P.O.V. Pedro.
Devem ser em torno de três horas da manhã e essa feiticeira perturbada me amarrou em uma árvore.
-Oh, não se preocupe, reizinho. -Argh, por que sempre "reizinho?" -Ao nascer do sol, tudo o que você ama, incluindo sua família, morrerá. -Eu sei que isso não vai acontecer, porque depois de tudo o que passamos, não é uma versão 2.0 da Jadis vai nos derrotar.
-Você não vai conseguir! Jamais tomará Nárnia, você não vê?
-É claro que eu vou, meu querido. Você não perde por esperar. -Sumiu com um sorriso cínico, enquanto isso, tentava me soltar dessas cordas.
P.O.V. Lúcia.
Estamos todos no lado de fora do castelo, na mata, esperando Mary, Rip e Pedro. É muito estranho eles demorarem tanto.
-Eu ainda acho que devemos procurá-los. -Susana disse.
-É perigoso demais, Su. Ainda mais pra você, que está grávida.
-Então vão vocês, Edmundo!
-Tudo bem, quem vem comigo?
-Eu. -Hunter disse se levantando.
-Eu também, majestade. -Trumpkin disse pegando seu arco.
-Eu não vou dessa vez, Ed. -Caspian disse se levantado. -O bebê pode vir a qualquer momento, preciso ficar.
-Tudo bem, voltamos logo. -E assim saíram.
P.O.V. Edmundo.
Assim que subimos da sala do tesouro e estávamos nas escadas para as masmorras, uma sombra cheia de corvos apareceu na nossa frente, quando tudo o que vemos é só um borrão.
Acordei acho que uma hora depois, e quando percebi, estava amarrado em uma árvore com Pedro, Hunter e Trumpkin ao meu lado.
-Bem vindo ao clube, irmão.
-Pedro, o que... -Fui interrompido pela feiticeira.
-Ah, não acredito! Vai acontecer,já deve estar acontecendo. Logo, daqui a poucas horas, conseguirei o que sempre quis!
-O que está acontecendo? -Hunter perguntou nos olhando confuso.
P.O.V. Autora.
Enquanto isso nas matas de Cair Paravel:
-Caspian! É o bebê. Está vindo! -Susana disse com as mãos em sua barriga.
-Doutor Cornelius, temos que levá-la para a sala do tesouro.
-Não dá, não podemos movê-la.
-Calma Su, vai dar tudo certo. -Lúcia e Joana seguravam as mãos fortes e suadas de Susana que acabou de entrar em trabalho de partro.
-O bebê vai ter que nascer aqui, majestades. -Caça-Trufas disse.
-Qualquer coisa desde que ele sobreviva. -Susana disse.
Já com Mary, Ripchip conseguiu sair de sua jaula e foi procurar algo para abrir a cela de Mary, que já chorava.
-Aslam, me diga o que fazer. -Dizia fechando os olhos. -Me dê um sinal.
-Mary. -Ela ouviu um sussurro, um chamado. -Use essa flecha na feiticeira, e estará terminado.
-Que fle... -Uma flecha dourada apareceu do seu lado e ela sorriu.
-Lady Mary, achei a minha espada e o seu arco!
-Que maravilha, Rip. Acho que Aslam me deu um sinal, uma flecha que derrotará a feiticeira!
-Esplêndido! agora deixe-me tirá-la daí. -Ele colocou sua pequena espada dentro do cadeado e com um pouco de técnica, conseguiu abri-lo.
-É melhor corrermos! -Abriram a cela, e foram para o salão principal do castelo, onde encontraram Charlotte.
-Você! -A loira gritou. -Como conseguiu escapar?
-Cadê o Pedro, pra onde a feiticeira o levou? -Charlotte se virou e andou, o que ela jamais deveria ter feito. Mary atirou uma adaga do lado de Charlotte, prendendo seu vestido
-Eu não estou brincando Charlotte, se não quer se machucar fique fora disso. -Disse chegando mais perto dela e segurando seu braço. -Você vai me levar lá, de um jeito ou de outro.
P.O.V. Caspian.
Susana está deitada na grama em cima de um lençol em trabalho de parto, Joana e Caça-Trufas estão ajudando o Doutor Cornelius enquanto eu e Lucia estamos do lado dela.
