" Aserehe ra de re, ...."
— Hm!? — Me assustei. — Quando foi que a música da Rouge virou meu toque?!!
E por que sinto calafrios? Bom, isso não importa. Meu corpo estava tão descansado que — conhecendo bem ele —, estou dormindo há mais de 10 horas, coisa que não costumo fazer porque nossa sociedade se baseia em crianças felizes, aposentados felizes e adultos cansados. Adivinhem em qual delas me encaixo? Posso até ter feito curso de tricô online e assistir à Cartoons, mas acima de tudo, reclamo de todas as contas que eu mesma faço. Sou uma adulta!
E com grandes poderes de compra, vem grandes responsabilidades. Então, uma delas — a que me paga — estava apitando no meu ouvido.
Já eram duas da tarde e eu estava largada no sofá feito um troço, cheia de farelo no colo e com a famigerada TV ligada. Eis que me deparo com a temerosa frase: “alguém ainda está assistindo The wallking Dead?”. ( rever frase que não me lembro agora) O que me faz questionar o que aconteceu ali, eu tentei caçar histórico de internet, ligações, quaisquer resquícios, mas nada… Eu havia maratonado a Netflix.
— E porque eu assisti isso...? — Claro que foi por causa do Crush — Ah, é, faz sentido.
Agora tenho que me apressar pra não perder o dia. Corri pela casa caçando uma roupa limpa pra poder usar, comi qualquer coisa que encontrei pela frente e nem mijei. Saí do apartamento apressada! Trombei em tudo até chegar na rua e pegar um táxi de um velhinho estranho que fedia à cigarro.
Já estou até vendo, vai ser um dia de merda.
Cheguei no prédio 2:40 — geral me encarando com cara de decepção e eu tendo que lidar com isso.
— Droga! Não acredito que maratonei essa série, dormi e perdi a hora — E o pior de tudo é que…
Não me lembro onde parei...
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