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História Love Me Lights Out: Criminal Love - Chase


Escrita por: alaskaxo

Notas do Autor


Então, quem ai quiser me matar pela demora, eu tenho uma otima noticia; PODEM VIR, TA LIBERADO

Capítulo 64 - Chase


Expiro incomodada com mais uma nuvem negra tomando conta do céu. Desço meus olhos para os prédios, as ruas e bufo me jogando no sofá. Estico meu corpo e continuo olhando para o céu pacato de Nova York. Tudo aqui é chato, esse clima acaba com toda a minha animação. Me remexo ainda mais incomodada por estar olhando tudo isso através de uma parede de vidro. Parede de vidro! Tudo isso é estranho, todo esse lugar. Com todo o respeito ao Jacob, mas esse apartamento é de uma mulher morta. Não é normal ficar aqui, mas eu não estou reclamando. Não estou reclamando do chão extremamente polido desde que cheguei, nem das paredes brancas, dos móveis que claramente eu conto na mão quantas vezes foram usados, ou nos quartos extravagantes. Esse apartamento é lindo e eu não estou reclamando de nada disso, só é estranho estar em um lugar onde a dona está morta. E eu sei o quanto Jacob ainda se importa com a falta da mãe, é obvio que ele contrata pessoas especializadas para limpar tudo isso, mesmo que ninguém more aqui. Mas por que ele quis vir para cá? Justo para este apartamento? Tem que ter algum motivo. Bufo ao perceber que podem existir milhões de motivos para Jacob ter vindo para cá e principalmente por ter relutado para que eu não viesse para cá também.

— Ainda pensando na sua perda da aposta? — tomo um susto com a voz do Jacob entrando na sala.

— Porra… — por impulso eu levanto os joelhos querendo me encolher e acabo deitando os pés apoiados no sofá e cubro meu rosto. Então eu cruzo os braços e olho para ele um pouco irritada pelo susto.

— Uau… — ele tirou os olhos das minhas pernas e olhou para mim, erguendo a sobrancelha esquerda rapidamente. Como se tivesse pensado em algo e aquele foi o reflexo. — Você fica muito sexy quando xinga.

Reviro os olhos e me cubro com o lençol que estava do meu lado. Jacob se senta perto dos meus pés e eu acabo me sentando também. Ficamos em silencio por um bom tempo. Jacob olhou para o lado e fez um som com a boca.

— Você ainda não me respondeu. — olho para ele e vejo seus olhos em mim. — Já aceitou que perdeu na aposta? — ele sorriu convencido.

— Cala a boca. — prendi um riso olhando para o outro lado.

— Você sabe que não ganha de mim em nada.

O que? Ele disse isso mesmo? Olho para ele e vejo que ele esta com um sorriso sacana. Por que ele esta me provocando?

— Ah não? Então vamos fazer uma aposta. — pergunto entrando no joguinho dele. Jacob afirmou com a cabeça.

Então eu levei meus joelhos para cima do sofá e comecei a engatinhar até ele, foi proposital que ele visse meus seios, ele sabe que eu não uso sutiã dentro de casa. Jacob conseguiu focar nos meus olhos por milésimos, no segundo seguinte seus olhos desceram para dentro do meu moletom e ficaram focados lá. Continuei me aproximando devagar, primeiro a mão direita depois o joelho esquerdo. Os olhos de Jacob estavam vidrados e ele nem piscava, eu pude ver a intenção dos seus olhos saindo da diversão e indo para o excitado em um segundo, fazendo meu coração bater mais rápido. Eu mexi mais um pouco meus ombros para que meus seios balançassem mais, quando Jacob viu isso ele fechou a boca e vejo sua garganta se mexendo, ele prendeu um gemido. Eu sorri mordendo o canto direito e Jacob levou a mão para o meio das pernas, mas não apertou. As veias de sua mão estavam bastante elevadas, do seu pescoço também. Merda, por que ele tem que ser tão másculo? Ele umedeceu a boca. Me aproximo mais um pouco e inclino, com a língua eu puxo o lóbulo de sua orelha e chupo. Sua pele se arrepia e finalmente eu sorri ouvindo seu gemido. Encosto meu nariz no seu maxilar e rio baixo.

