o elo físico mais forte deles? Era injusto. E totalmente acima do limite.

— A casa é minha! — Ela garantiu, atingindo a mesa com um soco potente o suficiente para deixar uma rachadura para trás.

Em um ato irônico, Naruto estendeu as duas mãos, insinuando uma rendição.

— Não, a casa é propriedade de Konoha. Assim como eu, você  e essas duas malucas ali.

— O que elas tem haver com isso?

—  Nada em específico. Porém, acho certo revelar que se elas estão te apoiam nisso, fazem parte do nosso término. Algo que me deixa bem chateado. — Ele sorriu. — Ino! Você e o seu namorado entrarão em missão daqui à uma hora certo? Que façam uma boa viagem! 

— Não acha que se livrou de mim, Naruto. Sou uma mulher poderosa e posso te derrubar aonde quer que eu esteja!

O loiro deu os ombros,  indiferente a ameaça.

— A Tema-chan está em sua vila e ficará lá até sua transferência para Konoha ser aprovada pelo conselho, certo? Poxa isso pode demorar. E por último… Você! — apontou para Tenten. — Já deveria estar arrumando suas coisas não?

— Como assim? Arrumando minhas coisas para quê?

— Você não sabe ainda?! Que péssimo namorado você tem, hein?!

— Garanto que ele é bem melhor do que você. Sabe, ele não é um traidor. 

— Eu não teria tanta certeza. — Naruto afirmou, pegando outro envelope e passando-o para Tenten. 

O conteúdo do documento foi um choque. Ainda assim, não tão terrível do que ver com uma letra gigante e uma margem imitando labaredas, o nome de quem ela nunca imaginou que pudesse fazer isso consigo. 

Estava escrito o nome de Rock Lee.

Uma lágrima solitária desceu de seus olhos castanhos.

— Se eu fosse você começava a fazer as malas...

— Como assim malas?! O que houve, Tenten?! — Ino indagou preocupada. Ela já deveria ter ido encontrar Sai, mas não sairia de perto de suas amigas até aquela situação fosse resolvida.

— O Rock Lee aceitou uma missão de remanejamento em nome da nossa dubla Anbu. O que significa que não somos mais ninjas de Konoha e sim da Vila do raio. Então, a casa que eu moro, que eu lutei tanto para conseguir, ela… — engoliu em seco. — Ela não é mais minha. É uma propriedade de Konoha e vai ser leiloada assim que eu sair daqui. Ou seja, daqui há duas horas. E eu não posso recusar essa missão ou perco minha licença Anbu.

Hinata fitou Naruto, horrorizada.

— Dessa vez, eu não tive nada a ver com isso.

Ninguém disse nada, pois sabiam que Naruto estava certo. Não foi ele que assinou o documento.

— Então, Hina, agora que está sozinha, você vai assinar o papel e voltar para mim ou prefere morar na rua? — O loiro questionou sarcástico. Ele havia ganhado aquele jogo.

A Hyuuga encarou suas amigas apreensivas. Ninguém sabia a atitude que Hinata iria tomar naquele momento.

— Onde é que eu assino? 

Naruto entregou-a uma caneta e apontou na direção de um pequeno "x" na própria escritura da casa.

— Aqui.

Quando terminou de assinar o documento, olhou para suas amigas na tentativa de acalmá-las. "Está tudo bem", Hinata sussurrou. Ela sabia o que estava fazendo.

— Já posso ir embora? Acabei de assinar.

Pela primeira vez, o sorriso que estava no rosto de Naruto desapareceu completamente.

— Como assim? Hinata você percebeu que não tem pra onde ir? 

— Você tem razão, Naruto. Eu não tenho para onde ir. Mas nem por isso, eu vou correr para os seus braços, nem por isso eu vou voltar pra você. Eu não preciso de você! Olhe para si mesmo! Olhe no que se transformou! Você achou que tirando minhas amigas e minha casa fariam eu ficar com você?! Saiba que eu nunca quis tanta distância. Passar bem, Naruto Uzumaki.

Dito isso, a Hyuuga se virou e saiu da sala, sem se importar com ninguém. 

