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História 13 Reason's Why - BTS Version - Um "amigos" não bastava?


Escrita por: Lucomaso

Capítulo 6 - Um "amigos" não bastava?


E cá estamos nós. Taehyung e eu. Eu e Taehyung. Caminhando em um ritmo bem apressado em direção ao lugar onde Park Jimin estaciona o carro. Uma parte de mim me alerta que isso é extremamente errado e que eu só tô me envolvendo em mais merda. Gritando para mim que de merdas na vida. Eu já tive o bastante para querer manter distância disso. Essa parte minha parece me dizer o óbvio: eu to saindo do foco. O foco era terminar logo as fitas. E… Acabar logo com isso. Mas a outra parte minha diz que isso é apenas uma vingança leve contra “as flores de pessoas” que eles foram comigo. E que esse é o caminho certo. Me respondam, porque nenhuma dessas partes parece certo na minha visão?


Nenhuma.



Vou admitir. Estou repensando em tudo o que penso em fazer e em tudo o que vou fazer.




- Nós já estamos chegando. - Tae alerta, me tirando dos meus devaneios.





- Você disse isso a meia hora. - falo sincero.




- Mas agora é sério.




- Você também já disse isso. - Rebato recebendo uma virada de olhos.




Esqueci de outro detalhe. Estamos andando a mais ou menos meia hora. Será que eu já disse que às vezes Kim Taehyung mente?





- Para de frescurinha. Você não anda a quantas semanas? 1? 2? Eu sei que você ficou trancado em casa esse tempo todo que ficou fora do colégio. Você não me engana. Precisa andar um pouco. - ele faz uma pausa. - não pense que sou mentiroso, apenas peguei um caminho diferente que fizesse você andar um pouco mais. Achava que você precisava pensar um pouco.





Olho de relance para Tae. Ok, sem dúvidas, Kim Taehyung me conhece melhor que eu mesmo. Eu até tento ficar com raiva, mas isso parece impossível.




- O verdadeiro caminho e bem perto mesmo, mas eu achei qu.. - ele continua.




- Tudo bem, Tae. Vamos acabar com o carro dele. - digo rindo e ele sorri logo em seguida.




Mal sabia eu o quão trouxo eu podia ser. Ou como TaeTae diz “bondade acumulada”.




(...)



Definitivamente, eu nunca pensei que voltaria a sentir qualquer coisa por Park Jimin. NUNCA. Muito menos pena. Compaixão. Eu devo ser a última pessoa que ele quer que sinta isso por ele, e eu sei que sou a última pessoa que deveria sentir isso por ele. Eu sou trouxa. Idiota. Bobo. (Insira todos os outros sinônimos dessas coisas aqui.) Taehyung mesmo irritado, diz que não sou nada disso, afirma que tenho “bondade acumulada” e que… Eu não consigo der repente incorporar ele ou NamJoon (referências)  e ser mal com os outros e as coisas dos outros. Já eu? Discordo disso. Posso ser mal sim! Só que… só que eu fui pego em um situação em que eu não podia ser mal… Não conseguia ser mal. Podem me chamar de idiota.



Eu deixo.



- É sério Jungkook. Eu entendo que você não é como eu, apesar de eu ainda querer muito destruir o carro de Park Jimin. - ele sussurra, acho que tentando não atrapalhar a dança do moreno a nossa frente.


 É e voltamos a estaca zero, onde eu era um mero iludido observando Park Jimin dançar.




- Taehyung, eu sei que você, lá no fundo, assim como eu, sentiu pena dele. Eu sei que sim, impossível não sentir, você viu aquilo? Eu nunca imaginei qu… -




- Que Park Jimin teria problemas assim como a maior parte de nós, que Park Jimin apanhasse do pai como um cachorrinho sem dono, que Park Jimin estaria agora dançando como um insano sem parar por mais de 1 hora, que Park Jimin chorasse e precisasse de ajuda, que Park Jimin tivesse por trás de toda essa casca dura e idiota dele um ser quebrado e cheio de estigmas. É eu sei. Nunca ninguém deve ter sequer imaginado isso.




