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História Love Me Lights Out: Criminal Love - Elastic Heart


Escrita por: alaskaxo

Notas do Autor


foi só eu querer vir postar o capitulo que fiquei doente :B
e eu só demorei tambem pq o capitulo tinha muuuitas coisas inacabadas, não tava com a minha cara, era só mais um capitulo e eu definitivamente não ia postar. então eu acho que melhorei ele um pouquinho, espero que gostem pq se ainda estiver uma bosta eu desisto e viro puta...
enfim, espero que gostem xx

Capítulo 62 - Elastic Heart


Paloma

Quando chegamos em casa eu fui direto para o meu quarto, Adam estava malhando no corredor e quando veio falar comigo eu bati a porta na cara dele. Foi só isso para que todas as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Minhas pernas tremeram e eu corri para cama. Funguei enquanto soco o travesseiro. Não acredito que D.C fez isso comigo, ela precisa contar. Precisa. Não posso aguentar mais um dia vivendo escondida do meu próprio pai, temendo que ele me mate, não posso viver mais um dia com medo de...

— Paloma você está bem? — ouço a voz do Mark. Fico calada, ele bate mais uma vez e eu bufo revirando os olhos.

— Me deixa sozinha!

Por que eu fui dar em cima dele? Naquele dia eu estava totalmente carente e deu no que deu. Eu preciso parar com isso. Ele é meu melhor amigo, eu o conheço desde a adolescência e isso não é certo. Darei um basta nisso.

Cubro o rosto com as mãos numa nova remessa de choro. Eu não aguento mais chorar por quase tudo, não da mais. É totalmente desgastante e estressante, mas eu não consigo parar. Eu me sinto totalmente destruída emocionalmente, me sinto fraca e frágil. Desde que conheci Calvin tudo o que eu faço é chorar. Ele destruiu tudo o que eu achava certo e errado, ele arruinou meu psicológico. Seco meu rosto decidida a parar de chorar, tudo o que eu faço agora é chorar? Não, eu não sou assim e nunca fui. Preciso dar um jeito de voltar a ser a mesma Paloma de antes. Eu ando fazendo tudo errado.

Mas é difícil. Toda vez que eu fecho os olhos acabo me lembrando de alguma tortura. De todos os gritos que eu soltava, das risadas que Calvin fazia questão de soltar no meu ouvido enquanto fazia um corte atrás do outro ou quando me dava socos. Eu sempre fui tolerante a tudo, mas ele começou a ofender minha mãe e meu filho todas as vezes que me batia, ele feriu meu emocional de uma forma tão covarde que eu só sabia chorar. Não quero nem saber como ele descobriu que eu tive um filho. Afundo meu rosto no travesseiro tentando parar de chorar, mas fica cada vez mais difícil e segundos depois o pano já esta todo molhado.

Durante a noite Mark ficou me incentivando a ir numa pequena festa que ele vai dar no seu apartamento, eu disse que não estava no clima e eu realmente não estava. Eu só pensava no quão chateada eu estou com a Victoria, mas ao mesmo tempo eu penso no quanto eu gosto dela e que ela não deveria fazer isso comigo. Por que ela não conta o que sabe de uma vez? Por fim das contas Mark iria me arrastar para o seu apartamento, ele ia me levar de pijama se eu não aceitasse.

— Não sou tuas nega, palhaço. Espera ai. ­— resmungo desligando a tv e indo para o quarto me arrumar. Estou tão desanimada para sair que me arrumei em quarenta minutos. Só vesti uma calça preta rasgada nos joelhos, uma blusa cigana preta com mangas até os pulsos e uma sandália simples com salto. Não passei uma maquiagem, apenas tirei as imperfeições e abusei do rímel pra não parecer que sai de um manicômio.

— Uau, e essa barriga de fora ai? ­— Mark solta um riso nasalado. ­— Pra quem não queria ir, até colocou saltos.

— Qual a graça de ter barriga chapada se não for para mostrar? — dou de ombros. ­­— Meu bem eu nasci no salto.

