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História My name is. - Ah quanto tempo, né.


Escrita por: MinnaPanda

Capítulo 2 - Ah quanto tempo, né.


Fanfic / Fanfiction My name is. - Ah quanto tempo, né.

      Já estava de madrugada quando cheguei no centro de Nova York. Prédios altos, luzes para todos os lados... Era realmente incrível.

Então me hospedei em um hotel, que fica ao lado do hospital aonde uma das minhas velhas amigas deveria trabalha.

-A senhora precisa de ajuda com alguma coisa? -Perguntava a  dona da hospedagem.

-Meu filho ainda está dormindo, então não sei se consigo carregar tudo lá pra dentro.

-Não seja por isso. Eu irei chamar alguém pra te ajudar.

-Obrigada.

Um tempo depois um homem alto, de cabelos claros e com um aspecto cansado veio até mim. Ele me ajudou a colocar todas as malas dentro do quarto, enquanto eu levava o Rafa.

Era bem simples, uma cama de casal, um criado mudo de cada lado da cama, um armário lindo de madeira, uma TV e um frigobar. Não era aquele quarto, mas dava pro gasto. Só ia ficar dois dias ali mesmo.

Então deitei pra dormir ao lado do Rafael, que parecia estar no mil e um sonho. Nunca vi criança ter mais sono que ele.

Algumas horas depois acordei com o Rafa por cima de mim, pulando. Parecia animado e sonolento ao mesmo tempo, era engraçado de uma forma fofa.

-Calma querido, já vamos comer.

-Bolo? tia Mari!

-Amor, a gente não tá em casa. Vamos comer aqui e depois vamos visitar uma amiga da mamãe, está bem?

Ele fez um bico fofo com os braços cruzados. 

Sai da cama e levei ele para o banheiro. Depois de tomar banho e dar banho no Rafa, colocamos roupa e fomos comer.

-Bom dia! -Dizia a dona da hospedaria. Ela se chamava Janice, e não aparentava ter mais que trinta anos.

-Bom dia! -Sorri gentilmente enquanto Rafa puxava minha calça. -Que foi? -Falei baixinho pra ele.

-Quero bolo...

-Já vamos comer bolo. Calma.

Nos sentamos perto de duas mulheres, que me olhavam indiferente. Não questionei, apenas fui pegar um pedaço de bolo e panquecas.

Logo após comermos peguei Rafa e sai. Quanto antes falasse com Melody melhor seria.

-Aonde vamos? -Pego ele no colo enquanto vou em direção ao hospital.

-Vamos achar uma amiga da mamãe. Não sei se ela tá trabalhando aqui... Deve estar.

-Como detetives?

-Como detetives.

-Ebbaaaa -Ele me abraçou mais forte. Acho que não falei que ele ama coisas do tipo.

Entramos no hospital e nossa, era lindo. Bem, o cheiro era o mesmo de sempre, a cor também, mas ele possuía um designer sofisticado e bem diferente. Andei em direção à moça que estava no balcão.

-Olá, em que posso ajuda-la? -Ela tinha um sorriso lindo, e um cabelo tão negro como o meu. Usava uma das típicas roupas de enfermeira e era dona de uma voz doce.

-Eu estou a procura de uma médica. Não creio que ela esteja há muito tempo trabalhando aqui.

-Qual o nome dela?

-Melody Maria Scanner. Trabalha na área de pesquisa e desenvolvimento.

-Ahh sim, ela trabalha aqui. No momento acho que não está ocupada. Se quiser falar com ela vou precisar que deixe a criança e assine aqui. -Ela me mostrou uma prancheta  e eu assinei.

-Vou pedir para alguém lhe levar até ela, e preciso que a criança fique. Relaxe, pois o levarei à um lugar onde irá se divertir.

-Está bem.

Esperei uns minutos até que vi outra enfermeira. Ela pediu para que eu a acompanhasse até a sala. Subimos até o terceiro andar. Era uma sala de vidro e bem bonita. Dentro dela havia duas pessoas, um homem alto que estava de costas então só vi o cabelo bagunçado, e de frente uma mulher que não acreditei que era Melody. Ela estava linda com seu cabelo loiro, seus óculos, que pra mim a deixavam com cara de secretária de filme pornô, e seu jaleco branco.

Depois que o homem saiu eu entrei na sala. A enfermeira foi embora e Melody ficou me olhando. Ela estava realmente muito diferente, era mais alta, mais madura, mais séria.

-Me disseram que você queria falar comigo. Em que posso te ajudar?