Arregalo bem meus olhos ao ouvir meu amigo falar. Ele parece sempre saber o que dizer e não dizer em horas como essas. Kim Taehyung sendo Kim Taehyung. Fico calado, não tenho mais nada a dizer. Ele já disse tudo. Apenas volto meus olhos a dança de Jimin, que parece acabado, mesmo estando com hematomas pelo corpo, causados pelo pai à poucas horas, mesmo estando suado e com o cabelo bagunçado, mesmo com todos os outros problemas que sou incapaz de compreender por meio do meu entendimento “normal”. Eu consigo. Eu consigo, por meio da dança dele, que é incrivelmente carregada pelos seus sentimentos sentir suas dores… sua raiva… seu descontentamento… Ele parece transparente. Parece...por um momento, ser quem ele é de verdade.




- Mas que merda!  - outra vez sou tirado de meus devaneios quando Taehyung levanta desesperado e corre em direção a Jimin, que agora está caído, como se tivesse desmaiado. Levanto logo em seguida, um pouco surpreso ainda.




Chegando mais perto vejo que a pele, antes perfeita, não é tão perfeita assim, que o corpo que dança tão bem e que parece inabalável, agora, parece fraco e frágil. Jimin parece completamente diferente do que eu me lembrava.




- Tire suas mãos de mim! - gritou Jimin com dificuldades, assim que Tae tentou o ajudar, pelo visto, não havia desmaiado. - e-eu não quero a sua ajuda!




- Eu to pouco me ferrando se você quer ou não, isso não significa que você não precise e que eu não possa ajudar. Fica quieto e aceita logo de boa. - Taehyung responde áspero. Inacreditável como ele foi o primeiro a ir ajudar.




Chego mais perto.




- Você também! - ele se direciona à mim - fique longe! Nem mais um passo!



- E você vai fazer o que contra ele? Tu tá mais destruído que os carros do Transformers. - Taehyung fala e eu bato minha mão na testa, que exemplo ele dá em uma situação dessas. Taehyung sendo Taehyung.



Com uma olhada rápido, percebo que Jimin abre um sorriso no rosto, acho que de ironia. Não tenho certeza.




- Vocês são mesmo idiotas. - ele começa. - poderiam ter seguido o caminho de vocês e me deixado em paz!




- Se tivéssemos feito isso como iríamos te ajudar? - dessa vez eu me pronuncio.




- Eu já disse no caminho pra cá que não preciso de ajuda!! - ele vacila na resposta.




- Aham, e eu cago arco-íris. Conta outra cara. - Taehyung dispara.





Mesmo com o outro resistindo um pouco, Taehyung passa um dos braços dele pelo seu pescoço, o ajudando, e eu passo o outro braço pelo meu pescoço. Carregamos Jimin para fora daquele espaço que agora parecia absurdamente quente e o sentamos em um banco perto dali. Se ele pegasse um pouco de ar fresco. Talvez, ajudasse.


Talvez.




Sem autorização Taehyung e eu sentamos um de cada lado do garoto emburrado. Não ligamos se ele gosta ou não da nossa presença. Eu é que deveria sentir nojo em estar perto dele. Mas… não sinto.




- Se vocês continuassem o caminho de vocês… e fingissem que não viram na… - ele começa mais Tae o interrompe.




- Você provavelmente gastaria milhões no seu carro todo destruído e pintado de preto e vermelho. - Jimin olha para nós indignado com os olhos arregalados.




- Vocês planejavam destruir meu carro!?




- Sim. - Tae fala sem arrependimentos pelo plano traçado a pouco tempo atrás. - Iamos te dar um baita prejuízo hein!



- Porquê!? Quer dizer - ele se corrige. - de você Jeon eu até entendo. - mas você Taehyung? O que eu te fiz?




- Você é idiota com todo mundo, isso é motivo suficiente para isso. - eu respondo de forma fria. Ele para e pensa um pouco. Como não tem como rebater, suspira e olha para frente assim como nós. Acho que é grande uma surpresa para todos, estarmos assim. Nessa situação. 



Há uns minutos de silêncio. Que horas poderiam ser? 1? 2? 3 da manhã? Acho que por um momento nenhum dos três se importava com isso. Jimin quebra o silêncio:




- Vocês viram tudo? - pergunta hesitante. 




- Se você chamar de “tudo” - Tae faz aspas com mão. - seu pai te jogando na rua e te batendo de uma forma assustadora, acho que sim. - Jimin e eu acabamos rindo, era impressionante como tudo que saia da boca de Tae, mesmo nessa gravidade, saia engraçado.




- E porque vocês me seguiram até aqui e ficaram esse tempo todo esperando eu terminar de dançar?  Eu não esperava acabar  tão cedo como aconteceu. Mas hoje meu pai estava com mais força.




