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História 06h30 - Capítulo um


Escrita por: Byunbibu

Notas do Autor


Demorei mas cheguei, aha. Eu nem sei pq digo que não vou demorar, é de lei a minha pessoa enrolar para escrever mais do que a vida, mas também quando sento, escrevo um monte de uma vez, então capaz que hoje tenha mais uma ou duas fics atualizadas antes de ir trabalhar, então me amem muito.
E MUITO OBRIGADO PELOS MAIS DE 140 FAVORITOS, EU SEMPRE MORRO COM A RECEPÇÃO QUE VOCÊS DÃO AS MINHAS FICS, DE VERDADE, ME ANIMA DEMAIS ;;;

Relevem qualquer erro, logo tia Fabi entra aqui e arruma tudo pra mim <3 go go ler

Capítulo 2 - Capítulo um


O personagem 3, costuma sempre ser mais legal, mais divertido, mais feliz e consequentemente tornar a vida do personagem 1 mais colorida,

Cafeteria – 8:45 – o mesmo dia aleatório de outubro

 

- Diga quatro palavras que definam sua vida sem pensar. – Fui pego de surpresa com sua pergunta, mas não demorei a pensar, a animação tinha me pegado e eu estava gostando daquilo.

- Hm, café, livros, sexo e preguiça. – Respondi apressado depois de engolir um tanto do café que eu havia tomado. Já estávamos na cafeteria a duas horas e tinha estabelecido uma amizade anormal para tão pouco tempo. ChanYeol tinha 25 anos, era professor de matemática e apesar de ser meu oposto em profissão e gosto acadêmico, tínhamos muitas, mas muitas coisas em comum. – Sua vez.

- Acho que café, livros, sexo e exercícios físicos. – Depois de sua resposta, nos encaramos por míseros segundos antes de cair na risada ali mesmo.

Toda aquela preguiça matinal da caminhada já havia se dissipado completamente, não sabia bem se era pelo café ou pela alegria que aquele homem emanava naturalmente. ChanYeol era todo, absolutamente todo feliz, tudo o deixava risonho ou sorrindo, era o tipo que até batia palmas de felicidade quando ia comer o doce que tinha pedido para acompanhar seu café.

- Temos sexo, livros e café em comum. – Brinquei ao me recuperar da risada escandalosa que dava acompanhado a ele, já que eu geralmente não falava tão abertamente assim sobre minha vida, e nem parecia um bobo que ri de tudo, mas era contagiante e não conseguia controlar.

Com KyungSoo eu sempre fui preto no branco, tínhamos nossas piadinhas internas, mas era tudo muito sério e raramente caíamos na risada daquela forma, por isso me deixei ficar feliz por aquilo, ter um amigo que faz seus dias mais alegres é sempre saudável.

- E a mania de rir escandalosamente também. – Completou, e ri novamente, eu não era o tipo que ria daquela forma sem achar um mico enorme.

- Acho que isso não é costumeiro meu, meu namorado é muito sério e raramente rimos assim. – Expliquei após me acalmar um pouco, mas estranhei o fato dele mudar subitamente de expressão com o que havia dito. – Não me diga que você é homofóbico... – Sussurrei já meio decepcionado somente por imaginar tal coisa.

- Não não, é que eu estava te paquerando e parei para pensar uma coisa... Como você consegue namorar alguém tão chato. – O modo como cruzara os braços ao me falar aquilo me fez engasgar ao tentar rir, tipo, eu estava esperando outra resposta e não outra tão direta que me acabasse me matando engasgado. Definitivamente, não era aquilo que eu esperava ouvir.

ChanYeol viu que meu ar não voltaria sozinho, eu estava literalmente sufocando e com o rosto vermelho quando ele se deu conta que eu precisava de ajuda. Rapidamente se colocou contra minhas costas e começou a apertar com extrema força até conseguir me fazer voltar a respirar.

Geralmente as pessoas ficam desesperadas ao perderem o ar, mas eu não era aquele tipo de pessoa, sempre procurei manter a calma em tudo para não piorar a situação, sabe aquele instinto natural que sempre diz “calma”? Eu tinha ele em todos os sentidos da vida, desde a engasgar até dizer que amo alguém. Sempre tinha que respirar fundo e ter certeza que tudo ficaria bem.

ChanYeol também parecia aquele tipo de pessoa pois logo que conseguiu me ajudar, voltou ao seu lugar, me entregando um pouco do café que ainda tinha em seu copo para livrar minha garganta do ardor.

