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História 2 Pieces - CAPÍTULO -XIII- Aperitivos


Escrita por: chrisamur

Capítulo 13 - CAPÍTULO -XIII- Aperitivos


Fanfic / Fanfiction 2 Pieces - CAPÍTULO -XIII- Aperitivos

Estava feliz e aliviada por saber em como lidar com o resgate de suas memórias. A forma de tê-las de volta, todavia, não era algo muito saudável de se praticar. Tinha a sensação de que caso permanecesse naquele navio, não lhe faltariam oportunidades de passar por perigos mortais.

Era entardecer, e como aquele pôr do sol, nunca havia visto um igual.Caminhava pelo deck sustentando na face um ar mais suave e até mesmo mais feliz, por agora saber seu próprio nome, e de se recordar a respeito de algumas pessoas que de sua vida fizeram parte.

O que queria realmente saber, era quem de fato era aquele rapaz que lhe aparecia em suas recordações, trajando a mesma veste que a dela. Depois de ver a imagem do rosto dele em suas memórias e de relembrar do tom de sua voz, coisa que fez seu coração se agitar de forma intensa, ela entendeu um pouco mais sobre seus sentimentos para com o cozinheiro daquele navio. O rapaz de suas lembranças se assemelhava um pouco com o cozinheiro, principalmente em seu vício, e sentiu, assim que seu rosto lhe apareceu em mente, sentiu para com ele o mesmo sentimento que nutria para com o cozinheiro.

Ela sorriu e suspirou aliviada, por entender melhor os próprios sentimentos, e perceber, que não estava de fato gostando do cozinheiro do navio. Seu bem querer era para com o rapaz de suas lembranças.

Não que não sustentasse algo por quem havia lhe tirado daquelas águas infernais, mas saber que o que sentia por ele não passava de gratidão, a aliviava o coração.

Enquanto caminhava pelo deck, viu o espadachim à sua frente. Ele estava sentado ao chão, escorado em um barril, tendo como companhia, algumas garrafas de saquê. Então, ela teve uma ideia.

Queria de alguma forma o agradecer apropriadamente, pelo favor que este lhe fizera. Olhando-o ali, beber apenas o saquê sem acompanhamento algum de aperitivo, lhe veio em mente a ideia de pedir a Sanji, que lhe preparasse algo, todavia, decidiu dizer que o tira gosto seria para ela, tendo em vista o estranhamento que o cozinheiro sempre tinha com o espadachim, achou que se fosse honesta, o petisco não seria feito tão facilmente.

Ao chegar na cozinha, o viu preparando o almoço do dia, e pela primeira vez, seu coração não havia palpitado ao vê-lo. Sorriu, e então, lhe fizera o pedido de forma muito formal. Com um sorriso amigável, Sanji acatou seu desejo e em um piscar de olhos, ela vislumbrou à sua frente um bom prato de sashimi de polvo e de robalo. O agradeceu e partiu.

Chegando no deck, viu o espadachim no mesmo lugar virando o que restava da primeira garrafa de saquê. Ela tossiu levemente para lhe chamar a atenção, e quando este a viu, seu gesto a surpreendeu. Fora um gesto que mais pareceu o de um menino que tenta proteger suas guloseimas. Ele havia se encolhido, abraçando suas garrafas, enquanto a fitava de forma nada convidativa.

Ela conteve o riso, pois sabia que não havia brincadeira alguma por parte dele naquele gesto. ele estava seriamente a proteger o que no momento lhe era mais precioso. Esforçando-se para manter o ar da seriedade, ela se aproximou dele e dissera formalmente enquanto lhe estendia a bandeja com o aperitivo:

- Eu trouxe algo para você mordiscar enquanto bebe, acho que seu saquê ficará melhor com isso.

O ouviu dizer algo como um “ô”, e disfarçadamente colocar as garrafas do lado oposto no qual ela estava, e daquela vez, ela não resistiu, e riu, quando percebeu que este ainda protegia seu tão estimado saquê, disse:

- Também trouxe essas três jarrinhas de saquê, estão quentes. Quer me fazer companhia?

Ele observou tudo aquilo que ela havia trago consigo, e ela, o percebeu tentado a aceitar a oferta. Sem mais pedidos ou cerimônias ela se sentou ao seu lado e o serviu um pouco de saquê quente.

Notou que ele não era do tipo que falava muito fora dos treinos, ou conseguia se expressar diretamente, mas sabia, que se ele não a quisesse por perto, já teria deixado bem claro, com suas costumeiras palavras curtas e grosseiras. Ou com um grunhido pouco amistoso.

Ele endireitou o corpo se sentando em uma postura mais formal, pegou a pequena tigela rasa das mãos dela com uma polidez que ela nunca presenciara, e pouco achou que este tivesse. O observou chocada momentaneamente. Com um leve inclinar de cabeça, ela o viu a agradecer pela gentileza.

Ambos ficaram ali, em silêncio, sorvendo um bom saquê, acompanhado de um bom aperitivo e a companhia um do outro, enquanto apreciavam em silêncio a noite estrelada que o oceano lhes mostrava. Depois de um certo tempo e vários bocejares despreocupados, ele adormecera sem mais avisos. Então, Ela se erguera e fora buscar um cobertor para ele, e quando voltara e o cobrira, percebera que ele não lhe parecia mais uma figura tão assustadora quanto antes.

Antes o via como a um demônio na forma de homem, por seu jeito carrancudo, sério e as vezes hostil, sempre buscando um pretexto para um embate com ela.

Agora, dormindo à sua frente, ele mais parecia um homem comum, que havia bebido demais e pegara no sono. Não havia mais a sensação de perigo eminente aflorando daquele homem à sua frente, mesmo enquanto este dormia. Sorriu dele, e da figura intrigante que ele era, e silenciosamente o reverenciou em despedida e agradecimento.



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