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História My name is. - Vamos la


Escrita por: MinnaPanda

Capítulo 3 - Vamos la


Fanfic / Fanfiction My name is. - Vamos la

Acordei tomando uma lufada de ar. Uma sensação ruim percorria todo meu corpo.

Me levantei da cama que estava encharcada de suor. Me olhei bem no espelho e parei, será que atrapalhar a vida delas estava certo? 

 Fiz minha higiene matinal, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto, fiz uma maquiagem leve, coloquei uma calça azul com uma camisetinha rosa, e uma sapatilha bege.

Fui no quarto ao lado do meu. Procurei o Rafa e não o achei. Então escutei uma melodia de piano vindo do andar de baixo. Desci as escadas correndo e vi ele com a Melody. Ela estava tocando lindamente enquanto ele a olhava. Parecia admirar a música de uma forma mágica. Então ele me viu e veio correndo em minha direção.

-Mamãe! -Dizia ele, enquanto pulava em meus braços. Parece que alguém arrumou ele. Usava um short jeans preto, uma blusa vermelha e um tênis branco, os cabelos estavam penteados, e eu odiava isso. Entao bagunçei seus cabelos, sem deixar um fio sequer no lugar.

-Ei! -Didy parecia levemente brava. -Eu demorei um tempão pra poder arrumar o cabelo dele... E coloquei essa roupa também.

-Obrigada por ter arrumado ele pra mim. Mas acho melhor o cabelo bagunçado, não é?

-Bagunça! -ele começou a rir, e eu ri junto.

-Vocês estão com fome? -Perguntou ela.

-Claro.

-Então vamos tomar café. Só estava te esperando mesmo.

Ela acabou de falar e saiu, eu e Rafa fomos atrás dela.

Nem tive tempo de reparar como a casa dela era linda. Tudo branco, tirando os móveis que eram um azul bem escuro. A sala era enorme e bem no centro tinha o piano. Uma lareira queimava por causa do frio que fazia hoje.

A sala de jantar era de frente pra sala. Era uma mesa grande para uma única mulher, tudo perfeitamente limpo e alinhado.

-O que vocês querem comer?  -Ela se sentou na minha frente, e Rafa ao meu lado. Ela parecia estar séria. Será que só fica assim na frente dos empregados, ou é coisa da minha cabeça? Deixa quieto...

-Bolo!!!! -Gritava Rafael, enquanto seus olhos refletiam tudo que via.

-Bolo do que? -Ela parecia calma, e pela primeira vez pude ver Melody pacífica, bondosa e... Calma. Isso era bom, ver que ela se daria bem com ele.

-Moran... chocolate -Ele estava com o dedo na boca, fazia uma cara fofinha.

-Meu amor, que tal comer panquecas hoje? Depois comemos bolo, hein?

-Panqueca.

-Então irei pedir panquecas para todos -Didy sorria e ria com a cara do Rafa. Finalmente ele vai comer outra coisa que não seja bolo... Nada contra isso, mas chega por um tempo...

Depois de comermos em silêncio, fui me agasalhar, e deixei Rafa brincando com a Gabriele. Ela trabalha pra Melody, e eu precisava conversar com ela sobre meus futuros planos.

Nós andávamos tranquilamente pelo jardim da casa. Era florido e tinha um ar rústico, umas almofadas em cima de um estrado de madeira, um balanço na árvore, uma ponte sobre um riozinho que passava por lá, pássaros cantavam. Mesmo sendo um clima frio a beleza do jardim era magnífica.

-Então... -Comecei -Eu sei por onde o Marcus anda, e queria que me ajudasse a fazer ele vir com a gente.

-Talvez ele tope, já que ele sempre gostou muito de você. Como ele te chamava mesmo? Deixa eu ver... Amorzinho! -Falou, começando a rir.

-Sem graça... O assunto é sério aqui!

-Da pra ver pela sua cara de quem quer rir. Ok, vamos voltar logo para o foco.

-Ouvi por informantes meus que a Grah morreu, e o Arthur foi morar com ele, a Nath também está morando lá. Acho que vai ser meio difícil fazer ele largar os dois pra viajar comigo...

-A Grah morreu? Nossa, eles eram tão próximos, poxa...

-Aonde ele está morando?

-Marcus está morando em Chicago. Vi que é dono de uma rede de cosméticos e tem uma sócia.

-Poxa, anda bem informada, hein... Mas como conseguiu saber de tudo isso?

-Facílimo, eu pesquisei sobre ele. Aí fui descobrindo tudo, sabe, Marcus é bem favoso.

-Vamos quando pra lá?

-Amanhã. Não queira perder tempo aqui.

-Ok, até amanhã de manhã eu já estou pronta. Vai precisar de alguma coisa?

-Não, eu vou comprar as passagens e visitar uma amiga.

