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História 1 Metro e 80 de Amor - CAPÍTULO 5


Escrita por: jamssis

Capítulo 5 - CAPÍTULO 5


P.V.O Matthias



– Me larga, moleque! Sim, é isso mesmo que você é, um moleque, que um dia te chama te flor, mas no outro te mata para jogar flores no seu caixão. — ela disse com fúria nos olhos, como jamais eu jamais havia visto em todo esse tempo.


Em meu entender, não imaginei que ela ficaria tão chateada, aquilo que havia acontecido, tinha sido apenas um mero momento, especificamente uma "ficada". Concordo até então, que foi uma das melhores, mas não achei que se tornaria um motivo para se apegar. Na verdade ela sempre sentiu algo por mim, isso conheço a muito tempo, mas o máximo que sinto por ela é atração e admiração por ser uma pessoa de bom coração; até mesmo sensata. 


Seu corpo é sensacional, tenho que admitir... um violão perfeito com dois volumosos "objetos" atrás do decote. Mas não só seu corpo chama atenção, pois após alguns anos, suas afeições amadureceram, lhe dando uma bela aparência. Seu cabelo é cacheado, mas ela costuma alisa-los, e os mesmos se exibem na altura da cintura, tendo uma coloração escura por natureza; castanho escuro, quase preto. O par de olhos negros como o céu escuro, me traz um mistério indesvendável, assim como o sorriso de ouro — não quero que soe como se ela tivesse dentes amarelos, o que sinceramente não posso afirmar, mas quero dizer o quanto o sorriso dela é "brilhante" — e até mesmo contagiante.


Ela é insana, às vezes me assusta com algumas atitudes, mas agora me faz rir.


No momento em que passei ao lado dela hoje, me encontrava de fones de ouvido... Até pensei oferecer um espaço debaixo do meu guarda-chuva, mas não queria que ninguém desconfiasse dos nossos "beijos" no elevador; já é óbvio isso, mas o que me preocupa é alguém imaginar que estamos tendo algo sério, e isso jamais. Na verdade, namorar é uma respondibilidade que podemos evitar... Seria um martírio ter alguém me ditando limites ou tentando me convencer a mudar. 


Quando a vi passar como um pinguim desajeitado, escorregando aquela ladeira, juro que não pude cessar os risos após dar de costas para a garota; ela é tão desengonçada que chega a ser desagradável. A mesma gritou tão alto e estridente, que pude ouvir mesmo com a música no último volume... E sim! Continuei andando e fingi não me importar, até mesmo quando ela me empurrou; percebi o quanto ela queria atenção, e dar isso à ela, faria com que se apegasse mais, e depois ficaria me assolando com esse assunto.


A chuva estava forte juntamente com o vento, então aguardei alguns instantes debaixo da cobertura de um restaurante. Mas enfim, após muito tempo perdido consegui chegar a casa do Pedro. Precisávamos finalizar as ideias para a grande festa (o momento mais esperado por nós dois).


– Então pegou a Melissa, não é cachorro? — Pedro disse num instante em que pensávamos silenciosamente em qualquer ideia que pudesse completar o pacote. 


– Nem me lembre!


– Porque não? Mó partidão, parceiro!


– Da onde nós paulistas, tiramos a palavra "Mó"?


– Não muda de assunto! 


– É que não tô afim de pensar em que ela pode se apegar! Ela terminou o namoro faz pouco tempo, coração está vulnerável...


– Pê! Estou com uma sede! — de repente vejo Melissa, o que eu não realmente não esperava. E se não bastasse apenas observar a pequena morena à minha frente, observei melhor seu corpo através da única peça de roupa que vestia... uma camiseta branca na altura da coxa. – O que você está fazendo aqui?!


– O banho foi bom?! — disse Pedro na intenção de apaziguar ao coisas.


– Foi ótimo! — ela diz com um sorriso sarcástico.


