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História 2 Pieces - CAPÍTULO II - Apresentações


Escrita por: chrisamur

Capítulo 2 - CAPÍTULO II - Apresentações


Fanfic / Fanfiction 2 Pieces - CAPÍTULO II - Apresentações

               Ao abrir os olhos, notei estar em um quarto cuja madeira rangia e não demorou muito para que eu percebesse que estava dentro de uma das cabines de um barco, ou navio.

Vi uma escada que possivelmente estava ligada ao convés e havia mais duas camas além da minha. Mais à frente, percebi outra porta, talvez, ligando a outro compartimento do qual emanava uma tênue luz trêmula.

Meu corpo repousava em uma cama macia e havia algo que me aliviava a sensação das queimaduras causadas pelo sol. Assim como também, notei algo em meus lábios que aliviavam os cortes e secura destes. Virei meu rosto de lado e percebi que não estava só.

Aquela visão me aterrorizou.

             Atrás de uma das camas, tentando se ocultar em meio às sombras, eu vi algo me observar. O que quer que fosse possuía pequenos chifres.

Meu coração disparou quase em pânico, então, pensei ser aquela a minha última visão antes de mergulhar no inferno, e que diante de mim, estava o diabo que viera reivindicar minha alma mediante os crimes que cometera.

Novamente as imagens me vieram em mente, as imagens do caos, das explosões, do fogo e dos corpos carbonizados. A imagem daquele ser chifrudo me remeteu a um pensamento que me fez entender o que se passava.

Meu corpo não mais sentia dor. Dizem que tudo passa quando se morre. Então, a explicação lógica para tudo aquilo era a de que eu havia morrido e agora, pagaria pelos meus pecados.

               Para meu espanto e surpresa, a pequena criatura correu, saindo da cabine, direto pela porta de onde emanava a pálida luz, e enquanto está corria, pude escutar o barulho de seus cascos ao chão.

Era realmente o demônio.

Tentei me erguer para fechar a porta, mas meu corpo debilitado apenas rolou ao chão entoando um som abafado. Aquele esforço me deixou zonza enjoada, à beira de desmaiar.

Então, notei a cabine ficar mais clara, e quando olhei para frente, a pálida luz que outrora atravessara a porta, estava mais forte, e a porta estava totalmente aberta.

              Varri o quarto com os olhos em desespero procurando pelo ser de outrora. Não me importava em morrer, mas não desejava ir para o inferno, e não iria. Não sem lutar.

           - Deveria se alimentar primeiro antes de fazer qualquer esforço.

             A voz era dele, ou ao menos se pareceu com a dele. A voz de meu anjo. E no ar, havia um cheiro delicioso que me fez salivar. Comida.

Ele me ajudou a voltar para cama. Os braços eram fortes, porém, cuidadosos ao me por novamente na cama. Não estava deitada por completo, fui colocada quase sentada e um pouco inclinada para frente, com um travesseiro as costas me apoiando.

 Minha cabeça girava pelo mais leve movimentar de meu corpo, e só quando tudo parou, foi que consegui o ver. Meus lábios se entreabriram, mas ficaram mudos. Os questionamentos se formavam em minha mente, mas não conseguia os emitir.

Com muito esforço, consegui vociferar uma palavra, “monstro”. Notei o olhar dele de surpresa ao me escutar, parou por uns segundos para ponderar sobre o que eu havia dito, e então, sorriu dizendo:

              - Não se esforce muito, apenas coma, beba e descanse. Cuidaremos de você o tempo que for necessário.

              Senti-me um tanto débil, com certeza ele não havia me entendido, não saberia sobre o que eu estaria falando, e talvez, até mesmo pensasse que fosse sobre ele e me arrependi amargamente de ter dito algo.

               - E a propósito – completou ele. - Você foi resgatada de alto-mar e tratada por nosso médico, o Dr. Chopper, ele é um sujeito um tanto tímido na presença de pessoas estranhas, mas creio que logo se acostumara com você e se apresentará. Quanto a mim, me encarregarei para que seu corpo fique nutrido e forte novamente. Eu me chamo Sanji, sou o cozinheiro deste navio.