-Vou sair também. Arrumar minhas férias do hospital e avisar uma pessoa que tô de viagem.

-Então nos vemos mais tarde.

Rimos mais um pouco e voltamos. Entramos na sala e eu peguei Rafa. Coloquei um casaco branco nele, peguei o básico que precisava e sai de lá.

Andava nas ruas frias de New York em plena terça. Tudo era perfeito, até a neve que começava a cair.

Eu e Rafa compramos as passagens, nosso vôo está marcado pra amanhã, às dez da manhã. Agora só falta passar na casa da Rebecca.

-Mamãe, pode? -Rafa me perguntava apontando para uma pista de patins. Era perigoso escorregar no gelo? Era. Eu me importo? Não. Então vamos...

-Podemos, mas só depois que eu for na casa da tia Beca. Lembra dela? -A última vez que a vi ela estava grávida e Rafa era pequeno.

Ele balançou a cabeça negando, e eu continuei andando.

Um tempo depois cheguei a frente de uma casa vermelha, de dois andares, com um lindo jardim, e o cheiro de comida que vinha com a brisa era maravilhoso.

Toquei a campainha e esperei, até que ela apareceu, seus cabelos totalmente ruivos estavam curtos e ela vestia um avental por debaixo do suposto pijama.

-Leeeh!! Há quanto tempo. Poxa, você cresceu, hein!!! -Ele se escondeu em meu meus braços enquanto ela vinha em nossa direção.

-Beca, você cortou o cabelo. E cadê aquele barrigão? -nós duas rimos com a brincadeira. Rebecca já era mãe de um menino de quase quatro anos. Ela era dona de uma filial de salões de beleza, e sua esposa trabalhava como engenheira química, mesmo assim sua casa era humilde e agradável. Me lembrava a casa de minha avó.

-Ele está correndo pela cozinha. Vamos entrar, está frio aqui fora.

Ela abriu a porta permitindo com que nós passássemos.

-Vamos lá na cozinha, preciso terminar o almoço.

Eu a segui e quando entrei na cozinha me deparei com uma cena hilária. Matheus, filho dela, estava no chão todo sujo de farinha, e tudo estava branco, desde o teto até o chão.

-Minha nossa senhora. Como que você fez isso em cinco minutos? Cinco breves minutos que eu saí!

Ele começou a rir e fazer careta, ela pegou ele no colo, Matheus reclamava.

-Letícia , vou dar um banho nele, e depois acabo o almoço. Se quiser ficar pra comer só espere meia hora. Tem a televisão na sala. Pode mexer no que quiser, minha casa é sua casa, amore.

-Ok, se quiser ajuda é só chamar.

-Tudo bem.

Ela andou em direção as escadas com o filho nos braços. Eu fui para a cozinha.

-Rafa, o que acha de me ajudar a arrumar tudo isso? É uma grande bagunça, né?

-Divertido, mamãe.

-Então vamos, me ajuda.

Ele era tão pequeno e tão fofo. Era engraçado ver ele tentando ajudar. Eu mal conseguia entender o que estava acontecendo, por conta da bagunça, mas para idade que ele tem, ele é realmente muito esperto.

Em menos de minutos tudo estava no lugar.

-O que vocês fizeram? São visitas! Está louca? Para... -Beca veio e ficou do meu lado. -Não precisava ter limpado, nem arrumado, nem terminado o almoço... Poxa vida!!!

-Agora já era, senta aí e come... Cadê a Karin?

-Ela não vem, tá em uma viagem de trabalho. E você, porque tá aqui?

-Estou viajando de passagem, então decidi vir aqui dar um oi.

-Entendi...

E assim fiquei por lá até as três da tarde. Conversando, me divertindo, brincando com as crianças.

-Beca, tenho que ir. Eu passo aqui novamente quando der... Vem rafa!

-Tchau Letícia! Volta mesmo, hein?! Ficarei esperando.

Peguei rafa no colo. O frio não estava tão grande. Me lembrei que ele queria patinar, então quando chegamos no lugar, ele ficou mais animado do que o normal.

Vestimos os patins e toda hora eu segurava ele pela mão. Tão pequenino, tão frágil... Poxa, ele era uma criança tão pequena, mas com um coração cheio. Parecia uma pessoa que eu conhecia, seu pai.

-Ma-mãe, to com medo...

-Calma, só olha pra mim, ok?

-Tá.

E ficamos lá nos divertindo por longas horas, apesar dos tombos, hematomas, que pelo visto ganhei, estava feliz, foi muito divertido. E quem diria, meu filho tem mais coragem que eu mesma.

Estávamos indo pra casa da Melody. Peguei um táxi por que não aguentava andar mais. O dia foi totalmente cansativo. Rafa dormia em meu colo calmamente.

Quando chegamos eu paguei o cara, que roubo, tudo tá caro.

