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História 18 Motivos Para Amar Você - Eighth Reason


Escrita por: losstar

Notas do Autor


Não pude postar por motivos de:
1. Pessoas invadindo minha casa do nada
2. Metade do capítulo por fazer (ou mais keke)

Gente, eu não sei cumprir com datas, me perdoem ;-;
Li em um comentário que o tempo que eu demoro é relativamente pouco, já que os capítulos são grandes, por favor, espero que todos concordem :(

Esse capítulo é bem gostosinho de ler na minha opinião, eu já estava planejando ele há algum tempinho keke
Ele não é desnecessário, vocês entendem no final

Boa leitura!! sz

Capítulo 9 - Eighth Reason


 

 

 

Página 5 - Lado 1

"Uma vez, eu escrevi uma história. Quando eu era um pouco mais nova. Eu não fazia a menor noção do que estava escrevendo pra ser sincera... Eu nunca te mostrei isso, mas ainda tenho aqui a folha velha em que estão meus desenhos/rabiscos, acompanhados de uma maravilhosa trama.

 

A história era mais ou menos dessa forma..."

 

 

 

 

Era uma vez, uma princesa. Ela era a filha única do rei e da rainha de Westeros. Uma vida a boa que a pequena menininha levava junto a seus pais. Seu nome? Minatozaki Sana. Com o passar dos anos, Saninha vivia muito só em seu castelo, já que os pais tinham muitas obrigações e deveres como reis. Sana gostava de andar a cavalo. Em seu cavalinho branco, que mais se assemelhava a um pônei, ela desfrutava de aventuras incríveis por seu castelo. O problema é que, uma hora, a brincadeira perdia a graça. A pequena Lady Minatozaki queria ter alguém para experimentar coisas novas, mas infelizmente, a menina não possuía vizinhos. Ela estava realmente muito sozinha. Porém, a pequena Sana nunca deixou de acreditar em seus sonhos, ela continuava com a crença de que faria um amigo que fosse algum dia.

E foi então, que seus pais anunciaram que o reino vizinho daria uma festa, e sua família fora convidada. Ah, aquela era uma chance perfeita de finalmente a Minatozaki conhecer alguma criança de sua idade. A pequena ficava empolagada apenas com o pensamento, o que não passou despercebido por sua empregada, Meyrin.

— Aconteceu algo, princesa? Parece tão contente. - Indagou a mulher, com um sorriso fofo habitando seu rosto. Saninha lhe lançou um sorriso terno.

— O reino vizinho dará uma festa em uma semana, Mey unnie! - Exclamou. Ela e seus empregados possuíam uma conexão tão forte que poderia considerar cada um deles seus amigos.

— Huh... Então a princesa está empolgada para conhecer o príncipe do reino Stark? - A mulher sorriu de canto. A loirinha pensou por uns instantes, negando com a cabeça.

— O príncipe é meu prometido... Tenho medo de que ele não seja uma boa pessoa. - Abaixou a cabeça - Quero apenas encontrar alguém que se torne um grande amigo ou uma grande amiga pra mim! - Voltou a sorrir docemente. A mais velha deu uma gargalhada e estalou os dedos.

— Pois que assim seja, Lady Minatozaki! Irei pedir ao Finny que providencie agora mesmo um vestido bem lindo para você! - E assim, saiu a mulher rebolando um pouquinho. Finny era seu costureiro, e também amigo, assim como Meyrin e Bardroy. Bardroy era o cozinheiro e, por falar nele, a pequena Sana estava morrendo de fome. Se dirigiu à cozinha, preparando-se para um ótimo prato.

Uma coisa muito curiosa, que sua mãe insistia em fazer, era lhe dar dietas. Dietas e mais dietas, comidas saudáveis para que Sana crescesse magra e saudável. Afinal, que princesa era gorda? O problema da menininha era que ela detestava comida considerada boa pra saúde. Sua vida era tomar milk shake, comer chocolate, sorvete até dizer chega e por assim sucessivamente. Portanto, ela e seu cozinheiro tinham um segredo, um segredo muito grande entre os dois, que deveria ser zelado e protegido à todos os custos. E, obviamente, sua mãe não poderia saber. Em nenhuma hipótese. Caso contrário, ela e o homem levaria boas bofetadas como castigo.

