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História 06h30 - Capítulo dois


Escrita por: Byunbibu

Notas do Autor


Demorei, mas cheguei, eu seeeeeeeei kkkkkkkk mas viver a realidade é bom e ando me esquecendo daqui de vez em sempre kkkkkkkkk então, desculpem q
Relevem qualquer erro e muito obrigado por todos os favoritos e apoio que andam me dando <3 estou muito feliz por ter conseguido bater mais de 800 seguidores aqui, me deixa tipo, hiper animada pra continuar escrevendo fics
E QUERO DEDICAR ESSE CAPÍTULO PARA O JUNINHO, ele não entende nada de kpop, nem de viadagem, mas me ajudou com uma ideia para a coisa toda aqui e fica me fazendo rir o dia todo, me fazendo passar vergonha e essas coisas q.

Capítulo 3 - Capítulo dois


Quando o personagem 3 se torna parte da sua rotina, mas a mudando completamente a ponto de ser o primeiro pensamento do dia seria um sinal?

 

05:30 – Ainda em casa na cama – um dia aleatório de dezembro

 

“Você me encontra na frente da cafeteria para a nossa caminhada? ” – Fui indagado por uma mensagem de ChanYeol. Desde o primeiro dia combinávamos por mensagem se teria a caminhada diária matinal, e por incrível que pareça, eu não havia desistido nenhuma das vezes e estava lá sem nenhum minuto de atraso.

“É claro, Chan.... “ – Respondi tentando não ser tão expressivo quanto meu rosto estava. ChanYeol vinha mudando minha rotina tinha apenas dois meses, sendo a única pessoa que via meu rosto de manhã, assim como vinha sendo minha inspiração para o meu livro. Eu havia encontrado nele o personagem perfeito para o romance que queria desenvolver.

Mas no momento isso não deveria vir ao caso, eu tinha que levantar e a preguiça estava grande. KyungSoo estava abraçado a mim e já fazia um bom tempo que isso não acontecia e o calor de seu corpo apenas me fazia ter ainda mais preguiça de levantar. Só que promessa é dívida e ChanYeol sempre fazia minha preguiça sumir quando se tratava do seu humor.

- Já vai? – Kyung indagou quando me sentei na cama, mas ainda estava com os olhos fechados e completamente escondido em baixo dos cobertores.

- Sim, manter essa bundinha linda dá trabalho. – Brinquei, mas ele não riu e ignorou minha animação, senso de humor zero mesmo após sexo antes de dormir. Mas não vou deixar que isso atrapalhe o meu dia, e por isso, fui direto para o banheiro, saindo sem me despedir.

Se quer ficar com o mau humor, que fique sozinho, meus dias andam animados demais para me deixar abalar com isso.

Passei na padaria perto de casa para pegar apenas um café, e acreditem ou não, peguei o ritmo de corrida até chegar a cafeteria como vinha fazendo na última semana.

- Está animado, hoje, hein. – Fui recepcionado com aquela voz agradável e gostosa que infelizmente me afetava de alguma forma. Não é afetar do tipo, ur, meu coração vai parar, é mais algo como uma dose de energia alegre que me fazia ter animo e sorrir.

Não sei muito bem como explicar isso, podia ser o sorriso dele, o seu jeito alegre e brincalhão com tudo, talvez o leve sotaque que ele deixava escapar as vezes e até os abraços que ele me dava quando via que eu não estava muito feliz.

- Culpa sua que me faz ter esse pique todo. – Respondi já sorrindo junto a ele e não demorando muito a começar a andar, tomar um ritmo e vez ou outra parar no caminho para rir de suas piadinhas.

Quando demos algumas boas voltas, tanto eu quanto ele já estávamos sem a parte de cima do casaco de frio apesar do vento gélido, mas não estava incomodando, era bom sentir aquele friozinho e já era por volta das 8h quando resolvemos tomar café da manhã.

O café da manhã era algo que havia virado uma rotina que eu só tinha com ChanYeol, o único dia que não fazíamos isso era no domingo, porque segundo ele, tinha que passar com seus pais como se fosse uma lei, mas fora isso todos os dias, era naquela cafeteria que até os funcionários já nos conheciam bem.

- Bom dia Baek, Chan. O que vão querer hoje? – Era um dos garçons dali, se chamava SeHun e era sempre ele que nos atendia todos os dias. As vezes até se metia nos nossos assuntos, mas era um bom menino.

