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História 10 Seconds - All these things that I've done


Escrita por: Krysliu

Notas do Autor


VIIIIIIIIIAAAAAAAAADOOOOOOOOOOU

Quando eu penso que não consigo escrever mais do que 3k palavras XABLAU toma essas 4k palavras no penúltimo capítulo :v

Galere, desculpa pela demora de att a fic, sei que já estou no final e não deveria demorar tanto para que os leitores não esqueçam antes mesmo da história acabar e tals mas eu não tava muito inspirada nos últimos dias ;w; eu até tinha o começo do capítulo salvo mas foi uma tristeza até eu arranjar um pouco mais de inspiração para escrever decentemente. Já tô enrolando horrores pra terminar essa fic e ainda tenho que pensar na de GarenxKat, desculpa mesmo ;u;

Também peço desculpa se tiver algum erro ou se o capítulo parece estar muito repetitivo idk eu tenho essas paranóias quando eu escrevo demais aaaaaaAAAAAAAAA

Anyway, espero que gostem e boa leitura ♥

Capítulo 11 - All these things that I've done


O nascer do sol prenunciava o dia que iria parar quase toda a Piltover. Muitas pessoas se engajaram na causa, incluindo os próprios funcionários da delegacia — embora o Prefeito tenha obrigado os mesmos a participarem na montagem do evento que aconteceria na praça principal, se eles não quisessem ficar desempregados após a confraternização. Por ironia do destino, a previsão do tempo não quis cooperar com a data que foi declarada como o segundo Dia do Progresso; as nuvens escuras contrastavam com as luzes emitidas pelos telões e as flores brancas que estavam presentes em toda a decoração da única igreja da cidade. Talvez nem a mãe-natureza quisesse fazer acontecer o matrimônio, em resposta ao grande detrimento que os cidadãos lhe proporcionaram quando fizeram Piltover se desenvolver às custas dos pobres zaunitas, sem se importar com o sofrimento deles.

Dentre todos os fatos, o mais estranho é que esse dia tinha tudo para acabar com o pouco que ainda restava da estabilidade emocional de Caitlyn, mas alguma voz dizia em sua cabeça que não havia motivos para ficar nervosa ou aborrecida. Aquele dia não marcava o começo, mas sim o final de uma das tristes sagas que se escondiam nas valiosas peças Hextec, contidas na arquitetura vintage da província e nos belos ornamentos utilizados por barões e baronesas.

Assim como nos dias anteriores, não foi necessário o barulho infernal do celular para despertar Caitlyn, apenas um banho gelado foi suficiente para lhe deixar alerta com o que iria ocorrer em sua volta. Apesar da insistência de sua mãe, a xerife decidiu se arrumar para a cerimônia sem a ajuda de pessoas que foram contratadas justamente para auxiliá-la na “produção”; disse que não precisava de guarda-costas e que sabia muito bem como se arrumar, só não era do seu feitio se manter sempre arrumada como uma boneca.

Sem pestanejar, Cait escolheu a segunda sacola que estava embaixo da penteadeira, na qual continha o vestido mais caro. As inúmeras camadas de tecidos na saia que não combinavam entre si com tantas diferenças de textura e os brilhantes cravejados por todas a área dos ombros até a cintura lhe fizeram entender porque as noivas nunca se destacavam pelos trajes que usavam mas sim pela beleza natural que conseguia mascarar as falhas. Tamanho mau gosto não poderia nem considerado vintage, estava mais 'pra breguice. Após colocar o vestido, a xerife gastou cerca de vinte minutos para fazer penteado e maquiagem de forma decente, deixando o cabelo preso num coque com algumas pequenas tranças e os lábios vermelhos como o protagonista do seu visual.

— Você está tão linda! — A mulher mais velha apareceu na porta do seu quarto; era possível ver o brilho em seus olhos, estava maravilhada com a beleza da sua filha.