— O que vai querer hoje, Lady Minatozaki? - Virou-se o loiro em direção a menininha. A mesma pareceu pensativa por uns instantes, até estalar os dedos e dizer com confiança:

— Torta de morango. Bem recheada e cheia de chantilly. Mamãe não pode saber, hein! - E os dois assim mantiveram o segredinho. Sana comia sua tortinha feliz da vida e o homem babava nela como se fosse sua própria filha. Sim, seus empregados eram extremamente melosos com a garotinha.

 

 

Uma semana inteira se passou. Finalmente, estava no dia do baile do reino vizinho. Por sorte, o vestidinho de Sana já estava pronto e arrumado. Iria trajar um verde água, repleto de glitter pelos bordados e uma pérola grande no peito, na mesma cor. Seus sapatos seriam branquinhos, assim como seus brincos e suas unhas, pois Lady Minatozaki era chique ao ponto de combinar unhas com sapatos e pérolas com anéis. Afinal, nunca se é tarde para estar elegante. Por fim, a pequenina estava se vestindo com a ajuda de Meyrin, mesmo que não precisasse, visto que já era uma mocinha que podia se cuidar. A mulher arrumava a menininha e ficava admirada com o quão linda a mesma podia ser. E a própria Sana se achava a menina mais linda do mundo.

— Você está... Perfeita, Lady Minatozaki. - A empregada falou com um sorriso abobado nos lábios. A loirinha encarou seu reflexo no espelho, sorrindo largamente. Estava contente com o resultado.

— Espero que crianças da minha idade olhem pra mim. - Afirmou a pequena garotinha. Meyrin apenas concordou com a cabeça, indo se arrumar. Afinal, a governanta da família Minatozaki deveria estar bem vestida e tão elegante quanto a patroa.

Pois Sana achava Meyrin muito bonita. A mulher era esbelta, não acima do peso, mas com seios avantajados e de dar inveja. Além de seus cabelos macios e castanhos, que cheiravam a shampoo de cacau. Reluzentes e bons de passar a mão, assim como os fios loirinhos de Sana, que eram uma maravilha de primeira qualidade para a sua cabeleireira. Tratar de cabelos tão bons em uma criança tão pequena era um enorme prazer que a mulher tinha. Crianças sempre parecem ter as melhores personalidades, são sempre tão naturais. E pra Meyrin, a personalidade de Sana era um destaque, isso era indiscutível.

Não demorou muito para que as duas moças já estivessem dentro da carruagem, juntamente ao rei e à rainha, ou melhor dizendo, aos pais de Sana. A pequena apenas observava a paisagem pela janela de vidro, ao que cutucava sua governanta quando percebia algo de interessante ocorrendo afora. Enquanto isso, no outro banco, seus pais vinham calados, olhando para a filha com uma expressão um tanto inexplicável. Pareciam sérios. Os bancos da carruagem era virados um de frente para o outro, apesar de ter um vão espaçoso entre um e outro. Eles davam pulinhos quando as rodas passavam por cima de pedrinhas ou algum quebra molas, o que fazia a pequena madame rir, enquanto seus pais franziam o cenho. Sana devia confessar, tinha um pouco de medo de seus pais. Na realidade, não de sua mãe. Sua mãe era uma boa pessoa e ela sabia disso, já seu pai lhe passava sempre uma péssima imagem, imagem de um homem que batia e roubava doces de criancinhas. Talvez, no fundo, ele não fosse assim, mas ainda assustava a garotinha, que, contudo, o amava.