O Uzumaki soltou um grunhido de raiva. Maldita!

— Estão liberadas. Vão! — Ordenou furioso as kunoichis que ficaram para trás. Hinata havia o feito de bobo. Quando ele achou que já havia ganhado o jogo, a morena simplesmente mudou as regras!

Por mais que Ino e Tenten quisessem ir atrás de Hinata, elas não tinham tempo. Estava quase na hora de ambas partirem para suas determinadas missões, e Tenten tinha uma conversa inadiável com um certo moreno. Já a herdeira Hyuuga se encontrava na frente da recepção, parada e sem esboçar nenhuma reação. Não sentia raiva, tristeza ou medo. Simplesmente, estava cansada.

Cansada de toda aquela confusão.

Ela sabia que deveria estar indo em direção a casa de Tenten, pois precisava buscar suas coisas. Todavia, não tinha forças nem para se levantar.

Quase não percebeu quando uma pequena mão puxou a barra de seu vestido; a mão de uma criança.

— Oe, moça! Você é muito bonita! 

Os olhos perolados da Hyuuga se voltaram para a criança autora do comentário, encontrando uma criança ferida, magra e com a roupa rasgada. Em seu pescoço, haviam marcas de dedos e no seu olho esquerdo, uma grande cicatriz que parecia ter sido feita por um cigarro. E mesmo parecendo ter menos de seis anos e estando todo machucado, ele ainda sorria genuinamente.

E era no sorriso daquela criança que ela se agarrou.

Hinata se agachou até a altura do menino e o puxou para um abraço. Embora ele estivesse com as feridas, ela também estava machucada. Após um tempo, ela se afastou.

— Obrigada, querido. Você também é muito bonito. Qual é o seu nome?

O menino a encarava admirado. Como aquela mulher era tão bonita e tão gentil?

— Meu nome é Yuno Sonã! E o seu moça?

— Yuno? Que nome lindo! Pode me chamar de Hina se quiser, mas meu nome mesmo é Hinata. Hinata Hyuuga.

— Hina-chan… Gostei! Olha, minha mãe vem logo ali! Mãe, vem conhecer a Hina-chan!

Uma mulher muito parecida com Yuno foi ao encontro deles. Ela tinha os cabelos escuros até a altura dos ombros.  Sua condição física também não era muito boa, ela tinha o braço enfaixado e o corpo magro coberto de hematomas. Mesmo assim, ela estava sorrindo.

Agora Hinata sabia a quem Yuno puxou.

— Mãe, seu machucado melhorou? Você está bem? 

— Estou sim, meu amor. Prazer...Hina? De Hinata? — A Hyuuga assentiu. — Meu nome é Myabi. Espero que meu filho não esteja te incomodando. 

— Você… Você é Myabi Sonã? — Hinata indagou, sentindo uma ponta de indignação em seu peito, que não demorou para ser repreendida. Naruto não havia mentido sobre a condição da mulher e a Hyuuga sabia que estava sendo egoísta em não querer ceder uma casa que não usava para uma pessoa desconhecida. Era o certo. — Fico feliz em conhecer os novos moradores da minha casa. Espero que sejam felizes lá.

Surpreendendo Hinata, a Sonã desabou no chão, fazendo uma grande referência.

— Hinata-sama, me perdoe pelo o infortúnio! Eu não queria sua propriedade, apenas queria uma residência simples para que eu pudesse criar o meu filho em paz e recomeçar minha vida. — As palavras de Myabi saíram altas e confusas, denunciando seu nervosismo. Os lábios da Hyuuga se curvaram em um sorriso gentil.

Abandonar aquela pequena casa na floresta seria doloroso pois nela estava viva a memória de Neji. Contudo, Hinata sabia que seu primo apoiaria sua decisão; e ficaria feliz também.

— Eu não tenho que te desculpar por nada, Myabi. Essa casa é uma lembrança muito preciosa de uma pessoa muito especial para mim que, infelizmente, já se foi. Porém, eu sei que cuidarão bem de tudo e farão daquela pequena cabana um lar. — As palavras proferidas pela herdeira Hyuuga enquanto ajudava a Sonã a se levantar do chão resultaram em um abraço gentil.

