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História 2008 Year teenager - Capítulo 14


Escrita por: minserhyuk

Notas do Autor


OIIIIEEEE voltei até rápido neh? >-<
Sei lá, senti que estava devendo demais a vcs :v
além do que eu queria escrever logo também :3 (N sei como tem forças, sério mesmo, tô morrendo de preguiça aqui -Lin)

Tenham uma ÓTIMA leitura <3

Capítulo 14 - Capítulo 14


Yuri

 

-“PAI, FALA COMIGO! – Estava desesperada, não sabia o que fazer, o que pensar, ou até mesmo conseguiria descrever o momento.  O corpo dele estava mole, e ficava cada vez mais pesado. Sua respiração, mal era sentida.

 

- POR FAVOR! PAI, FAZ ALGUM MOVIMENTO! - tentava segurar o homem caído ao chão, meus braços finos e sem forças começavam a doer, mas eu não ligava, eu apenas precisava que ele me respondesse. E então eu o sacudia, em meio ao desespero, tentando, de uma forma inútil, fazer com que ele se pronunciasse.

 

-VAMOS, POR FAVOR! - Estava de joelhos, que já deveriam estar com marcas vermelhas pelo impacto e força contraposta ao chão.

 

Nunca o vi de tal forma, na verdade, sequer tinha visto uma cena tão assombrosa e agonizante aos meus 12 anos.

 

-PAI! POR FAVOR, ME RESPONDA! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA,POR FAVOR! – E em meio ao que eu julguei na época ser uma catástrofe diante de mim, eu gritava. Não pensava em como ajudá-lo da maneira certa. Todos os versos dos livros que havia lido. Todo o aprendizado que já me haviam passado. Nada. Nada me vinha a cabeça para terminar de vez com a situação.

 


Em meio aos gritos um vizinho surgiu em casa, quando o homem que aparentemente tinha seus 40 anos viu a cena, imediatamente me tirou dali, puxando-me pelos braços antes presos ao homem no chão. E durante o tempo que me levava para fora do quarto, a mulher do senhor tratou de verificar o pulso dele.


-PRECISAMOS LEVAR ELE AO HOSPITAL, RÁPIDO! - Deu a ordem ao marido enquanto ele pegava o homem jogado ao chão.

 

Correu para abrir a porta que já se encontrava entreaberta desde a chegada do outro. A moça lhe entregou algumas chaves, o homem o tirou dali rápido, colocando-o no carro, arrancando-o dali o mais rápido possível.

 


Ainda raciocinava o que tinha acabado de acontecer. Vi o carro saindo sem ao menos receber uma explicação do que era tudo aquilo. Mas logo caiu a ficha, sabia exatamente o que o meu pai tinha acabado de passar.


Tentava agora manter o corpo parado para não me desesperar novamente e sair correndo em direção ao hospital. As expressões indefinidas do meu rosto poderiam ser incomodas pra quem visse. Mas eu apenas queria ao máximo me manter calma.

 

Senti braços em volta de minha cintura, a esposa do vizinho me levou para dentro de sua casa, me entregando um copo de água em seguida.


-Meu pai... -As palavras apenas saiam normalmente de minha boca,estava sentada no sofá da sala,fitando o vão,não sabia o que pensar, e meus olhos se enchiam de lágrimas, atrapalhando a visão –E..le vai ficar bem não é? –Passei a fitar a mulher a minha frente. Eu queria saber. Precisava saber...Será possível que em meio a tudo que eu havia passado, não foi o suficiente? Eu teria que perder a última pessoa? Segurei firme o colar em minha mão.


-Vamos pedir a Deus que tudo dê certo ok? Rafael o levou para o hospital. -Me respondeu, transparecendo ali que realmente não sabia o que dizer, estava tão aflita quanto eu.


-Eu preciso ver meu pai, por favor, me leve até ele. –Suplicava em meio a lágrimas que ao menos fazia questão de segurar. E aos poucos comecei a sentir um peso sobre os meus olhos. Continuava tentando pronunciar alguma frase, contudo a imagem a minha volta foi embaçando cada vez mais, logo o vão preto surgiu, fazendo com que meu corpo, cansado e ainda não tão evoluído, caísse sobre o sofá.

