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História 005 - Vendetta - The Kill


Escrita por: RubyMoor

Capítulo 1 - The Kill


Fanfic / Fanfiction 005 - Vendetta - The Kill

If you take a life

Do you know what you'll give?

Odds are you won't like what it is.

 

         Rússia, março.

         Louise estava parada em frente a porta que daria ao terraço, com o armamento pesando em suas costas, ela procurava uma música que a satisfizesse; ela podia negar o quanto quisesse, mas estava tão absorta naquele meio que se alguém aparecesse e apontasse uma arma para a sua cabeça, não iria notar.

         — 005 reporte sua posição. — A voz irritante de M pode ser ouvida.

         — 005 na escuta. Estou de fronte a uma porta. M, querido, você não tem a minha localização? — Louise provocou.

    — Você está parada fazem dez minutos. Já recebemos a localização de Zamorë e queremos que vá para a posição imediatamente.

         — Então o senhor irá me obrigar a ouvir Creed para atirar em um homem? Ah, obrigada.

         — 005, agora. — M ordenou; Louise sabia até onde podia irritar aquele homem.

        Enquanto sussurrava o refrão de What’s This Life For, apropriado para a ocasião, ela foi direto para o telhado e posicionou sua Mk-12 – um trambolho o qual ela ainda usava por indicação de colegas americanos, mesmo depois de ter sido quase expulsa do exército. O terraço tinha pedregulhos que machucavam o seu abdômen.

         Joseph Zamorë, um conhecido empresário e financiador de grandes governos, estava ao telefone. Ele era um homem poderoso e pediu asilo para Rússia para poder se proteger dos ingleses. Se nem ao menos Assange conseguiu, porque logo ele conseguiria? Vladimir Putin negou a entrada de Zamorë no país, mas um homem como ele precisa mais do que uma simples carta vinda do homem mais poderoso da Rússia.

         Parecendo um sapo morto, Louise pediu permissão para o tiro.

          — Permissão concedida, 005.

          — Um minuto... há uma garota, ruiva, conversando com Zamorë.... Droga...

          — Você o tem ou não na mira?

          — Sim, M, mas...

          — Atire!

         Louise respirou fundo e puxou o gatilho, acertando na cabeça de Zamorë – um mal costume dos tempos do exército. A ruiva que acompanhava Zamorë ficou olhando para o homem gordo, de cabeça branca no chão. Louise se abaixou para que não pudessem a ver - mesmo sabendo que era praticamente impossível. Os seguranças de Zamorë começaram a sair de todos os cantos do prédio a frente, interrompendo a avenida. Louise juntou as coisas e correu.

         — Preciso chegar ao carro. — Louise disse enquanto saia do terraço.

         — Um minuto 005.

         — M, eles virão atrás de mim, ache uma rota.

         — Um minuto.

         Louise descia as escadas com a Mk-12 empunhada, imaginando que aquela era uma péssima escolha, uma vez que não podia simplesmente jogar a arma para o alto. Ela corria pelos corredores sujos e estreitos do Hotel R.L Holmes enquanto a comunicação falhava. O carro dela, um Aston Martin Rapide S, estava estacionado em frente ao hotel e Louise jogou as coisas para dentro do carro e acelerou.

         — 005?

         — Q? Alguém pode me informar com quem estou falando?

       — O seu carro não foi integrado ao nosso sistema. — Louise revirava os olhos para a afirmação idiota de Q, uma vez que ela havia comprado o carro há um dia — Mas mandei para o seu celular a rota.

         — M? — Louise chamou.

         — Sim, 005?

         — Qual a chance de eu voltar para Londres e eles não virem atrás?

         — Não vamos nos prender em possibilidades, 005. Quando chegar ao porta aviões, estarão te esperando.

        M desligou e Louise seguiu a rota indicada por Q. Mas o que a intrigava era que tudo estava perfeitamente simples. Vocês não pode matar um dos maiores líderes da economia mundial por causa de seu envolvimento com terroristas e ficar por isso mesmo. Quase saindo da cidade, o carro começou a ser alvejado. O carro não era blindado e os estilhaços dos vidros a atingiam e dificultavam a corrida.

         — Tem três carros e duas motos atrás de você, vou tentar outra rota. — Q informou.

         — Não vamos nos prender em possibilidades. — Louise imitava a voz de M.

