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História 10 rosas para Lu Han - Quinta rosa


Escrita por: Mrs_Moonlight

Capítulo 5 - Quinta rosa


Fanfic / Fanfiction 10 rosas para Lu Han - Quinta rosa

Quinta rosa

- Você sabe aonde está o SeHun? – Lu Han pergunta para a enfermeira, que lhe olha curiosa.

- O menino do programa voluntário?

- Esse mesmo. – confirma.

- Não, eu ainda não vi ele. – ela responde, deixando Lu Han triste.

Será que SeHun não viria mais? Claro que não, por que ele se interessaria em um suicida? Lu Han riu amargurado, voltando a deitar de costas para a enfermeira. Tudo dava errado para ele, por quê? O que Lu Han havia feito de tão errado? Ele gostaria de ser normal, mas ao mesmo tempo, ele sabia que isso nunca seria possível. Já estava tudo planejado.

SeHun corria nos corredores do hospital, apressado, cuidando para a rosa em suas mãos não ser estragada de alguma maneira. Tinha medo de Lu Han ter feito alguma coisa nesse tempo em que havia se atrasado, mas hoje a floricultura estava cheia demais. No meio do caminho, uma enfermeira lhe chama.

- SeHun?

- Sim? – pergunta, parando ofegante.

- O paciente do quarto dez estava perguntando se você não iria vir, parecia triste. – ela fala, deixando SeHun surpreso. Então Lu Han sentia sua falta?

- Obrigado por me informar, já estou indo vê-lo. – SeHun agradece, fazendo uma reverência e voltando a correr. Ao chegar em frente à porta de Lu Han, SeHun abre sem hesitar, assustando o chinês que estava em pé, na frente da janela que havia no quarto. – Eu vim.

- Eu percebi. – o chinês dá um pequeno sorriso, voltando o olhar para a janela. – Mesmo sendo apenas um andar, a janela é alta, não é? Seria um grande machucado se alguém caísse daqui. – murmura. – E tem um jardim de rosas aqui em baixo da minha janela, você acredita?

- Eu não tinha reparado nisso. – o coreano admite, olhando o chinês de cima à baixo. Realmente lindo. – Eu demorei, desculpe. A floricultura estava cheia hoje. – SeHun fala, colocando a quinta rosa no vaso. Todas ainda estavam em perfeito estado, e isso deixou SeHun feliz. As rosas haviam se tornado um símbolo entre ele e Lu Han.

- Sem problemas.

- A enfermeira disse que você estava triste, pensando que eu não viria. – SeHun comenta, achando graça quando as bochechas de Lu Han coraram e ele também bufava irritado.

- Claro que não! – esbraveja, voltando a sentar na cama de braços cruzados e emburrado. – Não pense besteiras, SeHun!

- Me desculpe. – SeHun ri, pegando a poltrona e colocando perto da cama de Lu Han. O chinês apenas o olhava, vendo SeHun se sentar na poltrona e o fitar. – Quer conversar?

- Conversar sobre? – Lu Han pergunta baixinho, movendo os pés descalços de um lado para o outro e olhando para o chão. Ainda estava envergonhado, e isso encantava ainda mais SeHun.

- O que você quiser. – o coreano dá de ombros, chegando perto de Lu Han e deitando sua cabeça sobre as coxas do mesmo, fechando os olhos. – Posso apenas escutar, se você quiser. Sou seu. – SeHun sente as mãos delicadas de Lu Han entre seus cabelos, massageando-os.

- Eu tenho muitos problemas. – o chinês admite baixinho. – Eu nunca gostei de mim. Eu sempre me achei uma pessoa horrorosa, não conseguia me olhar no espelho sem achar... minha imagem uma coisa asquerosa. É horrível não gostar de si mesmo.

- Você é lindo, Lu Han. – SeHun fala convicto de suas palavras. Lu Han foi, e provavelmente sempre seria, a pessoa mais linda em que já colocou os olhos.

- Eu não consigo acreditar nisso, SeHun. Desculpe. – Lu Han suspira. – Sempre que eu me olhava no espelho, eu me perguntava “por quê?”. Por que eu não podia ser bonito? Por que eu tinha que ter esse aspecto? O que eu tinha feito de errado? Por que eu não conseguia gostar de mim mesmo? Mas eu nunca cheguei em uma resposta. – os cabelos de SeHun eram macios, e Lu Han gostava disso. – Eu queria ter a confiança que eu via meus amigos terem, ou acreditar quando alguém me elogiava. Eu nunca gostei quando alguém me olhava demais, achava que a pessoa estava me julgando de alguma maneira. Claro que sempre tinha alguém que fazia comentários maldosos sobre a minha aparência, e isso só me machucava mais, mas eu nunca demostrei isso. Eu apenas guardava tudo para mim, SeHun. Até que eu cheguei na conclusão de que, o suicídio, começa por dentro. Lá dentro de nós. É por aí que começa.

- Por que você acreditava nessas pessoas, Han? – o coreano pergunta, se sentindo desesperado pela situação do chinês.

- Eu não sei, eu apenas... achava que todos estavam certos sobre mim. E quando se começa a acreditar em coisas assim, é um caminho sem volta. Você passa a acreditar também. Meus pais também acreditavam nisso. – Lu Han ri amargurado. SeHun decide não perguntar sobre isso, apenas ouviria caso o chinês falasse. – Eles diziam que minha aparência era horrível, que era nojento me olhar. Se meus próprios pais falavam isso, por que os outros estariam errados se tinham a mesma opinião sobre mim? – o chinês estava com o olhar longe, perdido em pensamentos que lhe machucavam. – Eu nunca me rebelei contra eles, eu apenas aceitava as ofensas, abaixava a cabeça e escutava. Eles eram os meus pais, o que eu poderia fazer? Até que eu não aguentei mais e tentei me matar pela primeira vez. – e o “pela primeira vez” machucou SeHun, pois era uma afirmação de que o chinês tentara mais vezes. – Eles surtaram mais ainda quando me acharam machucado no quarto. Meu pai me bateu, e acho que se não fosse a infeliz da vizinha que escutou meus gritos, eu estaria morto. Os médicos disseram que eu era um milagre, que mesmo com a grande perda de sangue pela tentativa de suicídio, eu havia resistido a surra do meu pai. Como se isso fosse uma boca coisa, cretinos.

- Eu agradeço pela sua vizinha ter te achado. – SeHun comenta baixinho, suspirando com a imagem que veio de LuHan em sua mente, completamente machucado.

- Depois disso, eu fui transferido para a Coréia. – Lu Han ignora o comentário de SeHun, decidindo continuar a história. – Minha vizinha denunciou meus pais, e isso deu um rolo grande. Mas resumindo, o juiz achou que eu deveria ser transferido para outro país, assim eu não correria o risco de ser encontrado e morto pelos meus pais. Eu ainda acho que deveria ter ficado lá, poupariam meu trabalho. – murmura inconformado.

- Lu Han, não fale isso! – o coreano resmunga indignado.

- Cale a boca! – o chinês bate na cabeça de SeHun. – Bem, o resto você sabe. Mas tudo vai se resolver logo. – Lu Han sorri levemente.

- Lu Han, não faça isso. – SeHun levanta a cabeça de repente, encarando Lu Han. – Eu posso lhe ajudar! Eu imploro por isso!

- SeHun, você não pode me ajudar. Ninguém consegue ajudar quem não quer ajuda.


Notas Finais


Por favor, comentem <3


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