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História 21 Primaveras - As cores do outono


Escrita por: yewoon

Notas do Autor


Aaaaaah, eu realmente demorei dessa vez! </3 Peço mil desculpas, mas eu tive um bloqueio criativo ENORME nos últimos meses e o capítulo ficou lá, parado. Acabei reescrevendo ele pelo menos umas duas vezes, e peço desculpas por não estar assim tão bom.
Eu já tinha uma ideia de como introduzir o Yoongi, mas acho que não consegui chegar no que queria. Mesmo assim, espero que gostem.
Outra coisa, vocês gostam da narrativa assim em terceira pessoa? Porque eu mesma gosto assim, mesmo a história sendo focada em vhope alguns capítulos serão exclusivos de outros personagens e shipps, mas acho que às vezes esse tipo de narração fica meio impessoal. Se for problema, eu mudo pra primeira pessoa, o que vocês acham?

Capítulo 3 - As cores do outono


A sala bagunçada e vazia mostrava bem como Hoseok estava por dentro: completamente vazio, apático e confuso. Uma linha tênue entre a vida e a morte. Estava respirando e o coração batendo, e isso era suficiente para provar que ainda estava vivo, claro, mas sentia os ramos secos dentro de si apodrecerem aos poucos. Não havia mais uma folha sequer. Nenhum resquício de esperança, apenas a armagura do arrependimento. 

Se não fosse pelos remédios que o ajudavam a se manter consciente, com certeza já teria ficado louco ou virado um vegetal. Era assim que vivia, ou tentava viver, desde que havia perdido tudo, a quase um ano atrás. Já estava tarde, mas não fazia muita diferença uma vez que a casa estava completamente fechada com cortinas escuras. Ainda assim, um filete ou outro de luz conseguia atravessar uma pequena brecha e iluminar a casa em determinados pontos. O moreno abafava o som dos espirros com a manga da blusa cobrindo a boca. Estava ficando doente. De novo. Hoseok ficava doente tantas vezes por ano que às vezes mal se recuperava de um resfriado e já pegava outro. Bem, não era surpresa, afinal, sua imunidade estava bem baixa. Sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha e retraiu os ombros, incomodado com a ideia de ficar com o corpo todo dolorido e o narriz escorrendo mais uma vez. Já não era o suficiente tudo o que tinha que passar?
Trancou a porta depois de entrar na casa, deixando a chave encaixada na fechadura para então caminhar em passos lentos pela sala, desviando das pilhas de roupas espalhadas pelo chão. O Jung de antes jamais deixaria que uma só peça ficasse jogada pelo chão, com certeza já teria aberto todas as cortinas e janelas a procura de ar fresco para respirar e deixaria cada canto daquele lugar brilhando, do jeito que era maníaco por limpeza e detestava ver bagunça, mas ele não era mais aquele Hoseok, era? Talvez aquele apartamento só estivesse em pé ainda por causa das visitas mensais de sua mãe. O Jung detestava a ideia de receber aquele tipo de visita porque era só mais um fardo para as suas costas, só mais um motivo para se sentir inútil, mas era grato ao fato de que ao menos ela não havia desistido dele, porque ele mesmo havia.

Arrastou-se até a cozinha com um pouco da força que ainda tinha, e jogou a sacola da farmácia sobre a bancada. Pegou um dos copos em cima da pia e o encheu de água. Estava tão acostumado a tomar aqueles comprimidos que nem via mais a necessidade de beber água junto, mas a voz de sua mãe dizendo que ele precisava se hidratar era reproduzida em sua mente insistentemente. Ele já quase não comia, então tinha que fazer algo para compensar. A verdade é que Hoseok poderia morrer a qualquer momento nas condições em que se encontrava, completamente sem cuidados e sem a vontade de viver, sem perspectiva, e por muito tempo ele desejou a morte, mas de repente algo passou a segurá-lo. Só não sabia o que era ou o que significava. 

Engoliu os comprimidos antidepressivos com a ajuda da água, fazendo uma careta pelo gosto ruim deixado em sua boca. Puxou a banqueta preta, onde se sentou, e esticou o braço em cima da bancada, apoiando sua cabeça ali. Suspirou. O que estava fazendo consigo mesmo?
De repente, uma brisa que entrou pela janela da cozinha balançou seus cabelos negros, e aquilo lhe tirou a atenção. Olhou para a janela, as árvores antes cobertas pela neve densa agora com brotos prontos para desabrochar a qualquer momento.

"Ah", Hoseok pensou. "Já é primavera."

Aquela era sua primeira primavera desde que tudo aconteceu. Sua primeira primavera sem Ele. Era também o seu primeiro um de abril sem ele. E então, o dia seguinte seria o primeiro de muitos outros dias dois de Abril, e assim sucessivamente. 