— Obrigada, Hinata-sama! Eu não sei o que posso fazer para te agradecer!

— Primeiro, pode me chamar só de Hinata. Somos amigas agora. E há sim algo que você pode fazer por mim... — Hinata se afastou do abraço para fitar as orbes verdes de Myabi. — Pode cuidar das minhas rosas? 

Disposta a ajudar Hinata, a morena assentiu prontamente. Ela estava eufórica de conseguir uma amiga de verdade depois de tudo que passou. 

— Será um prazer, Hinata. 

— Hina-chan — O pequeno Yuno chamou. - Posso te dizer uma coisa? Você disse que tinha uma pessoa especial que se foi, né? Eu tinha minha obaa-chan que foi pro' céu também. Mas fique tranquila essas pessoas sempre estarão em um lugar especial! —  Ele se aproximou da Hyuuga e ficou nas pontas dos pés para encostar na região do coração de Hinata. —  Eles sempre vão estar aqui. Vivos no seu coração.

As palavras do menino aquecerem o peito da primogênita Hyuuga. Tão pequeno e ainda assim, tão sábio. 

Emocionada, Hinata levou as mãos até o local tocado por Yuno, sentindo as batidas de seu coração tomadas envolvidas pelo o amor e pela saudade.

— Eu sei, Yuno. Eu sinto.

          •

Tenten estava absolutamente furiosa. Se sentia traída, enganada, totalmente apunhalada pelas costas e por mais que estivesse preocupada com Hinata, sua raiva a impedia de pensar em qualquer forma de ajudar a Hyuuga.

Não conseguia entender os motivos para Rock Lee ter feito o que fez. Aquela casa era o seu sonho, havia sido almejada por muito tempo e obtida com muito esforço. E agora, simplesmente, não era mais sua.

Rock Lee precisava ter uma ótima explicação.

A Mitsashi chegou em casa praticamente arrombando a porta. Queria ver a cara do seu namorado; Olhar em seus olhos e ver se ele possuía algum arrependimento por ter tomado uma decisão daquelas sem a consultar. Sem saber a sua opinião e sem se importar com isso.

— ROCK LEE!  

 O moreno desceu as escadas correndo, contudo ao vê-la, o Lee suaviza sua expressão de pânico. Ele sorriu.

— Ten, você me assus...

O anbu foi interrompido ao ser golpeado com um soco certeiro no maxilar. 

— Seu desgraçado! Como tem coragem de fingir que não há nada de errado?! 

— Do que você está falando?

— A casa, Lee! A minha casa!

O moreno ergueu as mãos, em um sinal de rendição.

— Tenten, eu apenas estava querendo o melhor para nós dois.

— Melhor para nós dois? Isso é a sua versão de melhor para nós dois?! — Exclamou a Mitsashi, furiosa.

—  Essa missão será muito lucrativa para nossa dupla Anbu. Quem se importa com essa casa velha?! Podemos comprar uma mil vezes me… —Rock Lee argumentava, antes de ser atingido com outro golpe no rosto.

— Quem se importa?! Eu me importo! Você mais do que ninguém deveria saber disso! Por que antes de sermos namorados, você é meu melhor amigo! Sempre lhe contei sobre os meus planos de formar uma família e você… você simplesmente não ligou.

— Claro que ligo! Por isso aceitei a missão em nome de nós dois! Sinto muito se afetei a Hina, mas só queria o melhor para nós. Sem falar que ela já é maior de idade e já pode se cuidar sozinha. 

— O problema precisa ser resolvido entre você e eu! Eu realmente estou preocupada com a Hina, mas agora, eu estou decepcionada com você. Você podia ter me perguntado antes, seria tão mais fácil. Ligado para minha opinião, mas você nem pensou nisso não é mesmo? Você fez no calor do momento, no auge do fogo da juventude. Eu tinha pessoas que dependiam de mim. Com que cara eu vou olhar para Hinata agora? Ela pode acabar morando na rua, sozinha, sem abrigo, sem comida… como que eu vou suportar esse peso? — Perguntou, mesmo sabendo que a solução não viria de Rock Lee. A Mitsashi nem imaginava como prosseguiria sabendo que sua melhor amiga estaria passando por necessidades. Era uma situação cruel demais.

