História 20 anos depois - A salvação da Escola Mundial - Epílogo Duime

− Benjamin, Sofia, Camila... Façam um favor para a mamãe e vão acordar o pai de vocês. – Duda pediu para os filhos, que já tinham terminado de comer.

− Eu pulo nele primeiro. – avisou Camila, sendo fuzilada pela irmã gêmea.

− Não, sou eu!

− Fiquem quietas, pirralhas. Eu sou o mais velho, então eu pulo no papai primeiro. – avisou Benjamin, cheio de si.

− Mãe. – as caçulas, de cinco anos, reclamaram.

− Vocês duas nunca entram em um consenso, ele sempre vence. – Duda encerrou a discussão – Agora vão logo. Seu pai é uma lesma pela manhã, e hoje ele tem que chegar cedo com vocês na escola.

As duas meninas idênticas saíram resmungando, enquanto Benjamin ia todo pomposo na frente. Abriram a porta do quarto dos pais, vendo que Jaime ainda roncava pesadamente em meio aos lençóis.

Sem prévio aviso, o mais velho saiu correndo, se atirando em cima da cama, que pulou com o susto do pai.

− ACORDA PAPAI PREGUIÇA!

− Acorda, acorda, acorda! – as mais novas fizeram eco ao irmão, saltitando no colchão.

Jaime piscou algumas vezes, assustado, antes de começar a rir. Encarou o relógio, vendo que não estava tão atrasado, e decidiu que havia tempo para uma pequena vingança.

− Vocês sabem o que acabaram de fazer? – gritou, assustando os três. Abriu um sorriso perverso – Acordaram o monstro.

− Ah, não! – Benjamin conseguiu pular para fora da cama, mas as irmãs não tiveram a mesma sorte.

Jaime pulou por cima das caçulas, as prendendo na cama e começando a encher seus rostinhos de beijos, as ouvindo gargalhar alto. De repente, Benjamin estava de volta, em cima de suas costas.

− Eu vou salvar vocês, irmãzinhas. Porque eu sou o super Benji!

− Oh, o monstro papai será derrotado pelo super Benji e suas ajudantes. – Jaime tombou para o lado, deixando os filhos assumirem o controle – Socorro, mamãe!

− A mamãe tem que estar no tribunal em 40 minutos, e vocês estão rolando pela cama como se fosse domingo. – Duda entrou no quarto, rindo.

− Então decrete quem venceu, mamãe. – pediu Camila, animada.

− Muito bem... Com base na posição do réu Jaime, eu declaro que os acusadores Benjamin, Camila e Sofia venceram esse embate.

− De novo! – comemorou Benjamin, pulando da cama.

− É porque ela pariu vocês três, então ela dá preferência.

− Se fosse por esse motivo, você sempre teria ganho de causa. Deus sabe o quanto doeu para colocar o mini-mamute aí para fora, sem falar da duplinha dinâmica. – suspirou Duda, vestindo sua camisa e fechando os botões.

− Por que, mamãe?

− Porque vocês duas machucaram a mamãe quando nasceram. – acusou Benjamin, e as duas fizeram biquinho.

− Você também, cabeção. Toda criança machuca a mãe quando nasce.

− Jaime! – Duda repreendeu o marido, indo até os filhos – Vocês não machucaram a mamãe, amores. Só doeu um pouquinho, porque tiveram que tirar vocês da barriga, lembram? Mas a mamãe aguentaria a dor de novo, só para ter vocês.

As duas menininhas fungaram, mas após receberam um beijinho da mãe saíram felizes. Duda então encarou pai e filho, suspirando e negando com a cabeça.

− Dois brutamontes com nada de delicadeza. – disse ela, apanhando seu blazer – Jaime, o café está na mesa. As meninas já vão se trocar, e o Benji também. Vocês conseguem chegar na hora da escola?

− Pode deixar, patroa. Jaiminho aqui é o cara, você sabe. – ele abraçou a esposa pela cintura, lhe dando um selinho.

− Isso é nojento.

− E eu posso saber o que você ainda está fazendo aqui, seu Benjamin? – perguntou o pai, vendo o filho sair correndo aos risos – Eu amo eles, mas tem horas...

− Menos, Jai, bem menos. – Duda riu, lhe dando mais um selinho – Bom primeiro dia de aula, amor. Divirtam-se.

− Nunca pensei que ia dizer isso, mas acho mesmo que eu vou me divertir na escola. – ele comentou, vendo a esposa sair do quarto – Mas dá pra dormir mais cinco...

− JAIME!

− Já vou! – e saiu correndo para a cozinha.