Mark me ignorou. Adam apareceu todo arrumado também e esperamos dois minutos até Amber chegar.  Ele tentou falar comigo o dia inteiro, mas eu não consegui sair do quarto e a primeira vez que sai já me chamam para um festa. Deveria continuar no meu quarto mesmo. Então fomos todos para o apartamento do Mark, eu pensei em ir até a Nicole, é apenas três ruas daqui. Mas Adam não para de me vigiar.

— Para, eu não vou sair caçando crack não. — reviro os olhos assim que entramos no apartamento. Ele notou quando eu me animei vendo todas aquelas pessoas bebendo e dançando.

— Eu não disse nada. — ele falou irônico e saiu quando Amber o chamou. O apartamento estava cheio de pessoas que eu não conheço, e isso é bom. As luzes começaram a piscar com cores diferentes e eu fui até a cozinha procurando por alguma bebida. Eu realmente não estou no clima, mas não vim para ficar mofando pelos cantos.

Atravessei o balcão e abri a geladeira encontrando diversas bebidas, peguei uma catuaba e vinho. Misturei os dois e virei de uma só vez, me sento em cima do balcão e balanço os pés enquanto canto as músicas que estão tocando enquanto bebo uma garrafa média de vinho sozinha. Seis músicas depois e eu já estava alegre.

— Ei. — ouço alguém gritar para ser escutada. Olho para trás e vejo uma mulher de cabelos cacheados, ela é alta. Sorrio para ela. Desço do balcão e caminho até ela. — Quer?

Ela levanta um saco com um pó dentro. Sorrio.

— Me chamo Andie. — ela se aproxima do meu ouvido para dizer e sorri com o frio na barriga que senti. — E você?

— Paraíso. — pisco um olho. Ela sorri. A mulher despejou o pó em cima do balcão e tirou um cartão do bolso. Eu pego da mão dela e faço uma carreirinha, tampo um lado do nariz e com o outro inspiro toda a linha de pó que ela fez. No fim dei um gritinho e dois pulos. A mulher dos cachos fez o mesmo e quando terminamos com toda a cocaína nós estávamos caçando alguma bebida. Fomos dançar juntas dividindo uma garrafa de vodka. Não nos importamos de beber aquilo puro. Dançamos juntas, nos beijamos e quase fomos para um quarto, mas eu preferi que seria melhor ficarmos por aqui.

Andie foi para perto dos seus amigos e eu já sentia que o efeito da droga estava passando. Queria a euforia de antes. Com o efeito do álcool ainda no corpo eu cambaleei até o banheiro, me senti mais apertada para fazer xixi quando vi a fila. Então entrei no corredor e corri para suíte do primeiro quarto, ignorando o casal que transava ali. Dei uma risadinha quando sai do banheiro e volto para festa. Esbarro com Mark e sorri.

— Por favor, arranja neve pra mim. — pedi tentando manter uma expressão não-bêbada. Se eu mostrasse que estou muito alterada Mark não faria isso.

Ele segurou meu rosto com uma mão e o puxou, cheirando minha boca.

— Quantas garrafas de vinho você bebeu? — ele juntou as sobrancelhas. Sorri ao ouvir a voz lenta dele. Parece que alguém esta começando a ficar bêbado.

— Vamos procurar neve juntos?

Mark sabe que tipo de neve eu quero, ele sabe que não uso drogas há quase um ano. Então não viu problema. Ele foi até um cara que bebia com alguns outros caras e falou com ele, em seguida só vi quando ele tirou algumas notas do bolso e trocou por um saquinho cheio de pó. Sorri mordendo a boca. Nos sentamos no sofá e Mark despejou o pó em cima da mesinha de centro, ele fez seis carreirinhas e dez segundos depois já não existia mais nada. Ficamos largados no sofá, encarando o teto que ganhava cores novas a cada segundo e eu quis rir.

— Eu nem… lembro por-por que estava trisdfte. — me sento.