Rock Lee se arrependeu ao ver o desespero de Tenten. No primeiro momento, tudo naquela missão era perfeito, por isso aceitou sem pestanejar. Achou que Tenten ficaria feliz que ela o amaria ainda mais, tal como ela amava Neji. Estava tão errado.

— Vamos até o escritório do Naruto e desistimos da missão. Não precisa se apavorar Tenten, podemos resolver.

— Não, não podemos. Você pegou uma missão que não pode ser anulada. Se desistimos, perderemos nossa licença Anbu. Teremos que ficar fora por dois meses. — ela soluçou. Estava arrasada. — Eu prometi para o Neji que cuidaria dela, prometi que sempre estaria lá! 

— Não fique assim, Ten! A culpa não é sua!

 Rock Lee disse estava correto, a Mitsashi percebeu.

— Você tem razão, Rock Lee. A culpa não é minha, a culpa é toda sua! É sempre assim! Você faz tudo errado, você nunca pensa nas consequências, você só pensa nesse seu MALDITO fogo da juventude! Vê se cresce, Lee! A vida real não precisa do seu fogo da juventude, ela precisa de maturidade! Mas nãoooo, você insiste em se comportar como uma criança. Agora você consegue ver as consequências?! Quer saber, não precisa me responder isso. Só me diz por que você não consegue fazer nada certo? Por que você sempre é um idiota? Por que você não sabe resolver as coisas como uma pessoa normal? Por que você está estragando a minha vi…

—  PORQUE EU NÃO SOU O NEJI, TENTEN! — Os olhos de Tenten se arregalaram ao ouvir o grito do shinobi. — Não importa o quanto você queira, eu não sou ele!

— Tem razão. Você não é o Neji. O Neji morreu, não é mesmo? — O tom das palavras foi absolutamente de mágoa. — Agora vou arrumar minhas coisas. Com licença.

Rock Lee a impediu de prosseguir.

— Tenten, me perdoe. Eu não… não quis dizer aquilo. Somos um casal, temos problemas como qualquer outro.

— Você quis sim, Rock Lee. Não minta de novo — A morena rebateu indiferente. — Durante essa missão, seremos apenas uma dupla Anbu. E depois que ela acabar… bom, eu não sei o que seremos. 

O Lee não a seguiu. Ele sabia que não tinha esse direito.

Ao chegar em seu quarto, Tenten desabou em lágrimas. Aquela discussão havia mexido em suas feridas mais profundas; feridas que ela fazia de tudo para  que cicatrizassem de uma vez.

Naruto estava errado. Rock Lee não era um péssimo namorado. No final, ela que era uma péssima pessoa.

      •

Durante aquele dia, Sasuke estava sentido um imenso incômodo em seu peito. Ao acordar e não ver Hinata ao seu lado, uma extrema agonia o dominou. E ele odiava se sentir daquele jeito.

Para piorar a situação, ele não conseguia sentir raiva de Hinata por aquilo. Afinal, como ficaria zangado com uma pessoa que não faz barulho, arruma sua casa, faz um café da manhã maravilhoso e ainda deixa um bilhetinho dando satisfação? Ele não era tão idiota assim. Reconhecia que ela era legal.

O Uchiha passou o dia treinando e colocano em dia alguns documentos do clã. Quando se fartou de tanta burocracia, resolveu dar uma volta na cidade. Passou pelas ruas da vila sendo encarado por diversos olhares. Algo pela qual ele já havia se acostumado.

Contudo, encontrar Hinata certamente foi uma surpresa.

Sorrateiro, se aproximou da Hyuuga sentada no banco da praça central da vila. Ela estava distraída com uma simples caixa de papelão em suas mãos.

— Não sabia que gostava de praças.

Com certa lentidão, Hinata direcionou as belas orbes peroladas ao encontro de Sasuke. Ao vê-lo, ela sorriu.