Entrei na casa dela e a vi com um homem. Estavam sentados na sala conversando. Ignorei e comecei a subir as escadas.

-Leeh, vem cá... -Ok, ela me chamou. Não sabia o que fazer. A conversa tinha cara de ser seria, e eu nao estava a fim...

-O que foi?

-Esse é o Kaise.

-Olá, sou amiga da Didy.

-Oi. -Para tudo, Melody tem um ficante lindo, pelo anjo! Ele parecia ser asiático, assim como ela. Cabelos pretos, olhos verdes, roupa social. Nossa, isso sim é bom partido. -Acho que podemos conversar outra hora... Até mais tarde. -Ele se despediu e saiu pela enorme porta.

-Que isso, hein...

-Ele é só um carinha que encontrei uma vez no bar. Então, o que acha de sair hoje?

-Pode ser, vou só me arrumar e colocar o Rafa na cama dele. Vamos aonde?

-Em um bar que eu frequento. Você vai gostar. Saímos lá pras dez da noite. Não podemos voltar muito tarde.

-Ok! -Respondi e voltei a andar em direção ao quarto do Rafa.

Eu tinha deixado meu filhote dormindo na cama dele e fui me arrumar. Faltava menos de uma hora pra irmos. Eu usava uma calça jeans azul escura de cintura alta, uma blusinha branca e um salto preto. Deixei meu cabelo solto mesmo e passei uma maquiagem básica.

-Didy... -Encontrei ela no corredor.

Ela estava com um vestido preto curto e solto, não tinha muitos detalhes mais era elegante e sexy ao mesmo tempo, usava um salto preto e seu cabelo estava solto, uma maquiagem própria pra noite.

-Vamos? -concordei com a cabeça e seguimos pro local.

Ficamos falando sobre coisas aleatórias durante o caminho, até ela parar em um bar. Parecia mais uma boate, mas acho que era um bar mesmo.

-Iai, Japa! -Falou um homem bombado.

-Tava demorando pra aparecer por aqui. -Disse uma mulher de trança.

-Chegou a celebridade da nossa noite -Comentou um homem que aparentava trabalhar lá.

Fomos entrando, e todos a olhavam e a cumprimentavam. Homens, mulheres, todos no local a conheciam. Melody de deus, por onde você andou nesses últimos anos...

-Você vai participar? -Perguntava o carinha do bar.

-Vou. Será a última vez. Pode separar os lugares, vou acabar com qualquer um. -Ela estava séria. Eles estavam falando do que? Deixa quieto.

-Vou chamar a Vivian, ela adora ver você humilhando esses bêbados imundos.

Depois de um tempo boiando sobre a conversa eu vi uma mulher alta, de pele um pouco morena, cabelo vinho, roupas justas e todos saíram do caminho enquanto ela passava. Acho que era a dona daquele lugar.

-Então, vamos começar?

Ela apontou pra um lugar que mal dava pra ver. Estava muito escuro. Parecia um alvo. Olhei pra Didy procurando explicações mas a mesma havia sumido.

-Hoje nossa melhor atiradora irá participar. Palmas pra ela. -Ela apontou pra Melody que segurava uma arma nas mãos e mirava no alvo. Essa garota ainda me surpreende.

Tinham vários desafiantes e eu estava chocada, para tudo, Melody, a fodastica Melody Maria, a linda e nada delicada Didy agora frequentava bares e atirava ilegalmente? Realmente por essa eu nao esperava...

Que mulher.

Já fazia um tempo que tínhamos saído de lá, foi legal mas ela tava louca?

-Você tava louca? Como se mete em campeonatos de tiro!

-Nem vem, é legal. E outra, você viu a cara do moleque depois que humilhei ele! -Ela começou a rir enquanto dirigíamos de volta pra casa.

-Esta bem, é divertido. Mas agora vamos dormir, porque amanhã temos uma viagem.

Entramos na casa que estava tão calma  e cada uma foi pro seu canto.

Eu fiquei um tempo pensando em tudo, como ela mudou, como eu mudei, até apagar.

Acordei eufórica, estava animada. Sentia saudades do Marcus , queria vê-lo logo e ver a reação que ele teria ao me reencontrar.

Me levantei, tomei banho, escovei os dentes, prendi meu cabelo em um coque alto, coloquei um vestido rosa rodado e uma sapatilha listrada de preto e branco. Arrumei minhas coisas e fui no quarto do meu pequeno.

Faltava menos de uma hora para saírmos. Estávamos todos na mesa comendo, tudo estava pronto. Rafael usava uma blusinha escrita em preto: "Eu sou um urso!" E um short. O dia estava quente, o que não era normal.

Terminamos de comer e fomos correndo para o aeroporto.

Chicago, aí vamos nós...

"-Eu não acredito, justo essa vaca? 

-Meu amor, me perdoa, eu estava bebado.

-Não Marcus, não."



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