História 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você - Página Três

SOTAQUE BRITÂNICO
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Assim que Winston entrou em casa, eu soube que ele não havia conseguido o emprego.
Não vou mentir e dizer que fiquei triste por ele, bom, eu fiquei, no início.
Eu queria muito rever Nick, queria do fundo do meu coração e se Winston tivesse conseguido o emprego, seria algo impossível de se realizar.
Meu relacionamento com Winston poderia estar indo de mal à pior, mais eu ainda me importava com ele.
São dois anos juntos, afinal de contas.
Larguei minha xícara de chá e fui até ele, me sentando ao seu lado no sofá.

— Você está bem? — Perguntei, mesmo sabendo a resposta.

— Eu não consegui. De novo. — Ele suspirou tristemente.
É esse seu perfume. Pensei.

— O que disse? — Perguntou. Merda!

— Nada.

— Você acabou de falar perfume. — Ele disse, claramente confuso.
E eu a minha boca grande...

— Não falei não. — Winston sorriu, se levantando do sofá.

— Eu vou ao banheiro. — Falou.
Algo dentro da pasta de Winston começou a vibrar, resolvi abrir e ver o que era.
Era seu celular.

— Claire, meu amorzinho — Terminei de ler sentindo a raiva crescer dentro de mim.
Passei o dedo na tela, tentando desbloquear mais o cretino havia colocado uma senha.
Vamos...
Pense, Rebecca, pense!
Resolvi tentar a senha mais provável que Winston usaria, e consegui entrar.

Rapidamente, entrei no aplicativo de mensagem e vi que se tratava de uma criança.
Jesus! Estou namorando um pedófilo!
Abri a mensagem.

"Oi, tio Winston!
A mamãe perdeu seu celular no shopping, então pediu para mim perguntar se o senhor conseguiu emprego.
Estou com saudades! Bjos!"

Terminei de ler me sentindo mal por pensar que Winston teria coragem de me trair.
Winston poderia ser tudo, menos mentiroso.
Guardei seu celular no mesmo lugar e peguei uma revista, para que Winston não notasse nada.

— Sua mãe me ligou! — Winston falou, assim que saiu do banheiro.

— O que ela disse? — Pergunto, deixando a revista de lado.

— Perguntou se você viria ou não para o jantar que ela daria a família Larsson. Por que não me disse nada?

— Foi de última hora. Cece me ligou assim que você saiu. — Expliquei, enquanto fazia carinho em Chan, que havia se jogado em meu colo de barriga pra cima.

— Ah, sim... Nós vamos!

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Observei Nicolas brincar com Louise, filha de Cece, enquanto o carro de aproximava da casa de meus pais.
Fazia tempos que eu não vinha aqui.
Assim que o carro parou em frente à casa, Nicolas parou de brincar e abriu um sorriso.
Um sorriso digno de deixar pernas bambas.

— Becky! — Ele ainda tinha o mesmo sotaque britânico...

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