- Respondendo a sua pergunta, eu gosto de sexo. – Voltei a brincar, mas com mais calma. – E KyungSoo é meu melhor amigo que transamos as vezes, não posso dizer que é bem um namoro. Na verdade, ele só me disse em um dia aleatório que deveríamos ficar juntos, é cômodo, então chamo de namoro.

- Então isso quer dizer que está na pista? – Não aguentei aquela tentativa de parecer galanteador, ChanYeol era muito inocente para aquele tipo de flerte, era claro por suas bochechas levemente avermelhadas e o sorriso envergonhado contido por eu ter rido de sua pergunta.

- Acho que sim, se me interessar, quem sabe...

Depois daquilo, nosso assunto se focou mais em trabalhos e afins, nossa conversa durou tempo o bastante para não querer voltar a fazer caminhada e KyungSoo me ligar preocupado. ChanYeol e eu combinamos de nos encontrar no dia seguinte em frente a cafeteria as 06h30, para caminhar, conversar e consequentemente tomar um café para despertar.

Não vou negar que fiquei bastante feliz com a amizade nova, fazia um bom tempo que não ampliava meu ciclo de amigos. Desde que me mudei para Seul, o máximo que eu tinha de diversão era um passeio a biblioteca, não que eu não gostasse, mas percebi o quanto sentia falta de amigos alegres somente quando encontrei um.

ChanYeol mudou meu dia.

 

X

 

- Como foi a caminhada? – KyungSoo me indagou assim que abri a porta do nosso apartamento, era de aluguel, mas era nosso de qualquer forma, e de Xiumin também, outro amigo, mas esse conhecemos em Seul mesmo. – Achei que chegaria mais cansado ou desistindo da ideia de voltar amanhã.

Eu sabia que ele estava segurando o riso, eu era sedentário e todo mundo sabia disso, inclusive minhas gordurinhas marcadas quando eu usava jeans apertado demais eram a principal prova de que eu passava horas no sofá, escrevendo e comendo qualquer porcaria que achava na geladeira.

- Foi legal, logo no primeiro dia fiz amizade com um bonitão alegre demais, acredita? – Comecei explicando já bem animado, Kyung riu da minha animação e me pediu para me contar detalhes, meu melhor amigo não fica sem detalhes e quando falei como ChanYeol era, ele também concordou que era bonitão e que também ficaria olhando os músculos dele.

- Ele tem jeito de ser bem animado. – Comentou rindo quando falei do humor do altão.

KyungSoo era assim, ele ria, brincava e zoava, mas depois que o assunto morria, ele simplesmente parava de achar graça. Xiumin era o que ficava nutrindo nossas piadinhas internas já que eu era naturalmente quieto.

Eu sei que parece perdido, mas vou explicar minha personalidade melhor. Digamos que eu seja o tipo quieto e pensativo, de poucas atitudes, poucos sentimentos, poucas certezas. Tudo o que se refere a mim é meio que um segredo, dou risada sozinho dos meus próprios pensamentos, não exponho o que eu sinto, mas tenho uma pá de sinceridade que faz com que eu pareça alguém sociável. Por isso eu sempre digo que tenho que ir com calma com tudo, não gosto de cobrar nada de ninguém, e sempre tive muito medo da coisa chamada amor e casamento.

Sim, eu sei, é estranho ser assim, mas eu sou. Todos me dizem que tenho o sangue da frieza correndo em mim, mas não era, eu só não me expressava. Fazer o que, né?

Mas enfim. Meu dia se resumiu a escrever, estava buscando inspiração para um livro novo que me desse algum lucro para manter as contas e aumentar alguns dos meus luxos. Eu não era pobre, mas gostava de dinheiro. Escrevi até os dedos doerem, mas no final, não gostei de nada e mandei para a lixeira. Eu precisava era de inspiração e ultimamente era o que me faltava.

Porém, eu sabia onde poderia encontrar alguma ajuda quando olhei para o relógio e vi que faltavam alguns minutos para finalizar as aulas de uma escola que ficava a exatos três quarteirões da minha casa, cuja essa também, por ironia do destino, era a mesma escola que ChanYeol havia me dito que dava aulas.

Não demorei mais que cinco minutos para me arrumar relativamente bem, de manhã eu estava de moletom e suado, ChanYeol agora me veria como o verdadeiro Byun BaekHyun, bem arrumado e bem produzido para um café a tarde, mas claro, não deixei meu bloquinho de ideias de fora e nem um lápis que já estava tão gasto que mal cabia na minha mão, mas era somente aquele que eu tinha, então fui munido disso, beleza e dinheiro para comer até não sobrar mais espaço na minha barriga.