 

                              ***
 

Acordei gritando “Pai”, mas a minha voz ecoo por toda a casa, e não havia recebido nenhuma resposta. Segurei o colar no meu pescoço, respirando fundo. Apenas um sonho. Apenas mais uma lembrança em forma de sonho. Acontecida a muito tempo.

O medo que secretamente retorna, e pega a minha mão, sempre me levando a um passeio. E a minha mente, ela diz que está tudo bem, eu conto comigo mesma: um, dois, três.

 

Levantei da cama, indo até a cozinha, não ficava muito distante, a casa que eu morava agora não era muito grande, mas perfeita para mim. Morar sozinha era um luxo, claro, com a ajuda dos pais da Rukia.

Bebi um copo de água, o que não adiantou muito, abri a torneira e coloquei minha cabeça embaixo dela, fiquei alguns minutos naquela posição.

 

Saí, molhando todo o meu corpo com os cabelos. Olhei ao redor, estar sozinha em uma casa sempre foi o meu sonho, como de qualquer adolescente quando quer ser independente. Mas aquela noite, existia um grande vazio ali, um vazio que não podia ser preenchido por nada, nem por ninguém, nunca seria. E eu tinha que suportar aquilo, todos os dias, todos os minutos e segundos seguintes. Até o meu último suspiro.

 

-Mãe, pai, eu sinto a falta de vocês... Se o céu existir, vocês estão feliz juntos lá? - Falei para o nada, esperando de alguma forma uma resposta.

Peguei dois pedaços de pizza na geladeira e coloquei em cima da mesa, um dos pratos se encontra na minha frente.

-Vocês estão vivendo tranquilamente? – Olhei novamente a cadeira vazia – Se sim, eu ficaria feliz por estarem bem – Mordi um pedaço da pizza.

-Sabe, eu tenho vivido muito bem, às vezes me esqueço de comer, mas a Rukia está fazendo um bom trabalho como melhor amiga -Sorri enquanto algumas lágrimas caíam.

-Ela é como uma irmãzinha, eu sei que vocês não tiveram outra filha, mas vocês podem a aceitar? -Novamente o silêncio permanecia

-Eu estou muito bem, sabia que eu nunca me esquecerei de vocês? São como um ídolo para mim. Eu serei uma benção para vocês okay? Vou fazer valer a pena a minha vida. -Engoli secamente a pizza

-Mãe, obrigada pela vida. Pai, obrigada por me criar tão bem, eu já estou bem grandinha, pode descansar em paz.

Minha voz já não saia normalmente, ela estava falhada, meus olhos estavam cheios de lágrimas e a minha mão tremia.

-Que merda eu estou fazendo? – Em momento impulsivo após a frase, joguei o prato na parede, me ajoelhando e tapando os ouvidos.

-Eu não estou enlouquecendo!

Após um suspiro pesado e um relaxamento maior em meu corpo, voltei ao meu quarto e comecei a chorar ali na cama. Era sempre assim. Eu choro até pegar no sono e acordo depois, disposta a vencer tudo. Eu suspiro alto. Eu fecho os olhos nos momentos mais imprevistos, pra sentir melhor, pra ver melhor, com os olhos de dentro. Eu agarro com força e esqueço-me de soltar. Eu faço careta e sinto o mundo girando ao redor. Uma confusão de verdades e mistérios.

 

Rukia

 

A aula havia acabado, colocava os meus materiais dentro da bolsa.

-Te peguei! – Tomei um grande susto olhando para trás, sorri.

-Toma um pirulito, você está tensa – Falou Changkyun, me dando uma massagem nas costas.

-Não sou boa em fingir – Falo receosa, se ele soubesse que aquilo era por causa dele, não seria algo bom.

-Quer tomar um ar? Vamos passear –Sorriu, me ajudando a por as coisas na mochila

-Tudo bem.

 

Caminhávamos um do lado do outro, estava mais animada do que nunca, estava feliz por passar aquele tempo com ele. Será que ele poderia gostar de mim? Ter os mesmos sentimentos? Eu não sabia.