 

Finalmente, haviam chegado ao destino. O palácio vizinho era enorme e estava muito bem enfeitado. A loirinha desceu da carruagem com a ajuda de Meyrin, abrindo a boca largamente após ver o local em que se encontrava. Não que o tamanho fosse uma surpresa, afinal, seu próprio castelo era até maior que aquele. Abriu a boca em choque, pois já havia olhado por dentro, algumas crianças. Todas estavam paradas, encarando adultos conversarem. Não parecia animador, mas Sana já estava feliz apenas em saber que haviam pessoas regulando sua idade lá dentro. E foi com esse feliz pensamento que a menina adentrou o castelo, não sem antes se curvar para o segurança. Sorriu, caminhando em direção às crianças, porém fora puxada pelo braço. Era sua mãe, lhe chamando a atenção.

— Não seja mal educada, vamos falar com os convidados. - Disse de forma direta e simples. A filha apenas assentiu com a cabeça, seguindo seus pais e Meyrin. Logo, se via cumprimentando pessoas que sequer havia visto, porém fora educada o suficiente para saber que é importante cumprimentar aos outros quando se chega em um local.

— Meyrin... Chamou baixinho pela mulher, que logo lhe voltou a atenção - As crianças estão me encarando estranho...

Ao olhar ao redor do salão, Meyrin percebeu algumas das crianças do reino lhe fitando e fitando a pequena Sana, que se encolhia enquanto segurava a barra de sua saia. A governanta arqueou uma sobrancelha ao perceber os cochichos que os menininhos e menininhas faziam entre si. Impaciente, pegou na mão da jovem princesa, esta que apenas soltou um "O que você tá fazendo?", porém sem respostas por parte da mais velha. Meyrin a guiou pelo salão, até que ambas chegassem em frente as criancinhas, todas que encararam as duas com olhares curiosos. A governanta lhes lançou um breve sorriso, este que não fora retribuído. Voltou a seriedade anterior, arrumando a postura após se sentir desconfortável por ser ignorada por crianças. Se colocou a frente e ditou calmamente.

— Esta aqui é a Lady Minatozaki. - Empurrou a menininha um pouco pra frente - Ela qu-

— Nós já conhecemos a 'princesinha'. - Antes que Meyrin completasse sua frase, fora interrompida por um menina que lhe retrucou com deboche explícito ao se referir a Sana. A mulher arqueou uma sobrancelha.

— Bom... Então quer dizer que já se conhecem, huh? - Mantivera sua calma e paciência perante aqueles pirralhos mimados - Isso é bom, ela pode se juntar á vocês? - Perguntou esboçando um sorriso.

— Se juntar á nós? - Um dos meninos se pronunciou carregando ironia na fala e táo logo caindo na gargalhada junto as outras crianças logo em seguida.

— Sim... O que tem de engraçado? - A mulher cruzou os braços, um tanto indignada pela afronta daqueles espirros de gente.

— Nós não a queremos conosco! - A mesma menina que havia falado primeiro voltou a se pronunciar. Sana lançou um olhar triste em direção a eles - Nós não queremos a filha mimadinha do rei perto de nós, imaginem só! - Virou para os amiguinhos, este que concordaram com a cabeça, praticamente em uníssono.

— Imagina como ia ser chato? - Foi a vez de outro menininho dizer - Uma fresquinha dessa, cheia de vontades, com certeza iria estragar toda e qualquer brincadeira que fizermos! - Empinou o nariz se mentando de braços cruzados. Antes que qualquer outro ali pudesse se colocar a frente mais uma vez, Meyrin tomou a menina pelo pulso, a arrastando pra longe dali. Era comum que todos pensassem que a pequena menina era metidinha. Nunca saía de casa, tinha dinheiro, era explicitamente mais bonita. Tudo a seu favor, ao mesmo tempo que era tudo contra si mesma.

— Que mimadinhos! Depois você que... - Olhou para o rosto cabisbaixo da menina, parando de falar no mesmo momento. Um pequeno silêncio se fez presente.