— Quer ouvir? — sussurrei. Mexi meus ombros para saber se ele ainda está olhando meus seios e a resposta veio quando ele prendeu outro gemido.

— O-ouvir o quê? — sua voz sai rouca e eu sorrio quando ele falha.

— A aposta.                    

Ele chega aqui na sala, me provoca e pensa que vai levar vantagem? Ele afirma rapidamente e eu ri por ele ter concordado com meu próprio pensamento.

— Eu vou apostar… — sussurrei me aproximando ainda mais. — Quem fica mais tempo de cabeça para baixo.

Sorri saindo do sofá e parando para ver seu estado. Eu queria gargalhar. Jacob piscou devagar e me olhou com uma certa raiva. Me permiti sorrir. Quem ele pensa que eu sou? Chega me provocando e já quer sexo? Não sou tão fácil assim, não mais. Ele marcou o maxilar ainda me olhando, sua mão apertou a semi ereção em sua cueca e eu pude ver o quanto ele estava excitado. Deu água na boca, meus olhos ficaram ali por mais tempo do que eu queria, mas foi impossível de deixar de olhar. Umedeci os olhos e olho para ele. Foi difícil, mas eu me contive.

— Não pode amarelar. Você disse que me ganha em tudo. — falei ponto as mãos na cintura.

Jacob se levanta me fazendo a olhar um pouco para cima e para a centímetros de mim.

— Eu aceito. — ele maneia a cabeça para o lado e eu quase cai ao ouvir sua voz. De rouca ela foi para um timbre grosso, mas o rouco ainda estava ali. Então ele se aproxima do meu ouvido fazendo meu estomago gelar. Ele colou seu corpo no meu, ele esta quente demais, merda. — Mas eu sei que você quer me chupar.

Então ele saiu me deixando tonta. Eu corri até a cozinha para beber uma água, mas eu continuo com calor. É como se ele tivesse encostado em mim para passar tudo o que ele sentia. Atravessei a cozinha e abri a torneira da pia, fazendo uma concha com a mão eu molhei meus braços e pescoço, fiz um coque no cabelo e expirei pela boca fechando os olhos. Inspirei e expirei devagar, me acalmando. Molhei meu rosto e voltei a respirar devagar para me acalmar. Mordi a boca tampando o rosto. Não da para acalmar depois do que eu vi. Era o Jacob completamente com o membro ereto na minha frente. Que merda! Expiro forte decidida a me acalmar. Molho mais uma vez o rosto e fecho a torneira. Ouço um trovão soar forte e com isso eu abro os olhos. As batidas do meu coração se acalmaram, o calor passou então eu voltei para a sala ligando a TV. Segundos depois Jacob voltou e pelo seu estado ele esta puto por ter gozado sozinho.

— Certo. — ele disse me fazendo levantar. Tirou o sofá da parede e então se sentou, girou para por as pernas no encosto do sofá e se ajeitou ponto as costas onde deveríamos nos sentar e pendurou a cabeça. Eu fiquei olhando para ele sem entender muito bem. — Anda, a aposta começou.

Eu dou de ombros e faço o mesmo que ele. Eu sempre fiquei de cabeça para baixo na minha cama quando eu era pequena, não tem como ele me ganhar dessa. Olho para a TV de cabeça para baixo e fico assistindo, mas Jacob pega o controle e a desliga.

— Sem distrações. — ele me olha.

Ok.

Eu olho para o céu agora totalmente negro e lembro do Nicholas que esta na casa do Adam e da Paloma desde manhã. Mais um trovão soa, agora mais alto. Merda.

— Nicholas não gosta de temporais. ­— resmungo preocupada.

— Ele supera essa. — Jacob da de ombros e fecha os olhos. Ficar de cabeça para baixo é até legal. Eu olhei para a parede na minha frente e fiquei com um sorriso divertido no rosto. — Você realmente gosta disso.

Quando vejo, Jacob esta me olhando.