Mas eu sabia dos meus, sabia muito bem dos meus sentimentos, podia sentir o meu coração pulsando mais rápido. Meu sorriso, eu não conseguia controlar, toda vez que ele falava comigo, ele me fazia sentir bem, e pela primeira vez me sentir especial. Finalmente alguém havia mostrado afeto.  Sempre fui aquele tipo de garota que é legal, que tem muitos amigos, mas que bem, ninguém gostava de verdade.

-O clima está péssimo, diferente do meu coração.

-Acho que vai chover – Volta atenção a minha depois de olhar o céu – Isso é bom, não?

-Changkyun? – Me encarou por alguns segundos esperando eu responder

-O que foi? - Chegou perto de mim

Falou algo mais, mas não prestei atenção. Estávamos muito próximos. Olhei seus olhos, nariz, chegando a boca, como ele era tão perfeito? Não consegui aguentar muito tempo e selei nossos lábios, começando um calmo e sensível beijo.

 

-ChangKyun ... - Pude ouvir uma voz feminina, no instante seguinte ele afastou rápido, me dando um pequeno empurrão.

-Suzy! – Virou encarando a garota que tinha lágrimas nos olhos, ela saía de lá correndo.  I.M nem olhou para trás, correndo para a mesma, me deixando parada como um poste ali.

                           ***

Caminhava por uma rua, em direção a minha casa, todos os dias pegava o ônibus, mas na hora, só queria andar por aí, o clima estava frio, como havia pensado antes, iria chover, e podia ver claramente as lágrimas nos meus olhos.

Eu cometi o erro que muitos de nós cometemos todos os dias. O erro de achar que o mundo gira à nossa volta. O erro de acreditar que sempre somos os atores principais de todas as histórias. Não é bem assim. Em algum momento da sua vida você será excluído. Pode ser que seja usado em uma tentativa de esquecer alguém, pode ser que seja só um lance de uma noite. No filme da vida... Eu sou uma atriz coadjuvante.

Mas bem, qual o problema disso? Atores coadjuvantes também ganham Oscar.

 

Limpei as lágrimas que manchavam o meu rosto, Changkyun, eu já te amo, mesmo que isso tenha me machucado, Changkyun eu te odeio, por mais que eu queria você agora mesmo.

 

                            ***

Cheguei em casa toda ensopada, minhas pernas tremiam pela longa caminhada que havia feito, tomei um banho quente e relaxante, e me joguei na cama. Peguei o celular que havia apitado. Era o MinHyuk.

 

“Não te vi o dia inteiro, algo aconteceu?”

 

“Sempre acontece”

 

“ Você quer falar sobre isso?”

 

“Não sei...”

 

“Vamos trocar segredos então?”

 

“Talvez isso não seja uma boa ideia Minhyuk…”

 

“Amigos trocam segredo”

 

“O meu segredo é ruim”

 

“Eu gosto de alguém e bem... Isso é mais do que ruim”

 

“Estamos no mesmo barco, e acho que serei a primeira morrer”

 

Fiquei um tempo sem olhar mais a minha caixa de mensagens. Ele havia sido rápido demais, eu… eu não queria falar sobre aquilo. Desci as escadas pegando algo para comer, após perceber que o clima na casa não estava muito bom, subi novamente para o quarto. Meu celular novamente, me chamou atenção.

 

“Tudo bem, eu conto, mas você tem que contar de quem gosta também”

“Tudo bem… Mas o meu é pior...”

“No três?”

 

“1”

 

“2”

 

“3”

 

Enquanto digitava “Changkyun” o mesmo me respondeu, por algum motivo, não sei por que, me senti péssima.

 

Hyungwon”

 

“Destino não é uma coisa que se pode falar em palavras” – Tinha que mandar algo após a sua “confissão”, e foi a única coisa q consegui digitar no momento. As duas situações eram ruins.

 

“Amor não é algo que se pode controlar com o cérebro”

 

“Ele gosta de outra pessoa, e eu sou a vilã da história”

 

“Mocinhas me irritam”

 

“Você acha que ele pode me amar?”

 

“Até eu posso te amar”

 

“Hyungwon é um problema nesse caso”

 

“Bem, eu não tenho certeza”

 

“Seu segredo está a salvo, mas por quanto tempo irá guardar?”

 

“Até o último dia da minha vida”

 

“Você acabou de dizer que não se escolhe quem ama, por que nega seus sentimentos?”