— Que? — ele faz uma careta ao tentar me ouvir melhor, então se senta e se aproxima. Gargalho da cara que ele fez e começamos a rir juntos.

— Eu… ­— tento parar de rir. — Eu disse que nem lembro mais por que estava trisnste.

Ele gargalhou.

— Você não consegue falar “triste” — gargalhou mais. Sério? Para mim estou falando normal.

— Para de rir, eu tô bêbada. — ri fraco.

Mark deu um grito e ficou de pé, animado com uma música. Ele começou a dançar e eu sorri, porque ele dança bem. Ergo minha mão esquerda a arrastando pelo seu abdômen por cima da camisa. Levei um tempo para reconhecer Amber e Adam se sentando ao meu lado. Eles estavam ofegantes.

— Estavam transando né… — sorri safada. Então eu percebi a vontade que eu estou de transar. Junto as sobrancelhas. Por isso eu peguei aquela menina cacheada, mas eu não quis transar com ela. Ouço a risada de Amber olhando para cima e quando olho na direção vejo Mark puxar uma mulher para dançar com ele. Ela ficou de costas e empinou a bunda, o movimento que Mark fez com o quadril acendeu meu corpo inteiro. — Merda.

Levanto dali tonta demais, começo a rir enquanto caminho até a cozinha. Pego uma latinha de cerveja e começo a beber, procurando alguém para beijar. Vejo uma mulher loira com mexas azuis, caminho até ela e a agarro pela nuca lhe prensando na parede. Ela começou a rebolar no meu corpo quando coloquei minha língua na dela. Desço os beijos pelo seu pescoço e levo minha mão pra dentro do seu short. Mordo sua pele e deixo um chupão ali, ela leva uma mão até minha coxa e geme quando acelero meus dedos, ainda sem nenhuma penetração. Sorri quando sinto meu corpo esquentar, feliz por esquecer o Mark. Dou um ultimo gole na latinha e levo a mulher até um lugar vazio, que no caso foi a varanda. Levei mais ou menos dez minutos pra fazer ela gozar e gostei da tatuagem de uma mulher nua que ela tem na lateral do corpo. Volto para a cozinha e acendo um cigarro.

Quando puxo a fumaça para dentro eu me acalmo, fico encarando o chão até o cigarro acabar, então procuro por um licor. Mas no caminho para a sala eu bato com a cabeça na parede.

— Merda. — xingo. — Eu jurava que estava andando em linha reta.

Estalo a boca. Esfrego a região que bati e volto para a sala. Me agitei com a música, mas logo paro quando vejo saindo de um dos quartos o Mark só de bermuda. Três linhas no tom rosa atravessam seu tronco e aposto que foi aquela mulher que ele estava dançando. Reviro os olhos. Sorri quando um homem negro dos olhos verdes parou na minha frente para dançar.

— Puta que pariu que deus grego. — arregalo os olhos quando o vejo. Ele sorri. — Que sorriso!

Me derreti.  Ele sorriu mais uma vez e segurou na minha cintura, se aproximou e passou o nariz pelo meu pescoço. Em seguida sinto sua boca na minha. Quase gemi, só pela boca gostosa dele. Ele abriu um pouco a boca e eu o ataquei, fiz questão de dar um beijo lento para sentir toda a boca dele. Vai ser gostoso assim na minha cama. Ficamos nos beijando por duas músicas seguidas, estava gostosa demais até que ele riu e largou um tapa na minha bunda.

— A gente se vê. ­— ele piscou e apertou minha bunda quando terminamos o longo beijo. Eu sorri afirmando.

— Porra. — resmungo quando alguém passa batendo com o ombro no meu e vejo que é o Mark. Ainda só de bermuda. Solto um grunhido e o sigo.  — Ficou maluco? Não me viu não!?

— Você quem não saiu do meu caminho! Ficou babando aquele cara. — ele fala abrindo a geladeira, mas não pegou nada. Sua voz esta mais lenta e rouca, ele com certeza bebeu mais. — Estavam precisando de um quarto? Quase se comeram no meio da sala!

