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História 2 Pieces - CAPÍTULO - XIV - Novas descobertas


Escrita por: chrisamur

Capítulo 14 - CAPÍTULO - XIV - Novas descobertas


Fanfic / Fanfiction 2 Pieces - CAPÍTULO - XIV - Novas descobertas

O dia seguinte seguiu-se tranquilo com as rotinas costumeiras que se tem abordo de um navio. Cada um dos tripulantes tinha uma tarefa a completar em escalas semanais diferentes. Desta vez, o convés fora limpo pelo espadachim, que como sempre, aproveitou o esforço da limpeza para praticar atividades físicas relacionadas com seu afazer. A limpeza do deck exigia que a pessoa se agachasse,  sendo assim, ele praticou exercícios que fortalecessem os quadris enquanto polia o chão, correndo de uma lado para o outro agachado, com um pano a passar pelo assoalho como se o lixasse.

O atirador o auxiliou até certo ponto, deixando o esforço maior para o camarada, fingindo um mal estar súbito a qual ele mesmo denominara de “síndrome do convés ensaboado”.  A historiadora costurou alguns pontos do tecido grosso das velas do navio, que foram danificados pelas tempestades e ventos fortes pelos quais haviam passado tempos atrás. Ao cozinheiro do navio, restara a organização e limpeza estrema de todos os pontos da cozinha.

O restante ajudou com a limpeza das cabines e banheiros enquanto o carpinteiro arrumava uma coisa ou outra no leme, torres e casco. De vigia no mastro principal, estava a espadachim, que do alto observava a toda movimentação abaixo e as vezes, pequenas confusões. Sempre sorria quando os observava. Era uma coisa que ela não conseguia evitar. Tê-los por perto lhe fazia bem. Ao menos, ter a maioria deles por perto.

Todo o dia seguiu tranquilo até seu pôr do sol. Quando a lua começava a surgir no céu, a espadachim avistou ao longe um enorme navio, que por sua bandeira, identificara como pertencendo a piratas. Seu alerta fez o deck inteiro entrar em comoção, fazendo todos se posicionarem em alerta para um possível emparelhamento e enfrentamento. As águas daquele novo mundo eram assim. Era difícil dizer quem era amigo, ou não, até atingirem uma distância de combate. O navio avistado outrora no horizonte já estava a uma distância considerável de combate, mas a paz ainda reinava nas águas que os cercavam.

 Apesar do capitão sempre sustentar um sorriso no rosto, daquela vez, observando o navio que se aproximava, ele estava praticamente sério, não fosse um tênue sorriso tenso que era sustentado em sua face, não como o que ele costuma esboçar no que se antecede um embate. Seu sentimento de expectativa era facilmente percebido.

A espadachim sentia que deveria ter aguardado ordens, mas algo a motivou a perguntar, dado o clima estranho no deck que não a deixava discernir os sentimentos ali envolvidos. Ela também estava tensa por não entender direito o que esperar daquela aproximação.

Seja lá quem fosse que vinha naquele navio, sentia que deveria ser alguém com o qual deveriam se preocupar, e curiosa, perguntou para quem quisesse responder, ou pudesse:

- De quem é aquela bandeira?

- Do ruivo – respondera o espadachim, e seriedade maior que aquela naquele homem, nunca havia visto antes.

- Pensávamos que estava morto – comentou o atirador.

Não pode identificar em suas vozes algo que a levasse a uma conclusão do grau do perigo que passavam. Apesar de todo o clima de tensão e silêncio em espera pelo emparelhamento, notou que se dirigiam ao pirata daquele navio com certo ar de respeito.

Percebeu o sorriso do nosso capitão se alargar debaixo das sombras de seu chapéu de palha enquanto os navios se aproximavam um do outro. Deixaram o navio emparelhar, e logo, a espadachim descobriu que o capitão da embarcação suspeita era um velho conhecido do deles.

O chapéu de palha que seu capitão carregava e que tanto estimava, um dia pertencera  ao capitão do outro navio. Arriscou achar que fora ele quem inspirara seu capitão a se tornar um pirata.

De certa forma os odiou por aquilo tudo. Deveriam ter a avisado que quem se aproximara era o navio de um amigo querido a muito desaparecido. A espadachim tomou um gole de rum com um certo rancor, por ter sido deixada de fora da situação, a sofrer em angustia silenciosa.

Não quis se envolver naquele encontro, algo lhe dizia para se manter distante. Não soube como interpretariam aquela sua reação, mas não foi obrigada a segui-los, quando abordo do outro navio, toda a tripulação fora convidada a subir. Ao que parecia, uma grande festa de reencontro estava sendo preparada.

Era incrível como piratas eram rápidos em organizar festas, principalmente se estas tinham bebidas. Ao observá-los felizes dançando e comemorando, logo me contagiei com aquela alegria. Toda aquela felicidade daquele reencontro me arrastou para o deck do navio visitante como um imã.

 Em meio ao deck do navio do a qual diziam pertencer ao pirata conhecido como Shanks, o ruivo, todos bebiam e comiam um banquete preparado pelo nosso cozinheiro e pelo cozinheiro do outro navio.

Sem sombras de dúvidas, a comida que Sanji preparara deveria estava melhor em todos os aspectos. Ele sempre fazia e trazia os maiores e mais fartos pratos da comemoração em um espaço de tempo tão curto, que o cozinheiro do outro navio não pôde acompanhar.

Apesar do clima de confraternização, notei certa ponta de competição entre os cozinheiros e não pude conter um riso diante daquilo.

Estava sentada sobre um caixote com as costas apoiadas no corrimão da escada que dava acesso ao deck superior do timão. Tinha em mão minha espada e ao meu lado uma garrafa de rum que já dava seus últimos suspiros de vida.

 Ao que parecia, eu não era muito resistente a bebidas, havia apreendido aquela parte de minha memória no tapa. Meu nariz já estava dormente e deveria estar tão vermelho quanto o nariz de nossos anfitriões.

Quando pensava em suspender a bebedeira por aquela noite, vi o espadachim se aproximar trazendo consigo algumas garrafas de saquê e um prato de aperitivos, e sem cerimônias ou palavras, sentou-se no barril ao meu lado, colocando tudo entre nós dois.

Fora um gesto inesperado. Não soube como reagir. Não sabia se o agradecia, se falava algo sobre o desenrolar daquela festa, sobre o clima, ou o que quer que fosse.

 Ele também permaneceu calado enquanto bebia e degustava dos sashimis de lula. Então, discretamente, empurrou para o meu lado o sashimis, e algo dentro de mim se viu forçado a quebrar o silêncio e dizer-lhe:

- Obrigada.

Não sabia se aquele meu gesto estragaria ou não aquele momento... Não tive muita certeza. Mas pouco tempo depois do meu agradecer, escutei novamente seu “ôh”, de costume. Deveria ser um sinal de agradecimento ou algo positivo. Talvez, um dia desvendasse aquele seu misterioso “ôh”.

 Ele era um homem estranho, o espadachim, mas não era de todo o mal que eu imaginei que este fosse, logo que nos conhecemos. Havia algo nele que seu lado sério na maioria das vezes despertava nas pessoas, ou ao menos em mim despertara, era o senso de perigo eminente que sua presença dormindo ou acordada emanava, ao menos naquela época, naqueles poucos momentos em que tivemos a princípio.

 Depois de alguns dias de convívio, aquela sensação de perigo se amenizava, era como se não só eu, mas ele também estivesse se acostumando com uma nova presença abordo. Depois de alguns dias de convívio, até que ele parecia ser um cara legal.



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