Reprimiu o choro, a garganta ardia como se estivesse em chamas.

A verdade é que o Jung não queria aceitar que não haveria mais um dia sequer com ele.

Há muitas formas de se lidar com a morte. Algumas pessoas simplesmente superam depois de um tempo, outras ficam tão presas ao passado que continuam agindo como se a pessoa que se foi continuasse ali, como sempre, e outros caíam em uma depressão tão intensa que talvez nada pudesse tirá-los de lá. O Jung não se encaixava em nenhuma das categorias. Não se via apto a esquecer, superar ou até tentar algo novo. Não poderia; não enquanto o sentimento de culpa continuasse a pesar sobre suas costas. Também não tinha coragem de agir como se Ele ainda estivesse por perto, mesmo quando sonhava, sempre voltava ao mesmo pesadelo. E, com certeza Hoseok esteve muito perto de declinar completamente, mas não podia se deixar morrer com Ele dentro de si. Tinha que sustentar aquelas últimas memórias, porque acreditava que Ele merecia mais.



Três dias depois


Quaisquer que fossem as palavras que saíam da boca da professora, Taehyung não era capaz de processar uma delas sequer. Estava completamente alheio ao que acontecia ao seu redor, como sempre. Girava a caneta entre os dedos enquanto repassava mentalmente a letra de uma música que havia escutado alguns dias antes, tentando lembrar-se da melodia. Aquele era o maior esforço que podia fazer para continuar acordado, ou com certeza ia capotar ali mesmo — como aconteceu uma vez em uma aula de Matemática. Namjoon até disse que dava pra ver a baba escorrendo pela sua boca! Por mais que detestasse admitir, aquilo acontecia sempre que saía tarde do trabalho ou se sobrecarregava com seus bicos por aí. O problema era exatamente esse: ele sempre acabava se sobrecarregando de um jeito ou do outro.


— Alguém sabe a resposta? — Uma voz abafada a qual ele não deu muita atenção se dirigiu à classe, mas ele estava com sono demais para pensar alguma coisa. A professora levantou o pescoço, procurando algum pobre coitado que seria obrigado a responder a questão, arqueando o par de sobrancelhas grossas ao ver um certo rapaz de cabelos castanhos a fechar os olhos lentamente. — Sr. Kim? — Talvez ela tivesse percebido que seria uma perda de tempo chamá-lo de tal forma, uma vez que pelo menos 50% da Coréia compartilhava do mesmo sobrenome — inclusive ela —, porque balançou a cabeça levemente em negação e voltou a sorrir. — Kim Taehyung? Pode se levantar? 
No mesmo instante recebeu uma cutucada na costela, que o fez despertar de imediato da sua soneca de um minuto, lançando uma careta à Namjoon. Por mais que o loiro se segurasse para não rir, o Kim só foi perceber os olhares sobre si quando a professora pigarreou, chamando sua atenção. Coçou o nariz distraidamente, sem saber o que fazer, encarando o chão tempo suficiente para sentir toda a vergonha possível. — Desculpe, não 'to me sentindo muito bem. 
A professora pareceu hesitar, mas apenas pediu que ele a esperasse no fim da aula. Não era a primeira vez que acontecia, e com certeza não a última, mas sempre tinha receio do que viria depois. Uma advertência? Suspensão? Ligação para os pais? Esse era o problema de se sentar bem no meio da sala, e, aliás, bem longe da janela.
Meia hora depois, ela passou distribuindo as últimas provas feitas. Ajeitou a postura e engoliu em seco quando a viu passar por si, com a prova estendida em uma das mãos, um genuíno olhar de desaprovação. Tinha tirado nota baixa, de novo. 

— Tae, — uma voz facilmente reconhecível o chamou, e o moreno instintivamente se virou para o amigo. — olha isso, cara! Outro A! O hyung vai ficar orgulhoso.

— Jin hyung? — Taehyung sorriu. Era sempre engraçado ver como Namjoon parecia se lembrar do outro até nos momentos mais inoportunos. Estaria mentindo se dissesse que não sentia uma pontada de ciúmes, às vezes, mas a comida do Jin hyung era ótima, e Taehyung se encaixava perfeitamente bem na ideia de que o jeito mais fácil de se conquistar um homem era conquistando seu estômago primeiro. — As aulas só começaram há três dias e eu já fui mal no primeiro teste. — Suspirou.

O sorriso do loiro se desfez em segundos. Namjoon era amigo do mais novo, desde, tipo, a segunda série? Eles praticamente viveram uma parte da vida do outro, eram quase irmãos, e ele sabia que as coisas nem sempre foram assim. Namjoon não cresceu cercado por luxo, seus pais nunca deram muita atenção, embora fosse muito amado e tivesse consciência disso, mas, ainda assim, era difícil ver o melhor amigo se despedaçar aos poucos. — Você podia dar um tempo de folga a si mesmo...já faz um tempo que suas notas caíram por causa dos trabalhos. Nem meus pais trabalharam tanto assim na vida. — Taehyung riu.