— Obrigada. — Caitlyn sorriu para a mãe, em seguida voltou a olhar para o espelho da sua penteadeira. — Até que eu fiquei bonitinha com essa… coisa.

— Não fale bobagens, você parece uma princesa. — Ela resmungou, em seguida pôs a grinalda com todo o cuidado para não estragar o penteado, junto com o longo véu que cobria todo o rosto da morena.

— Ainda prefiro ser a Xerife. — Cait deu de ombros, ajeitando as mangas que quase cobriam as suas mãos.

— Certo, e como a Xerife está se sentindo hoje? — A genitora puxou um banco que estava encostado na parede e se sentou ao lado de Caitlyn.

— Um pouco nervosa… — Suspirou, um tanto aborrecida.

— Não tem do que ficar nervosa, querida. — O toque caloroso sob a sua mão lhe trouxe uma sensação de paz que era difícil de explicar em algumas palavras. — Se você acha que consegue fazer isso, vá em frente.

— Mas, você sabe que…

— Eu sei. E é por isso que eu te apoio em quaisquer circunstâncias. Quero que você seja feliz.

— Muito obrigada por isso, mãe. — Os olhos de Caitlyn ficaram marejados, no mesmo instante ela puxou a mulher para um abraço apertado.

— Que a Cinzenta não venha nos incomodar outra vez. — A mulher sorriu, retribuindo o abraço.

 

 

A algumas quadras de distância entre a luxuosa mansão de Caitlyn e uma casa não tão luxuosa no outro lado da cidade, estava a policial observando o espelho posto no canto de seu quarto. Vestia o terno branco comprado na véspera do “casamento” da própria noiva, a cor cinza azulado da camisa social e a cor preta da calça feita por um alfaiate do bairro neutralizavam a luminosidade do colete enquanto a gravata amarela era tão vistosa quanto os botões dourados do mesmo. Por fim, as mangas da camisa estavam dobradas até o antebraço, no bolso superior esquerdo continha uma grande rosa vermelha e os sapatos mesclavam as cores preto e branco. Não era do feitio de Vi se maquiar embora a sua visão favorita fosse os lábios de Caitlyn coloridos por batons de cores fortes. Para compensar a “cara limpa”, resolveu dispor os seus longos fios rosados num rabo de cavalo baixo, deixando algumas madeixas bagunçadas de propósito para combinar com a desordem da sidecut.

Havia muitos curativos em suas mãos, por conta dos inúmeros machucados causados devido ao peso das manoplas Hextec. Quem via a Oficial carregando as ferramentas de trabalho com a maior naturalidade, mal poderia imaginar as longas horas que ela dedicava exclusivamente para aliviar a dor e medicar os ferimentos mais superficiais.

— Belo disfarce, sua idiota. — Vi resmungou para si mesma ao perceber que suas tatuagens permaneciam visíveis.

Vi não estava a fim de pedir ajuda à Camille somente pelo fato de não saber usar maquiagem, o que lhe motivou a procurar algo que pudesse esconder os desenhos característicos de sua personalidade. Após algum tempo se debatendo em tantos artefatos na pequena bolsa de maquiagem de Caitlyn, finalmente encontrara um vidrinho que julgava ser uma base líquida. De início, ela não conseguia destravar a embalagem e quando alcançou tal feito, extraiu mais produto do que realmente era necessário graças a falta de habilidade no seu manuseio. Em alguns minutos, a policial gastou toda a porção da base embora tenha ficado mal distribuída — na visão dela, estava perfeito. Feito isso, estava quase indo ao encontro de Camille quando encontrou a mulher em frente a sua casa.

— Uau. — A chefe se surpreendeu com o visual da companheira sendo que ela também estava deslumbrante. Camille usava um longo vestido azul marinho que deixava seus ombros à mostra e havia uma pequena fenda revelando parte da sua perna esquerda. Seus cabelos grisalhos estavam soltos, fazendo com que algumas mechas pousassem sob o seu rosto, criando uma franja; o colar de pérolas era tão reluzente quanto a cor dos fios.

