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História 1 Metro e 80 de Amor - CAPÍTULO 2


Escrita por: jamssis

Capítulo 2 - CAPÍTULO 2


Fanfic / Fanfiction 1 Metro e 80 de Amor - CAPÍTULO 2

Estávamos no 12° andar quando o elevador balançou e as luzes começaram a piscar.

– Matt, vamos morrer!

– Calma, calma, deve ser algum problema técni... — ele nem terminou a frase e as luzes apagaram de vez.

– Mano, Greco, me tira daqui! —
comecei bater na porta. – Socorro! Me tirem daqui! — e de fundo só havia silêncio. – Matthias? Me ajuda abrir aqui!

– Mel, relaxa... A luz deve ter acabado.

– Tenho medo de escuro, de lugares fechados e de elevador. Eu vou morrer!
Eu vou morrer! E você fica aí parado me dizendo coisas óbvias! Já percebi que a luz acabou! — o desespero tomava conta do meu corpo, minhas pernas estavam trêmulas, minha respiração era tão rápida, que eu já podia sentia uma dor no peito.

– Respire fundo! Não vai acontecer nada! Para de drama.

– Não... isso não é drama! Eu estou te falando com sinceridade! — minhas mãos estavam formigando, meus olhos piscavam tão rápido, que eu já sabia que meu corpo iria fraquejar e despencar no chão daquele elevador. – Droga! Droga! De novo não! Isso só pode ser brincadeira!

– O que eu devo fazer?! Isso me parece uma crise de pânico! Bom... e você nesse caso, precisa se distrair.

– Matthias, pelo amor de Deus! Me tira daqui! — minha respiração estava tão ofegante, que parecia que eu havia acabado de correr quilômetros.

O silêncio pairou sobre nós, apenas se ouvia minha respiração cansada e desesperada. O jovem parecia pensar em uma solução, o que me deixava cada vez mais nervosa, pois aquele pequeno lugar me deixava aflita, com uma grande angústia no peito.

– Dizem... apenas dizem! Que existe uma coisa que pode com certeza distrair uma pessoa facilmente em segundos! — ele se aproxima procurando segurar em uma de minhas mãos.

– Que coisa é? Então faça logo!

– O que eu não faço para ajudar as pessoas, não é?

Gentilmente ele soltou minha mão, e pousou sobre minha cintura, e depois rapidamente, me puxou para junto de seu corpo.

– Matthias, o que você está fazendo?!

Xiu, Melissa! Você fala demais!

Uma semana antes:

– Terminar o namoro, Augusto? Assim do nada? E ainda por telefone...

– Você sabe que é melhor assim, Melissa! Isso não vai dar certo... Brigamos o tempo todo, somos diferentes, gostamos de coisas diferentes! Você não me suporta, não suporta meu jeito grudento e "super-protetor"! E você... bem, você é super grosseira às vezes, e odeia bancar a namorada carinhosa, e sei o quanto você se esforça. Mas não dá pra mim.

– Ah... Eu sou a "bruta" agora? Tu queria que eu fosse o que? Uma garotinha dócil e meiga?! Oh, Céus! Em que planeta você vive? No da Disney, com certeza! Você é estúpido, Agusto!

– Está vendo só? Tô cansado de estar sempre laçado por você! Na relação só você fala, só você decide, só você tem razão!

– Sim, sou a dona da razão! Mas vivo pedindo desculpas, vivo fazendo de tudo para ser como você quer! Desde que começamos a namorar, evitei ser essa ogra que sempre fui, e você nunca percebeu meu esforço! Estou cansada de ouvir sempre essas mesmas histórias... Também não dá mais pra mim, Augusto! Preciso de alguém que me aceite como sou, e não que tente me mudar o tempo todo.

– Ainda bem que você sabe! Espero que o próximo trouxa, te faça melhor! — após a frase frustante, apenas ouvi desligar do telefone.

Uma semana depois:

– Eu não falo demais!

– Xiu! — Matthias colocou seu dedo indicador sobre minha boca, em sinal de silêncio. – Assim fica mais fácil.

Agora com suas duas mãos, o rapaz segurava em minha cintura. Estávamos tão juntos, que eu podia sentir o quente de sua respiração. Paralisada por tê-lo  pela primeira vez, tão próximo a mim, não consegui reagir, todas as palavras e movimentos se perderam por causa do momento surpresa. Com seus lábios macios, ligeiramente ele beijou meu pescoço, justamente no ponto onde eu mais conseguia sentir o prazer de me arrepiar. Em conjunto, suas mãos agora acariciava minhas costas, fazendo-me esquecer de onde eu estava, e como eu estava.

– Adoro esse perfume! — ele sussurrou no canto só meu ouvido.

Arrastando a ponta do seu nariz, até a ponta de meu nariz, Matthias juntou nossos lábios delicadamente.