-Poxa, to morta de saudade, não precisa ser tão formal -Ela se vira e me olha como se eu fosse a coisa mais estranha do mundo.

-AI MEU PAU QUE EU NÃO TENHO!!! Não acredito que é você! -Ela vinha em minha direção e como senti saudade dessa sua expressão, parecia que não usava há muito tempo.

-Também senti saudades! -Rimos de leve.

-Sua... Sua... Cretina! Como você some do nada, e agora vem toda mudada e, PAAHH! "Oi!" Com a maior cara de pau! Ai que raiva que tô! 

-Olha, eu tinha que viajar pra poder me formar no que sempre quis, e você também. E eu tô aqui, não tô? Então, me conta o que anda acontecendo com você. Podemos por o papo em dia?

-Eu acabei de chegar do trabalho, mas como não tenho nenhum caso mesmo, e minhas pesquisas estão paradas, acho que não faz mal sair um pouco. -Ela tirou o jaleco e os óculos, soltou o cabelo e pegou sua bolsa. Ela estava usando uma roupa social preta e um salto bege.

-Vamos aonde?

-Que tal irmos dar uma volta. Faz tempo que não passo no shopping. -Eu concordei com a cabeça.

Descemos para o primeiro andar e vi a moça da recepção ir buscar meu filho, enquanto a Melody avisava que sairia por um tempo.

-Aqui seu filho.

-Obrigada por ter ficado com ele.

-Imagina.

Ela deu meia volta e voltou pro seu balcão. Vi Didy vindo em minha direção e peguei Rafa no colo.

-Letícia, não sei se é bom ficar pegando criança dos outros. Sabe que a mãe dele pode estar louca atrás do menino. -Não pude aguentar e comecei a rir baixo. Rafa olhava empolgado pro cabelo dala, a mesma olhava incrédula para mim.

-Ele é meu filho. -Ela ficou sem reação. Eu sei, é estranho reencontrar a amiga e do nada descobrir que ela é mãe -Dá oi pra tia Didy.

-Cabelo loiro!

-Você gostou? -Ele fez que sim com a cabeça. -Ele é um fofo, nem acredito que tem uma mãe como você!

-Eu sou uma ótima mãe, não duvide!

Rimos novamente e decidimos sair de lá. Já estava ficando estranho duas loucas e uma criança rindo no meio do hospital.

Nós andávamos tranquilamente em direção ao shopping. Seria muito bom passar um tempo com ela.

Algumas voltas depois, nós fomos comendo em um restaurante um pouco mais afastado do centro. Rafael estava bem quieto hoje, isso não é normal.

O restaurante tinha um ar de caro, não que eu ligasse, apenas achei exagero.

-Então, Leh. Me conta porque sumiu... E me conta sobre ele. -Ela mexeu a cabeça em direção ao Rafa.

Fiz um resumo rápido sobre os ultimos anos e descobri como tinha sido a vida de todos depois que fui embora.

-Entao irei te pedir só uma coisa.

-Pode pedir -Ela segura minhas mãos sobre a mesa e me olha.

-Me dá um beijo?

-O QUE?!! Tá louca? Cê comeu cocô?

-To zuando!! Nossa, sua cara foi ótima! -Eu não consegui me controlar e comecei a rir.

-Não brinca... O assunto é sério!

-Está bem... Nossa... Eu só vou pedir para que adiante suas férias e viaje comigo por três meses. Você poderia fazer isso? -Olho pra ela com cara de pidona.

-Olha, só vou aceitar porque tenho uma causa maior. Mas você irá ficar me devendo uma.

-Prometo que iremos nos divertir muito nesses próximos meses. Eu, você, o Rafa e as meninas.

-Eu tenho o contato delas, mas vai ser meio difícil achar todas.

-Pode deixar comigo! Nós vamos conseguir... Né filhote?

-Detetives!

Rimos e passamos a tarde assim, conversado, brincando, rindo, nos divertindo, e nossa! Como eu sentia saudades dela... Saudades de passar nem que fosse dez minutos com ela.

Mais tarde Melody me convidou pra ficar na casa dela enquanto procurávamos Marcos. Eu achei melhor não, mas ela insistiu muito, então acabei dizendo que sim.


"-Eu te amo, por que não podemos ficar juntos?

-Letícia, eu não te amo mais, porfavor, vai embora.

Eu nunca chorei tanto quanto havia chorado naquela noite, e eu queria muito não ter descoberto que estava grávida no dia seguinte."

   



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