                 “Sanji”. Seu sorriso era amigável e ele transbordava confiança. Ele me auxiliou durante aquela refeição. Nunca na vida saboreei uma sopa tão boa como naquele dia, e nos outros dias que se seguiram. A alimentação era líquida, depois passou a ser pastosa e tempos depois, já conseguia comer algo mais sólido sem passar mal.

Ele me ajudou a me alimentar até que eu estivesse forte o bastante para fazê-lo só, e vez ou outra, me auxiliou a caminhar pela cabine, “ordens do Dr. Chopper”, dizia ele com o mesmo sorriso gentil, enquanto me amparava.   

                Lembro que no dia em que fui apresentada ao capitão de seu navio e a sua navegadora. Seu capitão possuía um largo, autêntico e incansável sorriso no rosto.

Este parecia ser ainda jovem, beirando seus vinte e tantos anos, assim como sua navegadora, que também se apresentou com a mesma simpatia. Seus nomes eram Luffy e Nami.

               Queria os saudar de forma apropriada e os agradecer por tudo, mas ainda não conseguia me mover direito, então, os agradeci com um sorriso e um quase inaudível, “obrigada”. Era incrível o quão rápido levava para o corpo humano definhar, e o quão lento era sua recuperação.

Queria conhecer as pessoas que ali comigo também habitavam, pois havia escutado algumas outras vozes além das três que outrora a mim haviam sido apresentadas.    

 O convés sempre parecia agitado. Parecia alegre. Uma voz ou outra se exaltava por um momento, autoritária e irritada, na maioria das vezes, escutava a voz da navegadora daquela forma. Era divertido os escutar e imaginar o que faziam durante o dia no convés.

             Pelos dias que eu passei a deriva em alto mar, toda a minha rotina havia se alterado. Eu cochilava pela manhã e tarde, e passava as noites acordada. Sabia que aquilo não era bom para minha recuperação, mas era algo que no momento, não conseguia evitar. Quando senti meu corpo um pouco mais forte, a ponto de me arriscar a caminhar sem sentir tonturas e desabar, quis conhecer mais o lugar no qual estava.

Afastei a coberta e me sentei na cama com cuidado, atenta a cada reação do meu corpo. Até então, estava tudo bem e sorri satisfeita comigo mesma.

 Decidi me erguer, e logo, senti os tendões do meu calcanhar esticar como se quisessem rasgar. Meus joelhos também doeram um pouco, mas nada que eu não pudesse suportar.

Meu corpo se acostumava novamente com o peso ganho que havia perdido. As caminhadas que dava pela cabine com o auxílio dele, do meu anjo, valeram apena.

              Queria sentir o vento no rosto, já fazia muito tempo que estava naquela cabine, um pouco de ar fresco me faria bem. Segurando-me nos móveis e paredes do quarto, eu consegui chegar até a escada que dava acesso ao convés.

Era noite, mas não estava tudo escuro, a lua pairava cheia no céu por mais uma vez. Eu deveria ter ficado dentro daquela cabine por um mês inteiro. Fechei os olhos e aspirei a brisa refrescante da noite. Foi maravilhoso sair ao ar livre.

             Olhei em volta para me certificar de onde realmente estava. E vi o oceano cercar tudo. Estava mesmo em um navio.

Naquele horário, achei que todos estariam dormindo, tendo apenas o olheiro na torre acima do mastro principal, mas percebi que havia alguém, não acima, mas encostado na base do mastro. Sua cabeça estava baixa. Parecia estar dormindo.

             Aparentava ter seus vinte e poucos anos. Cabelo baixo e batido, em uma tonalidade na qual tive que espremer os olhos para me assegurar do que via. O cabelo dele era verde claro. Cor excêntrica.

Aos poucos me aproximei, tentando não o incomodar, e então, notei que ele portava uma katana branca e a segurava com zelo, repousando-a em seu ombro, guardada firme por sua mão esquerda fechada, por sobre a bainha.

            Não foi bem a imagem do rapaz que me chamara à atenção, e sim, a arma que ele portava, e que, por alguma razão, eu conhecia o nome.