- Eu quero café, um pedaço de bolo de morango e um pedaço de pão recheado. – Pedi e ChanYeol disse que queria o mesmo.

- O que vai fazer hoje?

- Vou pra casa, sentar e escrever mais um tanto do meu livro... ou pelo menos tentar. E você?

- Você não percebeu nada de diferente? – Olhei em volta para ver se havia algo errado com tudo ou coisa do tipo, a única coisa diferente que notei era que a cafeteria estava mais vazia que o habitual, mas não era tão anormal assim.

- Não... o que tem de errado? – Perguntei inocentemente ainda tentando perceber o que era, mas nada mesmo me vinha a cabeça. Estava igual a todos os outros dias.

- Hoje é domingo, Baek... - Eu não sei o que fez meu coração falhar uma batida, mas pode ter sido o sorriso diferente que ele havia me lançado e o modo como segurou minhas mãos. – E não quer deixar seu livro para depois apenas por um dia e sair comigo?

Eu sabia que estava sorrindo e ele já sabia minha resposta somente pelo jeito que eu estava balançando o canudo contra a mesa. Subi meus olhos até seu rosto, desci até minhas mãos e depois subi até seus olhos de novo, minha única resposta havia sido um sorriso envergonhado e um aceno positivo da cabeça junto a minhas bochechas levemente avermelhadas.

- Já te disseram que você é a coisinha mais lindinha desse mundo? – Acho que a intenção dele em me deixar com vergonha era verídica.

- Cala a boca e come para irmos logo, minha curiosidade está grande. – Murmurei emburrado, agradecendo por ele ocupar sua boca com o que pedimos e eu também poder matar minha fome.

Meus olhos estavam me traindo sem motivo aparente, eu sempre o olhava, mas por algum motivo estranho, eu estava sorrindo enquanto o olhava, rolava uma confusão na minha cabeça e em seguida fugia do que estava fazendo, mas de novo, quando eu me dava conta, estava lá de novo com os olhos fixos em seus olhos, ou em seu sorriso, ou em simplesmente suas expressões.

E o pior não era eu estar fazendo isso, era ele sorrir sempre que percebia e na última vez, me dar uma piscadela que me deixou completamente sem graça por tamanha vergonha.

- Terminei, vamos? – Se levantou, indo pagar a conta sem nem mesmo me esperar, como sempre fazia, fazia um bom tempo que eu não sabia o que era pagar conta quando estava com ele, era já normal isso.

- Vamos. – E saímos da cafeteria logo em seguida, andando em direção oposta onde normalmente íamos quando voltávamos para casa. Andamos sem pressa até um estacionamento que eu nem sabia existir por ali, ChanYeol havia dito que seu carro estava ali e que onde iria me levar não dava para andar a pé, então, logo achamos aquele enorme monstro que ele usava para dirigir.

- Não sabia que você gostava de dirigir monstros. – Brinquei assim que entrei em seu carro e vi o quanto era espaçoso, mas era aceitável levando em conta todo o seu tamanho. Além do fato de ChanYeol ser completamente atrapalhado, em um carro pequeno, provavelmente seria um desastre completo.

- O carro tem que combinar com o dono, não? – Respondeu forçando seus braços fortes, mas que nem de longe chegavam a serem iguais aos de um monstro, eram músculos bonitos.

Ri em resposta de sua atitude, mas ele não ficou muito tempo se exibindo e rapidamente passou a dirigir pela cidade, sempre cantarolando alguma música de rock calma que soava baixa pelo rádio do carro.

E naquele tempo que ele estava entretido demais com a estrada, pude deixar meus olhos me traírem sem me preocupar. Consegui fitar algumas das espinhas que tinha em seu rosto, assim como alguns mínimos pelinhos de barba que ficaram para trás, uma leve ruguinha que se formava em baixo de seus olhos sempre que sorria e também seu cabelo bagunçando com o vento que entrava pela fresta deixada na janela.

ChanYeol era literalmente o personagem mais apaixonante dos meus livros e eu poderia passar meus dias descrevendo cada detalhe seu rosto assim como sua personalidade, que no meu livro, seguia exatamente igual ao que ele era. E antes que pensem que eu estou apaixonado por ele, podem tirar o cavalinho da chuva, eu só disse que ele é apaixonante.

Nem me dei conta de quando chegamos ao alto de uma montanha depois de algumas horinhas de viagem, tinha muita neblina em um pequeno caminho de terra que levava a um lugar ainda mais alto, eu não sabia onde era e muito menos sabia o nome, mas sabia que era em alguma região de montanhas.