— Qual é, foi bom dançar com aquela vara pau? — pergunto alterando o tom de voz. Ele pensa que vai sair falando o que bem entende só porque está bêbado?

Mark quase caiu quando se abaixou para pegar um whisky. Ele ficou de pé e me olhou depois de abrir a garrafa.

— Não entendo porque está falando comigo desse jeito, quem estava pegando uma mulher na varanda era você! — ele falou e despejou o liquido em um copo.

— Cala a boca! Quem quase arrancou meu ombro foi você, aposto que transar com a vara pau não foi bom, se fosse não estaria com esse mau humor.

Ele bufou batendo o copo vazio no balcão.

— Ta lembrando muito do que eu já fiz, já esqueceu aquele cara que você estava engolindo?

— Eu lembrando muito do que você fez? Quem estava me olhando com uma mulher na varanda? Volta lá com a vara pau e tenta terminar o que vocês começaram, ela não deu conta, é? — cruzo os braços com um sorriso desafiador.

— Isso tudo é por que eu transei com ela? Porque se for a gente resolve isso agora. — ele virou a garrafa de whisky no copo mais uma vez.

— Eu não quero transar com você.

Ele me olhou como se eu tivesse dito algo muito errado. Então largou a garrafa no balcão e no segundo seguinte seu olhar mudou. Ele saiu de trás do balcão e eu pude dar uma rápida olhada no seu tanquinho, então subi para os seus olhos quando ele se aproximou.

— Repete.

— Eu não que…

Ele me pegou no colo ainda me olhando, me largou no balcão e abriu minhas pernas ficando entre elas. Ele colou nossos corpos me fazendo sentir sua ereção.

— Repete. — ele maneou a cabeça para o lado, me desafiando. Sorri quando me apoiei com as mãos no balcão e cheguei mais para frente, me esfregando nele. Que se foda. Inclino minha cabeça e nos beijamos. Sua boca tem gosto de whisky com bala de uva, suas mãos subiram pela minha cintura e apertaram minha pele exposta. Meu corpo inteiro arrepiou e eu me senti tão satisfeita, de uma forma que bebida nenhuma me deixou até agora. Ele sugou meu lábio inferior e agarrou os cabelos da minha nuca, desceu os beijos pelo meu pescoço e quando abri os olhos tudo o que eu vi foi o teto girando. 

Mark abriu a porta do quarto e eu estava pouco me lixando se teria alguém ali, eu o empurrei para dentro e suspirei quando vi que estávamos sozinhos. Eu ia dar um passo para o lado, mas fui encurralada contra a porta e sorri quando senti a quentura do corpo do Mark contra o meu. Deslizo minhas mãos pelos seus braços enquanto ele beija meu pescoço, ainda vejo tudo girando, mas consigo ver o quarto todo bagunçado. 

— Seu quarto? — pergunto prendendo um gemido. 

— Uhum, quer conhecer? 

Mark segurou minha cintura e girou meu corpo me deixando de costas para ele, mas não havia nenhum centímetro entre nós. Sua boca voltou para o meu pescoço e ele me fez andar pelo quarto. Sua perna direita atrás da minha, seu tronco colado ao meu. Estávamos completamente encaixados. Me arrepiei quando sua mão direita entrou pela minha blusa e massageou meu seio por cima do sutiã.

— Essa é o banheiro. — ele falou acariciando minha cintura com a outra mão, sua língua se arrastou pela minha pele e ele deixou um beijo por cima. Voltamos a andar pelo quarto e precisei abrir a boca para ofegar quando sua mão direita entrou por debaixo do meu sutiã. — A bela vista da cidade. — ele sussurrou chupando o lóbulo da minha orelha, em menos de dois milissegundos ele conseguiu abrir o botão da minha calça apenas com uma mão. Paramos na frente da janela, por onde um vento gelado entrou no mesmo tempo em que sua mão parou no meio das minhas pernas. 