— Olá, Sasuke. É muito bom te ver também — brincou. — Desculpe por não ter me despedido essa manhã. Você estava dormindo e eu não quis incomodar. Eu deixei um bilhete, você viu? 

O Uchiha anuiu, desconfiado. Havia algo estranho com ela.

— Sim eu li. E posso te dizer que nunca li tantos "obrigadas" na minha vida. — Sasuke comentou. A Hyuuga realmente tinha uma obsessão em relação a agradecimentos. Ela não demonstrou reação a sua tentativa de piada. — O que houve?

A morena suspirou. Após sair do escritório do Hokage na companhia de Myabi e Yuno, os levou para sua nova casa. Ficou tocada com a história de vida de Myabi, e tinha certeza absoluta que aquela mulher merecia ser feliz. Myabi havia sido vendida pela própria mãe e sido feita de escrava numa casa de um poderoso comerciante da região, no qual passou fome e era constantemente espancada. Quando a Sonã fugiu, foi achada pelo seu ex marido, um alcoólatra que a batia e a abusava sexualmente e quando ela engravidou, tentou matar o bebê.

 Como a Sonã não tinha nada, Hinata deu tudo que havia na sua pequena propriedade para a morena dos olhos verdes. Tudo, tirando é claro, suas memórias e presentes mais queridos; o que resultou em uma pequena caixa de papelão.

— Se eu dissesse que não houve nada? 

— Eu não acreditaria em você. Você é péssima mentirosa. Vamos, pode se abrir comigo.

Os olhos de Hinata se encheram de lágrimas. Por onde começaria?

— Eu não tenho aonde morar, Sasuke. Literalmente, estou na rua. 

Sasuke ficou chocado com as palavras ditas por Hinata. 

— Primeiro se acalme. Chorar não vai resolver nada. — Ele alegou, se sentando ao lado dela.

— Eu gosto de chorar. É um bom meio de exalar desespero. 

— Choro excessivo sem mudança de atitude só serve para gastar seus fluidos corporais. Você pode chorar, mas precisa agir depois. 

— Uau.

 — Agora, que história é essa de você morar na rua? 

— Você quer mesmo saber? Não prefere simplesmente esquecer que eu disse isso? — Propôs a Hyuuga, recebendo um acenar de cabeça negativo como resposta. — Resumindo, eu estou sem casa. Aquela pessoa simplesmente fez com que todas as minhas opções de moradia acabassem. Ele disse que se eu não tivesse onde morar, eu iria voltar para ele. Mas eu não vou voltar. Prefiro morar na rua. Eu não tenho dinheiro suficiente para ficar dois meses em um hotel e muito menos, posso voltar ao clã Hyuuga. Eu não sei o que eu vou fazer. 

Sasuke não conseguia entender o porquê de Hinata esconder o nome de Naruto em seus relatos. Sendo seu amigo ou não, o que o Uzumaki estava fazendo era errado; e precisava ser exposto.

— Você poderia morar comigo. 

Hinata gargalhou.

— Morar com você? Que graça, Sasuke… — O moreno não mudou de expressão. —Você…você está falando sério? 

O Uchiha cruzou os braços.

— Eu não vejo problema. Minha casa é grande o suficiente e tem quartos sobrando. Você nem me verá com muita frequência, pois estou sempre em missões. Mas é claro, é apenas uma sugestão. - Concluiu, observando que Hinata estava quase tendo uma parada cardíaca. Ele revirou os olhos. — Menos drama Hyuuga. Nós já dormimos na mesma cama, não precisa dessa cena.

Aqhilo não ajudou nada a melhorar a condição de Hinata. Estava tão envergonhada que tudo a sua volta ficou asfixiante. Respirou fundo, ela precisava se recompor, não poderia dar uma crise nervosa na frente de Sasuke. 

— Ma-mas, Sasuke, o que as pessoas irão pensar? 

— Deixe elas pensarem o que quiserem. Isso nunca me afetou. 

A Hyuugaa olhou uma última vez para o moreno, para ter certeza que não era uma brincadeira. 

— Eu… aceito.