Quando o carro parou, quase não dava para ver nada, a pressão do ar era bem mais forte e estava bem mais frio, por isso vesti o casaco outra vez, ficar doente não era legal.

- Vem, é legal ver de fora, daqui fica embaçado. – Vi o mais alto sair do carro e o acompanhei, não conseguindo ver muita coisa a princípio por conta da neblina forte, e nem quando fui mais para frente.

- Não consigo ver nada. – Murmurei com um biquinho de birra que fez ChanYeol rir enquanto se sentava no capô do carro, coisa que eu não consegui fazer por ser baixinho, o que novamente fez ChanYeol rir e vir até mim, me pegando pela cintura e colocando em cima do carro como se eu fosse um brinquedo em suas mãos. – E você é muito fofo.

Não sei o que deu nele, sinceramente não sei o que aconteceu com tudo ao redor que pareceu ser perfeito para ele se encaixar entre as minhas pernas e selar meus lábios sem que eu percebesse a aproximação, assim como me deixar levar por seu beijo a ponto de ter meus dedos embolados em seus cachinhos enquanto me deixava perder o ar em seus braços.

Meu coração estava a mil, meus lábios pareciam formigar e minha pele parecia gritar por todo contato possível com o calor do corpo dele, mas tão rápido e inesperado como começou, também acabou, ficando apenas um vazio enorme no vácuo onde o corpo dele estava e meu coração implorando para que aquela adrenalina voltasse a me corroer inteiro.

Eu demorei alguns minutos para me situar outra vez e achar focar minha cabeça em qualquer coisa que pudesse me tirar daquele transe, mas um vento forte apareceu e levou para longe boa parte daquela neblina que atrapalhava minha visão, deixando apenas a vista das costas de ChanYeol a beira de um penhasco com uma das vistas mais lindas que eu poderia ver.

Senti que todo o ar do mundo havia sido sugado de mim ao ver seu rosto virar para mim e sorrir, me chamando com uma das mãos.

Poderia parecer uma coisa normal, mas a situação em si, o modo como ele estava, seu sorriso e todo o combo que era Park ChanYeol me fez sentir um reboliço na barriga que eu nunca havia sentido na vida. Em meus livros, eu descreveria aquilo como as ditas borboletas no estômago, mas eu não sabia se realmente eram elas. Eu nem sabia o que estava sentindo, mas meu instinto dizia que eu teria que ir até ele.

- Não vai perguntar o motivo? – Me indagou assim que me coloquei ao seu lado, recebendo um abraço lateral enquanto analisava o pequeno mundo coberto por neblina se movendo bem abaixo dos meus olhos.

- Minha mãe me dizia que quando coisas boas acontecem, a gente não deve perguntar o motivo, para que assim possa se repetir... – Murmurei aéreo sem me dar conta do que realmente queria dizer. Era aquilo que eu sentia e não via problema em expressar daquela forma.

- Tudo no seu espaço e tempo. Só queria que soubesse que estou aqui e soubesse a forma como te vejo.

- Queria dizer algo, mas mesmo sendo um escritor e conhecendo várias expressões, eu não consigo dizer o que estou sentindo agora... – Murmurei levemente envergonhado, mas confortável do jeito que estávamos ali.

- Então apenas sinta, quando achar a palavra certa, a gente nomeia as coisas. O melhor de tudo é sentir...

E então senti como se toda aquela montanha tivesse sendo tirada debaixo dos meus pés e estivesse sustentando apenas por seus braços quando seus lábios novamente tocaram os meus, de forma calma, lenta e carinhosa, podendo sentir cada mínimo canto de sua boca carnuda e bem desenhada com a minha própria.

 

 

Nesse dia aleatório de dezembro, em um domingo único, o personagem 3 havia aparecido como aquele que abala as primeiras estruturas do relacionamento perfeito, mostrando que comodidade não é amor, e sim que até mesmo com a rotina, um simples sorriso pode mudar um dia inteiro. 


Notas Finais


E o que acharam?
Esse personagem três tá sendo inspirado numa pessoa que eu nunca imaginei na minha vida, gente, mds, tá roubando meu core sem eu nem ver, então, se apaixonem por ele como eu estou. O próximo vai ter umas cenas baseadas em fatos reais, então qqq aproveitem pra me animar q
Meu twitter é @byunbibu caso queiram conversar qq


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