       Louise decidiu ir direto para a estrada, apenas a 1 hora de viagem do porta aviões. Louise sentia que o carro estava no seu limite de velocidade e mesmo assim duas motos estavam ao seu lado. Em uma fração de segundo, um tiro foi disparado e atingiu o seu braço esquerdo, justamente o que ela usava como dominante para atirar. Pegou sua Glock G21 e atirou nos motociclistas, atingindo ambos.

         — Preciso de reforço, fui atingida.

         Louise pode ouvir a risada abafada de M.

         — Cinco minutos! — M disse ainda tentando abafar a risada.

       Ela nunca pedia ajuda, reconhecer que precisava era algo cômico para M. A perseguição continuou e Louise foi atingida por uma bala que atravessou o carro, atingindo as suas costas; por um pouco não pegou na coluna.

         Quando fechou os cinco minutos, um helicóptero apareceu, disparando contra os carros que a perseguiam.

         — Viva a pontualidade britânica.

         — 005, consegue chegar ao destino?

         — Sim M.

         Londres,  Abril.

        — Creed... Creed... Maldita hora que baixei a discografia. — Louise reclamava enquanto estava esperando para ser chamada por M. — Moneypenny! — Louise disse subitamente.

         — Sim, 005?

         — Uma banda.

         — Uh... Ah, me acompanhe. — Moneypenny escapou da pergunta e levou Louise ao encontro de M.

        O escritório de M era velho – embora esta não seja a palavra correta – com uma ou outra coisa que remetia ao século. Louise gostava dali, era aconchegante. Porém a presença de um homem desconhecido a intimidou, deixando o sorriso de lado, Louise o analisava sem ao menos esconder.

         — 005, este é....

         — Bond, James Bond. — O homem interrompeu M, esticando a mão para cumprimentar Louise.

         — Ah... Ok, o senhor Bond, James Bond, está há quanto tempo trabalhando? Dois meses? — Louise perguntou com o cinismo marcado em sua voz.

         — 005, como pode ver o agente 007 foi... Voltou... Ao serviço...

         — Não foi ele que fugiu com a filha daquele assassino? — Louise perguntou.

         — Não vou discutir isso agora, 005. — M fez um gesto com a mão para que Louise calasse a boca, porém ela apenas deu de ombro. — Vocês sairão juntos para-

         — Não! Todas as mulheres que encontram esse homem morrem em cinco minutos, é ridículo tal qual um filme de ação dos anos 80. E eu trabalho sozinha. — Louise debochou.

         — Vocês irão para Áustria em três semanas. 007, pode nos dar licença?! — M ordenou para que James Bond saísse da sala — Pelo amor de Deus Louise, qual o seu problema? Você está prestes a ser mandada embora, você não tem e nunca teve o direito de escolher o serviço que queria.

         — Não foi isso que você me disse três meses atrás, no seu quarto, Garreth.

         M respirou fundo e riu, enquanto preenchia um papel e passava os dedos na têmpora.

         — Não faz muito tempo que estou aqui e você consegue trazer mais problemas que qualquer agente experiente.

         — Até mesmo o Don Juan? Ou você acha que não notei que ele olhou para o meu decote?

       — Boa sorte, 005. — M entregou o papel para Louise e entregou uma caixa preta. — Sei que gosta desses modelos que os norte-americanos usam, portanto considere isso como um presente.

         — Está me comprando, M?

         — Até logo, 005.

         Louise saiu do escritório de M e deu quase de cara com James. Ela o analisou mais uma vez, para que ficasse marcado aquele rosto. Era possível ver que a situação dos dois não seria a das mais agradáveis.

         — Foi um ótimo encontro, 005. — James disse cortês.

         — Claro que foi, 007.

         — Caso pegue uma granada na mão durante a nossa viagem, me avise. Eu sei que as pessoas costumam explodir perto de você. — James disse no ouvido de Louise e, após um breve sorriso, foi embora.

         Louise abriu a caixa e tirou a arma de dentro, porém Moneypenny veio ao seu lado.

         — Aqui está a munição.

         Louise guardou a arma e a munição e saiu do prédio o mais rápido que pode. Ela sabia que havia atingido um nervo de James, fazia anos que não precisava ser lembrada pelo o que ocorreu no Afeganistão.


Notas Finais


> Minha primeira fanfic do 007.
> 005/Louise é uma personagem original; eu saberei se você copiar e mandarei os Brycin atrás de você.
> Os eventos ocorrem após SPECTRE e serão explicados com o decorrer da trama.
> Louise NÃO é uma Bond Girl, lembre-se disso.

Se alguém souber o nome da moça da capa e quiser dizer...


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