Meyrin abriu a boca para dizer algo, porém apenas se calou. Sana saiu andando em direção as cadeiras que haviam ali perto, apenas se sentando em uma delas e ficando de boca bem fechada durante todo o resto do baile. Viu quando as crianças levantaram juntas e todas foram dançar, enquanto continuava ali, parada e quieta.

 

 

 

 

 

"Essa história não é totalmente fictícia. Apenas aconteceu de forma diferente. Eu tinha um livro que narrava todas as histórias da Lady Minatozaki e sua vida completamente solitária. Eu fazia isso apenas pra me dar uma distração, na época minha mãe não podia me dar um computador ou o que fosse que tirasse meus pensamentos da escolinha. Eu sempre me sentava isolada em um canto, riam de mim por "não ter um pai", me julgavam. A primeira história eu fiz questão de colar aqui no caderno, a próxima eu prefiro contar.

Você com certeza vai rir (e muito) quando ler. Tem haver sobre mim mesma e com a descoberta da minha sexualidade. Além da descoberta dos meus sentimentos por você"

 

 

 

 

— Sana unnie! - Chamou a mais nova enquanto ambas estavam sentadas na sala. Fazia pouco mais de um mês que eram amigas. Fazia também um tempo em que Sana estava se sentindo estranha para com a taiwanesa, mas não sabia dizer o que era exatamente. Tzuyu havia se apossado da casa da mais velha, e não é como se estivesse achando ruim. Na realidade, ela não queria que a menina saísse mais de lá, apesar de ás vezes ser necessário. Sana não conseguia se entender quando se pegava pensando na amiga com um largo sorriso ao rosto. Além da saudade incondicional que sentia da mesma quando não se encontravam sequer no mesmo cômodo. Era engraçado, lhe deixava com um frio esquisito na barriga e ao mesmo tempo lhe deixava pensativa ao extremo.

— Sim, Tzuyu? - A japonesa balançou a cabeça para os lados, olhando na direção da mais nova que ria.

— Você demorou uns 3 minutos pra me responder, sabia? - Disse segurando o riso.

— Yah, não demorei não! - Sana pegou uma das almofadas laranjas que ficavam enfeitando seu sofá e passou a usar a mesma para bater na taiwanesa, que parou de segurar a gargalhada e logo a soltou de uma forma gostosa.

Após terminar de machucar sua amiga, Sana riu e ajeitou seus fios de cabelo, virando para colocar a almofada de lado. Ao se virar novamente, encontrou os olhos de Tzuyu praticamente grudados em seu rosto. Corou levemente ao perceber a aproximação repentina da outra, pois então passou a olhá-la nos olhos. Se distraiu com aquele belo par de jabuticabas, enquanto engolia em seco. Naquele momento, sentiu uma vontade imensa de encostar seus lábios nos da outra a sua frente. Aquele frio costumeiro que habitava sua barriga estava voltando. Sana abriu a boca, estava prestes a dizer algo, apenas estava catando o ar que havia perdido. Quando, de repente, a campainha tocou, a japonesa, nesta época, loira, voltou a realidade.

— Eu vou atender... - Disse baixinho, se levantando rapidamente, enquanto Tzuyu assentia com a cabeça.

Sana esqueceu-se até mesmo de perguntar quem era, graças ao seu constrangimento de alguns segundos atrás. Simplesmente abriu a porta, dando de cara com uma menina bonita, de pele bem branquinha e cabelos castanhos. Arqueou uma sobrancelha, aquele rosto lhe era familiar.

— Sana-yah!! - A garota gritou de repente, assustando até mesmo Tzuyu na sala. Pulou em cima da japonesa, que a fitou com os olhos arregalados.

— Ei, ei, quem é você?! - Exclamou, empurrando a garota daquele abraço desajeitado. A menina deu uma risadinha, deixando a mostra seus dentinhos semelhantes aos de um coelho. Naquele momento, Sana pôde perceber claramente de quem se tratava, arregalando os olhos.

— Sou eu sua boba! - Mal terminou de falar, e já ouvira o grito de Sana.