— Sempre fiquei de cabeça para baixo. Eu era uma criança cheia de tédio, isso era divertido. — volto a olhar para parede. Ele ficou me olhando, mas eu não me senti incomodada com isso. Mais um trovão e agora um relâmpago clareou o céu.

— Que tipo de criança era você? — ele bufou.

— Isso era muito divertido, ok? O que você fazia quando era criança?

— Quando eu não tinha que trabalhar com os meus irmãos eu pula muros, escalava árvores, brincava na rua mesmo, sabe? Acho que você nunca fez isso porque morava no bairro nobre de Los Angeles. Tinha um parquinho privado para brincar? — ele perguntou irônico.

Estalei a boca.

— Para a sua informação eu não era aquelas crianças riquinhas e mesquinhas. A culpa não é minha se meus pais tinham aquela vida e você não. — dou de ombros. Jacob permaneceu calado, então eu vi a merda que eu falei. Arregalei os olhos. O que eu falei? Por quê falei isso? Não foi nessa intenção, eu falei na inocência. — Jacob me descul…

— Claro, era uma vida ótima. Por isso sua mãe tinha que largar seu pai e fazer o meu trair minha mãe, só para ela sair daquela ótima vida e ter uns momentos de diversão. - ele foi totalmente ironico.

— Seu pai não foi enfeitiçado, ele fez porque quis e você sabe que eles faziam aquilo antes do meu nascimento, depois parou.

— Como você pode ter certeza? Nós não sabemos. — ele me olhou ofendido. Fiquei olhando para ele por alguns segundos e então suspirei. Ele está certo, nós não sabemos de nada.

— Me desculpa, eu não falei aquilo de propósito. Por favor.

Ele assentiu com a cabeça e olhou para a parede à nossa frente. Suspirei querendo me bater. Nós ficamos em silencio, mas ao contrário dos outros, esse silencio foi estranho. Não sei por quanto tempo ficamos sem dizer uma palavra, sempre que eu olho para o Jacob ele esta de olhos fechados e com uma expressão séria. Eu poderia me jogar contra uma parede agora mesmo, de cabeça ainda por cima.

Do lado de fora o céu ficou totalmente negro e um trovão soou tão forte que estremeceu todo o apartamento.

— Vamos buscar o Nicholas. — ele se sentou e girou para fora do sofá. Expirei pela boca. Ele foi até o quarto e eu fui atrás. Ele pegou a carteira dentro do guarda roupa, pegou uma blusa e saiu. Troquei o moletom por uma blusa e quando estava quase saindo lembro de por o sutiã. Eu já fiz merda, se sair só com a blusa marcando meus seios acho que Jacob me corta no meio. Eu sai do apartamento sabendo que ele já desceu. Tranquei tudo e desci pelo elevador. Ao chegar na rua vejo o quanto está ventando. Meu cabelo se soltou na hora, as árvores estavam perdendo as folhas a cada rajada de vento. Entrei no carro e Jacob deu a partida. Olho para a minha direita pensando no que poderia fazer para me redimir. O carro parou no meio de um trânsito médio. Com o tempo fechando todo mundo quer ir para casa mais cedo, o que piora tudo fazendo um trânsito alimentar o outro. Quando o semáforo ficou verde eu pude ver uma gotinha batendo contra a janela fechada do carro. Continuei olhando para o lado de fora, até que eu olho para o retrovisor lateral e vejo que tem um carro cinza atrás de nós há muito tempo. Não tinha reparado, mas ele está nos seguindo desde que saímos do prédio. Quando Jacob virou para a esquerda eu esperei o carro virar para ver se não era só uma coincidência, mas o carro virou logo em seguida e acelerou para ficar perto de nós.

— Jacob? — o chamei sem tirar os olhos do retrovisor.

— Hm? — ele resmunga. Ok, vou ter eu ignorar o fato dele estar puto comigo.

— Estamos sendo seguidos.

Ele muda a marcha e olha pelo retrovisor interno. Ele virou uma rua saindo do caminho para a casa do Adam e viu que o carro virou também. Ele bufou desacelerando o carro, o carro cinza também diminuiu a velocidade, então Jacob acelerou e o outro também acelerou. Jacob trocou de marcha mais uma vez e acelerou pra valer. Isso é burrice, se quisesse nos seguir de verdade não deveria ficar tão perto.