-Empurre mais um pouco, majestade. Joana pegue as toalhas!
-Aqui, professor.
-Aaaa. -Susana disse antes de dar um último empurrão e desmaiar.
-Não,não, não, Su. Ela desmaiou Doutor Cornelius! -Lúcia disse segurando a mão da irmã. -Susana, reage, nossos irmãos não estão aqui, eu não sei o que fazer.
-Têm que acordá-la, ou o bebê não sobreviverá. -Susana ficou mais uns 10 segundos apagada, mas graças à Aslam, acordou.
-Vamos lá, Su, continue. -Ela gritava fazendo força, quando finalmente, o bebê nasceu, Joana o limpou, e me entregou.
-É um menino, majestade.
-Um menino, me dê! -Susana disse estendendo os braços, com lágrimas nos olhos. -Ele é...perfeito.
-Ele tem os seus olhos, Su. -Dei um beijo nela.
-É, ele tem.
-Então, já temos um nome? -Lúcia disse acariciando o sobrinho.
-Já sim Lú. Liam, príncipe Liam.
-Ahn, pessoal, ninguém voltou até agora. Lúcia acho melhor irmos atrás deles.
-Tem razão, Joana. -Disse enquanto ambas subiam nos cavalos.
-Cuidado lá, vocês duas, pra qualquer efeito levem isso. -Peguei a trompa de Susana em meu cinto e dei à Lúcia.
-Obrigada, ficaremos bem.
P.O.V. Autora.
Joana e Lúcia estranharam não achar ninguém em Cair Paravel, então decidiram procurar pela floresta, onde avistaram Mary e Rip.
-Mary! -Ambas gritaram.
-Shhh. -A morena disse. Que bom que me acharam.
-Nós também. -Joana disse descendo do cavalo. -Por que estamos sussurrando?
-Por causa disso. -Ela abriu uns arbustos e viram Pedro, Edmundo, Trumpkin e Hunter amarrados em uma árvore pela Feiticeira Negra. -Vocês desamarram os garotos e eu cuido da feiticeira. -Elas assentiram e foram sorrateiramente para trás da árvore. Mary preparou sua flecha, puxou-a, expirou rapidamente e soltou a única arma que era capaz de derrotar a feiticeira. Aflecha passou raspando sobre a cabeça da mesma, e foi parar na árvore atrás dela.
-Hahaha, ora ora ora, vejam o que temos aqui! Alguém querendo bancar a heroína. -Mary se sentia mal por não ter acertado a flecha, mas não ia desistir facilmente, quando viu uma espada e pegou-a.
-E se fizéssemos um duelo, sem magia.
-Aceito, não teria graça se a minha vitória fosse tão fácil. -Uma espada apareceu em meio à uma fumaça negra nas mãos da feiticeira.
Ambas começaram a duelar, espada pra lá, espada pra cá, enquanto os outros olhavam, Joana e Lúcia desamarraram os meninos. A feiticeira derrubou a espada de Mary, e depois fez um corte no braço da mesma.
-Mary! -Pedro gritou preocupado.
-Pedro fique onde está, tenho que fazer isso sozinha. -A feiticeira deu um golpe em Mary que caiu no chão, encostando a cabeça em uma árvore.
-Agora, "princesa", você me paga. -A feiticeira estava sentada sobre Mary com uma adaga em seu pescoço. Mary olhou ao seu redor e viu a flecha dourada repousada na árvore em que estava.
-Não, é você quem vai pagar. -Ela pegou a flecha e botou no peito da feiticeira, quando uma luz branca começou a se espalhar pela mulher, fazendo-a desaparecer. Para sempre.
-Mary. -Pedro gritou, pegando a amada no colo e beijando-a.
-Se feriu! Mary aqui, uma gota. -Lúcia deu o seu vidrinho de cura para Mary.
-Obrigada, Lú. -Correram para onde estava o mais novo herdeiro do trono narniano.
-Susana!
-Mary! Que bom que está bem. Pedro!
-Su. -deu um beijo na testa da irmã. -Esse é o meu novo sobrinho?
-Esse é o Liam.
E assim foi o resto do dia, reocuparam o castelo de Cair Paravel, Pedro e Mary estavam mais felizes do que nunca, porém ela ainda se preocupada pelo fato de que amanhã seria o seu vigésimo segundo dia em Nárnia.
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