Horas antes:

– Posso me sentar aqui? — Matthias disse ao se locomover até um dos primeiros bancos do ônibus de viagem, qual a escola havia contratado para nos levar a um passeio.

– À vontade! — digo fazendo pouco caso.

– Término de namoro é um saco! Entendo bem, apesar de que nunca provei um relacionamento sério!

– Hum... — tento não parecer interessada, mas logo algo despertou o contrário em mim. – Como você sabe que terminei meu namoro?!

– Tumblr... É lá que as pessoas se refugiam para desabafar quando terminam o namoro ou querem se matar!

– Que coisa horrível de se dizer!

– Até pensei em mandar outra mensagem anônima para levantar seu ego como da última vez, mas preferi fazer isso pessoalmente. — ele abre um sorriso atrativo ao perceber meu espanto.

– Então foi você?! Deus, jurei que fosse as meninas! — digo completamente envergonhada.

– Agora você já sabe quem foi realmente! — ele diz como se aquilo não tivesse importância alguma. – Deixa eu ver suas músicas...

– Não sei se você gosta do mesmo estilo que eu, mas experimenta entrar no meu mundo! — digo simpática, afim de não demonstrar o quanto eu havia ficado constrangida com a notícia.

– Skrillex?! — ela puxa rapidamente o fone que estava posto em meu ouvido direito. – Vejo que temos algo em comum!

– Ainda bem que você tem bom gosto musical! — digo aliviada.

– Digo o mesmo! Além de gata, sabe quais músicas ouvir. — ele me olha com aprovação, e eu apenas sorrio e desvio o olhar rapidamente.

Horas mais tarde:

Por quê?! Eu só queria entender o porquê desse beijo, desse momento, desse dia! O que havia acontecido? Dias atrás, até mesmo anos atrás, eu sequer passava de uma garota qualquer para qualquer um naquela escola. E agora, de repente, essa cena?! Não tem como aproveitar o beijo, mesmo que ele seja ótimo, com tantos pensamentos na minha cabeça. O beijo em si não me distraiu, mas as dúvidas sobre ele é que me levaram a outro planeta.

– Isso está errado! — digo quase num sussurro.

– Eu beijar uma garota bonita?

– Não... Você beijar a mim!

Evitando comentar aquele comentário aleatório em meio a uma cena de beijo, Matthias continuou me mimando com carícias por todo o corpo.

Horas antes

– Chegamos! — ouvi um grito vindo do fundo do ônibus.

– É um saco sentar aqui na frente! — digo desanimada.

– E por que não sentou lá atrás?! — Matthias pergunta curioso.

– Porque cheguei atrasada, então consequentemente perdi qualquer oportunidade de sentar lá no fundo!

– Nossa! Que prédio sensacional! — Matthias diz ao esticar-se por cima de mim e olhar pela janela.

– Me diz que a nossa exposição é no primeiro andar! — falo com preocupação.

Saímos todos do ônibus, orientados pela professora de Biologia, em uma fila única de ordem aleatória.

– Alunos, o elevador é pequeno, suporta apenas 5 pessoas por vez. E como estamos em 23, a última viagem será com três pessoas, pode ser? — a professora diz claramente, e todos concordam.

– Professora, por acaso eu poderia subir de escadas? —levanto a mão ao fazer a pergunta.

– Se você estiver interessada em subir até o 15° andar... — ela diz com um tom zombeteiro e todos riem por breves segundos.

Horas mais tarde:

– As luzes se acenderam! — digo empurrando o jovem para longe de mim, e no fim eu não sabia se eu estava feliz porque enfim eu sairia do elevador ou porque aquele beijo havia acabado.

– Então deixa eu aproveitar! — quando ele viu que ainda estávamos no 12° andar, ele rapidamente voltou a me beijar.

O que há de errado comigo? Eu havia esperado por isso três séries inteiras, e agora que aconteceu, não pareceu ser tão especial. Droga! A quem eu quero enganar? O fato de Augusto ter terminado comigo, bloqueia o fato de eu ser feliz novamente? Porque sinceramente, o Matthias conseguiu ter o melhor beijo que alguém jamais poderia ter.

Horas antes:

– Pra subir foi um inferno! Imagina para descer... Odeio elevadores! —digo ao Matthias que havia passado praticamente o dia todo ao meu lado.

– E olha só que sorte a nossa... Iremos descer sozinhos, aliás, nós dois junto com a professora. — ele diz ironicamente.

Comecei a analisar o quão rápido a fila estava diminuindo, e eu sendo a última dela, me deixava cada vez mais apreensiva. E quando me dei conta, havia chegado minha vez de entrar naquele transporte tão aterrorizante segundo minhas fobias.

– Acabei esquecendo de pegar os cartões de visitas que me ofereceram para distribuir para vocês... Além desse evento sobre o Reino Animal, haverá outros! — a professora diz colocando a mão sobre a cabeça. – Vou pegar os cartões... Vão vocês dois, logo vou também!

Só nós dois?! – pensei assustada.




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