– Ele veio me ajudar com os preparativos da festa! Tem muita coisa para fazer ainda. — Pedro se levanta para pegar um copo de água a sua "nova colega". – Ual! — ele di após ter finalmente reparado, o quanto ela estava incrível naquela peça de roupa.


– O quê?! — ela se analisa, procurando algum defeito.


– Não imaginei que ficaria... — percebo o quando que o amigo estava envergonhado por deixar escapar um expressão, então, para também provocar a morena, completei a frase.


– Que ficaria tão bom!


– Você é ridículo, Matthias! — ela diz semicerrando os olhos.


– Vocês dois não vão começar a brigar, não é?! — Pedro diz, a puxando pela mão até a sala. – Temos muito a fazer! E a Senhorita pode ficar aqui sentada, enquanto arrumamos as coisas.


– Com certeza! É melhor deixá-la aí, porque é capaz que ela escorregue de algum jeito é estrague a decoração. — digo afim de fazê-la lembrar da vergonha qual havia passado mais cedo.


– Eu vou fingir que não ouvi isso! — ela revira os olhos.


– Mas se você quiser ajudar, aceitaremos na boa! Aliás, quem se importaria com ajuda? — Pedro sorri gentilmente para a menina.


– Eu vou ajudar sim! — ela diz determinada


Sem perder tempo, começamos a fazer os preparativos para festa. E após arrastar alguns móveis pesados, optei por colocar as bebidas na cozinha, que foi quando a pequena Melissa me chamou, pedindo ajuda para colocar um dos equipamentos de luz no canto de cima da parede (já que ela não alcançava mesmo utilizando escadinha móvel). Quando a mesma começou a descer tive a imagem perfeita de uma parte do corpo dela, e foi nessa hora que meu corpo implorou por uma ação. E desculpe, mas sou homem, e se eu não tirasse nenhum pedacinho dela naquele momento, eu não seria mais esse homem. Até porque, sei que elas nunca resistem (mesmo que tentem). Eu só precisava encontrar minha deixa, que foi no instante em que ela escorregou seu pé esquerdo e caiu em meus braços. Nossos olhares se encontraram, e logo nossos lábios também. Era como se fosse algo espontâneo, qual se tornou um momento perfeito... perfeito até o Pedro aparecer cortando o clima.


De alguma forma, ela se sentiu ofendida, talvez até brava consigo mesma por não ter tentado impedir ou evitar aquela situação. E quando ela virou as costas, frustada, me senti obrigado a concertar aquilo. Algo que eu nunca fiz foi tentar concertar, porque quanto mais ódio, as chances de ela não se apegar seriam maiores. Mas algo me moveu até ao último degrau da escada e me fez segurá-la pelo braço, onde ouvi suas ofensas contra mim.


– Não vou enterrar ninguém! Espera, vamos conversar. — dito tentando me desculpar, sem saber sobre o que eu devia desculpas.


Antes de sair finalmente, Melissa apenas me encarou, e ignorando o fato de eu tentar me desculpar, deu de costas novamente, apenas acenando para Pedro, que decidiu manter distância daquela "briga".


– Você nem me avisa! Como você traz ela pra sua casa e não me avisa? 


– Não achei que faria diferença pra você! Aliás, pra quem não quer deixar "elas" se apegar, está mantendo contato demais. — Pedro diz me zombando.


– Foi meu impulso de merda! Mas... o que ela estava fazendo aqui, aliás, desde quando vocês viraram "amigos"?


– Qual é? Tá me entranhando? 


– Não quis dizer que vocês fizeram algo em relação a dar uns amassos... 


– Ah, sim! — ele diz alviado. — Eu dei um banho de lama nela, quando passei com minha bicicleta numa poça de água, próximo a ela... Aí ofereci abrigo! — ele diz dando uma breve risada.


– Quanta intimidade!


– Ihh! Tô falando! Cê tá me estranhando! Ciuminho?


– Tá doido? Isso não aconteceria nunca! Ouve bem o que estou dizendo... Nunca!




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