 

“Eu tenho medo”

 

“Eu sei, mas o quanto eu puder proteger você, eu o farei”

 

“Por que se sente tão insegura? Qualquer um pode ver o quanto é incrível”

 

“Isso é o que os olhos podem ver, acredite eu não sou nada disso”

 

“Obrigada”

 

“Por?”

 

“ Estar sendo minha amiga até nessas horas”

 

 

Jooheon

 

Eu? Eu sou o tipo de cara que é melhor estar longe. O tipo de menino que nenhuma mãe quer como sogra, na verdade, muitas me querem e isso se chama interesse, mal sabiam que eu não dava a mínima para o dinheiro da minha família.

Muitas vezes sou visto como insensível, e isso não me incomoda, mas ainda não é uma verdade nata. Eu me acostumei a fazer marra e fingir ser durão, mas eu sou apenas um perdedor, um covarde solitário que finge ser foda. No reflexo dos olhos das pessoas eu sou um rebelde, um babaca cheio de cicatrizes.

Mas eu sabia que tinha uma causa nobre, que não era apenas mais um adolescente revoltado por nada, eu tinha os meus princípios no final. Eu tinha um plano excelente, e sabia exatamente quem podia me ajudar.

 

-Gostei das meias – Dei mais uma checada enquanto me aproximava da garota em meio aos corredores da escola.

-Pare de olhar minhas pernas, Honey – Rukia me deu uns tapas nas costas

-Está ocupada?

-Fora ter que estudar… não.

-Isso não é importante agora, preciso de sua ajuda

-E não vai nem me pagar um jantar primeiro?

-Vamos esquecer as formalidades – Revirei os olhos, logo depois colocando um dos braços no ombro dela.

-O que eu ganho te ajudando?

-Um amigo mais dedicado

-Eu já tenho muitos – Changkyun havia passado pelo outro corredor e na mesma hora a Rukia, rapidamente, tirou meu braço do seu ombro – Eu tenho que ir – Apareci em sua frente, a impedindo de passar

-Você gosta dele?

-Não...eu…

-Não consegue nem disfarçar – Bufei, era realmente uma boba – Ele não te ama

-Eu sei, obrigado por me lembrar – Me empurrou, saindo dali o mais rápido que pôde.

 

Eu não costumava me sentir assim. Me sentir... culpado?
Estava me sentindo naquele momento. Eu realmente me senti um grande incômodo. Olhei para trás e a vi deixando o corredor. Não que eu fosse o rei da porr@ toda, mas nenhuma pessoa havia me recusado antes. Todas sempre estão dispostas a me seguir e eu conseguia as manipular facilmente. Mas por que eu me sentia arrependido por ter falado a verdade?. Eu sei que palavras que envolvem sentimentos como amor não devem ser duras, mas eu sabia exatamente como o I.M ama a Suzy, ou melhor, como ele sempre amou, antes mesmo de me conhecer, esses dois estão juntos. Qualquer um que pudesse olhar, veria claramente que a Rukia era bem… vamos colocar, muito melhor? Do que a Suzy. Mas eu podia entendê-lo. Quando se ama alguém, todas as outras se tornam iguais. Mesmo a Rukia sendo uma das garotas mais bonitas que já vi em toda minha vida, ela não tinha o coração dele. Não me deixe assim só, agora que eu estava acostumado com sua presença. Tirei as expressões do meu rosto, cruzando os braços e encostando minha cabeça na parede. Vendo um grande vazio a minha frente se encher de rostos, e um sinal soar pelos meus ouvidos. Não assistiria às aulas seguintes. Segui o corredor, subindo as escadas para o teto.

 

                            ***

As horas já haviam passado E a minha cabeça estava nas nuvens, pensando coisas que nunca havia pensado antes. Olhei para o térreo e lá estavam Rukia e Minhyuk conversando, eles formariam um belo casal. O típico casal flower. Respirei fundo. Por que as pessoas sempre se apaixonam pelas erradas?

Topei o meu bolso tirando meu celular dali, observando-o ligue para o loiro lá em baixo, não éramos amigos, mas graças algumas meninas, éramos conhecidos.

 

-Alô? Jooheon?