O Uchiha não entendia porquê fez aquela proposta. Era uma péssima idéia colocar Hinata debaixo do mesmo teto que ele. Porém, algo em seu íntimo dizia que ele estava fazendo o certo. E seu íntimo quase nunca dizia isso.

— Claro que haverão condições. 

— Condições?

— Sim. Condições. Para que o nosso convívio seja harmonioso. Pense nisso como regras. Apenas cinco condições.

A morena concordou. Era óbvio que Sasuke iria impor limites a ela, afinal, a casa era dele.

— Estou ouvindo.

O Uchiha endireitou sua postura antes de prosseguir.

— Primeiro, nós não somos nada. Amigos, namorados, ficantes, amantes, casados, transantes ou qualquer relação desse meio. Você mora na minha casa e só. No máximo, colegas. — Ele explicou com sinceridade. Não queria que Hinata ficasse se iludindo atoa e que mais tarde, viesse a se tornasse uma dor de cabeça.

— Eu entendi. Apenas colegas. — Corada, a Hyuuga repetiu.

— Segundo, o que você sujar você irá limpar. Não quero que minha casa seja soterrada por bagunças que não são minhas. E você cozinha. Acho que será justo. — A comida dela era maravilhosa e para ele, foi como juntar o útil ao agradável. Além disso, ele sabia que Hinata era bem organizada, só disse isso para ficar como um lembrete. A mulher sorriu docemente, percebendo que Sasuke gostou de sua comida. Da forma dele, é claro.

Uma brisa soou, deixando o clima ainda mais harmônico. Quem os visse de longe, pensaria que se tratava de um casal de namorados. 

— Terceiro, nada de visitas. Sem namorados, amigas escandalosas, crianças choronas e etc. Nada que faça barulhos irritantes. Quarto, não mexa aonde não deve. — O Uchiha esclareceu com uma expressão sombria. — Terá lugares naquela casa que serão proibidos para você, e se eu te pegar xeretando… 

Mesmo com certo receio pela ameaça feita, a morena concordou com um menear de cabeça. Ela não conseguia nem imaginar Sasuke lhe fazendo algum mal; ele era o seu herói.

— Qual é a última condição, Sasuke? Você disse cinco. 

O Uchiha se silenciou brevemente, antes de puxar Hinata pelo braço. Mesmo sem entender, a Hyuuga deixou ele guiá-la por alguns minutos, tentando acompanhar o homem que parecia correr na velocidade da luz. Ela olhou em volta, em busca de respostas e acabou percebendo algo: Ela conhecia aquele caminho.

Era o mesmo caminho que havia feito naquela manhã para encontrar Naruto.

— Para onde estamos indo?! Qual é a quinta condição?! — Indagou preocupada com o rumo daquele trajeto.

Sasuke, por outro lado, já tinha um plano armado. Não iria deixar Naruto com o gosto da vitória em sua boca. Não mesmo.

— A quinta condição? É isso que você quer saber? Bom, é mais algo que iremos fazer.

— E o que vamos fazer, Sasuke?

O Uchiha esboçou um sorriso diabólico.

— Nós vamos esfregar isso na cara do Naruto!


Notas Finais


E aí vidinhas? Gostaram?

Espero que sim!💖

Porque POHA MANO EU ESCREVI MUUUUUITO!!! MEREÇO UM PRÊMIO!E VC Q LEU TAMBÉM!

Então,muito obrigado a vc que leu até aqui!😊

Perdoem os erros de português! Telefone Motorola é horrível para digitar!🙄😭

Quero muito a opinião de vcs e então adoraria comentários! Quero matar a saudade de todos!

Até dos fantasminhas!😄😂

Favoritos são bem vindos!

Não sei quando posto de novo mais vou tentar não demorar! Prometo!😍

Ah,Gostaria de divulgar minha nova one-shot Sasuhina e se vc puder dá uma olhadinha ok? Me ajudaria muito!😊 Ela foi pra um desafio de terror então…Tire suas próprias conclusões.💖 MAS LEIA!

Link: https://spiritfanfics.com/historia/-scared-of-lonely-6990298

Então… é isso!

Até a próxima!😊

Bjs de Negresco!😘😍
Euzinha!😄


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