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História 10 Seconds - You just wanna know those peanut butter vibes


Escrita por: Krysliu

Notas do Autor


Olá de novo :v faz muito tempo que eu não posto né, ah pois é desculpa pela demora de atualizar (quem vê pensa que eu tava de hiatus de novo né só pensa mesmo) ((desculpa eu sou doida))

Parece que eu tô querendo acabar a fanfic logo pq eu posto os capítulos quase tudo em seguida mas não é verdade aaaa eu tô gostando muito de escrever a história depois que desenvolvi o plot todo bonitinho, por isso não demoro muito pra atualizar ;-; mas do jeito que tá se encaminhando, a fic vai acabar rapidinho kkkkjjjjjk (pra quem não viu a pequena mudança na ficha técnica da fic, eu acrescentei mais um personagem pra fechar o time dos defensores de Piltgay uhuuuu)

Espero que gostem e boa leitura ♥

Capítulo 9 - You just wanna know those peanut butter vibes


Ao toque da alvorada surge uma nova manhã, sendo esta o início de mais um dia útil de trabalho. Muitos piltovenses estavam a postos às 06h, alguns se levantavam horas antes do breu da madrugada desaparecer. Em teoria, Caitlyn não iria acordar cedo pela ordem de cárcere privado até o dia de seu matrimônio com Jayce, se não fosse pelos efeitos da ressaca que começara a sentir no mesmo horário em que deveria estar saindo para trabalhar.

A mulher se levantou da cama e imediatamente foi em direção ao banheiro, vomitando todo o álcool contido em seu estômago. Raramente a Xerife bebia, apenas em festas da elite que era obrigada a ir com seus pais — sua presença era muito requisitada entre os barões e baronesas — e ainda assim não passava de duas taças de vinho durante o banquete oferecido nas festas. Na visão dela, não era necessário beber tanto para aproveitar os momentos, apesar de ter adotado a bebida como sua válvula de escape. E foi o que aconteceu, ela se embriagou com o que lhe restava de lembranças de sua parceira, imaginando estar nos braços de Vi e que tudo aquilo não passava de um pesadelo.

A Xerife tonteava à medida que se levantava do chão frio do banheiro, os efeitos do álcool ainda lhe castigavam embora não tivesse mais qualquer resquício de bebida em seu estômago. Com alguma dificuldade, abriu a torneira do chuveiro e se pôs embaixo da corrente de água gelada, murmurando um xingamento aleatório graças ao choque térmico com a temperatura alta de seu corpo. Só algum tempo depois que Cait se despiu para poder tomar banho de verdade, jogando as roupas na área externa do box. Após o banho, enrolou uma toalha em seu corpo, escovou os dentes para tirar o gosto amargo de sua boca e retornou ao quarto, vestiu uma camisa que pegou emprestado de Vi em uma noite que a noiva rasgou a sua blusa “sem querer” e um shorts velho. Antes de sair do cômodo, recolheu as roupas jogadas no banheiro para estendê-las e assim devolver à Vi no próximo encontro.

Caitlyn andou lentamente pelo corredor, na esperança de ser a única presente na casa. No relógio da cozinha marcava 07h30, horário do início do expediente — para a sua sorte, não se ouvia nada além dos seus passos e da sua respiração. Estava prestes a comemorar quando foi interrompida.

— Bom dia, Caitlyn. — A mulher mais velha estava sentada na mesa de jantar, saboreando uma xícara de café preto. 

— Bom dia. — Por um momento Cait se assustou com o chamado mas logo se tranquilizou quando percebeu que era sua mãe. —Peraí… se eu fui trancada no quarto ontem à noite, como que a porta está destrancada agora? 

— Eu tive de pedir muitas vezes para o seu pai destrancar, caso você precisasse de alguma coisa durante o tempo que eles estão fora. — Suspirou, aborrecida. 

— Querem me privar até de circular dentro da minha própria casa? Impressionante... — A morena bufou, pressionando a têmpora com a ponta dos dedos pois estava sentindo muita dor de cabeça. 

— Eu ouvi você passar mal antes, está tudo bem?

— Não muito, eu gostaria de tomar um remédio.

— Ok, vou pegar pra você. — A mulher foi em direção ao armário onde estava uma pequena caixa de remédios e logo colocou um comprimido e um copo de água na mesa.

— Obrigada. — Caitlyn sorriu fraco, em seguida engolindo o comprimido junto com um gole de água. — Mãe… posso te fazer uma pergunta?

— Claro, minha querida.

— Por que meu pai se tornou esse homem asqueroso e nojento? — A pergunta entristeceu a mulher.