Então, me deparei com a verdade, depois de tanto tempo, apenas naquele momento eu havia percebido que, eu não sabia quem eu era, no entanto, eu sabia o nome daquela arma, e olhar para ela fazia meu corpo estremecer em uma mescla de sentimentos tais como ira e excitação que me deixou confusa e me fez suar frio.

 Foi então que, eu o vi abri os olhos ao mesmo tempo que a katana branca era desembainhada, e mesmo na posição na qual ele estava, eu senti que ele poderia ter me partido ao meio sem muito esforço se assim este o quisesse.

Acho que tive sorte, por ele abrir os olhos primeiro e ver quem a frente dele estava, e que por sua vez, não representava ameaça alguma. Ele me fitou por uns segundos ainda com a katana parcialmente desembainhada e varreu com os olhos rapidamente a área atrás de mim, para só então voltar sua atenção novamente a mim e dizer:

- Ah...você deve ser a náufraga – Dissera embainhado a katana ao mesmo tempo que deixava escapar um bocejar despreocupado.

  - Sim. Desculpe por acordá-lo – Respondi com o corpo em riste, ainda tensa pela sensação de morte eminente de outrora. Ele era perigoso.

              - Não faz mal.... – Ele me observou um tanto que intrigado, e senti que quis me perguntar algo, mas por mais que quisesse, não perguntou, guardou para si, e continuou:

- Pelo estado que a encontramos, é uma surpresa vê-la com vida e de pé tão cedo.

- Eu só tenho que agradecer aos cuidados que tiveram comigo.

- Conhecendo o pessoal desse navio, não acho que seus agradecimentos serão necessários.

- Entendo, mesmo assim, estou em dívida com todos e espero poder pagar tal dívida no futuro, de alguma forma.

Ele não pareceu dar muita importância para o que eu falava. Enquanto eu falava, ele se virou procurando por algo, e logo, me mostrou o que havia achado.

- Eu tenho algo que te pertence... acho. Foi achado nos escombros sobre o qual você flutuava.

              Ao lado dele havia mais quatro katanas, uma vermelha, uma preta e duas da cor prata.

             Das quatro, ele pegou as duas prateadas e me apresentou. Eu as observei por um instante e nada me remeteu a imagem daqueles objetos.

             - Desculpe, acho que não são minhas...

              Ele me fitou com um ar incrédulo de surpresa, e então, disse:

            - Curioso, elas vibram como se estivessem perto de seu dono.

             Como assim “elas vibram”? O que ele quis dizer com aquilo? Aquele dizer me fez dar um passo para trás. Talvez ele fosse louco. E o que veio depois, foi mais insano ainda.

 Ele jogou as katanas para mim, e por reflexo, estendi as mãos para pegá-las. No local onde outrora ele estava, vi um borrão como um vulto que se desloca rapidamente, e em meio aquilo, ouvi um chiado agudo de aço seguido de um brilho ameaçador.

Por que ele me atacava?!

No ar, ecoou o tilintar de aço quando se choca com aço. Quando dei por mim, eu estava frente a frente com aquele homem.

Ele permaneceu segurando o fio de sua katana contra a minha que de alguma forma eu havia desembainhado e a cruzado em defesa ao seu ataque súbito. Nos lábios dele, eu vi um sorriso torto se formar, e então, ele disse:

            - Parece que as katanas são realmente suas.

            De alguma forma eu me defendi daquele ataque veloz, mas, que não machucaria nem a um bebê.

           - Oi. Seu maldito. O que pensa que está fazendo?

             A voz vinha do lado direito de onde estávamos e não parecia nada amigável apesar de ser familiar. O espadachim não sedia de sua postura ofensiva e tão pouco desviou sua atenção para ver quem ali chegava.

Eu podia sentir que lentamente ele investia um pouco mais de peso de sua katana contra a minha, como se levado pela euforia de um possível embate. Na verdade, senti como se ele me convidasse a um.

              Lancei um olhar rápido de canto para ver quem se aproximava de nós, sem ousar relaxar, baixando a guarda do bote súbito que o espadachim disparara contra mim, e que tão pouco, parecia querer ceder.