- Pergunta para o amiguinho do lado. - Tae se refere a mim. - eu tava é rindo da sua cara. - ele pausa quando olhamos para ele ao mesmo tempo. - É mentira, eu senti pena também. - E assim Jimin se vira para mim, como se esperasse uma explicação.





- Eu sei que isso é estranho… Eu nunca pensei que um dia pensaria em te ajudar. Mas foi inevitável, você parecia tão frágil e medroso… Tão…




- Eu. - ele completa. - eu parecia eu mesmo. - concordo com a cabeça.





- Ver você ali naquela situação… apanhando, me fez pensar quando apanhei de Yoongi na sua festa, me fez pensar que aquilo não foi nada legal e que não desejaria isso para ninguém, nem mesmo você! O causador da minha sura. Eu juro que eu só queria te proteger. Então convenci Tae a ir atrás de você e esperar as horas que você precisasse dançar para se acalmar. Eu estava e estou disposto a te ajudar. Mesmo que para isso você queira agora me bater.





- Eu não sei se penso que você é um trouxa por não ter rido da minha cara, gravado e mostrado para toda a escola ou se você tem…




- bondade acumalada. - Taehyung completa ele. - ele é bom e ingênuo demais e as pessoas se aproveitam disso Jimin. Você sabe bem disso.



O silêncio se instaura. Mas não por muito tempo. Dessa vez eu quebro o silêncio:




- Porque ele te bateu daquela forma?



Ele sorri triste.




- Eu já não sei os motivos. Não foi a primeira vez que ele fez isso. Eu escondia os hematomas com as roupas e maquiagem nas primeiras vezes. Depois eu comecei, além disso, a pisar em cima dos outros com meu talento. Comecei a usá-los como ele faz comigo e com minha mãe. Comecei a ser idiota...- ele suspira pesado. - Isso não foi nem ⅓ do que ele já fez comigo, acreditem.




- Você começou a ser idiota como seu pai. - Tae diz mais como um pensamento e mesmo assim Jimin concorda com a cabeça .



Depois disso, Tae e eu não dizemos mais nada, mas tenho a certeza que pensamos o mesmo. Park Jimin, o  “adorado líder” de toda aquela escola, o inabalável Park Jimin, era abalado de outra maneira. Tem problemas. Assim como todos nós.


Assim como eu.



- Por acaso isso tem a ver com você dançar tanto? - Tae pergunta curioso.




- Sim, - ele sorri. - Junto o útil e o agradável, amo dançar e descarregar minha raiva e tristeza nisso.... E dá no que dá.




- Não precisava dançar tanto. Até quase desmaiou. Isso é meio insano - digo.




- É que… Eu não tenho ninguém para… Sei lá, desabafar.




Então ele precisa sim de ajuda.





- E você acha que nós estamos aqui porque seu idiota, tapado!? Eu não fiquei meia hora andando com JungKook para não destruir seu carro, não segui você como um idiota e esperei você cansar para você dizer que não tem ninguém para desabafar! Tá achando o que? Que focinho de porco é tomada? - Jimin e eu caímos na gargalhada com a explosão repentina de Tae.



Taehyung sendo Taehyung.




- Agora, eu só preciso descansar um pouco. - Jimin fala e deita no meu colo colocando suas pernas em cima de Tae e ouvimos o mesmo reclamar:



- Porque eu fico com a pior parte?





Tudo o que aconteceu hoje precisava ser pensado e analisado. Nada parecia real, o choque ainda era grande para mim. Quem podia imaginar? Aquela nossas posições não duram muito. Quando Jimin levanta pega nossas mãos e canta em uma melodia desconhecida por nós :




- Segurando a mão de todo o mundo, diga 1!2!3! e esqueça todas as memórias ruins. Esqueça… e continue esquecendo…



- ECA! Isso é tão clichê. - Tae diz e nós rimos. - um “amigos?” não bastava? 




- Tae não estraga o momento. - o repreendo.




- Vamos a uma cafeteria? - Jimin diz ainda nos puxando.




- Melhorou agora, mesmo você ainda segurando nossas mãos. - rimos novamente impressionados como tantos desses momentos em pouco tempo acontecem. Tantos…




“Kim Taehyung sendo Kim Taehyung.”



Notas Finais


AHA! Não abandonei essa fanfic. São apenas as semanas de provas, trabalhos e avaliações que estão pensando... Espero que entendam e que tenham gostado do capítulo ❤


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