— Você parece o seu pai falando assim.

— Eca! Se falar isso mais uma vez, te mato antes que uma nova geração de idiotas seja criada. — Ameaçou, em um tom firme, antes de cair no riso junto ao rapaz de cabelos castanhos. — Mas é sério. O que vai fazer quando se formar, quando ir pra faculdade?

Taehyung nunca tinha pensado naquilo antes. Sempre disse a si mesmo que gostaria de entrar em uma faculdade quando se formasse, mas poderia mesmo? Quando pensava em seu futuro, apenas via um jovem trabalhando e trabalhando ainda mais; talvez tivesse até o seu próprio negócio e fosse capaz de tirar a família daquele buraco, mas nada mais do que isso.
Abaixou os olhos por um momento, encarando aquele "F" bem gigantesco em vermelho no canto da folha. — Eu ainda não sei se vou pra faculdade. Eu posso só conseguir um emprego por aí.
Podia mesmo? Já não tinha tanta certeza. 
Com plena consciência de que Taehyung não pronunciaria mais uma palavra sequer sobre aquele assunto, o loiro suspirou, deixou-se escorregar na carteira até afundar quase completamente, então levantou os olhos para a professora que arrumava a bolsa, para o céu azul além da janela, para o teto branco e então mais uma vez para Taehyung.

— Quer comer algo comigo hoje?

— Só nós dois?

O mais velho balançou a cabeça.

— Namjoon, já te falei que não vou segurar vela pra ninguém.

— Tem alguém que eu quero que você conheça. 

O moreno arqueou uma das sobrancelhas, suspeitando até mesmo do som da respiração do amigo.

— É bom você estar me esperando quando eu sair daqui. — Suspirando, levantou-se e mais uma vez olhou para o loiro, antes de caminhar em direção a professora. 

 

— Taehyung, o que está acontecendo com você? Não é a primeira vez que isso acontece. 

— Desculpa, eu tive que trabalhar ontem...

A professora apertou os lábios.

— Sei que tem problemas com sua família, mas quem não tem? Você precisa começar a pensar no seu futuro. Se acontecer de novo, não vou ter escolha senão ligar para os seus pais...

Um sorriso de iluminou no rosto do garoto.

— Não vai acontecer de novo! Obrigado! E desculpa, não vai mesmo acontecer de novo! 

X

— E aí, o que ela falou?

— Só que se acontecer novamente, ela vai ligar para os meus pais. Não vou deixar acontecer de novo. — Hesitante, respondeu. Sabia que não seria fácil, mas precisava tentar. Tinha que arranjar algum lugar para dormir, qualquer coisa. — Jin hyung não vai?

Taehyung olhou para o alto, vendo as árvores balançando devido ao vento. 

— Claro que ele vai.

— Vocês estão namorando? — Sorriu fraco. 

— Mais ou menos isso.

— Mais ou menos? Como assim mais ou menos? Ei! Hyung! — Taehyung corria atrás do Namjoon que andava mais rápido a cada passo.

O cabelo de Yoongi era de um vermelho queimado, quase como as folhas secas de outono, e alguns fios mais claros se misturavam à bagunça. Apesar da estatura menor, era o mais velho ali depois de Seokjin. Parecia o mais másculo dos quatro, uma pessoa cheia de swag, mas na opinião de Taehyung, ele tinha cara de quem não prestava.
Mas a única coisa que fazia era olhar para Namjoon e Jin, os dois pombinhos apaixonados do outro lado da mesa, esperando que algum deles resolvesse explicar o que diabos estava acontecendo ali.
Então Yoongi pigarreou, e Jin pareceu ter o bom senso de dar atenção às duas caras confusas à sua frente. 

— Antes que vocês pensem qualquer coisa, nós não estamos planejando nada. Mas você já conhece o Namjoon, Yoongi, então a gente pensou que seria legal você conhecer o amigo dele também!

O olhar de Yoongi foi de Jin para Taehyung, que sorriu fraco. — Mas por que?

— Como assim por que? Para de ser anti-social, Yoongi! 

— YA! Eu estou só perguntando. Espero que não estejam pensando em nada mesmo.

— Não estamos. — Namjoon assegurou, mas trocou olhares com o namorado. — Então, nós vamos pedir mais refrigerante, e vocês fiquem aí.
Yoongi suspirou.

— Aish, eles são tão chatos.

— Você não viu nada...

— Há quanto tempo você conhece o Namjoon?

— Desde que éramos crianças.