— Merda, é claro que eles iriam voltar lá. — ele fez mais uma curva. — Mas não invadiriam, sabem que eu matei aquele cara. Esperaram que eu saísse para me seguir, eles querem a Paloma e a D.C.

Ele virou mais uma vez e pisou no acelerador. As ruas estavam vazias, mas logo Jacob precisou ir para as ruas principais onde estão os trânsitos. A chuva começou a cair forte, impedindo a visão. O limpador de para brisa não estava ajudando muito, a chuva começou a ficar mais forte. Jacob entrou em uma principal movimentada, o chão esta escorregadio e ele acelera cada vez mais.

— Merda Jacob vai devagar… — olhei para as placas indicando para onde estamos indo, tentando ver se podemos ir para algum lugar mais afastado do centro.

— Quer que eles nos parem? — ele me olhou irritado.

O carro começou a chegar mais perto, com os faróis focados em nós. Jacob freou e foi costurando na estrada, passando de carro em carro. Eram quatro vias, eu podia ouvir os carros da contra mão buzinando. O carro cinza vinha em direção reta atrás da gente. Eu comecei a ficar nervosa porque o carro começou a escorregar na pista e com a visão embaçado pela chuva só torna mais fácil do carro capotar. Não vou passar por isso de novo. Expirei decidida. Vejo uma placa passar por nós com os nomes Elmont seguindo reto, John Kennedy Airport  para a direita e Queens no retorno.

— Vira para direita. — falei me inclinando para a esquerda e tateando o chão em baixo do banco. Jacob não hesitou e fez a curva, o trânsito foi diminuindo o que deixou mais fácil para o carro nos seguir.  Então eu achei uma arma. — Vai para o aeroporto.

Ele não questionou então eu sei que entendeu o que eu quero fazer. Com esse tempo desde cedo é obvio que os voos seriam cancelados e como já esta quase de noite com certeza o aeroporto já está fechado. O carro se aproximou quando entramos no aeroporto e o trafego estava livre. Pulei para o banco de trás e abri uma das janelas. O vento gelado tomou conta do carro.

— Anda, alimenta a arma. — Jacob abriu o porta luvas e tirou a munição dali. Eu vi que esta cheia, então coloquei o cartucho dentro da pistola e puxei o ferrolho da pistola a carregando. Quando vi a munição dentro da câmara eu agradeci por Jacob ter me ensinado tudo isso. Botei a cabeça para fora e em seguida meu braço com a arma. O carro perdeu velocidade, assim eu consegui mirar nos pneus. O céu já esta escuro e com o farol na minha cara eu não consigo ver muita coisa. Seja lá quem esta dirigindo começou a fazer zigue-zague me impedindo de focar nos pneus. Eu tentei seguir o ritmo do carro, mirei onde ele deveria ir no zigue-zague, eu ia atirar para onde ele estava indo, mas Jacob fez uma curva fechada me fazendo perder o foco. Mas eu aproveitei que na curva o carro seguiu reto e atirei na roda do motorista. Jacob fez mais uma curva fechada e eu consegui atirar na roda do carona. O carro não conseguiu parar com a curva e caiu para o lado.

Jacob acelerou com o carro saindo dali. Nós saímos do aeroporto e voltamos para o Queens, eu fechei a janela e tentei secar meu braço. A chuva também molhou meus cabelos, mas não muito. Volto para o banco do carona e guarda a arma em baixo do banco novamente. Meu coração ainda batia rápido, mas eu não ia deixar sermos seguidos, estávamos quase capotando e eu não iria para o hospital mais uma vez. Nem o Jacob. Eu olhei para ele e vi que ele esta freando e acelerando com a perna esquerda. O ferimento de sua perna direita já fechou, mas ele deve ter feito muita força para pisar no freio. A chuva continuou forte, mas eu vi que não tinha mais ninguém nos seguindo. Jacob parou com o carro em frente uma escola. Agora que a noite chegou os postes de luz ajudam a enxergar alguma coisa.

Ele parou então deve estar sentindo bastante dor. Sua expressão é neutra, mas eu o conheço.

