História 2 months with (K)im - The truth of (K)im

Com todas as minhas certezas, eu nunca estudei tanto quando essa semana; pelo jeito, fui bem nas provas, principalmente a prática, na qual o avaliador elogiou o meu prato dizendo: "Foi o melhor naengmyeon (macarrão frio) que eu já comi". Mas tudo isso só aconteceu graças a minha "fada madrinha", quero dizer, a Yuri.

Por causa das provas, eu não tive a oportunidade de agradecer a ela. Tenho certeza que se não fosse pela Yuri eu não teria indo bem na prova mais importante da minha vida. Eu precisava agradecer a ainda ficar devendo ao a ela.

Depois que Namseon finalmente dormiu, desci pelo elevador. O salão estava vazio, porém tinha um barulho muito irritante, logo descobri que só era o aspirador. Como eu odiava aquele aparelho, lembro quando a minha mãe usava, era tão irritante que às vezes eu sai de casa para dar uma volta. 

– Yuri? – gritei, mesmo sabendo que eu estava bem próximo a ela – Yuri! – gritei mais alto ainda e nada dela escutar – como eu odiava esse aspirador –, tive que quase sacudir ela para ela perceber a minha presença.

– Meu deus, Seokjin! Assim você me mata do coração! – falou como esse tivesse tido um ataque cardíaco. 

– Desculpa, noona!

– O que você quer comigo?

– Ahh é – por um segundo esqueci o que eu ia falar – eu só queria te agradecer.

– Pelo o que? – ela fala como se não soubesse.

– Você sabe, por me ajuda a cuidar do Namseon.

– Seokjin, esse é o meu trabalho, eu tenho que cuidar dele de manhã.

– Eu sei, não é por isso, é por você cuidar dele quando eu não podia.

– Então... Eu cuido pela manhã quando você não pode, porque você está na faculdade – disse lentamente para eu entender, como se eu fosse louco.

– Não – eu já estava começando a ficar estressado – eu digo quando eu estava estudando para as minhas provas.

– Que provas? – ela realmente parecia não saber, o que me fez bufar. 

– Lembra que eu estava em semana de provas? – nem esperei ela responder e já retomei a minha fala – e aí eu não iria conseguir estudar por causa do Namseon, então, você meio que cuidou dele enquanto eu estava estudando!

– Olha, Seokjin, eu realmente não sei o que você está falando. Eu passei a semana inteira aqui em baixo limpando o salão. Acho que só fui lá em cima para pegar água e você tava cuidando do Namseon – ela se explicou e eu ainda não tava entendendo nada. Se não foi ela, quem foi?

Pareceu pensar em alguma coisa até se tocar e me dar um tapa leve no ombro.

– Pera aí como assim você não cuidou do Namseon? É o seu trabalho, Seokjin!

– Eu sei e eu cuidei dele, e só que... – eu ia tentar explicar, porém resolvi esquecer, ela não ia entender mesmo – Esquece o que eu disse, digamos que nada disso aconteceu, ok?

– Ok, mas Seokjin, por acaso, você tem algum problema da cabeça?

– Acho que eu devo ter – eu realmente estava pensando que tinha.

[...]

Pensei em várias situações, que poderiam estar acontecendo. Por incrível que pareça a mais convincente era que eu estava trabalhando em uma casa mal-assombrada, que aonde um casal ou só uma pessoa morreu ali e agora ajuda as pessoas que cozinham, porque ele/eles eram cozinheiros e sabiam o quanto aquela prova era importante. É, eu realmente estou ficando maluco.

Mas quem mais poderia ser? Namseon não se cuidava sozinho, porque se não o Seokjin aqui nem teria a oportunidade de trabalhar.Yuri ficava lá em baixo e. como a mesma disse, quando ela tinha que ir lá em cima, era só para beber água e sempre eu estava ali para ouvir as suas histórias.

Tinha o Namjoon também, só que eu nunca via-o, como ele poderia saber que eu precisava de ajuda, duvido até mesmo que ele ainda lembre da minha existência. Então, até que a história dos cozinheiros era boa para explicar o significado. Só se... Não aquilo não poderia acontecer... Será que? Será que Jaeyoung tinha vindo para casa, só para saber se eu estava fazendo bem o seu trabalho? Não teria sentido, quando ele soubesse que eu "não" estava trabalhando ia me demitir. Eu realmente estou enlouquecendo. Era melhor eu deitar e esquecer daquilo.

[...]

"Acordei com o sol na minha cara, estranho, eu jurava que tinha deixado a cortina fechada. Me levantei e hoje o despertador diz que são nove da manhã de sábado, mas não desse sábado, do sábado de semana passada. Será que ele tinha quebrado? Ignorei o despertador e levantei da cama. Me deparei com um Seokjin estudando. Então aquilo era um sonho? A única forma de saber era se eu passasse pela porta e consegui, então, se aquilo era realidade ou não, daquele momento eu era um fantasma. Nunca imaginei que isso iria acontecer.

O jovem Seokjin saiu do quarto irritado e foi para o corredor, provavelmente indo até o quarto de Namseon e eu apenas o segui. Chegando lá, estava um Namseon gigante e um Jaeyoung do lado dele, mas com a sua altura original. Era quase como se Namseon fosse um urso ou uma máquina, na qual Jaeyoung usava para atacar as pessoas e foi isso que ele fez, ele pediu pra Namseon me atacar, quer dizer, atacar o Seokjin e ele falava coisas ruins e xingava ele, quando queria. Mantive distância e quando ele estava quase morrendo, ele se transformou no bebe e começou a chorar, até parecia bem real como se..."

– Ahh meu deus, Namseon! – falei alto mesmo sabendo que ninguém estava no meu quarto. 

Ai, como eu odeio quando eu tenho esses sonhos malucos e nunca conseguia voltar a dormir, sempre acontecia quando eu estava com medo, mas normalmente era quando o Yoongi me obrigada a vê algum filme de terror, não com essa situações. 

Lembrei que Namseon estava chorando, então, levantei rapidamente da cama. No caminho me lembrei do meu sonho, voltei a ter medo e demorei um pouco mais no passo. Entrei e me deparei com uma coisa que eu não imagina nunca, e ele era bem mais bonito e bem mais fofo e muito menos o assustador do Jaeyoung, mesmo sendo o seu pai.

– Namjoon?