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História 2087 - The Walkthrough - Outra dose de cotidiano


Escrita por: Astteria e ClownClown

Capítulo 13 - Outra dose de cotidiano


Fanfic / Fanfiction 2087 - The Walkthrough - Outra dose de cotidiano

Deixando Joseph quieto no canto dele lá sendo o Bicho-Papão, vou falar um pouco da vida alheia. Tipo, cadê o “Nathan God”? O Otto, dito ser o melhor amigo do protagonista? Bem, eles estão vivendo as suas vidas. Nathan não consegue mais encontrar tempo para jogar, está até o pescoço de tarefas para fazer. Ainda não entrou no ritmo daqui. Otto, depois da festa, ficou mais destruído do que a maioria – no seu caso, contraiu um problema de saúde mesmo.

Eles ainda conversam como seres humanos, eu não preciso ficar falando tudo da vida de Joseph. Só falo o mais interessante ou quando preciso encher linguiça para ter muita palavra. Depois eu volto na vida desse mongol, vamos caçar outra história interessante para contar. Tipo a do Jonathan.

Ele se assumiu homossexual aqui na univercidade*, logo após deixar a família para viver sozinho. Dá para acreditar que ainda existe preconceito em pleno 2087? Algumas coisas nunca mudam. O cara é inteligente, tanto que estuda Bio-Hacking, você não imagina a dificuldade que é costurar e remendar os genes de um embrião para ele nascer como você quer, é tipo brincar de Deus. Deve ser maravilhoso. Então, essa mesma pessoa não tinha coragem de contar aos pais sua sexualidade. Engraçado que a única pessoa que sabia disso era Malena, mas era outra afastada do conceito de normal, talvez por isso se deram tão bem como parentes. Aqui Jonathan Elderheid é quem ele sempre quis ser. Já é um começo muito bom

O rapaz mora no campus B, ou seja, tem muitos pontos em sua carteira. Foi convencido a jogar ToH por Brandr, outro que depois vou falar mais sobre. Isso porque até eu mesmo não sei tanto. Na verdade, é raro achar alguém dessa parte do campus que não tenha sido convencido por ele.

É que Jonathan não se lembra, mas ele quase foi morar aqui também. Logo o cara que eu fico falando que consegue convencer qualquer um. Brandr é perigoso. Como a maioria dos seres humanos eles também jogam ToH. A alguns patches passados, o sistema de Guild foi finalmente implementado e adivinhe quem inventou de criar uma guild? Ele mesmo.

O personagem de Brandr se chamava Genesis. Classe Berseker, com uma proposta de build no mínimo interessante. Ele era um troglodita buffer. Durante arenas e raids seu modo de batalha é como uma partida de xadrez. Ele ganha controle do campo (essas habilidades são conhecidas como “Play Zone”) e então começa a mover seus aliados como peões, mas não se engane achando que ele é só isso. Quando só, ele é destrutivo como a classe propõe. “Valkyrin” ganhava fama entre os locais de Nova Ipanema nos campeonatos amadores. Eligor, o personagem de Jonathan, servia como a rainha, continuando com a metáfora do xadrez. Um Saber de dano explosivo. Mais membros pediam para se juntar, mas era possível entrar na guild apenas com um convite do dono.

Não vou dar mais detalhes porque é óbvio que ele fará uma grande aparição mais para frente. Vamos achar outra pessoa para falar sobre. Angelo.

O cara segue sua vida tranquilamente, era alguém que você batia o olho e já se acalmava, não sei explicar com outras palavras. Era gentil. Aquele tipo que tem toda uma agenda para cumprir e só depois de completa-las ele jogava. Depois que Joseph usou o chat do trabalho para se gabar do Concept, foi procurar o seu para não ficar para trás.

A proposta do seu Archer era ser um caçador indetectável, onde ele sempre seria aquele com a iniciativa e ficasse encurralado aí que se tornava ainda mais perigoso. Ao adquirir o seu conceito Mancer sofreu mudanças drásticas, assim como a maioria de se une a um Boss. O personagem vestia uma capa emplumada, mas todas as penas na verdade eram facas. Reforçava ainda mais a ideia do caçador. Sua presa não escaparia e com o passar do tempo sua morte cada vez mais se concretizava. Durante as batalhas para subir de ranque era convidado por diversas guilds, mas queria participar de uma com os seus amigos, então esperava pela criação da mesma.

Eu tenho mais coisa para falar dele, só que vou acabar entrando em outro assunto, então vou deixar para unir lá para o final. Talvez dê um bom gancho.