— Deixa que eu dirijo.

— Não, temos que nos esconder. Se aquele carro saiu de linha outro vai nos procurar. Precisamos parar.

Ele levou o carro para dentro da escola e o deixou entre os outros carros ali numa área coberta. A chuva está tão forte que o chão já virou uma mini banheira. Eu sai do carro e vejo Jacob saindo e se apoiando no carro por não conseguir pisar com a perna direita. Corro até ele e paro ao seu lado.

— Eu estou bem.

— Cala a boca.

Peguei seu braço direito e passei pelo meu pescoço e o abracei de lado. Eu vi que para entrar nos fundos da escola tem um pequeno corredor. Então caminhei devagar com Jacob até ali, pegamos a chuva e em segundos ficamos encharcados. Chegamos na porta dos fundos da escola e deixei Jacob na parede. Ele escorregou para o chão e esticou a perna direita.

— Você forçou demais, não foi? — me sento ao seu lado, deixando ele mais para dentro do corredor. Ele ficou calado. Eu respiro fundo tentando me acalmar. Eu sei que pisei na bola quando falei sobre a vida dele e meus pais, mas eu me desculpei. Porra, claro que eu não falei por mal. Bufo. Olho para ele que tenta mover a perna para o lado.

— Melhor voltamos para o apartamento. Não podemos dar a chance de nos seguirem de novo para encontrar a Paloma. Pegamos o Nicholas amanhã. — ele falou e um trovão forte soou.

— Certo. Eu dirijo. — falei. Ele voltou o olhar para a coxa. Olhei para baixo.

Sentei entre suas pernas deixando as minhas para o lado e toquei seu rosto. Ele ainda não me olhava direito e me respondia muito mal. 

— Por favor, me desculpa. — pedi olhando em seus olhos. — Eu falei aquelas coisas sem nenhuma intenção de te ofender, eu não fazer isso com você e nunca vou fazer isso de proposito. Por favor me desculpa.

Ele ficou me olhando seriamente, eu já estava achando que ele iria me deixar ali e se sentar em outro lugar. Tudo o que eu menos quero é ficar brigada com ele. É uma das piores coisas para mim. O olhar e a forma que ele me trata são as piores. Mas eu senti sua mão tocar minha cintura, ele inclinou a cabeça e me beijou. Sorri de lado quando aprofundei o beijo, sentindo sua boca gélida devido a chuva, mas logo eles ficaram quentes. Toquei em seu rosto quando nos separamos, ele encostou sua testa na minha e fechou os olhos. Ficamos assim por um tempo indeterminado, meus olhos estavam queimando pelo sono quando Jacob me chamou.

— Vamos. — ele deixou um beijo em meus lábios e segurou na minha cintura com as duas mãos me erguendo para que eu fique de pé. Eu sai dali vendo que a chuva diminuiu, agora cai uma garoa fina. Jacob veio mancando levemente.

— Ainda dói como antes?

Ele negou com a cabeça e seguimos para o carro. O forcei a entrar no lugar do carona e quando entro no carro eu saio dali o mais rápido possível. O barulho da chuva fraca no carro voltou a me dar sono. Sem contar que quando parávamos no semáforo eu piscava devagar. Peguei as ruas mais movimentadas para que eu fica atenta. Demorou, mas assim que chegamos no prédio eu caminhei até o quarto e me joguei na cama para dormir.

-x-

Quando eu acordei, antes mesmo de abrir os olhos, podia sentir o corpo grande do Jacob contra o meu. Sua respiração batia no meu rosto, bem devagar. Sua mão me segurando na base da coluna e suas pernas entrelaçadas às minhas me fizeram suspirar aconchegada. Eu me sentia bem aqui, me sentia segura. Acabei sorrindo de olhos fechados, mas os abri aos poucos vendo Jacob me olhando.

— Sabia que não estava dormindo. — sorri ladino e subi os ombros me espreguiçando. Ele dorme mal, agora eu já sei o porquê, e quando dorme é só de madrugada. — Dormi muito? Que horas são?