-Qual é o número da Rukia?

-Por que quer o número dela? Se quiser falar com ela eu entrego o celular

-Eu sei que você está com ela – Olhou para cima, acenei – Eu só quero o número, pare de enrolar e me envia por mensagem.

 

Alguns minutos se passaram e recebi a mensagem, valeu Minhyuk, você serviu para alguma coisa, fora a friendzone. Mandei uma mensagem para ela.

 

“Suba no terraço”

“Quem é?”

“Se estiver curiosa suba”

 

Olhei novamente a mesma, falando algo para o Minhyuk e depois o deixando. Tão lerda, era só olhar para cima, quem com certeza me veria daqui, sorri.

 

-Então era você

-Já salvou o meu número?

-Quem disse que eu vou?

-Eu, não tente bancar a durona

-Eu não tentei -Cruzou os braços fazendo uma cara de brava, o que só saiu, muito fofo.

-O dia está ótimo para aprontar uma não é mesmo? -Falei com um sorriso sacana no rosto.

-Começou a falar meu idioma!

Depois do dia da festa, eu e a Rukia nos tornamos cúmplices. Sempre aprontando quando queríamos.

-Você disse que não ia me ajudar

-Mudei de ideia, agora que me fez subir aqui, fale.

-Você sabe mexer com computares?

-Sou a melhor da minha região, qual a parte que eu sou perfeita você não entende? Sorriu, eu já sabia aquilo, eu só não deixava ela saber.

-Como eu faço para monitorar o computador do meu pai?

-Você teria que invadir o sistema do computador dele, além de precisar de um computador completamente foda para isso, e teria que baixar um vírus anônimo, para não vazar informações teria que você mesmo fazê-lo…

-Okay, eu entendi, isso é complicado. Como eu faço para só pegar tudo que tem nele?

-Ah, isso é fácil, eu queria o jeito mais difícil, tipo igual nos filmes

-Igual nos filmes nós iríamos no mínimo sermos presos

 

Continuou me explicando como eu devia fazer, iríamos precisar ter acesso ao computador do mesmo, eu já tinha o plano perfeito.

Depois de falar com ela para não arrancar suspeitas, voltei para casa, pegando o Pen drive que havia na minha gaveta. Tomei um banho, trocando o uniforme por uma roupa descente.

 

Olhei o relógio. Três da tarde. Estava perfeito, todos os dias aquele horário ele estava fora, iria se encontrar com sua amante, o mesmo era assim em todos os casamentos.

 

                            ***

Entrei na empresa sem falar com ninguém, todos sabiam que era um encrenqueiro filho do presidente. Antes de entrar na sala a secretária me barrou.

 

-Senhor Lee, o seu pai não está nesse momento

-Eu sei, agora da para sair da minha frente?

 

Desviei da mulher, seguindo caminho até a sala dele. Coloquei o pen drive no computador principal do escritório e copiei todos os arquivos como a Rukia tinha falo. Além de ter sérios problemas para conseguir no começo, aquilo estava parecendo uma eternidade. Não acabava nunca, desviava minha atenção entre a porta e a tela do computador. Acabou, tirei o aparelho e desliguei o computador, quando estava perto de sair pela porta, ela foi aberta. Me joguei no sofá.

 

-O que está fazendo no meu escritório?

-Não posso vir te visitar?

-O fato não é poder Jooheon. É você ter vindo.

-Tudo bem, se não quer a minha presença eu vou embora - Ia saindo pela porta quando o mesmo segurou meu braço.

-Eu sei que você está aprontando algo, eu conheço exatamente o filho que tenho. Lee Jooheon, se você aprontar mais uma, não perdoarei, você vai sofrer grandes consequências - Falou fitando os meus olhos

-Você não me conhece - Tirei suas mãos de mim, saindo dali o mais rápido que podia.

 

                            ***

 

Não esperei muito e fui a escola, havia marcado com a Rukia para nós encontrarmos lá. Teríamos que usar o computador do lugar, os computadores não eram acessíveis para todos os alunos, mas a Rukia pediu a Yuri, que facilmente conseguiu as chaves.

 

-Conseguiu?

-É óbvio que sim

-Assim que eu gosto - Pegou a chave com ela.