Era barulhento o modo como aqueles adolescentes saiam às pressas da escola, e como alguns ficavam em rodinhas atrapalhando a saída dos outros que tinham que ficar desviando daquela bagunça toda e observar aquilo me fez tem uma súbita ideia sobre como colegiais agiam, poderia usar isso em algum livro, por isso rapidamente anotei em meu bloquinho, não dando para perceber quando uma figura alta apareceu no portão.

- Baek? – Ouvi meu nome ser chamado aos gritos no meio daquele alvoroço todo e atrair minha atenção, aquela voz rouquinha e gostosa era reconhecível até mesmo no mais barulhento show do mundo, por isso rapidamente meus olhos alcançaram a figura despojada completamente rodeado de meninas de aparentemente uns 15 anos. ChanYeol era bonito, não seria novidade alguma ter alunas em seus pés.

Rapidamente atravessei a rua e no instante que cheguei perto, senti seu abraço me apertar como se fossemos amigos de anos e notei que aquilo tinha um motivo quando as meninas começaram a bufar irritadas.

- Oi, Chan. – Saudei com a voz incrivelmente manhosa, não sei o que me deu para falar daquela forma, mas acho que ele gostou da ideia, pois rapidamente me roubou um selinho inesperado, e o motivo para fazer aquilo se tornou plausível quando uma das meninas indagou em alto e bom som se ele tinha namorado.

Depois disso elas saíram raivosas de onde estávamos e deu liberdade para eu e ChanYeol também sairmos, abraçados, diga-se de passagem, mas não questionei nada até estarmos a uma boa distância da escola.

- Me desculpe ter te beijado quando você namora, essas meninas ficam no meu pé desde sempre e mesmo eu dizendo que namoro elas continuam em cima. – Se explicou quando viu que não havia mais ninguém a nossa volta. – Então fiz a primeira coisa que me veio à cabeça e muito obrigado por não me empurrar.

- Relaxa, eu notei isso assim que me abraçou e não tem problema, foi só um selinho. – Sussurrei em meio a uma risadinha que logo foi acompanhada por ele. Aquilo me deu uma inspiração para personagem e rapidamente anotei em meu bloquinho que o próximo par romântico do meu livro, teria alguém bonitão e sorridente.

- Hm, eu sou bonitão e sorridente? – Me indagou assim que bateu os olhos no meu bloquinho, me fazendo morrer de vergonha por ele ter lido aquilo daquela forma.

- É sim, mas não vem ao caso. – Ri novamente, mas dessa vez de nervoso e vergonha. Minhas bochechas provavelmente estavam vermelhas por causa da exposição de pensamentos, mas vamos relevar.

- E o que é esse bloquinho? – Não estava tão curioso assim de manhã.

- Eu sempre carrego ele quando preciso ter inspiração para os meus livros. Anoto tudo o que acho interessante para colocar em uma história, ajuda bastante quando não tenho ideia do que colocar na personalidade dos meus personagens.

- Então algum personagem seu vai ser bonitão e sorridente? – Não contive o riso mais alto dessa vez. Olhei em seu rosto e ele parecia aquela mesma criaturinha fofa e sorridente que conheci de manhã, e consegui afirmar que seu sorriso era contagiante com toda certeza do mundo.

A fileirinha de dentes branquinhos e perfeitos, junto a covinha na bochecha e uma leve ruguinha em baixo dos seus olhos, deixavam aquele sorriso estranhamente fofo e infantil, e era inegável que me fazia querer sorrir junto.

- E devo acrescentar que é um sorriso contagiante também. – Sabe quando bate aquela vontade de morder alguém pela fofura, mas aquela vontade não só de morder, mas de bater, socar e tirar pedaço das bochechas só pelo modo envergonhado como ela reagiu a algo que você falou? Eu senti exatamente isso quando ele abaixou a cabeça e conteve um sorriso enquanto o vermelhão tomava conta de seu rosto.

Tive que contar até mil para conter um gritinho histérico de fangirl de anime Fluffy, e sabia que se estivesse em um anime, eu estaria com o nariz jorrando sangue para todos os lados.

Mas o assunto morreu ali quando entramos em uma padaria que emanava tudo o que eu gostava somente pelo cheiro e foi naquela padaria que tive mais inspirações enquanto conhecia mais afundo quem era ChanYeol.

E por incrível que pareça, deixei que ele me conhecesse também.

 


Notas Finais


É isso, segundos capítulos sempre me deixam nervosa, então por favorzinhoinhoinho me digam se está bom, isso me estimula demais a continuar.
Enfim, enfim, meu twitter é @byunbibu pra quem quiser conversa <3


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