— Nayeon!? - A japonesa recebeu a confirmação da outra com a cabeça, antes de abraçá-la, dessa vez, vindo de ambas as partes. Tzuyu se levantou e passou a observar a cena que acontecia ali - Como você conseguiu meu endereço? - Sana perguntava sem soltar do abraço.

— Sua mãe. - Nayeon soltou a mais nova, a fitando - Fui até sua antiga casa conferir se ainda estava lá.

 

 

 

 

 

Nayeon era a primeira amiga de Sana. Quando Sana estava entrando no sexto ano do fundamental, a menina continuava muio isolada de todas as pessoas. Não por vontade própria, ela nunca havia contado á sua mãe o quanto seus colegas de classe implicavam consigo. A mulher pensava que a filha tinha muitos amigos na escola, mas que não gostava de levá-los para sua casa. Foi na primeira semana de aula que uma aluna transferida diretamente da Coréia do Sul estava entrando em sua classe.

— Olá. Meu nome é Im Nayeon! - Exclamou sorrindo e se curvando diante da turma. Todos fitaram a mesma, estranhando o japonês engraçado da mesma, mas mesmo assim sendo educados consigo. Foi quando a coreana reparou numa menina sentada no fundo da classe, com um capuz cobrindo seu cabelo e metade da testa. O interesse lhe veio na hora, logo caminhou pra perto da mesma, enquanto a aula começava. - Hey! - Chamou a atenção da outra, que lhe fitou - Por que está sozinha aqui?

 

E foi com essa simples conversa que uma amizade se iniciou. Sana explicou que as pessoas da escola não iam muito com sua cara. Nayeon simplesmente ofereceu sua amizade, e rapidamente essa foi aceita pela mais nova. Foi nesse momento, também, que Sana descobriu preferir estrangeiros á japoneses. Ambas as meninas foram ótimas amigas durante todo o sexto ano e até metade do sétimo, quando chegou o aniversário de 13 anos da mais nova e a coreana lhe fora presentear.

— Sana-chan... Eu tenho que dizer... - Começou simples, recebendo atenção da outra - Eu gosto de você, mais do que como amiga.

 

Era estranho, a princípio. Duas meninas juntas? Aquilo nunca havia sido visto por Sana. O primeiro beijo ela recebeu ali, em sua casa, naquele mesmo momento. E seu coração acelerou de uma forma incrível. O pior de tudo era que havia gostado daquele contato. As duas meninas se tornaram um casal, até que Nayeon tivesse que se mudar de volta pra Coréia, quando a japonesa já tinha 14 anos. Foi aí que surgiu Wonpil e toda a história. Resumindo, Nayeon fora sua primeira amiga, seu primeiro amor e seu primeiro beijo. Alguém especial demais pra Sana.

 

 

 

 

 

 

 

Naquele dia, Sana e Nayeon andaram mais juntas do que tudo, enquanto Tzuyu apenas ficava de canto, com os braços cruzados e olhando as duas meninas. Revirava os olhos cada vez que as duas resolviam lembrar experiências passadas. A taiwanesa ficava olhando desconcertada as lojas pelas quais passavam. Nayeon convidou ambas as meninas para ir ao shopping, após simpatizar com Tzuyu. Porém a simpatia estava sendo unilateral, visto que a mais nova dali não havia gostado nenhum pouco da menina dentuça.

— O que você fez esse tempo todo, hein? E por que não me procurou logo? - Sana disse rindo e dando um soquinho no ombro da mais velha, que agora, estava mais baixa que si.

— Bom... Eu voltei pro Japão e estava morrendo de saudade de você. Fui logo na sua casa, mas sua mãe me explicou que havia se mudado pra Coréia. Eu fiquei muito triste de início, mas pedi para que ela me desse o bairro que você morava e sua casa, ela estranhou, mas ainda assim me fez esse favor. Passou um mês eu resolvi vir aqui e ver meus pais, então lembrei que estava com seu endereço. Eu conheço o bairro que você mora, alguns dos meus amigos do ensino médio moravam lá também, então não foi muito difícil te encontrar. - Sorriu docemente, arrancando um sorriso da mais nova.