Fomos juntos até a sala, verificando se ninguém nos seguia, não existia muita gente naquele horário na escola. O pessoal já tinha ido embora, os únicos que permaneciam eram por que faziam alguma atividade.

Trancamos a porta e ligamos o primeiro computador da fileira.

 

-Vai rápido Rukia, não temos muito tempo - Apressou a Yuri

-O que você quer achar exatamente?

-Qualquer coisa para detonar meu pai de vez.

 

Não demorou muito e achamos coisas MUITO perigosas naquelas pastas, todos nós estávamos um pouco assustados e com medo.

 

-Yuri, essa não é a empresa do seu pai? – Falou Rukia apontando a tela do computador

-O que isso está fazendo aqui? – Yuri começou a ler o que tinha escrito lá – Os pais de vocês são sócios?

-São, eles acabaram de fechar negócio…

-Bem – Olhou para mim e volto depois voltou a atenção para o computador – Acho que eles são sócios a mais tempo do que vocês imaginam

-Eles estão tentando roubar a sua empresa Yuri – Falou a Rukia agora com a mão na boca – Eu falei que você não podia confiar no meu padrasto! – Berrava Rukia

-Eu não sabia que ele queria passar a perna em mim Rukia, você sabe que eu sou dependente dos seus pais, eu achei bem... Eu achei que podia deixar com eles… eu realmente sou uma tola! Eu vou precisar disso! - Copiou o arquivo e saiu de lá às pressas, dizendo que resolveria algo.

 

Algumas horas se passaram e não encontramos nenhuma prova que pudessem incrimina-los. Rukia, frustrada, jogou a cabeça para trás me encarando.

 

-O que devemos fazer?

-Só não podemos desistir Rukia, já chegamos tão longe.

-E se eles não tiverem feito nada de errado?

-É claro que fizeram, até parece que você não conhece o padrasto que tem, um...

-Mentiroso, egocêntrico, manipulador… eu sei exatamente com qual demônio eu vivo!.

-Me deixe ver isso – Nunca tinha visto ela daquele jeito. Nesse momento ela se parecia bastante comigo. Eu não gostava da ideia de estar mudando ela, na verdade, comecei a ter medo de colocar ela em uma fria imensa. – Não deve ter nada aqui, vá para casa descansar, eu vou devolver as chaves

-Como achar melhor, estou indo – Enquanto olhava o computador a mesma colocou as mãos no meu ombro – Toma cuidado, não faça as coisas de cabeça quente, cuide mais de você mesmo, não quero te ver em  muitas complicações. – Pude ver o seu pequeno sorriso no reflexo do monitor, ela me parecia cansada, triste e bem mal, por mais que mostrasse estar feliz. O que mais me deixou atordoado foi depois ela ter dado um pequeno beijo na minha bochecha, mexendo nos meus cabelos, logo em seguida fazendo aquilo... Sua voz baixa... – Fica bem, Honey – Por alguns minutos segurei minhas expressões, até ela ir embora.

 

Cruzei as minhas mãos, pondo a minha cabeça sobre elas.

Não pude conter as lágrimas, aquelas que haviam sido guardadas há muito tempo e sido substituídas por cicatrizes na pele.
 Ela havia feito...ela fez exatamente como a minha mãe fazia.
Não sei como, mas, Rukia tinha o mesmo carinho que a minha mãe me passava. Eu sentia saudades imensas. Mama, onde você está agora?

Por algum motivo pensei que a Rukia tinha sido mandada por ela para me confortar, mas não, minha mãe está viva, eu realmente acredito que ela está.

 

E eu vou encontrá-la.


Notas Finais


Foi isso. N sei muito o que falar nas notas finais agora, geralmente a Lin sempre acrescenta mais alguma coisa (Já disse, tô com preguiça, não vai ser dessa vez -Lin)

Comentem o q acharam. Como reagiram a algumas coisas? Tipo...O BEIJO. Gnt... Essa Rukia é ousada viu? (Miga, é o I'M, tendo o CKyun na minha frente eu faria o mesmo u.u -L)
AAAh, e sobre os favoritos... NÓS PASSAMOS DE 200! AAAAH EU TÔ TÃO FELIZ (230, foi macumba dnv, eu sei -Lin)


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