Ele inspirou fundo e se aproximou ate meu pescoço, começando a dar beijos calmos. Eu fechei os olhos novamente e deixei o pescoço livre para ele. Sua boca ficou úmida de um segundo para o outro e os beijos ficaram molhados e objetivos, eu acabei mordendo a boca ao sorrir.

— Sai. — solto uma risada. Sua mão subiu para minha cintura, me dando um leve aperto. Ele chupou minha pele e saiu dali me olhando.

— Que bom que acordou. — ele disse com uma voz mais grossa, como se tivesse acabado de acordar. Mas ele só tem essa voz em duas ocasiões e ele não acabou de acordar. Então ele estava ficando excitado. — Vai tomar banho.

Ele deu um último beijo no meu pescoço e se levantou, agora sem mancar. Jacob saiu do quarto me deixando no estado vegetativo de quando se acorda. Eu me sento e fico olhando para parede, por um tempo indeterminado, até que ouço as folhas das árvores balançando e olho para a janela vendo que ainda está escuro. Então eu não dormi demais. Eu ja estava quase voltando a dormir de tanta preguiça, quando Jacob entrou no quarto todo molhado. Só com uma toalha pendendo em sua cintura.

Merda.

Ele me olhou de relance com seus olhos pequenos, de um jeito sedutor e foi andando até o guarda roupa. Eu não consegui não olhar para ele. Jacob tem esse ar sexy não importa o que ele faça. E agora ele parou de costas para mim, me deixando ver apenas as gotículas de água escorrendo pela sua pele e eu posso ver seus músculos e a escápula de suas costas se mover lentamente quando ele faz força com alguma coisa ali dentro. Fiz um biquinho. Ele tem todo o corpo definido, minha atenção foi para seus bíceps agora, porque ele está fazendo força com alguma coisa que eu não consigo ver e admirar todos os seus músculos é uma obra de arte.

- Já terminou de olhar? Agora vai tomar banho.

Como ele sabe que eu estava olhando? Estalo a boca ao me levantar.

- Aonde nós vamos? Pensei que fôssemos pegar o Nicholas só amanhã… Ele esta bem? Adam ligou falando alguma coisa? - comecei a ficar preocupada. Nicholas não é de passar a noite sem me procurar, ele tem medo de dormir sem me ver e a chuva de mais cedo foi forte demais. Ele tem ouvidos sensíveis e…

- Nicole, relaxa. - Jacob quase revirou os olhos ao me encarar. - Não vamos buscar o Nicholas, vamos pagar o seu castigo da aposta.

Que?

Ele deu um pequeno sorriso debochado e volto a se arrumar. Meu coração parou. Engoli em seco. Meu corpo inteiro ficou paralisado. Isso vai ser agora? Agora mesmo? Tipo, agora? Quando eu me dei conta Jacob estava sem a toalha e vestindo uma boxers branca. Eu vi a bunda dele, toda redondinha, soltei um riso baixo. Fiquei reparando nele se arrumando e acabei perdendo a minha hora, Jacob sabia que eu o assistia.

Ele me olhou quando terminou de fechar a calça jeans e eu sorri com uma falsa inocência.

- Vai logo. - ele maneou a cabeça para o corredor e eu fui rindo.

Mas toda a diversão se foi quando eu entro no banheiro. O que Jacob vai fazer? Aonde ele vai me levar? Por que raios eu aceitei aquela aposta? Por que eu não consigo dizer “não” para o Jacob? Bufei. Durante o banho eu pensei em várias desculpas para dar e dizer que não estava querendo mais ir. Mas eu não posso fazer isso. Porque eu quero ir.

Sai do banheiro e vou até o quarto e vejo o mesmo vazio, caminho até o guarda roupa e fico sem saber o que vestir.

- AONDE NÓS VAMOS? - grifei da porta do quarto.

- Se eu contar deixa de ser surpresa. - Jacob apareceu no começo do corredor. Ainda só de calça e nada mais. Preciso confessar que as tatuagens dele o deixa mais gostoso. Ele veio andando para mim com o rosto levantado, me fazendo ver o contorna do seu rosto sobre a tatuagem escura em seu pescoço. Seu cabelo ja grande todo molhado ainda e seu tronco todo macio. Eu pensei que ele fosse me beijar, mas Jacob passou por mim me olhando ou .melhor me secando e entrou no quarto.