— Isso é o que eu deveria dizer. Quem diria, a Chefe da Casa Ferros tão elegante! — Vi segurou a mão dela e a fez girar algumas vezes, o que lhe deixou um pouco tímida.

— Não é pra tanto, Vi. — O sorriso de Camille era uma das coisas mais difíceis de se encontrar por conta de sua seriedade. — Você também está elegante, porém…

— O que foi? 

— A Defensora de Piltover sabe utilizar manoplas Hextec mas não sabe passar uma base líquida. — Tal comentário fez a mulher cair na gargalhada.

— Ei! Me dá um desconto, eu não sei lidar com essas coisas femininas! — Vi sentiu o seu rosto ficar quente, não duvidava que também estaria corando naquele momento.

— Não tem problema, querida. Estou aqui pra lhe ajudar. — Camille ainda riu um pouco quando foi até o quarto da policial para buscar a base e passar nas áreas não preenchidas. 

— O-Obrigada. — O rosto de Vi ficou vermelho de uma vez, o que surpreendeu ainda mais a mulher.

— Eu não acredito que tive a chance de ajudar a mulher mais temida por toda Piltover a passar maquiagem e ainda vi ela completamente corada. — Vi ficou tão envergonhada que até tentou respondê-la murmurando algumas palavras mas não conseguiu, o que lhe fez gargalhar de novo.

Vi e Camille terminaram de arrumar os seus disfarces quando faltava uma hora e meia para a cerimônia. Os longos fios castanho-escuro da peruca e o grande chapéu preto não deixavam a policial irreconhecível mas era o bastante para — no mínimo — confundir os seus inimigos. Camille pegou emprestado de Caitlyn um echarpe azul cobalto e um chapéu, usando o véu do mesmo para cobrir boa parte do seu rosto; as luvas de veludo também na mesma tonalidade do echarpe e do chapéu apenas cobriam os pulsos.

— Você continua magnífica. — A rosada se admirou com a beleza da Chefe da Casa Ferros, o que lhe fez pensar os motivos sobre a sua vontade de realizar as cirurgias para adotar uma forma robótica se ela era tão bonita daquele jeito.

— Isso é uma tentativa de cantada, Oficial? — Camille se avaliava no espelho quando passou a encarar Vi. Seus olhos semicerrados lhe transmitiam desconfiança por conta daquela fala.

— N-Não! De jeito nenhum, eu só queria te elogiar! — Vi sentiu as bochechas quentes outra vez, o que a deixou irritada.

— Não jogo no mesmo time que você, minha querida. E mesmo que eu estivesse nele, você tem um compromisso a honrar se não quiser que eu prepare guisado de Vi com as minhas futuras lâminas. — A ameaça no tom de voz da mulher era incontestável, a rosada sentiu um frio percorrer em sua espinha junto com o toque firme da mão de Camille para mostrar a aliança de noivado que ela ainda usava. — Céus, você fica tão fofa quando está envergonhada. — Em poucos instantes, Camille voltou ao normal entretanto a sua companheira continuava ruborizada.

— Me chamar de fofa já é demais! — A irritação lhe fez aumentar o rubor de seu rosto.

— Desculpe, fofa, preciso me retirar para fazer uma ligação ao Ez. — Camille afirmou entre risadas, discando o número do investigador em seu celular enquanto Vi recolhia os convites do casamento e conferia tudo antes de trancar a casa. 

— Bom dia pra Chefe mais linda do Clã mais foda que Piltover já encontrou! — Ezreal atendeu a ligação com tanto entusiasmo que parecia uma criança indo a uma colônia de férias.

— Por acaso você bebeu? — Ela retrucou, desconfiada dos elogios inesperados. — De qualquer forma, isso não importa nesse momento. Eu liguei para saber se você já está pronto.