              No meio da escuridão da noite, vi uma ponta de cigarro fumegar, e atrás da fina cortina de fumaça que depois se erguera serpenteando pelo ar, o vi aparecer. Sanji, o cozinheiro.

- Não atrapalhe a nossa conversa. Você não tem assunto algum para tratar aqui – Dissera o espadachim.

- Cabeça de grama... – Resmungou o cozinheiro tragando o cigarro. – Você não tem ideia de como conversar com uma dama, não é?

- Aposto que você quer me mostrar como se faz, não é? – A voz era cheia de provocação.

- Posso te mostrar um truque ou outro de como fazê-lo – dissera o cozinheiro com um sorriso nos lábios, parecendo aceitar o convite provocativo.

- Vindo de você, duvido que sejam truques uteis – alfinetou ainda mais.

Sanji se aproximava com um ar de poucos amigos, afrouxando a gravata como quem se preparava para confusão.  

            Aquelas pessoas não eram normais. Quando dei por mim, o cozinheiro já havia afastado o espadachim de perto de mim, e ambos, travavam um embate singular. Pernas rápidas e precisas contra três espadas tão rápidas e precisas quanto as mesmas.

Depois de uns segundos observando a briga que se desenrolava no convés, levantando um pouco da grama que curiosamente lá havia, percebi que ambos pareciam mais dois irmãos quando brigam em discórdia, do que adversários vorazes.

 Os golpes eram fortes, mas era óbvio que não se batiam para valer. Em meio aos golpes, discutiam em viva voz:

              - Você fica zangadinho com muita facilidade, parece uma donzela aflita! – Lançava insultos que acertavam em cheio o orgulho do adversário. - Estava apenas retornando as katanas à sua dona!

             - Não lhe passou por esta sua cabeça de nabo a ideia de apenas a devolver de forma “normal”? A moça ainda está se recuperando, seu imbecil! E ainda que esta não o estivesse, ela é uma dama! Como ousa atacar a uma mulher?!

             - Ela é uma espadachim, e pelo que eu vi, sabe se virar muito bem. Devolvi a ela suas katanas. Você é que está vendo coisas demais.

            - Mesmo? E o que foi aquele ataque de agora a pouco sem mais nem menos? Seu cabeça de brócolis podre!

- Um simples cumprimentar entre espadachins, seu cozinheiro de merda!

- Mesmo? Acho que vou lhe cumprimentar também!

              A visão daquele “embate” de certa forma passou de preocupante para hilária em poucos segundos. Eu juro que tentei, mas não pude evitar o riso diante do que via.

               No entanto, meu riso logo sessara diante de um detalhe que chamara minha atenção. Fui tomada pelo terror, quando grudado na perna do espadachim louco, eu avistei o demônio de dias atrás que me observara na cabine.

A princípio, achei que fosse fruto de minha imaginação por mais uma vez, mas após várias piscadelas e esfregar de olhos, constatei que este era real, e mordia em fúria a perna do espadachim. Não pude conter meu pavor e gritei apontando para ele com uma das katanas:

              - Demôooooonio!

               Em um instante a luta havia sessado, e o pequeno capeta havia corrido e se escondido atrás de um caixote jogado em um canto do convés.

Era estranha a forma com a qual ele tentava se ocultar de todos. Geralmente, temos que nos esconder atrás de algo, no entanto, ele parecia estar de lado ao objeto. Era... confusa a ideia que ele tinha de se ocultar.

               O cozinheiro e o espadachim pareceram procurar em volta pela criatura a qual eu havia gritado em alerta, quando simultaneamente viraram o rosto e observaram a criatura ao lado do caixote, e então, risos que em minha opinião não tiveram cabimento algum naquela situação, ressoaram pelo convés.

Os observava atônita em meio àquelas gargalhadas e engasgos, ignorando meu aviso, pois, logo atrás dos dois, tentando se esconder de todos estava a criatura de chifres.

- Desculpe por isso... – O cozinheiro tentou se explicar em meio a tosses, engasgos e risos. Tentava, mas ao que parecia era difícil se recompor.