Vou falar da Rak, puta que pariu, chegou a hora dela mesmo. Eu estou xingando porque nesse exato momento seu quarto está destruído. Ela deu um surto de ódio colossal depois de perder de forma inusitada para um Saber na ranked, bem próxima de conseguir pontos para o Platina. Ela encarou Crusher, o personagem de Willian que já tinha feito Concept. Sabe quando ela disse para Joseph lá na cafeteria que já tinha feito o seu? Ela mentiu. Ainda estava indecisa sobre qual fazer, apesar de já saber tudo. Ela tinha uma ideia, seguiria por esse caminho de incinerar indivíduos com o seu poder massivo, agora ela tenha se arrependido um pouco, vou dar uma resumida.

O conceito de Crusher era o de imortalidade, como descrito lá: Undying. Tudo por causa da habilidade passiva que possuía chamada Last Resort. Graças a união com o Boss, ela alterou. Com o conceito em prática sempre que o HP do Saber zerava, ele ainda tinha mais 7 segundos de vida e durante esse tempo ganhava outras habilidades. A mais absurda se chamava Bloodlust. Quando sem HP, sua resiliência aumentava para 70%, ou seja, ele não era repelido com facilidade, sua Agilidade dobrava e o roubo de vida com a Skeleton King aumentava para 25%, ¼ da vida atual do alvo. Resumindo, ele virava um zumbi imparável. Se nesses sete segundos ele te cortasse com a espada, praticamente revivia para a habilidade ser ativada outra vez. Explicado o inferno que era lidar com Crusher, vamos para a batalha.

Fora as habilidades de destruição em massa da Caster de Rak, separou uma para ser spammável*. Ela fazia uma pistola com os dedos e disparava pequenas bolas de fogo. Somado aos buffs elementais e de aumento de dano, fazia parecer uma metralhadora. No inicio achou que derrotaria Crusher só com essa habilidade, por isso não se preocupou em carregar o cajado para que suas grandes habilidades pudessem cair rasgando, mas quando o HP do inimigo chegou a zero, o inferno começou. Ele caçava a garota a todo custo e mesmo com toda velocidade que tinha, ela não se livrava. Que inferno. 

O rage começou depois que ela explodiu a cabeça de Crusher com um tirambaço e ele simplesmente não ligou. Com metade da cabeça arrancada o infeliz continuou perseguindo. Quando ela apelou para o Blazing Light, uma rajada de fogo concentrado e queimou parte do seu corpo ele também não ligou. Burn era outro status negativo, ele não trazia outro afeito além do aumento de dano com os níveis. Burn 3, era mais forte que hemorragia a cada stack o cara perdia um sangão, mas Crusher nem isso tinha para perder, mesmo assim ele continuava. Aquele ser deformado pelas chamas correndo como um psicopata foi a última coisa que viu antes da espada decapitá-la.

— Não aguento mais! Eu preciso comer e chorar! – A garota pegou o seu celular e chamou pela Julia Cardoso. Essa é nova e importante, tenho que apresentar bem porque ela fará muitas participações por aqui.

Rak tinha poucos amigos, por opção é claro. Essa tal Julia conheceu pelo jogo como todos os outros amigos, mas ao vê-la pessoalmente se apaixonou instantaneamente. Tinha aquele perfil de Femme Fatale, mulher perigosa que domina qualquer um, só bastava querer. A mulher tinha 22 anos, cursava Administração e se fosse para defini-la em uma palavra seria: depravação. Alguém sem nenhum pudor e Rakshasi adorava escutar as histórias que a própria contava. Falando em contar histórias, Julia tinha a voz adocicada, falava pausada e melodicamente como o canto de uma sereia. Assim como a lenda bem diz, era tudo para que você seja consumido até ela se cansar. Outra característica de Julia era que ela adorava brincar com o sentimento alheio, Rak gostava de falar que era uma vadia boa. A culpa era dos outros que se apaixonavam demais, mesmo que ela esteja andando nessa corda neste exato momento.

A baixinha tinha uma tara por mulheres fortes e convictas. Só elas conseguem despertar o lado delicado que aquele monstrinho possuía. A pessoa dessa vez era a própria Julia e Rak realmente tentava conquista-la. Não ligava para a diferença monstruosa de idade.

Falei tanto da mulher mas ela nem respondeu, devia estar ocupada fazendo o que sabia de melhor. A garota não teve outra opção a não ser chamar Joseph. O jeito que falou parecia ser um assunto de vida ou morte, o que assustou o moreno.

Antes de receber a mensagem desesperadora de Rak, ele conversava com Maria. Estavam sem se encontrar desde a festa. A sua “amiga” tinha feito amizade com Ariel, uma loira de 20 anos. Cursava Jornalismo Espacial, bem faladeira, mas uma pessoa muito engraçada. Dizia que queria encontrar o tal Joseph de que Maria sempre falava e eles estavam marcando de acontecer, agora foi adiado por causa de uma tal demônia.

Quando escutou o choro de Rak, Joseph mesmo aquele sendo o segundo encontro, deu um golpe de karatê na cabeça da menina pelo susto que o fez levar. Então ela apelou.

