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História 10 Seconds - Love is not over


Escrita por: Krysliu

Notas do Autor


Olááá, estou aproveitando o surto de inspiração que me veio, graças a Vi :v

Estou postando um pouco mais tarde do que o primeiro capítulo, até deixei de lado meu querido lolzinho em nome dessa fic @_@ além disso, eu deveria acordar cedo por conta de um compromisso e tô aqui escrevendo fic de casal lésbico (shhhh)

Anyway, espero que gostem e boa leitura. ♥

Capítulo 2 - Love is not over


Cada minuto parecia durar uma eternidade para Vi naquele dia. Era de se esperar que não teria muitas ocorrências na Cidade do Progresso enquanto Jinx estivesse desaparecida. Talvez alguns pequenos furtos mas nada que fosse preciso tirar a policial da delegacia para resolver a situação — o que lhe irritava profundamente e causava medo nos demais criminosos.

A ansiedade dominou-a por completo, parecia que estava voltando no dia do primeiro encontro com Caitlyn. Tremores pelo corpo, bochechas levemente coradas, estavam tímidas demais para tentar qualquer coisa mas Vi resolveu tomar a iniciativa ao entrelaçar sua mão com a da xerife. Algum tempo depois, surgiu o primeiro beijo: calmo, mas não deixou de ser apaixonado, demonstrando todo o sentimento puro e verdadeiro de ambas. A parceria de Vi e Caitlyn era de causar inveja, principalmente em Jayce; pudera, juntas formavam a dupla imbatível de Piltover.

Após muita espera, chegou o momento tão esperado. Fim de expediente, todos os funcionários querendo sair o mais rápido possível, exceto Vi que esperava para falar com Caitlyn.

— Acabou o expediente, Vi. Não tem problema se deixou algum trabalho incompleto. — A Xerife falou em alto e bom som para os curiosos que observavam as duas paradas no gabinete da policial.

— Não sei que tipo de trabalho que eu deixaria incompleto, raramente tenho algo para resolver por aqui. — Aquele sarcasmo da companheira lhe irritava um pouco, mas conseguia tolerar; ironicamente, era uma das coisas que a Xerife não perdoaria de jeito nenhum se não fosse ela.

— Era só pra despistar os curiosos, idiota. — Cait passou os braços em volta do pescoço de Vi, fazendo com que se aproximassem um pouco mais. — E aí, decidiu o que vamos fazer hoje?

— Comprar umas bebidas, ir pro parque onde nos encontramos pela primeira vez e aí passamos a noite inteira bebendo e chorando pelos problemas de nossas vidas. — A resposta de Vi lhe fez gargalhar alto.

— Por acaso, essa é a sua ideia de um piquenique romântico?

— Estou brincando, Cupcake. Quer dizer, a ideia de ir pro parque é verdade, já que você não disse que queria algum programa especial.

— Por mim, está perfeito. — Caitlyn sorriu, depositando um selinho nos lábios da amada. — Se importa em me deixar fechar a delegacia hoje?

— Sem problemas, eu sei que você vai se arrumar aqui pra não ficarem te questionando se fizer na sua casa.

— Minha namorada é muito inteligente mesmo. — A palavra “namorada” deixou Vi perplexa. Considerando o tempo em que ficaram separadas, toda aquela aproximação estava sendo surreal. — Que foi, eu falei algo de errado?

— N-Não...

— Ok, eu não deveria te chamar de namorada enquanto ainda tenho compromisso com outra pessoa.

— Ainda não é o momento, Cait. Você pode estar arranjando uma briga que talvez não consiga vencer.

— Não me importo. Eu sou a xerife dessa cidade, não há nada que eu não possa enfrentar e ainda pisar em cima com meu salto alto.

— A Xerife não acha que tá convencida demais? — Provavelmente, a mulher de cabelos rosa não esperava por esse tipo de resposta.

— Estou brincando, mas não muito. — Caitlyn riu de si mesma, talvez tenha deixado a empolgação falar mais alto. — Vá pra casa, policial. Eu cuido dos assuntos da delegacia.

— Tudo bem, Xerife. – Antes de sair da sala, Vi puxou a morena pelo braço e lhe roubou um beijo. — Até depois.

No caminho de volta para a sua casa, Vi pensou nas palavras de Caitlyn. Ou melhor, no momento em que ela lhe chamou de namorada. As dúvidas sobre o término do relacionamento que pairavam em sua mente foram dizimadas. Ou, pelo menos, quase todas. Precisava saber o que ainda prendia a Xerife em algo que nem era de seu próprio desejo. Naquela noite, tudo seria esclarecido no que dissesse a respeito delas.

O figurino de Vi não seria muito diferente do que foi usado em mais um dia de trabalho. A mesma regata branca assim como a jaqueta de couro (dessa vez, não estaria pendurada no ombro pois estava um pouco frio), calça jeans preta rasgada nos joelhos e um par de tênis também na cor preta. Ela não se importava muito com moda, vestia o que julgava ser mais confortável e o que combinava mais com seu estilo “rebelde”. Passou-se uma hora quando escutou o som de buzina de carro em frente a sua casa. Quando puxou a cortina da janela para saber de onde vinha o barulho, viu Caitlyn saindo do carro para ir ao seu encontro.