— Minha querida, eu vou ser o intruso mais gato de todos os tempos. — O loiro ajeitou o próprio terno branco com orgulho. Suas roupas eram parecidas com as de Vi, com exceção da camisa social roxa e o colete cinza escuro de vários botões dourados e uma corrente pendurada no bolso que era parte de um relógio guardado no mesmo local. — Estarei chegando na igreja em pouco tempo.

— Ótimo. — A mulher ficou satisfeita com a resposta do investigador e desligou em seguida.

— Realmente, o sr. Intruso está muito bonito. Seria uma pena se ele não pudesse mostrar a sua elegância na cerimônia… — Uma voz masculina surgiu logo após o término da chamada, o que o deixou um tanto confuso.

— Do que você está faland- — Antes que pudesse terminar a sua fala, Ezreal foi amordaçado e rapidamente adormeceu por conta do pano umedecido com sonífero. Sabendo que o efeito não iria durar por muito tempo, os homens mascarados colocaram o investigador dentro do porta-malas de um carro de vidros escuros e o motorista acelerou sem parar.

— Chefe, missão cumprida. — O ex-segurança da Casa Ferros anunciou assim que Jayce atendeu a sua ligação. — Seu querido investigador está dormindo como um bebê. 

— Ele não é meu querido nem de longe! — Jayce sussurrou embora a sua vontade fosse de gritar para o homem, ele tinha de se conter enquanto estivesse isolado dos convidados na sacristia. — Minha querida é a mulher que vai atravessar a porta principal da igreja para dizer que aceita se casar comigo. 

— Sinto lhe dizer mas você está sonhando acordado, Chefe. — Os bandidos tentaram controlar as risadas mas ainda assim era possível ouví-los rindo baixinho.

— Isso é o que nós vamos ver agora. — Jayce desligou com tanta fúria que só faltou jogar o celular na parede da sacristia. — Essa xerife vai ser minha.

 

 

Caitlyn encarava o relógio da sala, aguardando a hora para ser a peça-chave de mais uma confraternização do Prefeito. Diferente das outras, esta lhe custaria a sua liberdade mesmo que não tivesse um plano arquitetado para tirá-lo do poder assim como Jayce, mas ela queria se arriscar de qualquer forma. A Xerife estava apoiada confortavelmente sobre os cotovelos no balcão da cozinha para saborear uma taça do seu vinho favorito antes de sair.

— Cuidado pra esse vinho não cair no seu vestido! — A mulher mais velha exclamou ao ver o líquido roxo escuro escorrendo nos lábios de Caitlyn.

— Apesar de ter detestado esse vestido, não quero sair com roupa manchada. — Caitlyn despertou dos seus pensamentos e rapidamente limpou o vinho que estava quase pingando na saia. — Já não querem me levar a sério por causa do meu relacionamento com a Vi… — Suspirou, entristecida.

— Não podem te boicotar por ser uma Xerife que mantém um relacionamento homoafetivo. E se fizerem isso, mal sabem o valor da Xerife maravilhosa que estão perdendo. — Tal comentário fez Caitlyn sorrir, lhe trazendo algum conforto naquele momento decisivo.

— Vamos fazer um brinde. — A morena afirmou, preenchendo as taças até a metade. — À nossa liberdade.

— À nossa liberdade. — Ambas levantaram as taças e em seguida beberam em pequenos goles.

 

A pequena reunião durou mais alguns minutos até o relógio finalmente marcar 09h30. Estava na hora de ir para a igreja, Caitlyn teve de esperar para ter o famoso “atraso” da noiva. Segundo a tradição, a noiva se atrasa no intuito de ficar ainda mais bonita para o seu respectivo marido. Neste caso, ela não estava se embelezando para o noivo e sim para não causar nenhuma discórdia enquanto não pudesse fazer justiça pelas humilhações que seu pai e Jayce lhe fizeram passar.