— Eu não acredito que está sem calcinha. — ele resmungou e eu só consegui gemer. Umedeci os lábios quando ele começou a mover os dedos em mim, eu não sabia se olhava para o céu, para todas aquelas luzes da cidade ou se fechava os olhos e me entregava. Soltei mais um gemido quando ele prensou seu corpo no meu e acelerou seus dedos, eu joguei a cabeça para trás e apertei minha boca com toda aquela sensação. Todo o meu corpo arrepiado e eu sempre preciso morder a boca para não sair gemendo igual uma louca. Mark me levou até a cama e se deitou por cima de mim. Tirei minha calça a jogando em algum canto e meus pés formigaram quando ele voltou com o que estava fazendo. Mordo seu lábio inferior e começo a rebolar sobre seus dedos. 

— Se você parar, considere-se um homem morto. — falo arranhando suas costas. Fechei meus olhos ao sentir Mark descendo a boca para meu seio esquerdo e no desespero eu joguei meu sutiã pela janela. Arregalei os olhos, mas em seguida comecei a rir imaginando alguém passando na rua e sentindo um sutiã caindo na sua cabeça. Solto um gemido alto e arrastado quando ele chupa meu seio, mordo a boca por ver a reação do Mark ao me ouvir gemer.

Mas de repente a música de lá de fora ficou alta demais, Mark saiu de cima de mim e eu arregalei os olhos quando vejo a porta se abrir e um Jacob caído no chão e com a roupa toda amaçada. 

—Jacob? — tomo um susto ao me sentar na cama. Mark vai até ele e se abaixa. Pela sua expressão meu irmão não está nada bem. Saio da cama e me visto, quando chego perto dele vejo uma listra grossa de sangue saindo pela sua boca. Pego sua mão direita e a mesma está machucada. 

— Ele estava numa briga. — bufo. — Como ele veio parar aqui nesse estado?

— Alguém o empurrou para a porta, ele caiu e ficou. Com certeza está bêbado, ele não desistiria de uma briga nem se estivesse em coma. 

Bufo mais uma vez. Mark levou Jacob até a cama enquanto eu sai do quarto procurando pelo Adam. O efeito do álcool até passou depois disso, rodei o apartamento inteiro, mas não encontrei nem ele nem a Amber. Olhei no relógio de um cara, são duas e meia da manhã. O que deu no Jacob pra ficar bêbado há essa hora? Volto para o quarto.

— Cara cala a boca… — Mark jogou um travesseiro na cara do meu irmão. Ele já acordou e pelo visto está falando merdas. Mesmo de longe consigo sentir o cheiro de álcool vindo dele. Fiz uma careta. 

— … E depois teve… — Jacob riu. — Teve aq-uela mulher que tentou me levar pro banheiro achando que eu era você… — Riu de novo. Cruzei os braços vendo o seu estado. — Lembra da Holly?

— Não quero lembrar disso — Mark deitou a cabeça na poltrona e riu. Os dois estão bêbados, mas Jacob é o pior. — Como você chegou aqui cara?

— Briguei com a Nicole hoje de manhã... ­— Jacob passou a mão pelos cabelos. — Mentira, mentira, eu... Eu sou muito idiota, eu fiz merda...

Ele se jogou na cama e sorriu. Ok, ele esta muito bêbado.

— Ela é perfeita, eu fiz a maior merda do mundo... — ele riu. Onde tem graça nisso? — Tanto cara me devendo e eu tinha que me resolver com o Augustus primeiro? Eu não devia sequestrar a Nic... — ele soluçou.

— Tarde demais. — reviro os olhos.

— Eu sou um idiota... Burro, ela... ela... — ele ri mais uma vez. Mark quase caiu no chão por estar dormindo. Bufo. Ninguém merece, quem se drogou aqui foi eu e quem fica com o efeito são eles. Não é justo. Me sento ao lado do Mark e cruzo os braços mais uma vez.

— O que foi? — ele pergunta me olhando.