— É uma longa história… como você sabe, antes de entrar na política, nós éramos artesãos de ferramentas Hextec até o dia em que fomos sequestrados e acabaram levando tudo. Para restabelecer a imagem da nossa família, seu pai se candidatou para ser prefeito e assim que foi eleito, te colocou como Xerife na delegacia para aumentar a segurança. O problema é que a corrupção falou mais alto e ele foi se tornando cada vez mais mesquinho, a ponto de não conseguir mais reconhecê-lo.

— E por que a senhora continuou com ele? Olha só o que ele fez comigo, tudo pra se manter no governo e na alta sociedade! — Caitlyn estava tão triste quanto sua mãe.

— Bem que eu tentei pedir o divórcio, mas ele não me escutava. Dizia que não valia a pena se separar com essa idade. 

— Não sei qual dos dois é o mais asqueroso nessa história. — A morena bufou, irritada. — Mãe, eu te prometo que irei acabar com a festa deles em breve. 

— Agora que eles descobriram sua investigação e fizeram isso? — A mulher mostrou a principal manchete do dia, falando sobre o incêndio na Sede do Clã de Ferro.

— Eu não acredito! — Caitlyn mal se recuperou do impacto negativo da noite passada e acabara de receber mais uma notícia ruim. 

— Desista enquanto ainda há tempo, filha. Vai ser muito difícil de confrontá-los. 

— Não… não, não! Meu pai é um prefeito corrupto e o cara que vai se casar comigo é aliado dele, tão corrupto quanto o próprio! Eu preciso parar eles! — A xerife soluçou baixinho, não conseguindo conter as lágrimas que escorriam rapidamente pelo seu rosto.

— Eu queria poder acreditar nisso, meu anjo. — A mulher mais velha sorriu fraco, se aproximando para poder abraçar a filha que já estava aos prantos.

— Pode acreditar. Eu vou acabar com eles e vou te libertar desse inferno.

 

 

Vi não retornou para a delegacia, já que a investigação sobre o incêndio na Sede era parte do seu trabalho. Boa parte do salão foi danificado, sendo o escritório de Camille a área mais atingida pelo fogo. Os armários foram esvaziados, havia muitos papéis reduzidos a pó e muitos móveis foram quebrados antes de serem queimados.

— Eu não consigo acreditar no que aconteceu. — Camille andava de um lado para o outro, perplexa com a visão do seu escritório totalmente destruído.

— Muito menos eu. — Todos os documentos nos quais Vi tocava, se desmanchavam em suas mãos. — Apesar de ter uma ideia de quem possa ter feito isso, não podemos acusar ninguém até o momento.

— Temos uma prova para incriminar eles, a questão é que esse incêndio não aconteceu sozinho. — Camille afirmou, observando todo o ambiente para tentar encontrar algum vestígio que o criminoso tenha deixado. — A não ser que…

— Podemos olhar nas câmeras de segurança, se tiver alguma que não foi destruída.

— Você tem a mesma linha de raciocínio de Caitlyn, gostei disso. — A Chefe sorriu satisfeita, indo em direção para a sala de supervisão.

— É, eu puxei isso da Xerife e mais algumas coisinhas…

— Poupe-me desses detalhes, Oficial. — No mesmo instante, o sorriso se desmanchou para dar lugar a uma expressão de espanto, o que fez Vi segurar o riso.

Alguns funcionários estavam na sala de supervisão, ironicamente foi a única sala que estava intacta — para o azar de quem cometeu o delito e achou que sairia impune. Não foi possível verificar as gravações de todas as câmeras pois algumas foram quebradas, ficaram algum tempo nesse processo até que encontraram a falha deixada na cena do crime.

— Aqui está o culpado. — Vi apontou para o indivíduo jogando gasolina por todo o escritório de Camille, em seguida ateando fogo. Pelo terno preto e o aparelho de escuta, era o segurança da Sede e também o infiltrado de Jayce.

— Nunca confiei muito nesse rapaz. — Camille não parecia muito surpresa com a revelação. — Sempre atrasado e com várias desculpas esfarrapadas para justificar o trabalho mal feito.

— Por que não demitiu ele, se você já tinha essa suspeita?

— Muitos funcionários foram demitidos por conta das minhas exigências, decidi que precisava ser mais tolerante. — Para alguém como a Chefe de Inteligência da Casa Ferros, era muito difícil se mostrar compreensivo com pessoas que não queriam seguir suas regras. Afinal, ela foi preparada para cortar os problemas obscuros da sua família e da sociedade com precisão cirúrgica.

— Sei como é. Fui tolerante até demais com aquele… — A policial foi interrompida antes de poder completar a frase.