Nenhuma palavra foi dita ao longo do percurso na limusine que foi alugada pelo Prefeito, ele disse que gostaria de proporcionar “a viagem que iria mudar a vida da filha para sempre”. De fato, iria mudar pra pior se ela quisesse ser tão desonesta quanto o próprio pai. Caitlyn observava o entusiasmo dos piltovenses que tiveram a honra de ver a Xerife vestida de noiva encostada na janela da limusine e um breve sorriso se esboçou em seus lábios. Ela ainda tinha de seguir planos mas já conseguia pensar num futuro mais agradável, junto com a policial mais estressada e adorável que Piltover já teve.

A viagem não era muito extensa porém o motorista da limusine recebeu ordens para dirigir por quase todo o centro da cidade antes de chegar no seu destino, como quem quisesse exibir ainda mais a xerife como se fosse um troféu. Faltou pouquíssimo para Caitlyn tirar satisfações com o motorista quando o veículo estacionou na porta da igreja. 

— Está pronta? — As duas mulheres se entreolharam, ansiosas com o que viria a seguir.

— Sim. — Cait respirou fundo antes de abrir a porta da limusine e observar atentamente o tapete vermelho na entrada que indicava o caminho até o altar.

Todos os convidados se levantaram quando a noiva chegou, a mãe de Cait entrou na igreja por uma das portas laterais e parou ao lado de Vi embora não soubesse que ela estava disfarçada. A policial se surpreendeu com a presença da futura sogra e apenas lhe deu um sorriso de canto, ela retribuiu e ambas se voltaram para a noiva adentrando a igreja ao lado do Prefeito. Era possível ouvir alguns murmúrios a respeito da seriedade de Caitlyn, que apenas sorriu fraco quando olhou para as convidadas misteriosas ao lado de sua mãe. Jayce estranhou a atitude da Xerife mas não pensou em tirar satisfação quando a única coisa que ele queria fazer era trocar as alianças com ela o mais rápido possível.

— Por acaso você viu o Ezreal? — Camille cochichou ao pé do ouvido de Vi, preocupada com a demora do investigador.

— Não. Ele não manteve mais contato depois da sua ligação. — A rosada murmurou, se entreolhando com a mulher. 

— Espero que não tenham feito exatamente o que eu estou pensando.

 

 

Os sequestradores percorreram um longo caminho até chegar em Zaun. Ezreal começara a acordar logo eles foram rápidos em tirá-lo do porta-malas para seguir as instruções do “chefe” Jayce. O loiro recobrou o que aconteceu momentos antes de perder a consciência, no exato momento em que um dos bandidos apontava uma arma em sua cabeça.

— Muito bem, sr. Investigador. Gostaria de dizer algo antes de entrar na sua nova residência? — O homem sorriu sarcástico, apontando para o depósito de lixo radioativo embaixo do rapaz que estava quase caindo da beira da ponte, na área não poluída pela toxicidade.

— Você acha mesmo que vai conseguir se livrar de mim? — Ninguém conseguia ganhar de Ezreal no sarcasmo, se nem o próprio Jayce conseguia não seria um dos seus comparsas que iria fazer isso.

— Não acho, eu tenho é certeza! — Bastou uma gracinha do loiro para fazer um dos sequestradores chegar ao máximo de irritação, os demais bandidos engoliram seco ao ouvir o som do gatilho prestes a ser disparado. Ezreal chegou a fechar os olhos no intuito de não assistir a sua morte quando o momento de tensão foi interrompido graça ao som de vários tiros sendo disparados de longe. Aparentemente, a pessoa não tinha um alvo certo só pela quantidade de balas jogadas em locais que não chegavam nem perto de onde eles realmente estavam. O investigador só abriu os olhos quando ouviu uma risada histérica que parecia ser de uma conhecida.

— O que vocês estão fazendo na minha casa?! — A menina esquelética de cabelo azul fez os bandidos se arrepiarem com o seu sorriso torto.