— O que foi? O que foi que você agora é um homem morto. — suspiro irritada. — Ele não tinha nada que ter vindo pra cá, ele bebeu antes, em algum lugar e agora temos que virar babá?

— Eu lembro da… — Jacob cai no chão e fecha os olhos, soltou um riso fraco. ­— A Nicole é linda...

— Será que ele viu alguma coisa? — Mark pergunta baixo. 

— Claro que não, ele não consegue formular uma frase sem parar pra rir. Eu vou ligar para Nicole, alguém tem que tirar ele daqui. 

— Não, deve ser três da manhã. Ela está com o Nicholas e o Jacob chegar nesse estado não vai ser bom. Melhor levar ele quando amanhecer. 

Grunhi revirando os olhos. Eu não mereço isso. 

— Ok, vou buscar uma coca pra mim. — me levanto com raiva. Vou em direção a sala, mas logo sinto meu braço ser puxado e vejo Mark me batendo contra ele. 

— Você já usou demais hoje.

— Idai? O efeito já passou e eu não estou afim de passar o resto da noite trancada com o meu irmão, entendeu?

Me soltei dele e sai andando. Peguei informação com algumas pessoas até descobrir quem tinha cocaína, troquei uma nota de 50 dólares com uma mulher negra de cabelos trançados. Caminhei até a cozinha e despejei o pó ali em cima. Em menos de dois minutos e eu acabei com tudo. Pisco algumas vezes ficando totalmente satisfeita com o efeito, abro a geladeira procurando por qualquer coisa gelada e pego uma garrafa de licor. Caminho animada até um homem que estava ao lado do som trocando de música. Sorri para ele e ele sorriu para mim. Eu comecei a ficar com mais calor, dei minha cerveja para ele enquanto remexo meus cabelos e danço no ritmo da música nova. Ele se aproximou de mim e tocou minha cintura depois de devolver minha cerveja. 

Pulei no seu colo e começamos a nos beijar. Tudo o que eu faço é rápido demais, eu só quero aproveitar antes que o efeito passe. As pessoas e a música passam rápido demais, eu começo a rir e termino o beijo. 

— Usou coca de quem? — ele pergunta me dando um selinho. 

— Quer? — ergo uma sobrancelha. Ele afirma. Desço do seu colo e o empurro até o sofá, subo no seu colo e voltamos a nos pegar, mas o que eu quero mesmo está no bolso dele. Levo minha mão até lá e pego sua carteira, então eu saio de cima dele e vejo ele me seguir. Troco todo o dinheiro que ele tinha na carteira por dois comprimidos e três saquinhos. Passamos pelo corredor até eu encontrar um quarto vazio. 

-x-

Acordo com uma maldita dor de cabeça, na verdade dói meu corpo inteiro. Eu sinto o quarto girando muito rápido e não consigo parar. De repente eu fico sem ar, não consigo inspirar direito e eu sei o que é isso. Minhas mãos começam a tremer e é então que eu saio correndo para o banheiro, mesmo sentindo todos os meus músculos reclamando. Minha cabeça gira e eu quase desmaio, mas chego ao banheiro e começo a molhar o rosto e meus braços. A água mais cai no chão do que em mim, devido eu estar tremendo muito. Resmungo pela falta de ar, aperto meus olhos desesperada e tento me concentrar. Mesmo tremendo, eu controlo as batidas do meu coração e dou um tapa forte no meu rosto. 

Com o susto que dou no meu cérebro eu consigo inspirar o ar e expiro finalmente cansada. Já perdi as contas de quantas vezes acordei assim, agora preciso parar de tremer e afastar o calor insuportável que estou sentindo. Volto para o quarto e começo a me vestir, não sei onde está o cara de ontem e nem quero saber. Ao me aproximar da sala eu encontro Adam e Mark conversando. Merda.

— Paloma que cara é essa? — Adam pergunta e repara quando ponho minhas mãos para trás. Bufo pelo calor. Só eu estou sentindo? Adam puxa meus braços e estala a boca ao ver minhas mãos tremendo sem parar. 