— Você pensou muito em mim... - Uma pitada de culpa caiu em cima de Sana. Era entendível o porquê. Nayeon havia se lembrado até aonde morava, e a japonesa apenas a julgou o tempo todo, dizendo que havia sido abandonada. Tzuyu, que estava apenas olhando, percebeu a situação na hora. Sentiu uma vontade imensa de abraçar Sana, mas não deu tempo de fazer isso. A mais velha já havia feito por si. Isso deixou a taiwanesa estressada, cruzou os braços e revirou os olhos, saindo de perto sem ser notada pelas duas meninas. Sana estava de costas pra mesma de qualquer forma, já Nayeon fingiu que não tinha visto.

— Ei, não fique assim! Não acha bom que eu tenha pensado em você? - Soltou um risinho. Sana apenas assentiu com a cabeça, sorrindo de mesma forma.

— É que... Eu não sei, me desculpa. - Coçou a nuca e balançou a cabeça para os dois lados, antes de se virar - Huh... Cadê a Tzuyu? - Perguntou, arqueando uma sobrancelha. Nayeon franziu as sobrancelhas, perdendo a expressão alegre que antes habitava seu rosto.

— Hey, Sana... Eu tenho uma coisa pra te contar... - Capturou a atenção da mais nova mais uma vez. No momento, Tzuyu voltava com um milkshake em mãos, no entanto, sua presença fora completamente ignorada pela coreana - Meus sentimentos por você não mudaram desde aquela época. - Disse olhando nos olhos de Sana.

Naquele momento, o rosto da japonesa se avermelhou por completo. A menina abriu a boca, um tanto desconcertada. Iria virar seu rosto mais uma vez e procurar por Tzuyu, estava nervosa naquele momento. Porém, antes que pudesse o fazer, suas bochechas foram pegas pelas mãos quentinhas e macias da mais velha, que em seguida selou seus lábios. Os olhos de Sana se arregalaram, enquanto ouvia o barulho de algo caindo. Era o milkshake de Tzuyu, completamente derramado ao chão. A menina segurou o choro ao ver aquela cena, sua unnie estava beijando outra garota bem na sua frente. Para Tzuyu, estava óbvio que a japonesa gostava da garota que lhe fora apresentada como melhor amiga do colegial. A taiwanesa saiu dali depressa, antes que uma das duas visse suas lágrimas. Sabia que não teria chances com Sana, não queria que a amiga sentisse pena de si.

Enquanto o coração de Sana estava acelerado pela surpresa, mas ainda assim a mais nova retirou as mãos da outra de seu rosto, suspirando fundo após cortar o selar. Encarou Nayeon, esta que abaixou o olhar.

— Mas os seus por mim mudaram, isso está claro. - Ditou seriamente, afirmando com a cabeça, aceitando que havia perdido a Sana do sexto ano.

— Sabe, Nay... - Chamou a menina por aquele apelido que não era usado desde que saiu do Japão - Eu demorei um tempo enorme pra esquecer tudo o que havia ocorrido entre nós. Você foi a primeira que me beijou em toda a vida, então é uma pessoa muito especial pra mim, sim. Contudo... - Olhou para trás, vendo um copo cheio de milkshake caído no chão.

— Você gosta dela, não é? - Disse Nayeon, enquanto olhava para o lado, sem querer encarar Sana nos olhos. A mais nova a fitou.

— Ahn? - Indagou com uma expressão confusa no rosto.

— Tzuyu. - Finalmente virou seu rosto pra frente, suspirando fundo - Você está gostando dela, não está?