— Essa é a sua… casa? — O ex-segurança queria tentar entender a sua fala mas foi interrompido pelo líder da gangue.

— Não interessa, você também vai 'pro mesmo lugar que esse intrometido! — Retrucou, em seguida atirou na direção dela. 

— Poxa, vou até abrir a caixa do quanto eu me importo com a sua ameaça… hm, espera aí. Está vazia! — O sorriso de Jinx se tornou ainda mais horripilante quando pôs as mãos em sua metralhadora, fazendo com que os bandidos fugissem o mais rápido possível das inúmeras balas voando na direção dos mesmos. 

— Ok… por essa, eu não esperava. — Ezreal mal conseguia acreditar em toda aquela cena, se vendo livre das cordas assim que Jinx o ajudou.

— Você pode ver coisas novas todos os dias. Agora, você tem dez segundos pra sair da minha casa ou então vou fazer queijo suíço de piltovense! — A zaunita sorriu radiante ao ver o loiro fugindo da mesma forma que os bandidos. — Bom trabalho, Pow-Pow! — Ela nem se deu conta que não utilizou os Fishbones mas queria lhe agradecer do mesmo jeito, beijando as próprias armas como se fossem humanas.

Os capangas de Jayce acharam que iriam escapar tranquilamente depois que Jinx os expulsou de Zaun, todavia eles não contaram com a possibilidade de reforços bloqueando o caminho de volta a Piltover, consequentemente foram presos e Ezreal teve de se apressar para fazer a sua parte. Mas, ele também não contava com a possibilidade de ter esquecido o controle que iria ativar uma câmera escondida num lugar privilegiado do altar e que tinha acesso a um dos telões instalados na praça da cidade. O artefato mais importante estava justo nas mãos de quem provavelmente não tinha muito juízo.

 

 

Tudo que o padre falava não passava de murmúrios, e na mente da Xerife o que se passava eram todos os momentos ruins que ela compartilhou com aquele homem asqueroso ao seu lado, o que trazia um sorriso ao seu rosto era pensar que tudo estava prestes a terminar, e não do jeito que todos nessa igreja esperavam. As pessoas que viam o sorriso no rosto de Caitlyn pensavam que era por conta do casamento, e não faziam ideia o que os próximos minutos da cerimônia reservavam. 

— Jayce, você aceita Caitlyn como sua legítima esposa? — O padre já estava cansado de falar por tanto tempo, apesar de estar acostumado com o mesmo discurso era uma verdadeira bênção quando chegava naquela parte.

— Sim. — Jayce se encheu de orgulho apenas por falar uma única palavra, mas que significava muito para si. — Eu aceito. 

— Caitlyn, você aceita Jayce como seu legítimo esposo? — Assim como Jayce, todos esperavam por uma resposta positiva da xerife.

— Não. — O sorriso de Caitlyn se tornou evidente assim como a balbúrdia se iniciou entre os convidados.

— Que palhaçada é essa, Caitlyn? Não foi isso o que combinamos! — Jayce até tentou falar num tom discreto mas não foi exatamente o que aconteceu, a agressividade na voz do rapaz causou ainda mais espanto aos convidados.

— E desde quando preciso combinar algo? Eu sou a xerife, não preciso receber ordens de ninguém. — A morena deu de ombros, irritando ainda mais o noivo.

— Não se faça de tonta, Caitlyn! — Retrucou, segurando-a pelos braços com força. Naquela hora, a transmissão da cerimônia foi encerrada na tentativa de abafar o possível rebuliço que aconteceria de uma forma ou outra. O que ninguém imaginava é que a tal câmera escondida na igreja foi ativada e os piltovenses ainda poderiam assistir o escândalo se formando. 

— Quem não deveria se fazer de tonto é você, Defensor do Amanhã. — Vi cansou de apenas ficar sentada observando o caos acontecer sutilmente no altar de uma igreja e se levantou junto com Camille, revelando o seu cabelo rosado após tirar o chapéu e a peruca, assim como a companheira revelou o par de olhos azuis intimidadores escondidos por baixo do véu preto. — Até porque eu e Camille temos algumas coisas que os senhores teriam interesse em ver. 