— Cara... Volta para cá. — Jacob levantou do sofá e parou a centímetros da tv, falando com um apresentador. Ergo uma sobrancelhas. — Eles te machuraram?

Ele acariciou o aparelho. 

— Você tem muita, muita sorte do Jacob estar chapado. — Adam me olhou sério e irritado. Engoli em seco. Jacob tem a pior forma de me desintoxicar. 

Me desequilibrei por sentir uma nova onda de calor, parece que minha pele está queimando. Adam me segurou. 

— Merda Paloma. — ele grunhiu. — Mark leva o Jake pra casa, vou levar essa irresponsável. 

Só sinto a mão do Adam me apertando e eu sei que é melhor não tentar me soltar. Ele sai me puxando pelo apartamento e não me soltou nem quando estávamos no elevador. Fui jogada dentro do carro e estremeci com a porta batendo. 

— Merda Paloma! — ele repetiu irritado. — Voltou pros quinze de novo? Vou ter que te colocar na reabilitação mais uma vez?

Ele engrossou a voz. Olhei para baixo, para minhas mãos, e tentei fazer com que elas parem de tremer. Sem sucesso. 

— Meu deus, você já tem vinte e cinco!— Adam bufou ao sair da garagem do prédio. - Quantas drogas você usou ontem?

Fiquei calada. Não quero contar pra ele, só vai ser pior. 

— Paloma eu estou falando com você. 

Não respondi. Adam ficou mais irritado. Durante o caminho ele falou muita coisa, eu só queria sumir para não ouvir mais nada. É sempre assim. Quando chegamos em casa ele voltou a segurar no meu braço até meu quarto. 

— Eu estou cansado disso! Se eu te colocasse no hospital aposto que se viciaria nos remédios também, o que acha? — ele me soltou e eu fiquei parada. Só ouvindo. — Que porra, eu já mandei você parar com isso, Paloma! Eu estou cansado de te ver se drogando, você sabe que é mais fraca para isso e ainda continua!? Você sabe que é dependente químico e só piora as coisas!

Ele andou de um lado para o outro, suspirando. 

— Eu não vou dizer mais nada, porque quando o Jacob ficar sóbrio ele vai saber disso. — ele apontou para mim e saiu do quarto. 

— Por favor não con…

— Ainda me pede por favor!? — ele se vira se controlando para não gritar mais. — Você usa drogas durante uma noite inteira! Inteira! E ainda me pede para não contar ao Jacob? Ele é seu irmão mais novo, não era pra você ter medo dele. 

Limpo rápido uma lágrima. 

— Por deus, você poderia estar em coma agora mesmo e você sabe! Além de estar bêbada estava drogada, quem me garante que te deram as drogas certas? Você… — ele fica me olhando por um tempo e nega com a cabeça. — Só queria saber onde eu errei. 

Ele saiu pisando forte. Pisquei deixando as lágrimas caírem, meus lábios tremeram antecedendo um choro. Funguei correndo para o meu quarto e bati a porta. Ignorei o calor, minhas mãos trêmulas e só enfiei meu rosto no travesseiro para chorar. É sempre assim. Qual o meu problema? Eu sempre estrago tudo!


Notas Finais


Eu nao sei se alguém entendeu o que acontece com a paloma quando ela acorda, mas aquilo eram alguns dos efeitos da cocaina e de outras drogas que ela usou, o efeito depois do primeiro efeito, ou seja, a abstinência e bah..

velho! também da pra notar o estado emocional da paloma, vulgo rainha, ne nón? se não ficou claro me digam que eu faço em outro capitulo de uma forma mais nitida, mas vai ser de cortar os pulsos okay? not okay pq cortar os pulsos ta proibido u.u ruum

ah, podemos ver claramente a bissexualidade da paloma nesse capitulo né KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK só ela que não percebe isso dndjnqd e o jacob bebado+chapado? vou abusar disso mais vezes hehehehe

até o proximo capitulo lovers xx


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