- E como vou decidir que roupa ir?

- Escolhe uma que… Não sei, não conheço isso. — ele fez uma cara de interrogação quando olhou para as minhas roupas. Estalei a boca.

— Como vou escolher uma roupa se não sei para onde estou indo?

— Por que aceitou a aposta se estava com medo? — ele se virou e começou a andar na minha direção e antes mesmo de chegar em mim eu pude sentir seu cheiro malditamente bom. Ele chegou tão perto que eu precisei dar passos para trás, com isso fui prensada na parede. Jacob apoiou uma mão ao lado da minha cabeça e se aproximou do meu rosto me fazendo sentir mais do seu cheiro. É como se fosse um perfume masculino diferente de todos os outros, único para ele. Seus olhos desceram para a tolha ainda envolta do meu corpo. Então eu balancei a cabeça voltando ao normal, passei por debaixo do seu braço e sai de perto dele.

— Você não quer que eu me vista? Então sai. — fui até a porta. Ele abaixou a cabeça e riu de alguma coisa, então saiu do quarto.

Expirei devagar olhando em volta. Fui até o guarda roupa e fiquei olhando roupa por roupa, mas é muito difícil de se vestir sem ter nenhuma noção para onde se vai. Dou a volta no quarto e pego meu celular vendo que são duas da manhã. Certo, por que Jacob quer sair logo agora? Eu volto para o guarda roupa e pego uma roupa quente, as madrugadas nessa época do ano em Nova York são congelantes. Enquanto penteava meus cabelos pude notar que agora realmente ele chegou na cintura. Certo, eu preciso cortar isso. Quando cheguei na sala Jacob estava largado no sofá, bebendo cerveja.

— Pensei que estava se arrumando para o Natal. — ele bufou.

— Não demorei tanto. — dei de ombros.

— Você ficou três horas dentro daquele quarto. — ele falou monótono.

Serio? Três horas? Para mim foram cinco minutos. Dei de ombros. Jacob largou a garrafa de cerveja vazia no chão e se levantou, pegou a carteira e saiu me puxando pela mão. Quando chegamos na rua eu olhei tudo parado, apenas um bar ainda aberto.

— Se formos seguidos agora eu desisto de viver.

— Se formos seguidos você não vai saber, porque agora você só vai me ouvir.

Ele ficou atrás de mim e me impediu de virar, logo pondo um pano preto sobre meus olhos. Eu não entendi nada. Tudo ficou preto, ele terminou de amarrar o pano e eu fiquei totalmente perdida. Por que ele fez isso?

— Jacob por que disso? — minhas mãos começaram a procurar um lugar para me apoiar. É horrível não enxergar nada, eu apenas ouço a risada do Jacob em algum lugar perto de mim.

— Eu disse que iria te foder onde eu quisesse com seus olhos vendados. — ele disse no pé do meu ouvido, agarrando minha cintura. Sua voz soou melodiosamente rouca, todo meu corpo se arrepiou porque todos os meus outros sentidos ficaram fracos e ele chegou do nada. Suas mãos me apertaram, eu ainda estava arrepiada e começando a ficar com calor.

Ele foi andando atrás de mim por algum lugar, eu não tenho mais nenhuma noção de espaço. Ele me levou pela rua e viramos para a esquerda, então novamente para a esquerda e logo paramos. Ouvi a porta do carro se abrindo, tateei o capô, a janela, então senti o banco logo na minha frente. Jacob me ajudou a entrar e logo bateu a porta. Se eu consigo respirar devido todo o nervosismo que estou sentido? Definitivamente não. Se ficar de olhos vendados me assusta? Sim. Se isso me excita? Muito.  


Notas Finais


NICOLE É A MAIOR CANCERIANA QUE VOCE RESPEITA
vemos claramente nicole no cio nesse capitulo, ai ai
nao sei se a palavra malditamente existe ok? kwsndwehnfickbw
espero que tenham gostado, o cap 65 ja esta pronto para vocês :)


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