— É sério que eu nunca percebi que você tinha um carro? — Vi deu um sorriso sem-graça para ela enquanto trancava a porta de sua casa.

— Na verdade, eu mal uso esse carro. Sou obrigada a ir pra delegacia de carona com o Jayce todo santo dia. — Caitlyn revirou os olhos ao mencionar o nome do seu “querido” noivo.

— O que adianta você ter todos os privilégios mas não poder desfrutá-los da sua maneira?

— Eu não sei... aposto que eles não gostam nem do que eu conquistei ao longo desses anos.

— É claro que eles gostam, Cait, por mais obcecados que sejam pelos caprichos que são proporcionados graças a sua figura de desbravadora de Piltover.

— Olha só, você reclama de egocentrismo mas no fundo é você que alimenta o meu ego. — A Xerife não poderia negar que aquelas palavras lhe agradaram bastante mas não poderia aceitar ser tão idolatrada por apenas proteger a cidade em que vive.

— Falo tudo isso porque você é maravilhosa e eu te amo. — Um enorme sorriso surgiu em seu rosto ao ver o rosto da companheira ficar um pouco vermelho. — Pelo menos, hoje eu descobri que você fica linda até de camisa básica, saia e tênis.

— Sua cota de elogios já acabou ou ainda tem mais? — Caitlyn ficava mais envergonhada a cada elogio.

— Por enquanto, não. Acho melhor a gente ir logo, antes que eu queira ficar por aqui mesmo e aí vai ser muito tentador para certas coisas... — O sorriso de Vi logo se tornou malicioso.

— Que pena, eu adoraria saber o que viria a seguir. — Cait respondeu com um pouco de inocência mas ela sabia que não soou nem um pouco inocente, provocando-a.

A casa de Vi era muito longe do parque, porém Caitlyn sabia de um percurso que não era tão demorado e acabou escolhendo o mesmo. Durante a viagem, a Xerife cantou uma parte da música que tocava na rádio e a policial ficou em silêncio, apreciando o momento. Cait estacionou o carro em frente a um dos portões principais do parque e Vi pegou a sacola de supermercado que estava no banco traseiro.

Enquanto caminhavam para o seu local favorito do parque, onde tivera o primeiro encontro, Caitlyn aproveitou a oportunidade para segurar a mão de Vi. Cada gesto de carinho vindo da companheira lhe fazia sorrir, pois aqueles eram sinais de que o amor das duas sobrevivera. Não demorou muito até que chegaram nos fundos do parque, um pouco mais reservado diante de outras áreas. Entretanto, a vista de toda a cidade compensava tudo isso.

— Devo confessar que eu fiquei com medo de você não gostar desse tipo de programa por ser simples demais. — Vi não fez a menor cerimônia ao puxar o maço de cigarros e uma lata de cerveja, dentro da sacola de supermercado que carregava consigo.

— Só porque eu sou de família rica, não quer dizer que eu não saiba aproveitar momentos em que eu não esteja na minha casa sofisticada ou num restaurante caro. — Cait abriu o maço e puxou um dos cigarros, acendendo-o em seguida.

— Nunca pensei que eu poderia fazer a Xerife de Piltover adquirir os meus hábitos ruins.

— Tento fazer de tudo para aquele babaca desistir de casar comigo, mas não adianta! — Reclamou, soprando uma grande nuvem de fumaça.

— Aliás, por que você está noiva dele?

— Eu sou prometida a ele desde que nossas famílias se conheceram num evento só pra elite. Como se já não fôssemos ricos o suficiente, queriam que eu me casasse com um cara de outra família rica pra gerar mais fortuna. — A morena deu mais um trago no cigarro, soprando fumaça em seguida. — E o melhor de tudo: não vejo o menor sentido nessa merda de viver às custas de boas aparências. Meus pais já estão cansados de saber que eu não vou ser feliz com ele!

— Eles pensam que fui eu que te deixei revoltada desse jeito? — Vi bebeu boa parte da sua lata de cerveja num gole enquanto prestava atenção em Caitlyn.

— Sim, por isso eles te odeiam mais do que qualquer coisa. Chega a ser ridículo, porque eu já não concordava com tudo isso antes de te conhecer.

— Falei que nosso encontro se resumiria a beber e chorar pelos problemas de nossas vidas... quer dizer, ainda não chegou ao ponto de chorar.

— Só se eu tivesse muito bêbada pra chorar falando da minha vida. — Caitlyn riu com tal pensamento.

— Ou se você estivesse se sentindo esgotada com alguma coisa.

— Você me conhece mesmo!

— Mas é claro, Cupcake. Não tenha dúvidas quanto a isso. — A policial se aproximou rápido demais, ansiando pelo toque nos lábios da Xerife. O beijo conseguia ser bom, mesmo que a junção do gosto da cerveja e do cigarro não fosse tão boa assim.

 Já passava das dez horas da noite e as Oficiais ainda estavam ali, conversando, consumindo o que foi comprado e é claro, se amando. O cenário estava muito agradável para as duas, no entanto aquele era o começo de uma grande batalha contra Jayce e os pais de Caitlyn. E ninguém conseguiria imaginar o que já estava a lhes aguardar. 



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