— Wow. Eu não sei se conseguiria aturar o Jin por tanto tempo. — O ruivo arregalou os olhos, pasmo. — Vocês já namoraram? — Taehyung engasgou.

— Que? Não! Nós somos como irmãos. 

— Tem certeza que eles não estão aprontando nada?

— Não. Na verdade, hyung, eu tenho certeza de que estão, mas é só agir como se não soubesse de nada. Então, você faz faculdade com o Jin hyung né?

Yoongi abriu um sorriso largo. — Sim, mas o Jin faz medicina e eu faço música. Ou tento. E você, o que faz?

— Eu trabalho em uma farmácia. Mas de vez em quando eu arrumo uns bicos por aí. Acho que o Namjoon está preocupado comigo por isso, mas eu não acho que arrumar alguém resolveria o problema. — Deu de ombros. Ter uma namorada ou um namorado só pioria a situação, sem dúvidas. Já tinha demais com o que se preocupar, e não queria ser só mais um peso nas costas de alguém. Já era difícil se carregar por si só, e não seria justo para nenhum dos lados.

— Você não quer arrumar alguém? — Yoongi levantou os olhos, e por um momento o moreno não soube o que responder. Antes que pudesse, Namjoon e Jin voltaram com uma nova bandeja com copos de plástico. 

— Voltaaamos! E aí, do que vocês conversavam?

— Nada demais. — Taehyung pegou um dos copos e deu goles rápidos na coca-cola, concluindo que talvez não fosse tão ruim assim tê-los acompanhado. E também, Suga hyung — como era chamado quando era rapper underground — parecia ser legal. — Acho que eu tenho que ir pra casa agora. — Se levantando, pronunciou e contornou a mesa, ficando atrás de Jin e Namjoon. Colocou as mãos nos bolsos do casaco da escola e olhou para trás rapidamente, o céu ficava cada vez mais escuro. Taehyung trabalhava todos os dias, mas às vezes recebia algumas folgas extras, já que sempre dava um jeito de cobrir alguém. 

— Espero te ver mais vezes, hyung. Tchau.

Tentou abrir a porta o mais silenciosamente possível, mas quando entrou na sala, lá estava Dongyun, bebendo no sofá como um vagabundo. Sua mãe preparava algo na cozinha, e mal notou a ausência da irmã ali.
Tomou fôlego e entrou de vez na casa, trancando a porta atrás de si e deixando os sapatos ao lado da porta, junto à pilha de muitos outros. Tentou atravessar a sala e ir até o quarto o mais rápido que conseguia, mas parou no momento em que ouviu uma voz grossa chamando seu nome. 

—  Eu?

—  Onde você estava?

—  ...Na casa do Namjoon. —  Tinha certeza de que se contasse que tinha saído para comer, Dongyun iria lhe cobrar dizendo que estava gastando dinheiro por aí sem nem pensar na própria família e outras merdas de sempre. A verdade era que estava feliz por Namjoon tê-lo convidado, Suga hyung realmente parecia um cara legal, embora ainda não o conhecesse direito, e estava tudo bem para ele se "socializar" mais se fosse afastar as preocupações de Namjoon. Odiava isso.

— Você tava na casa daquele viadinho de novo? O que você tanto faz por lá?

—  Nós somos apenas amigos.

— Amigos? Acha que aquele garoto te vê assim? Taehyung, você é homem ou não é?! 

Taehyung rangeu os dentes. Aquela não era a primeira vez que ele fazia aquele tipo de comentário. 

—  Querido, o Namjoon é um bom menino. Nós o conhecemos desde pequeno, não é? —  Doce como sempre, a Sra. Kim interrompeu da cozinha. 

— Tanto faz. E por que você não estava trabalhando? Acha que eu vou sustentar essa casa sozinho? Quem você acha que coloca o dinheiro na mesa por aqui? É bom você parar de ser um inútil e fazer alguma coisa da sua vida.

—  Eu estava de folga! De folga! — Com a respiração descompassada, respondeu alto, abaixando o tom assim que percebeu o olhar do pai sobre si. —  Onde tá a Eonjin?

— Ela vai passar o resto da semana na casa do namorado dela. — Sra. Kim respondeu.

— Por que você não usa sua irmã de exemplo e não arruma uma namorada? Nem parece que é macho.

O Kim mais novo engoliu em seco e entrou no quarto, trancando a porta e se jogando no colchão no chão. 

—  Eu posso aguentar. —  Disse para si mesmo, firme. Engatinhou até o outro lado do colchão e tirou a carteira que havia achado na farmácia no outro dia, escondida no assoalho. Deitou-se de bruços e abriu a carteira, mais uma vez examinando a foto ali. Precisava devolvê-la.


Notas Finais


Como será que o Hoseokão vai entrar nesse meio?


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