Até aquele momento, Sana não sabia o que estava sentindo. Do fundo do seu coração, pensava ter uma melhor amiga como Nayeon. Tzuyu não combinava como sua melhor amiga, pelo menos era o que Sana imaginava. Tzuyu era incrível, lhe causava sensações mais do que únicas, eram sensações especiais, estas que nenhum outro namorado ou namorada lhe causou. A menina era extremamente doce e cheia de pontos positivos. Além de tudo, Sana considerava a possibilidade de não precisar de mais ninguém além dela. Naquele minuto, em que finalmente se encontrou pensando na possibilidade de estar gostando de Tzuyu, a japonesa deu um riso e negou com a cabeça.

— Sim. Eu gosto dela. - Suspirou fundo, encarando a coreana nos olhos.

— É. Eu imaginei. - Abaixou o olhar - Eu estarei voltando pro Japão em uma semana... - Passou a mão pelo próprio rosto.

— Eu não quero deixar de ser sua amiga, Nay unnie... - Pela primeira vez, Minatozaki havia usado aquele pronome com a garota. Nayeon sentiu o rosto avermelhar, quando afirmou com a cabeça e riu anasalado.

— Não precisa, dongsaeng. - Fechou os olhos e respirou fundo - Eu sempre voltarei aqui quando estiver de folga, preciso ver minha família também, não é? - Sorriu em direção a Sana, que lhe retribuiu o sorriso. - Ei, Sana... - A menina lhe fitou.

— Diz.

— Ela foi por ali. - Apontou e direção ao banheiro, que era aonde havia ido a taiwanesa. Sana arqueou uma sobrancelha, olhando na direção que a mais velha apontava. Logo entendeu que era de Tzuyu quem a mesma estava se referindo - Vá atrás dela, por favor. Ela parecia triste. - Nayeon esfregou o braço, voltando a fitar qualquer direção que não fosse o rosto de Sana.

— Mas você também me parece triste, unnie. - Sana ditou baixinho, arrancando uma risada de Nayeon.

— Vai logo, eu estou bem! - Empurrou Sana pra trás, enquanto a mesma assentia com a cabeça e corria em direção ao banheiro, onde se encontrava Tzuyu. Assim que a menina saiu de perto, Nayeon soltou as lágrimas que prendia desde que Sana admitiu gostar de outra. Estava apenas se mostrando forte para sua dongsaeng.

 

Assim que chegou ao banheiro do shopping, a japonesa se deparou com Tzuyu secando o rosto, enquanto a fitava completamente avermelhada. Algumas mulheres que entravam no banheiro percebiam o clima tenso. Não queriam causar uma cena ali, então Sana simplesmente disse um "precisamos conversar" e puxou a mais nova de lá.

 

 

 

 

 

"Naquele dia, eu me confessei a você. Disse tudo o que sentia, e descobri que você estava sentindo o mesmo por mim. Não foi assim que começamos a namorar, demorou um tempinho ainda. Bom, de qualquer jeito, já deu pra entender aonde eu quero chegar, certo? Meu oitavo motivo pra amar você.

Chou Tzuyu sempre foi tão importante pra mim, que me fez descobrir que Nayeon não era meu primeiro amor, mas sim minha primeira paixonite. Assim como qualquer outra paixonite.

Meu verdadeiro primeiro amor veio de Taiwan e ela derruba o que tem nas mãos quando se surpreende com algo."


Notas Finais


Quem assistiu Kuroshitsuji manjou dos nomes dos empregados da Lady Minatozaki aksjasjas (tem referências a GoT tbm)

Esse é, provavelmente, o maior capítulo dessa fic, sorry qualquer erro
(me perdoa aqueles que não gostam de capítulos muito grandes T-T)
Isso veio pra compensar o meu atrasado <3

Eu to meio viciadex em Sanayeon ultimamente, mas o otp ainda é Satzu sz sz

Povo, eu já defini; a fic vai ter 19 capítulos certinhos
Inclusive eu já comecei a escrever o último, afinal, quando a criatividade bate a gente não deixa passar né? :')

Baejins, não esqueçam de comentar o que estão achando hein~


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