— Cientista ambicioso. — A mulher substituiu o possível xingamento da companheira por palavras mais “suaves”.

— Também. — Vi concordou, insatisfeita por não poder se expressar da maneira que gostaria, apesar de ser falta de educação. — Mas, e quanto a investigação? 

— Chamarei reforços. É muito arriscado continuarmos sozinhas depois desse incêndio, nunca se sabe quando pode acontecer algo com uma de nós. — No mesmo instante, Camille discou alguns números em seu celular e ligou para a Unidade Policial localizada no outro lado da cidade. 

Algum tempo depois, um carro foi estacionado na frente do que restou da Casa Ferros. O motorista era Ezreal, investigador criminal da Segunda Unidade Policial de Piltover.

— Uau... fizeram um grande estrago por aqui. — O loiro adentrou a Sede, observando todos os detalhes do cenário destruído.

— Pelo menos, já encontramos o culpado. — Camille afirmou, assistindo outra vez a gravação em que aparece toda a ação do segurança.

— Se vocês já sabem quem fez isso, então por que eu fui chamado? — O sarcasmo de Ezreal era uma das poucas coisas que conseguia tirar toda a paciência de Camille, embora não fosse tão irritante quanto Jayce.

— Precisamos de reforços, eles podem tentar fazer algo contra nós. — Vi explicou de uma maneira tão calma que nem parecia que ela era a primeira a se irritar com qualquer coisa.

— Ah, quer dizer que a Chefe de Inteligência da Casa Ferros precisa de alguém para proteger ela? Não consegue fazer isso sozinha, Camille?

— Foco, Ezreal. Foco! — Camille vociferou, assustando o rapaz.

— Desculpa, não sabia que você iria se irritar tanto assim. — Ezreal coçou a nuca, um tanto envergonhado. 

— Está tudo bem. — A Chefe respirou fundo, acalmando-se. — Nem cheguei a me irritar de verdade.

— Imagina se ela tivesse mesmo… — Vi murmurou, pensando que Camille não iria escutá-la.

— Calada, Oficial. — Todos riram do comentário de Camille, o que fez o rosto da punk corar levemente.

Após decidirem como a investigação seria dividida entre os envolvidos, Ezreal se dispôs a dar uma carona para Vi e ela aceitou, não era de seu costume aceitar gentilezas por parte de algum homem mas não teria problema com Ezreal, já que o investigador era seu amigo. 

— Obrigada pela carona. — Vi sorriu para o loiro, o que causou um certo estranhamento.

— A mulher mais temperamental que eu já vi nessa cidade falando “obrigada”? Não é possível, eu devo estar sonhando! — Ezreal zombou da amiga.

— Só porque eu gosto de surrar pessoas não quer dizer que eu não saiba me comportar, idiota. — A policial deu um leve soco em seu ombro.

— Realmente… devo concordar com o rapaz. É surpreendente uma desordeira saber como se fala “obrigada”! — Jayce se intrometeu na conversa, deixando a punk um tanto irritada.

— Até onde eu sei, estava conversando com meu amigo e não com você. — Vi apontou para Ez, que acenou alegremente para Jayce.

— Me surpreende mais você conseguir manter uma amizade- — Jayce se interrompeu quando percebeu que aquele era Ezreal, um investigador criminal que estava lhe procurando há meses. — Com licença, lembrei que preciso fazer algo muito importante. — O cientista sorriu fraco e voltou para o interior da delegacia com pressa.

— Ué, o que aconteceu com ele? Parece que acabou de ver um fantasma. — Ezreal indagou, com um grande sorriso estampado em seu rosto.

 

Jayce estava tão desesperado que acabou derrubando metade de seus pertences em cima de seu gabinete, enquanto procurava seu celular. Assim que encontrou o aparelho, imediatamente foi até a área externa da delegacia e tentou ligar para o Prefeito várias vezes, resultando na caixa postal. O rapaz não iria esperar pela boa vontade do Prefeito para atender a ligação, então deixou uma mensagem gravada na caixa postal.

— A situação está piorando cada vez mais, meu caro. Primeiro a sua filha intrometida, depois a Chefe insossa e adivinha quem resolveu se juntar para a festinha?! Aquele investigador criminal petulante da Segunda Unidade Policial! — Jayce praticamente gritou no microfone do celular. — E aí, o que vai fazer agora?


Notas Finais


P.S.: Não bebam que nem a Caitlyn, isso é feio :v (falou a pessoa não-alcoólica do rolê e que fica supervisionando os amigos bêbados) e não sejam pistoleiros que nem a Camille (mentira que eu sou mais pistola que ela, pisa menos íconeeeee)


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