— Se você não comprar comida para mim eu vou gritar para o primeiro oficial que eu ver e você vai se foder na prisão e ser estuprado por vários negões. Eu fiquei sabendo que tem um com uma rola de 23 cm, imagina! IMAGINA! – Ela ameaçava ainda com as duas mãos na cabeça por causa da dor. Não dava muita credibilidade, mas fez assim mesmo. Conseguiu no final.

Foram para a clássica cafeteria, encontraram Dash como de costume e Joseph finalmente pode apresenta-los. Ela também fez o mesmo e apresentou Jade Jarvi, uma lutadora que tinha conseguido bolsa para estudar aqui. Veio direto da Coréia Unificada. Os quatro se sentaram juntos para falar de jogo é claro. Rak entraria no papo depois, agora era hora de acabar com os pontos de Joseph comendo tudo do mais caro.

Começaram inicialmente provocando a estrangeira por causa do idioma. Jade por muitas vezes confundia ou falava alguma palavra errada e quando rolava algum xingamento ela não entendia e a todo momento perguntava o que era e do que estavam falando. Foi se sentindo mais à vontade quando Rak disse ser de fora, do Nepal mais precisamente. As duas começaram a comparar culturas e falar das bizarrices que existiam no Rio. Mais pessoinhas para a friendlist de Rak, ela não queria admitir, mas estava contente até lembrar da derrota e então começou um mantra de puro ódio.

— Espera, Crusher? Eu conheço ele! HAHAHAHA! – Joseph pegou o celular e mostrou a foto que tinha do Saber de épocas atrás. – É ele não é?

Rak pegou o aparelho jogou no chão e pisou várias e várias vezes enquanto o jurava de morte. Depois que o celular virou pó, ela conseguiu relaxar um pouco.

— Você vai me dar outro ou eu vou fazer com a sua cara. – Provocou o moreno, ali já tinha passado da brincadeira, não aceitaria algo como aquilo.

A menina pegou o seu e comprou o modelo mais caro e importado. Disse que chegaria no dia seguinte. Os outros três se olharam perplexos.

— Se você tem tanto dinheiro assim porque faz eu pagar tudo?

— Porque eu tenho preguiça de digitar meus pontos e porque você que ofereceu ué. – Sorrisão.

Era difícil compreender Rak, mas depois que a conhece você acaba pegando gosto pela menina. Ela era aquele azedinho que você reclama, mas sente falta se não ter. Com o quarto todo destruído Rak acabou se convidando para a casa de Joseph. Dash e Jade combinaram de ir a qualquer dia. O outro motivo pela obsessão da garota com a casa do moreno era porque Willian estaria lá. No caso, todo o time Branco.

Quando chegaram, todos já estavam comendo pizza na sala principal. O programa teste funcionava perfeitamente sem outro curto circuito e isso já era motivo para comemorar. Rak puxou o casaco de Joseph chamando a sua atenção.

— Me diz quem é o filha da puta. – Falou séria. Só por curiosidade ele respondeu. Abriu um sorrisão como o que a garota costumava fazer e apontou para Willian.

Rak correu e avançou como um tigre bem na jugular do alto, ou achou que tinha feito, mas Born segurou a mina pela gola e a levantou como um saco de compras bastante leve por sinal.

— Qualé a dessa coisa? Parece um gnomo. – Falou estranhando a menina que ainda imaginava estar o agredindo com socos e pontapés no ar.

— Você está segurando a melhor jogadora do Rank Gold.

Todo mundo olhou, menos Naomi que nem estava escutando. Angelo parou até de mastigar e ficou vendo a menininha pendurada com a pizza na boca. Malena fez um “oho” e sorriu. Willian então começou a gargalhar alto. — Então foi você que tomou uma surra minha!?

Naomi parecia ter grande efeito sobre Rak. Não sei o que ela fazia, mas quando tentava ela se acalmava e a escutava, porque enquanto o grupo queria falar do próximo passo no trabalho ela ficava xingando ou desejando algum mal para Willian.

— Como eu estava dizendo... Conversei com a Chloe Cheng do grupo Vermelho e ela me passou o contato da planta do circuito que falta. Eu vou pegar amanhã e então já podemos testar.

— Onde? – Perguntava Malena.

—Eu tenho um contato na escola, eles deixaram testar o nosso projeto lá.

— Boa líder, nunca critiquei.

Rakshasi estava avulsa nessa parte, mas a conversa logo voltou para o que mais dominava ToH. Tinha conseguido mais amiguinhos, então se sentia à vontade para compartilhar zonas de up, monstros com boas essências e alguns macetes na hora de batalhar.

— Está decidido, quando a gente terminar no colégio vamos fazer uma missão conjunta. – Decidiu a mais nova.

 


Notas Finais




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