- Este é o Chopper – Dissera o espadachim, já mais recuperado da crise de riso.

- Ele é o médico de nosso navio – completara Sanji, ficando em uma postura mais ereta enquanto ajeitava seu terno e gravata para em seguida, acender um cigarro. E logo, para minha surpresa, chamara a criatura:

- Chopper, acho que já está na hora de você se apresentar a nossa convidada.

Dei um passo para trás em defesa ao ver que a criatura saíra de seu esconderijo dos caixotes e se postara em meio aos dois homens sem temor algum, e da mesma forma, os dois pareciam estar diante da presença daquilo. Então, eu juro que ouvi o ser falar:

- Eu não sou um demônio sua humana grosseira. Eu sou uma rena, sua estúpida, será que não consegue ver isso.

Não sei por quanto tempo fiquei parada o fitando sem nem ao menos piscar. Aquilo realmente havia falado comigo. Parecia-se de fato com um animal e o observando bem, assemelhava-se com uma rena, com um filhote de uma, para ser mais exata.

O detalhe, era que ele estava de pé e falava. Aquilo ficou me encarando como se esperasse uma resposta, e do mesmo jeito, estavam os outros dois a me observar.

Ele era pequenino, mas, possuía uma língua muito ferina a qual arrancaria com prazer se não estivesse tão chocada. Pasma com tudo, eu escutei sair de meus lábios um cumprimento involuntário:

- Ah... muito prazer...

             Depois daquilo, houve algumas explicações que não escutei muito bem, pois, não consegui em momento algum, tirar os olhos daquela criatura estranha que se parecia com um filhote de algo.

Com certo tempo, me acostumei mais com a presença daquela ser anormal, e sua forma, passou a ser mais agradável aos olhos. Ele começou a parecer até mesmo mais “fofo”, por assim dizer, talvez pelo fato de ser pequenino e ter a voz de uma criança. Parecia-se com um filhotinho.

- Você é uma humana de muita sorte. Seus órgãos internos estavam entrando em colapso por falta de água e comida. É espantoso vê-la de pé com as próprias forças já tão cedo – dissera a pequena rena falante.

- É.... um sinal de que você é um ótimo médico.

Vi os olhos dele se acederem de uma forma que o deixou com uma feição tão doce, que juro que quis o pegar no colo, mas então, diferente de toda sua expressão corporal, palavras afiadas deixaram novamente a boca daquela pequena e adorável criatura estranha.

- Sua idiota! – Explodiu o filhote de rena em uma confusão de gestos que de longe indicavam o quanto estava indignado. Ao contrário, o sorriso em seu rosto mostrava que ele estava claramente satisfeito ao receber o elogio. Eram suas palavras que iam contra os próprios gestos. Continuou:

- Lisonjas não vão me fazer gostar de você e a perdoar por seus insultos a mim, então, venha logo e sente neste banquinho, porque lhe trarei um chá com sua medicação.

- Ele não recebe elogios muito bem, não é? – indaguei ainda confusa com a reação dele.

-Não, mas adora quando os recebe. É o jeito dele – dissera o cozinheiro tragando o cigarro.

O espadachim embainhou suas katanas e sem palavras nos deixou rumo à proa do navio.

- Que cara esquisito... – só notei que havia dito aquilo de forma audível, ao notar as palavras sarcásticas do cozinheiro ao meu lado.

- Você não sabe o quanto...

Ele sorriu enquanto um fino facho de fumaça serpenteava, brincando com a silhueta de seu rosto. Minha memória no momento não era uma das melhores, mas, não conseguia me recordar de um homem com tamanho charme, não como ele.

- Está com fome? – me perguntou com um sorriso brincalhão e demorei alguns vergonhosos segundos para responder com um acenar de cabeça positivo enquanto o observava.

Era impossível não gostar de seu sorriso...

- Não é bom tomar medicações com o estômago vazio. Oi, Chopper! – Gritou. – Vou leva-la para cozinha e preparar uma refeição para que o organismo dela melhor receba a medicação.

Então, houve um grito infantil e positivo ao longe em resposta.

- Certo! 



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