— Do que vocês estão falando? — O Prefeito teria mandado os seguranças expulsarem as intrusas se não tivesse prestado atenção em suas últimas palavras.

— Oras, meu caro Prefeito, estamos falando da corrupção que praticamente envolve boa parte da sua carreira política, fraude de votos nas eleições… sem contar o casamento arranjado com a própria filha em troca dos favores que se tornaram crimes, não é? — A Chefe distribuía cópias do dossiê para os convidados mais influentes enquanto falava em alto e bom som. — Por parte do seu quase genro, contrabando de material Hextec, falsificação de documentos para obter uma liberdade de pesquisa maior do que todos os outros pesquisadores incluindo os do Clã de Ferro além de ser mandante em tentativas de assalto ao Clã.

— Vocês estão ficando loucas! Não acreditem nessas mulheres, elas não sabem o que estão falando! — Jayce exclamou, tentando convencer ao público de que tudo o que foi dito não passava de rumores para sujar a própria imagem. — Nem a minha noiva está acreditando nessas mentiras!

— Mas é claro que eu não acredito em todas essas palavras, querido. — Por um momento, Jayce suspirou aliviado com a resposta dela. — Afinal, eu só acredito em provas. E tenho absoluta certeza que só com esses documentos oficiais você pode ficar alguns anos na cadeia.

— Não se eu conseguir escapar antes. — No mesmo instante, o rapaz empurrou Caitlyn e fugiu pelas portas do fundo da igreja.

— Quer brincar de esconde-esconde? Tudo bem. — Cait pegou o rifle que trouxe consigo no caso de alguma emergência e correu em direção ao topo da torre, onde tinha a visão perfeita da fuga de Jayce. Embora o vestido de noiva fosse demasiadamente volumoso, isto não foi o suficiente para impedí-la de correr atrás do seu noivo criminoso. Antes que o rapaz tivesse a oportunidade de fugir, um tiro de raspão foi o suficiente para neutralizá-lo.

Belo tiro, docinho. — Vi, que correra atrás de Caitlyn durante a quase-fuga de Jayce, aplaudiu a noiva com muito orgulho por conta de sua rápida ação.

 

 

Algum tempo depois, reforços foram chamados para coletar todas as provas contra o Defensor do Amanhã e o Prefeito, o que motivou a prisão imediata de ambos. Aos poucos, Piltover começaria a se tornar uma cidade mais digna de se viver.

— Nem acredito que esse pesadelo acabou! — Caitlyn estava tão feliz que abraçou a todos os envolvidos na operação em forma de agradecimento; apesar do abraço da Vi ter durado um pouco mais do que os outros.

— Eu cheguei atrasado, mas… também faço parte da equipe, não é? — Ezreal sorriu um tanto sem-graça, esperando que iria receber uma bronca por conta do seu atraso.

— É claro. — A Xerife sorriu radiante, indo em direção ao loiro para abraçá-lo. 

— Já tem planos para o futuro, Caitlyn? — Camille já imaginava como seria a resposta de acordo com o que descobrira por meio de uma certa pessoa.

— Bom, eu não tenho um plano elaborado. Mas, contanto que eu tenha a Vi ao meu lado, nada mais importa. — As Oficiais se entreolharam apaixonadas, o que já era considerado um ótimo prenúncio.


Notas Finais


Se esse não foi o melhor capítulo que eu já escrevi VCS TÃO MENTINDO AAAAAA /eu tô de brinks por favor não me batam/

[EDIT: 16/09/2017] Minha namoradinha é uma babaka-BAKA /brinks bae eu te amo ♥/

[EDIT: 24/09/2017] Espero que tenham encontrado a referência ao título da históriakkkjjjjkj


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