Somos separados de nossas familias desde pequenos. Não podemos crescer ou ter memórias com eles, já que o governo não permite. Se você nasceu turquesa como eu, voce provavelmente já sabe do que eu estou falando. Mas comigo foi diferente, não fui levado para esses orfanatos por que já tinha 5 anos, na verdade foi bem pior.
Meu pai era turquesa e minha mãe neutra, ou seja, não tinha marcas, infelizmente dois anos e meio depois de eu nascer meu pai saiu para uma missão de reconhecimento no território recém descobrido de Eldarya, ele estava empolgado e minha mãe também, mas tudo isso se foi quando ele nunca mais voltou. Seu corpo foi descoberto junto aos outros trinta e sete cadetes que o acompanharam. Minha mãe era a pessoa mais legal do mundo, pense em alguém que faz de tudo por você, que sempre lhe deseja o melhor, mas depois da morte do meu pai ela ficou um pouco mais fechada e drepressiva. Claro que eu ajudei a aumentar o seu auto astral, mas você deve estar se perguntando por que eu não mencionei seus nomes ainda. Aqui no meu mundo, a sua identidade não importa- Na maioria das vezes. É proibido por lei, chamar um soldado, médico ou qualquer outra pessoa que trabalhe legalmente por seu nome. Cada pessoa recebe um ranking, e esse será o seu novo nome. Minha mãe e meu pai sempre me chamavam de Washington quando estávamos em casa, diziam que esse era o nosso segredo e que ninguém poderia saber- Claro que eu fui na onda e aceitei Washington como meu novo nome. Tudo estava indo bem quando a invasão ocorreu...
Era uma tarde de outono, eu e minha mãe estávamos sentados na sala montando um quebra cabeça em quanto o jantar não ficava pronto, o clima estava levemente frio, mas ainda em uma temperatura agradável. Minha mãe sorriu para mim quando eu consegui achar outra peça, mas o sorriso logo se foi quando um rugido alto ecoou sobre a vila, junto ao tremor de chão, que ia ficando levemente mais forte a cada segundo. Mãe se levantou rapidamente e saiu pela porta da frente para ver o que estava acontecendo, mas eu decidi ficar montando meu quebra cabeça. Devia ser apenas outro Graukon que escapou do estabulo e estava enfurecido. (Graukon- Criatura de quatro patas de dois metros e quinze na horizontal, e um metro e setenta na vertical, aparência de um javali selvagem, usado para transporte de cargas pesadas e dependendo da raça, como defesa em batalhas contra invasões.)) Quando minha mãe não voltou depois de alguns minutos decidi ir para o meu quarto já que o quebra cabeça não me interessava mais, mas parei quando o tremor ficou forte o suficiente para quase derrubar minha casa. As coisas estavam caindo e eu tentei desesperadamente sair de lá, estava quase chegando a porta da frente quando minha mãe entrou novamente e me pegou pelo braço me jogando para fora. Peguei um segundo para analisar o que estava acontecendo, casas em chamas, pessoas gritando, chorando e fugindo, como não ouvi isso antes? Olhei para trás a procura de minha mãe mas ela não estava lá, a casa haverá sufocado-a em quanto tentava sair de dentro após me salvar, não havia notado mas as lágrimas já saiam de meus olhos, procurei pelo causador do incidente e avistei a tropa de Joughes avançando, matando o povo de Eldarya sem qualquer remorso. (( Joughes - Jou - ges. Espécie humanoide, pele azulada com listras mais escuras, olhos de felino verde e orelhas levemente pontudas, Cabelos normalmente curtos (tanto em homens quanto em mulheres) e escuros. Povo inimigo de Eldarya))
Me virei rapidamente e corri, corri o mais rápido que pude, minha mãe estava morta e a vila sendo invadida, podia ouvir os gritos de socorro de crianças e adultos que não conseguiam sair dos escombros sozinhos, e que logo teriam seu fim. Não sabia a quanto tempo estava correndo, mas apenas parei quando avistei um dos soldados, o qual abriu os braços para me pegar.
Quando o céu se ponha, já estava no novo orfanato o qual seria minha nossa casa, esse era misto, significando que cores Turquesa, laranja, roxo e neutro se misturariam. Eu me sentei em um canto perto das camas, não estava com vontade de interagir com outras crianças, minha vida havia mudado completamente e não havia nada que eu pudesse fazer. Um garoto se aproximou, ele tinha cabelos loiros, olhos laranjas combinando com as suas marcas, ele se sentou ao meu lado e abraçou os seus joelhos.
- Oi.. - Falou com um tom baixo. Não o respondi de primeira até que olhei para ele, ele estava quebrado, assim como eu. -Meu nome é Leonard, mas eu me chamo de Leo.. -
-Você sabe que é contra a lei.. Não posso saber seu nome. - Respondi seco.
-Você perdeu tudo também não é? - Meus olhos se arregalaram um pouco. - Todos aqui tiveram o mesmo destino que você.. - Olhei em volta e soltei um leve suspiro.
-Meu nome é Wash..- Sussurrei. Mau sabia eu que Leo e eu cresceríamos juntos.
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